É difícil resistir a uma boa série de televisão. Tem para todos os gostos: comédia, romântica, histórica, terror, ação etc. Nós, do blog contabilidade financeira, somos apaixonados por uma boa série. E no ano de 2016 tivermos diversas estreias, além daquelas que continuaram dos anos passados (Elementary, The Big Bang Theory e Longmire são algumas delas).
Billions, com Damien “Homeland” Lewis e nota no IMDB de 8,4, é sobre mercado financeiro, fraude e criminosos de terno. Chance, com Hugh “Doutor House” Laurie, é sobre um psiquiatra e tem IMDB de 7,9. Frequency é um policial que junta pai e filha que se comunicam no tempo (IMDB = 7,8) e é mais interessante que o resumo. Gilmore Girls é sobre o relacionamento entre mãe e filha, de volta após anos do seu encerramento, parece hoje mais cansativa (IMDB = 8,1). Shooter é uma série de ação, baseada no filme O Atirador, que fez sucesso no passado (IMDB = 7,8). Sweet Vicious é uma ação, comédia e suspense, que mostra duas garotas que se unem para combater estupros no campus de um colégio. É bem legalzinha e feminista (IMDB = 7,3). Good Behavior é sobre uma golpista, que termina por fazer uma parceria com um assassino; obviamente acontece um relacionamento entre eles (IMDB = 8,2). Lethal Weapon é uma série de ação, com toques de comédia, sobre dois policiais: um certinho e outro maluquinho. É baseado nos filmes Máquina Mortífera que fizeram sucesso no passado com Mel Gibson. O IMDB é de 7,9. Medici é uma série italiana, com a participação muito especial de Dustin Hoffman, sobre a família de Florença que é conhecida dos contadores por adotar, de forma inovadora, as partidas dobradas. A nota do IMDB é de 8,1 e vale a pena conferir. E tem The Crown, que consegue tornar interessante a vida da rainha Isabel (ou Elizabeth como conhecemos). Com um IMDB de 8,9 – um dos maiores para uma série – cada episódio é bem caprichado em termos de atuação, roteiro e cenário. O diálogo entre Churchill e Isabel, num dos últimos episódios da primeira temporada, sobre a confiança que a rainha deveria ter no seu primeiro ministro é o ponto alto de The Crown.
Em termos de nota, Bull é bem pior que as anteriores: IMDB de 6,7. Talvez seja aquela série que terá somente uma temporada. O Dr. Bull é um especialista no julgamento humano. Ele usa este conhecimento para vencer casos de júri. No décimo episódio, por exemplo, Bull ajuda uma empresa de automóveis sem motorista num crime contra seu funcionário: o automóvel atropelou o engenheiro que estava testando o protótipo. Dr. Bull ajuda a escolher o júri e cria estratégias para a condução do processo. Também ajuda a descobrir o culpado verdadeiro pelo crime. O que eu acho interessante na série é o fato de usar conceitos de psicologia; no episódio comentado, sua equipe descobre que a empresária estava mentindo pelo movimento dos pés e a quantidade de piscadas dos seus olhos.
A sua equipe possui especialistas em moda, tecnologia, direito e uma ex-agente do FBI. Acredito que a nota do IMDB esteja correta, já que o roteiro é meio forçado; apesar de dizer que é baseado na vida do famoso Dr. Phil, é difícil de acreditar que ele foi tudo isto. Além disto, a solução de cada episódio não é muito crível. Finalmente, nem todo mundo gosta de filme/serie de júri, que parece ser uma mania dos gringos.
Vale a Pena? Se você busca uma série perfeita, não. Os defeitos de Bull são visíveis. Mas se por um acaso você quiser diversão com uma análise rasteira sobre a aplicação de conhecimentos de psicologia, eis a série.
11 janeiro 2017
10 janeiro 2017
Anuidade do CFC
O Conselho Federal de Contabilidade anunciou os novos valores da anuidade. Usando um indexador, o CFC corrigiu em torno de 6% o valor pago pelos cadastrados. No ano passado fizemos uma longa análise em relação a estes valores, que ainda permanece válida. A partir de 2006 a entidade fez uma distinção entre contador e técnico; quando se usa os valores corrigidos tem-se que o maior valor ocorreu em 2004 e o menor em 2002.
09 janeiro 2017
Custo de entrada
Um texto do The Economist (via aqui) comenta sobre a redução do custo de entrada num mercado:
O que permite a uma startup mirar tão alto é o fato de as tecnologias digitais estarem reduzindo consideravelmente o custo de entrada em segmentos industriais até pouco tempo atrás dominados por gigantes corporativos. O fenômeno é particularmente significativo no tocante ao dispendioso e prolongado processo desenvolvimento de produtos. Entre os primeiros esboços e construção de protótipos em argila e, em seguida, a produção de componentes e a realização de testes, as montadoras de automóveis costumavam levar cinco anos ou mais para pôr um modelo novo no mercado. A coisa era igualmente demorada para as fabricantes de motocicletas.
Hoje em dia, com a ajuda de softwares de projeto 3D, técnicas de engenharia e sistemas de simulação, algumas montadoras dão conta do recado em apenas dois anos. O produto, tanto no caso de um carro, como de uma motocicleta ou até mesmo de um avião, ganha existência no mundo digital, onde pode ser esculpido e longamente testado antes de ganhar a concretude de um objeto real. Também é possível simular métodos de produção.
O texto analisa o caso da Vanguard, uma fabricante de motocicletas:
É essa a abordagem da Vanguard, que foi criada em 2013 pelo ex-consultor de empresas François-Xavier Terny e pelo projetista de motocicletas Edward Jacobs. Contando atualmente com apenas alguns poucos funcionários e sem dispor do volume de recursos das grandes fabricantes, a startup utilizou o software Solidworks, da francesa Dassault Systèmes, para projetar uma motocicleta digital antes de transformá-la numa máquina de verdade. Sistemas como esse vêm se beneficiando de preços cada vez baixos e performance crescente de poder computacional. “Em termos de ferramentas de projeto e engenharia, estamos no mesmo nível que as grandes do setor, coisa que teria sido impossível há dez anos”, diz Terny.
Os projetos digitais também franqueiam um acesso mais ágil e descomplicado aos fornecedores globais, permitindo que eles ofereçam seus melhores preços para as peças de que a fabricante precisa. Os arquivos do projeto podem ser enviados por e-mail para uma vasta rede de firmas de engenharia que oferecem serviços online.
O elevado custo de entrada funcionava como uma "barreira" para os concorrentes. A barreira pode ser legal (como é o caso do serviço de táxi) ou do volume de investimento exigido, como é o caso da empresa de motocicletas. Se isto ocorre neste setor, área similares também devem sofrer o mesmo impacto, como é o caso da produção de automóveis.
O que permite a uma startup mirar tão alto é o fato de as tecnologias digitais estarem reduzindo consideravelmente o custo de entrada em segmentos industriais até pouco tempo atrás dominados por gigantes corporativos. O fenômeno é particularmente significativo no tocante ao dispendioso e prolongado processo desenvolvimento de produtos. Entre os primeiros esboços e construção de protótipos em argila e, em seguida, a produção de componentes e a realização de testes, as montadoras de automóveis costumavam levar cinco anos ou mais para pôr um modelo novo no mercado. A coisa era igualmente demorada para as fabricantes de motocicletas.
Hoje em dia, com a ajuda de softwares de projeto 3D, técnicas de engenharia e sistemas de simulação, algumas montadoras dão conta do recado em apenas dois anos. O produto, tanto no caso de um carro, como de uma motocicleta ou até mesmo de um avião, ganha existência no mundo digital, onde pode ser esculpido e longamente testado antes de ganhar a concretude de um objeto real. Também é possível simular métodos de produção.
O texto analisa o caso da Vanguard, uma fabricante de motocicletas:
É essa a abordagem da Vanguard, que foi criada em 2013 pelo ex-consultor de empresas François-Xavier Terny e pelo projetista de motocicletas Edward Jacobs. Contando atualmente com apenas alguns poucos funcionários e sem dispor do volume de recursos das grandes fabricantes, a startup utilizou o software Solidworks, da francesa Dassault Systèmes, para projetar uma motocicleta digital antes de transformá-la numa máquina de verdade. Sistemas como esse vêm se beneficiando de preços cada vez baixos e performance crescente de poder computacional. “Em termos de ferramentas de projeto e engenharia, estamos no mesmo nível que as grandes do setor, coisa que teria sido impossível há dez anos”, diz Terny.
Os projetos digitais também franqueiam um acesso mais ágil e descomplicado aos fornecedores globais, permitindo que eles ofereçam seus melhores preços para as peças de que a fabricante precisa. Os arquivos do projeto podem ser enviados por e-mail para uma vasta rede de firmas de engenharia que oferecem serviços online.
O elevado custo de entrada funcionava como uma "barreira" para os concorrentes. A barreira pode ser legal (como é o caso do serviço de táxi) ou do volume de investimento exigido, como é o caso da empresa de motocicletas. Se isto ocorre neste setor, área similares também devem sofrer o mesmo impacto, como é o caso da produção de automóveis.
CGU e a corrupção
Uma notícia do jornal O Estado de S Paulo parece indicar que também é o caso da corrupção durante o governo Lula-Dilma. Um e-mail de Marcelo Odebrecht, o executivo mais relevante da principal empresa corruptora, apresenta indícios disso:
“Chefe, (...) não sei se você conhece Luiz Navarro, secretário executivo da Controladoria-Geral da União. A pessoa dele comandou de forma efetiva a CGU, e penso que isso é reconhecido dentro e fora do órgão. Acho que vale a pena você recebê-lo para avaliar como ele poderia se ajustar em espaços do novo governo”
O e-mail era direcionado para Palocci. Navarro não somente foi mantido no cargo, como no ano seguinte foi promovido a chefia da CGU e no ano passado foi nomeado para a Comissão de Ética da Presidência da República.
É interessante notar que a CGU teve e está tendo um papel secundário no processo de investigação dos problemas que ocorreram na administração pública federal nos últimos anos. (Dias atrás vi um automóvel destacando o papel da CGU no combate a corrupção. Os dizeres eram o mesmo da fotografia ilustrada aqui.)
Blogs de Contabilidade: Contabilidade Etc
Acabamos de descobrir que mais um blog de contabilidade foi criado, o Contabilidade Etc. O autor é o professor doutor Edilson Paulo da Universidade Federal da Paraíba. Para saber mais, clique aqui e leia a apresentação.
Vida longa ao Contabilidade Etc! E bem vindo ao grupo de contadores blogueiros.
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