Uma propaganda pode ser criativa e engraçada:
Poderíamos dizer: acabastes de aprender algo inútil. Leia a próxima postagem (sobre a Mucuri) e poderá aprender algo útil.
23 janeiro 2017
22 janeiro 2017
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21 janeiro 2017
Fato da Semana
Fato: Desemprego em 2016
Data: 21 de janeiro de 2017
Contextualização - O blog Contabilidade Financeira acompanha o número de admitidos e demitidos do mercado formal de emprego no Brasil. Este é um número oficial obtido a partir do Caged, do governo federal. Compilamos informações como número de admitidos, demitidos, salário, formação, idade, gênero, tempo de emprego, entre outras informações. Os números de 2016, divulgados ontem, mostram como o ano foi ruim para o profissional contábil: quase 360 mil profissionais foram demitidos nos últimos 36 meses. Como outros foram contratados, a soma mostra uma redução de 32 mil vagas no mercado formal. E dezembro foi o segundo pior mês do ano em destruição de vagas. Mulheres, pessoas com curso médio, com idade média de 32 anos e escriturários foram os mais atingidos.
Relevância - O que está ocorrendo no mercado de trabalho é reflexo da crise econômica. Mas também pode ser decorrente da mudança estrutural no emprego, com a adoção de softwares que podem substituir o trabalhador.
Notícia boa para contabilidade? Ruim. Mas dois fatos agravam o problema: a possibilidade da crise continuar por mais alguns meses; e não sabemos se o problema é conjuntural (em decorrência dos problemas da economia) ou estrutural (mudança na estrutura do trabalho).
Desdobramentos - Janeiro deverá ser um mês melhor. Mas não apostamos não mudança no sinal, ou seja, que o número de admitidos seja superior ao demitidos. Outro ponto a ser analisado: menos emprego significa menor arrecadação dos Conselhos e mais pressão para mudança no Sistema CRC/CFC. Será?
Mas a semana só teve isto? - Tivemos dois fatos relevantes na semana: a posse de Trump e a morte do ministro do STF. Para o primeiro, os efeitos na contabilidade somente serão sentidos quando o novo chefe da SEC começar a trabalhar. O segundo fato poderá ter impacto sobre a investigação da corrupção no Brasil, mas isto ainda não está claro.
Data: 21 de janeiro de 2017
Contextualização - O blog Contabilidade Financeira acompanha o número de admitidos e demitidos do mercado formal de emprego no Brasil. Este é um número oficial obtido a partir do Caged, do governo federal. Compilamos informações como número de admitidos, demitidos, salário, formação, idade, gênero, tempo de emprego, entre outras informações. Os números de 2016, divulgados ontem, mostram como o ano foi ruim para o profissional contábil: quase 360 mil profissionais foram demitidos nos últimos 36 meses. Como outros foram contratados, a soma mostra uma redução de 32 mil vagas no mercado formal. E dezembro foi o segundo pior mês do ano em destruição de vagas. Mulheres, pessoas com curso médio, com idade média de 32 anos e escriturários foram os mais atingidos.
Relevância - O que está ocorrendo no mercado de trabalho é reflexo da crise econômica. Mas também pode ser decorrente da mudança estrutural no emprego, com a adoção de softwares que podem substituir o trabalhador.
Notícia boa para contabilidade? Ruim. Mas dois fatos agravam o problema: a possibilidade da crise continuar por mais alguns meses; e não sabemos se o problema é conjuntural (em decorrência dos problemas da economia) ou estrutural (mudança na estrutura do trabalho).
Desdobramentos - Janeiro deverá ser um mês melhor. Mas não apostamos não mudança no sinal, ou seja, que o número de admitidos seja superior ao demitidos. Outro ponto a ser analisado: menos emprego significa menor arrecadação dos Conselhos e mais pressão para mudança no Sistema CRC/CFC. Será?
Mas a semana só teve isto? - Tivemos dois fatos relevantes na semana: a posse de Trump e a morte do ministro do STF. Para o primeiro, os efeitos na contabilidade somente serão sentidos quando o novo chefe da SEC começar a trabalhar. O segundo fato poderá ter impacto sobre a investigação da corrupção no Brasil, mas isto ainda não está claro.
Presente Amargo
O ano de 2016 encerrou de maneira amarga para as pessoas que trabalham na área de contabilidade. Se o ano de 2015 mostrou que aquelas palavras sobre a empregabilidade da área eram balelas, um ano depois temos uma realidade muito dura. Segundo os levantamentos realizados pelo blog, a partir dos dados de empregos formais, para contadores e auditores, técnicos em contabilidade e escriturários de contabilidade, foram quase 92 mil admitidos, mas 115 mil demitidos.
A diferença entre admissão e demissão é o que chamamos de criação ou destruição de vagas. Desde 2014 esta diferença foi de 31.789 vagas; ou seja, foram demitidas 358 mil pessoas num período de 36 meses e foram contratados 326 mil. É normal a rotatividade no mercado de trabalho, mas os números de demissões são surpreendentes para uma área que se acreditava imune as crises. Para se ter uma ideia, o salário total dos demitidos desde 2014 é de 852 milhões. Retirando o salário dos demitidos, isto significa dizer que se deixou de receber, mensalmente, 196 milhões de reais com estas 31.789 vagas a menos.
Perfil - Quem foi contratado geralmente recebeu um salário médio menor. Em dezembro de 2016, por exemplo, os admitidos tinham um salário mensal de R$2.281, enquanto os demitidos deixaram de receber R$2.763, uma diferença de 21%. Nestes três anos, esta diferença geralmente esteve na casa dos dois dígitos, em torno dos 18%. Os demitidos tinham em torno de 30 meses, mas este número sempre esteve acima de 33 meses desde maio de 2016; isto é um sinal de que as demissões, que inicialmente estavam focadas nos funcionários mais novos, passaram a incluir os mais experientes. Outro fato observado pelo levantamento deste blog é que a idade média dos admitidos era menor que dos demitidos; em dezembro esta medida era de 30,37 anos para os admitidos e 32,54 anos para os demitidos.
Uma análise dos números revela que as movimentações têm prejudicado as mulheres (mais de 60% das movimentações líquidas), que possui o curso médio completo e os escriturários (55%). Um ponto relevante na análise é que mais de 75% das demissões são sem justa causa; em dezembro este percentual foi menor, de 70%.
Professor – A análise do mercado formal de trabalho dos professores de contabilidade mostra que a crise também afetou os docentes. Esta análise é feita de maneira acumulada, já que o número de movimentações é reduzido, e uma análise mensal poderia trazer uma ideia errônea do mercado de trabalho. Desde 2013 ocorreu a criação de 137 novos postos para professores. Entretanto, observa-se que desde novembro de 2015 o mercado está piorando substancialmente: naquele mês o número de admitidos superava os demitidos, em termos acumulados desde 2013, em 434 vagas. Em dezembro de 2016 este valor era bem menor. Outro aspecto revelado pelos números é o tempo médio de emprego aumentou de 29 meses, em janeiro de 2014, para 47 meses, em dezembro de 2016; ou seja, os professores com maior experiência estão sendo demitidos.
Perspectiva – Baseado nos três últimos anos é possível imaginar que o desempenho de janeiro geralmente é melhor que os outros. Entretanto, é preciso destacar que em janeiro de 2016 ocorreu uma redução no número de vagas. Apesar disto, em tendo por base os números da série histórica, ousamos a afirmar que o ritmo de demissões irá reduzir. Se dezembro foi o segundo pior mês de 2016, somente atrás de fevereiro, isto pode ser um sinal de que neste mês de janeiro o mercado formal de trabalho da contabilidade irá melhorar. É interessante lembrar que dezembro foi o pior mês de 2014 e 2015. Nestes anos, janeiro foi o melhor.
A diferença entre admissão e demissão é o que chamamos de criação ou destruição de vagas. Desde 2014 esta diferença foi de 31.789 vagas; ou seja, foram demitidas 358 mil pessoas num período de 36 meses e foram contratados 326 mil. É normal a rotatividade no mercado de trabalho, mas os números de demissões são surpreendentes para uma área que se acreditava imune as crises. Para se ter uma ideia, o salário total dos demitidos desde 2014 é de 852 milhões. Retirando o salário dos demitidos, isto significa dizer que se deixou de receber, mensalmente, 196 milhões de reais com estas 31.789 vagas a menos.
Perfil - Quem foi contratado geralmente recebeu um salário médio menor. Em dezembro de 2016, por exemplo, os admitidos tinham um salário mensal de R$2.281, enquanto os demitidos deixaram de receber R$2.763, uma diferença de 21%. Nestes três anos, esta diferença geralmente esteve na casa dos dois dígitos, em torno dos 18%. Os demitidos tinham em torno de 30 meses, mas este número sempre esteve acima de 33 meses desde maio de 2016; isto é um sinal de que as demissões, que inicialmente estavam focadas nos funcionários mais novos, passaram a incluir os mais experientes. Outro fato observado pelo levantamento deste blog é que a idade média dos admitidos era menor que dos demitidos; em dezembro esta medida era de 30,37 anos para os admitidos e 32,54 anos para os demitidos.
Uma análise dos números revela que as movimentações têm prejudicado as mulheres (mais de 60% das movimentações líquidas), que possui o curso médio completo e os escriturários (55%). Um ponto relevante na análise é que mais de 75% das demissões são sem justa causa; em dezembro este percentual foi menor, de 70%.
Professor – A análise do mercado formal de trabalho dos professores de contabilidade mostra que a crise também afetou os docentes. Esta análise é feita de maneira acumulada, já que o número de movimentações é reduzido, e uma análise mensal poderia trazer uma ideia errônea do mercado de trabalho. Desde 2013 ocorreu a criação de 137 novos postos para professores. Entretanto, observa-se que desde novembro de 2015 o mercado está piorando substancialmente: naquele mês o número de admitidos superava os demitidos, em termos acumulados desde 2013, em 434 vagas. Em dezembro de 2016 este valor era bem menor. Outro aspecto revelado pelos números é o tempo médio de emprego aumentou de 29 meses, em janeiro de 2014, para 47 meses, em dezembro de 2016; ou seja, os professores com maior experiência estão sendo demitidos.
Perspectiva – Baseado nos três últimos anos é possível imaginar que o desempenho de janeiro geralmente é melhor que os outros. Entretanto, é preciso destacar que em janeiro de 2016 ocorreu uma redução no número de vagas. Apesar disto, em tendo por base os números da série histórica, ousamos a afirmar que o ritmo de demissões irá reduzir. Se dezembro foi o segundo pior mês de 2016, somente atrás de fevereiro, isto pode ser um sinal de que neste mês de janeiro o mercado formal de trabalho da contabilidade irá melhorar. É interessante lembrar que dezembro foi o pior mês de 2014 e 2015. Nestes anos, janeiro foi o melhor.
20 janeiro 2017
Nova norma de Leasing
Em janeiro de 2016 o International Accounting Standards Board (IASB) emitiu a IFRS 16 – Leases, aplicável para exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro 2019, cuja alteração mais significativa será a de exigir que os locatários reconheçam a maioria dos alugueres nos seus balanços.
De acordo com a nova norma, uma locação é um contrato que transmite para o locatário o direito de usar um ativo por um período de tempo em troca de uma consideração. Determinar se um acordo contém uma locação deve ter em consideração que o contrato deve transmitir o direito de controlar o uso de um ativo identificável ou apenas uma parcela fisicamente distinta do ativo (ex: terreno de um edifício). Determinar o direito de uso de um ativo vem trazer subjetividade adicional, nomeadamente na determinação se o locatário tem o direito de gerir o uso do ativo identificável, particularmente quando o contrato inclui também a prestação de serviços adicionais significativos.
Identificar e separar os componentes de leasing dos componentes de não leasing de um contrato poderá ser um exercício complexo que irá exigir mais informação a disponibilizar pelo locador, e/ou o uso de um preço base independente para a referida repartição (“stand alone selling price”).
No ativo, a empresa passa a conhecer o direito de uso do ativo (“right-of-use” ou “ROU”) que inclui: No Passivo reconhece-se a responsabilidade subjacente que não é mais que o valor presente dos pagamentos do leasing os quais incluem as considerações fixas, opções, penalidades, valores residuais entre outros considerados como ex-fluxos de caixa quase certos.
O reconhecimento do ROU trará dificuldades acrescidas, nomeadamente, o cálculo da respetiva duração do contrato, quer seja por não existir prazo definido (são exemplos os alugueres dos terrenos para a instalação dos aerogeradores dos parques eólicos, antenas, outros), quer seja por existirem opções de renovação que deverão ser avaliadas quando à sua realização. Acresce ainda a determinação do valor do aluguer dependente do tratamento que será dado às considerações variáveis e/ou não mensuráveis, como são exemplo as existentes nos contratos de aluguer de lojas e/ou espaços comerciais.
O registo do ROU e da responsabilidade subjacente em balanço irá alterar a leitura e interpretação de rácios e covenants e a forma como avaliamos a performance nos dias de hoje, nomeadamente e a título de exemplo, por via do aumento do reconhecimento de passivos, aumento de gastos com depreciações e gastos financeiros por oposição a um decréscimo de gastos operacionais com rendas.
Tendo em conta a relevância e transversalidade de impactos decorrentes de um processo de adoção da IFRS 16, sugere-se a sua avaliação antecipada nomeadamente ao nível contabilístico, financeiro, desenho de processos de controlo interno, cumprimento de covenants, entre outros, como garante de processo sem transtornos e de pleno compliance.
Fonte: Aqui
De acordo com a nova norma, uma locação é um contrato que transmite para o locatário o direito de usar um ativo por um período de tempo em troca de uma consideração. Determinar se um acordo contém uma locação deve ter em consideração que o contrato deve transmitir o direito de controlar o uso de um ativo identificável ou apenas uma parcela fisicamente distinta do ativo (ex: terreno de um edifício). Determinar o direito de uso de um ativo vem trazer subjetividade adicional, nomeadamente na determinação se o locatário tem o direito de gerir o uso do ativo identificável, particularmente quando o contrato inclui também a prestação de serviços adicionais significativos.
Identificar e separar os componentes de leasing dos componentes de não leasing de um contrato poderá ser um exercício complexo que irá exigir mais informação a disponibilizar pelo locador, e/ou o uso de um preço base independente para a referida repartição (“stand alone selling price”).
No ativo, a empresa passa a conhecer o direito de uso do ativo (“right-of-use” ou “ROU”) que inclui: No Passivo reconhece-se a responsabilidade subjacente que não é mais que o valor presente dos pagamentos do leasing os quais incluem as considerações fixas, opções, penalidades, valores residuais entre outros considerados como ex-fluxos de caixa quase certos.
O reconhecimento do ROU trará dificuldades acrescidas, nomeadamente, o cálculo da respetiva duração do contrato, quer seja por não existir prazo definido (são exemplos os alugueres dos terrenos para a instalação dos aerogeradores dos parques eólicos, antenas, outros), quer seja por existirem opções de renovação que deverão ser avaliadas quando à sua realização. Acresce ainda a determinação do valor do aluguer dependente do tratamento que será dado às considerações variáveis e/ou não mensuráveis, como são exemplo as existentes nos contratos de aluguer de lojas e/ou espaços comerciais.
O registo do ROU e da responsabilidade subjacente em balanço irá alterar a leitura e interpretação de rácios e covenants e a forma como avaliamos a performance nos dias de hoje, nomeadamente e a título de exemplo, por via do aumento do reconhecimento de passivos, aumento de gastos com depreciações e gastos financeiros por oposição a um decréscimo de gastos operacionais com rendas.
Tendo em conta a relevância e transversalidade de impactos decorrentes de um processo de adoção da IFRS 16, sugere-se a sua avaliação antecipada nomeadamente ao nível contabilístico, financeiro, desenho de processos de controlo interno, cumprimento de covenants, entre outros, como garante de processo sem transtornos e de pleno compliance.
Fonte: Aqui
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