A divulgação dos dados de emprego formal referente ao mês de novembro pelo governo federal, a partir do Caged, mostra que a situação do setor contábil continua piorando. Em novembro foram admitidas 6.364 pessoas no setor (considerando aqui contadores, auditores, escriturários de contabilidade e técnicos em contabilidade); ao mesmo tempo, foram desligadas 8.188 pessoas, sendo 71,4% delas sem justa causa. Se em agosto foram admitidas 7.868 pessoas, este número diminuiu nos meses seguintes: 7.296, em setembro, 6.858 em outubro e atingindo um valor 20% menor em novembro. O mês de novembro foi o quarto pior do ano em termos de redução de postos de trabalho formal. Na contagem que fazemos acumulada de janeiro de 2014 até o mês de novembro temos um total de menos 28,5 mil vagas no setor.
Como é praxe, o salário dos admitidos é bem menor que dos demitidos: em novembro era 20% menor, algo próximo ao que ocorreu nos meses anteriores. Em novembro confirmou uma tendência ruim: o tempo médio de emprego das pessoas desligadas cresceu, atingindo o ponto máximo de 36,28 meses. Isto significa dizer que as pessoas que estão sendo demitidas são aquelas com uma grande experiência no serviço. Além disto, novembro de 2016 teve outro recorde negativo: desde que este blog passou a acompanhar as informações do Caged, foi a maior idade média dos demitidos (32,77 anos), o que de certa forma confirma o dado anterior.
Também novamente, o número de mulheres demitidas foi superior ao dos homens. Isto fez com que a movimentação líquida do emprego no gênero feminino, representado pela diferença entre admissão e demissão, fosse de -1.259, versus -565 dos homens. Note também que crise atingiu mais os profissionais com curso médio completo e os escriturários.
Para finalizar, talvez os dados de dezembro sejam ainda piores. Em 2015 e em 2014 dezembro foi o pior mês em termos de destruição de vagas: -3.118 e -2.416.
29 dezembro 2016
Retrospectiva 2016
O ano de 2016 foi muito movimentado. Muita coisa ocorreu e a postagem tentar fazer um breve resumo dos principais fatos.
Perdas
Entre as pessoas que irão deixar saudade duas tiveram um papel importante para a contabilidade. Em janeiro faleceu o advogado Oxley, um político que foi responsável por uma legislação que visava a melhoria dos controles internos das empresas dos Estados Unidos, em razão do escândalo da Enron. A norma ficou conhecida como SarbOX, uma “abreviatura” do nome dos dois congressistas.
Em abril faleceu Iran Siqueira Lima. Ex-diretor do Banco Central, ex-professor da Universidade de Brasília e mais tarde da Universidade de São Paulo e Fipecafi. Foi um dos responsáveis pelo crescimento e consolidação da fundação de apoio do departamento de Contabilidade da USP.
Normas
Num momento que os reguladores estão sendo pressionados para reduzir o ritmo de novas normas, o ano de 2016 será marcado com várias delas. Em janeiro, o Iasb aprovou a nova norma de leasing. Em março, aprovou-se o novo código de processo civil brasileiro. Em julho, um novo relatório do auditor independente. No segundo semestre, mais um trecho da nova estrutura conceitual. Em novembro, o Iasb define a sua agenda, com uma proposta de reduzir o número de normas, retirando de sua agenda uma discussão sobre efeitos da inflação. E no final do ano, novas normas de reconhecimento da receita e instrumentos financeiros para as empresas brasileiras. Mas talvez a principal norma para sociedade é a adoção da prática do profissional contábil ter que informar a sociedade o não cumprimento da lei. Há esperanças.
Reguladores
No início do ano, o historiador holandês Hoogervorst foi reconduzido ao cargo de presidente do Iasb. Comprovação que está fazendo um bom trabalho ou a entidade preferiu não correr o risco de fazer outro processo de escolha. No final do ano, após a eleição de Trump para os Estados Unidos, a manda-chuva da SEC, White, anunciou sua saída do cargo. Comenta-se que o próximo escolhido será alguém que não gosta de regulação. O ano de 2016 representou também o momento que executivos de uma empresa, a Mundial, foram punidos pela CVM, quarenta anos depois da Lei 6.404. A CVM também puniu uma empresa por não ter escrituração contábil e um profissional que possui a “maior” condecoração contábil do CFC.
Diversão
Quatro fatos que ocorreram no ano que guardam relação com a contabilidade. A febre do Pokemon Go e o desastre onde faleceu o time de Chapecoense podem gerar uma discussão entre contadores sobre o intangível e como é difícil mensurar certos eventos. O terceiro fato foi as Olimpíadas. O sucesso dos jogos esteve acompanhado de uma surpreendente qualidade nos gastos: este blog destacou que pesquisas comparativas mostraram que o Rio 2016 foi um dos jogos mais “baratos” dos últimos tempos. Finalmente, o quarto fato foi o filme O Contador: numa história de ação, o profissional contábil é o herói, que distribui pancadas e tiros. Bem diferente do padrão comum de contador dos filmes de Hollywood.
Emprego
No ano que um algoritmo colocou em dúvida o taxi como meio de transporte nas principais cidades do mundo, o emprego também foi notícia na área contábil. A presença de algoritmos já é sentida no setor financeiro, onde os fundos gerenciados por robôs estão se fazendo presente. No meio do ano, uma reportagem da Exame sugeria quais seriam os empregos que irão desaparecer nos próximos anos; a polêmica envolvia a contabilidade, uma big four e um “erro de tradução” mal explicado. É sintomático que a Deloitte, uma das Big Four, tenha feito um acordo com uma empresa de tecnologia, no início do ano; esta empresa possui um software capaz de resumir dezenas de páginas de relatórios técnicos. Finalmente, os dados do ano de 2016 mostram que a questão do emprego não foi muito boa para o profissional da área: este blog coletou que milhares de vagas foram extintas ao longo do ano.
Balanços
Em janeiro, o BTG Pactual divulga dados preliminares do seu balanço na tentativa de acalmar o mercado. Em fevereiro é a vez da Vale, que anuncia um enorme prejuízo. Em março, a Petrobras divulga seu balanço, mas sem detalhar o misterioso empréstimo chinês, que obriga a empresa a comprar equipamentos do país asiático. Em maio, constata-se que o Metrô de São Paulo levou um cano do seu controlador. Neste mesmo mês, a Eletrobras informa que irá atrasar a entrega das demonstrações contábeis. Em abril percebe-se que a soma dos resultados de cinco estatais é de 60 bilhões de reais de prejuízo. Em junho, a ECT, que era um exemplo de eficiência e qualidade, divulga um prejuízo de 2 bilhões de reais. Em agosto, no novo balanço da Petrobras, percebe-se que os efeitos da corrupção ainda não foram totalmente amortizados. No mesmo mês, a Eletrobras criou uma sigla, RBSE, para resumir um fato que transformou “água em vinho” ou “prejuízo em lucro”.
Controles Internos
2016 foi o ano da falta de controles internos. Uma crise econômica e política tende a ser um ambiente favorável para que os problemas das empresas sejam melhor evidenciados. A lista é grande e aqui alguns exemplos: a Cnova perdeu muito dinheiro em razão da falta de controle nos estoques e a existência de alguns funcionários desonestos; na Telefônica, a questão estava em pagamentos indevidos a funcionários e parentes; na Latam, ao suborno de funcionários na Argentina; na Embraer, a subornos em diversos países; e na Petrobras, a existência de uma quadrilha que enriqueceu partidos políticos, políticos desonestos, empresas diversas etc.
Oi
A maior empresa brasileira de telefonia entrou com o maior pedido de recuperação judicial da história. Em razão da complexidade do assunto e dos valores envolvidos, o assunto ainda será objeto de discussão nos próximos meses.
Mundo
A Apple foi condenada a pagar uma multa bilionária em razão do planejamento tributário realizado na Europa. No meio do ano ficamos sabendo que a adoção do regime de competência na Grécia poderia ter evitado os problemas naquele país. Em abril, um consórcio de jornais divulga documentos de empresas fantasmas que foram criadas no Panamá. O escândalo provocou a renúncia do primeiro-ministro da Islândia e revelou alguns brasileiros envolvidos. Em outubro a teoria de contratos teve seu papel reconhecido no Nobel de Economia. Também em outubro, a absurda proposta de internacionalização da JBS, para evitar os impostos brasileiros (depois de ganhar muito dinheiro subsidiado pelo contribuinte brasileiro) foi recusada pelo sócio BNDES.
Falência dos Estados
Muitos estados estão em situação de “quase” falência. Com salários e contas atrasados, a gestão dos políticos não foi acompanhada de perto pelos tribunais de contas e deixou de ser discutida nos debates políticos. Além disto, setores privilegiados não querem abrir mão das benesses e isto tem sido ajudado por medidas judiciais.
Blog
A principal notícia do blog é que ele continua produzindo postagem. Em fevereiro atingimos 10 mil seguidores no Instagram. Em abril comemoramos 10 anos do blog. Chegamos também a 4 milhões de views e mais de 20 mil postagens. Passamos a divulgar mensalmente os dados de emprego formal do setor, a partir da base Caged.
É bem verdade que o ritmo diminuiu em 2016, em razão dos compromissos outros de César, Isabel e Pedro. Mas estamos vivos e prontos para 2017.
OS DOIS GRANDES FATOS DO ANO
Mero Crime Contábil
Quando em janeiro o governo anunciou um déficit nas suas contas, poucos poderiam imaginar que o presidente da república seria cassado meses depois. Na realidade os problemas de manipulação das contas públicas já existiam nos anos anteriores, mas tornaram-se rotina em 2014 e 2015. No início, o fato foi tratado como “mero crime contábil”, sendo que o termo “contábil” contribuiria para diminuir a gravidade do fato.
A análise realizada pelos técnicos do TCU e por assessores do Congresso mostrava que a Lei de Responsabilidade Fiscal tinha sido desrespeitada. O parecer técnico era muito claro para ser desconsiderado. Ajudou também a revelação que existia na Petrobras uma quadrilha de corruptos e que isto também estava presente no BNDES, Eletrobras, fundos de pensão (Operação Greenfield), entre outros. As provas foram aparecendo e era inegável que nunca antes neste país o Estado estava tomado por pessoas desonestas. Outro fato é a má gestão do presidente.
O novo presidente assume com a tarefa de tomar medidas impopulares, resolver os questionamentos sobre sua legitimidade e tentar se livrar de políticos desonestos. Talvez Temer não seja o Itamar Franco, que assumiu numa crise e deixou um legado de honestidade e estabilidade econômica, nem um Goulart, que piorou a situação do país.
De qualquer forma, a notícia é que um crime contábil foi responsável pela deposição do presidente da república.
Delação
A delação premiada mostrou que diversas empresas tinham práticas desonestas como regra. Numa delas, existia um setor de propinas. Ricos empresários foram presos e ficaram presos. Ao fazer a delação, as pessoas começaram a mostrar as práticas corruptas existentes nos negócios entre o setor privado e o setor público, não somente no Brasil, mas também em outros países. A delação da Odebrecht talvez seja o ponto alto deste processo, indicando que a empresa era claramente desonesta. As multas impostas estão dentro da filosofia de salvar a empresa e os empregos; mas ainda haverá mais punições para os executivos.
28 dezembro 2016
27 dezembro 2016
Perdão, pois fui pego
Se você é daqueles que pensam que não existe corrupção e safadeza nos países desenvolvidos eis um exemplo que vem do Japão:
Durante sete anos os executivos da Toshiba superestimaram os lucros. Com isto, receberam mais pelo "desempenho" da empresa. Em 2015, Tanaka e seus companheiros reconheceram o erro. Talvez a diferença esteja nesta atitude:
É claro que a única razão pela qual o Sr. Tanaka se desculpou e se demitiu não é porque ele realmente estava manipulando a contabilidade por sete anos, um período durante o qual o CEO certamente recebeu dezenas senão centenas de milhões de ações e remuneração. Mas [ele se desculpou e se demitiu] por que ele foi pego.
Na segunda o WSJ afirmou que a empresa espera uma nova amortização em razão dos custos de reatores nucleares que está construindo.
Durante sete anos os executivos da Toshiba superestimaram os lucros. Com isto, receberam mais pelo "desempenho" da empresa. Em 2015, Tanaka e seus companheiros reconheceram o erro. Talvez a diferença esteja nesta atitude:
Eis o que diz Durden sobre o caso:
É claro que a única razão pela qual o Sr. Tanaka se desculpou e se demitiu não é porque ele realmente estava manipulando a contabilidade por sete anos, um período durante o qual o CEO certamente recebeu dezenas senão centenas de milhões de ações e remuneração. Mas [ele se desculpou e se demitiu] por que ele foi pego.
Na segunda o WSJ afirmou que a empresa espera uma nova amortização em razão dos custos de reatores nucleares que está construindo.
Links
Uma análise das armadilhas do Esqueceram de Mim
Um restaurante marxista faliu
As atrações turísticas mais populares em cada país (Brasil é Iguaçu, óbvio. Também da Argentina e Paraguai)
M Odebrecht reuniu com presidente do México antes de dar suborno
Um restaurante marxista faliu
As atrações turísticas mais populares em cada país (Brasil é Iguaçu, óbvio. Também da Argentina e Paraguai)
M Odebrecht reuniu com presidente do México antes de dar suborno
Paradoxo Tullock
O Ministério Público da Suíça aponta que o envolvimento da Odebrecht em esquemas de corrupção era altamente lucrativo para a empresa. Segundo as investigações do país europeu, para cada US$ 1 milhão pago em propinas a políticos, funcionários públicos brasileiros e de estatais, a empresa lucrava US$ 4 milhões com contratos que lhe eram dados por aqueles que recebiam os pagamentos.
Jamil Chade, no Estado de S Paulo
Trata-se do paradoxo Tullock, em razão da teoria desenvolvida por este economista. O policial que não multa o motorista em razão de R$10 para o cafezinho é o exemplo disto. Para o motorista torna-se muito "vantajoso" do ponto de vista da análise custo e benefício de curto prazo. Para a sociedade (e para o Estado) é péssimo.
Existem três possíveis explicações para isto:
1. Eleitores podem punir os políticos muito corruptos ou que levam um estilo de vida acima das suas posses. Não seria interessante aos políticos exigir muito dinheiro;
2. Competição entre os políticos pode baixa o custo da propina;
3. Pode existir dúvidas sobre os corruptos e gerar desconfiança dos corruptores
Jamil Chade, no Estado de S Paulo
Trata-se do paradoxo Tullock, em razão da teoria desenvolvida por este economista. O policial que não multa o motorista em razão de R$10 para o cafezinho é o exemplo disto. Para o motorista torna-se muito "vantajoso" do ponto de vista da análise custo e benefício de curto prazo. Para a sociedade (e para o Estado) é péssimo.
Existem três possíveis explicações para isto:
1. Eleitores podem punir os políticos muito corruptos ou que levam um estilo de vida acima das suas posses. Não seria interessante aos políticos exigir muito dinheiro;
2. Competição entre os políticos pode baixa o custo da propina;
3. Pode existir dúvidas sobre os corruptos e gerar desconfiança dos corruptores
26 dezembro 2016
História da Contabilidade: Estudantes de contabilidade em 1869 no Brasil
No final dos anos de 1860 o Brasil possuía mais estudantes em contabilidade do que temos atualmente. E estamos falando de valores absolutos, não de valores relativos. Isto pode parecer estranho, já que temos a ideia de que as pessoas no segundo reinado eram incultas e o avanço do ensino da contabilidade aconteceu a partir dos anos 1990, com a expansão das faculdades particulares.
Vejamos os números. Segundo um relatório publicado pelo Ministério do Império, em 1869, existiam no país 3.378 escolas particulares e públicas de instrução primária. Deste total, mais de 2/3 eram para meninos e o restante para as mulheres. Do total, 15% estavam localizados na província de Minas Gerais, 10,7% em Pernambuco, quase 9% em S. Pedro do Rio Grande do Sul, 8,5% em São Paulo e percentual próximo na Bahia e Rio de Janeiro. Estas seis províncias, mais Ceará, tinham 2.252 estabelecimentos ou 66,7% das escolas do Brasil.
Em termos de alunos, eram 106.624, sendo que 12,3% estavam em Minas Gerais, 10,5% em Pernambuco, 9,8% no Ceará e 9,4% na Bahia, que eram as províncias com maior número de alunos. Do total, 70% eram do sexo masculino, o que mostra um elevado grau de exclusão das mulheres no ensino.
O relatório do Ministério do Império mostra também o orçamento público de cada província para educação: o Rio de Janeiro tinha o maior orçamento, seguido de Minas e, mais distante, a Bahia. O relatório comenta também dos baixos salários, da melhor qualidade das professoras (e não dos homens) e da evasão elevada.
Na página 43 do relato temos uma informação relevante:
Como já afirmamos neste blog várias vezes, o ensino de contabilidade ocorria juntamente com as primeiras noções de matemática. Assim, como em quase todas as províncias era ensinado a contabilidade no primeiro grau, podemos dizer que existiam mais de 100 mil estudantes de contabilidade no império. É bem verdade que o nível do ensino (talvez) fosse menos aprofundado que o ensino superior de contabilidade. Mas como não existia “conselhos” e amarras da legislação, o aluno que aprendesse contabilidade poderia obter emprego de caixa, escriturário ou guarda-livros.
Vejamos os números. Segundo um relatório publicado pelo Ministério do Império, em 1869, existiam no país 3.378 escolas particulares e públicas de instrução primária. Deste total, mais de 2/3 eram para meninos e o restante para as mulheres. Do total, 15% estavam localizados na província de Minas Gerais, 10,7% em Pernambuco, quase 9% em S. Pedro do Rio Grande do Sul, 8,5% em São Paulo e percentual próximo na Bahia e Rio de Janeiro. Estas seis províncias, mais Ceará, tinham 2.252 estabelecimentos ou 66,7% das escolas do Brasil.
Em termos de alunos, eram 106.624, sendo que 12,3% estavam em Minas Gerais, 10,5% em Pernambuco, 9,8% no Ceará e 9,4% na Bahia, que eram as províncias com maior número de alunos. Do total, 70% eram do sexo masculino, o que mostra um elevado grau de exclusão das mulheres no ensino.
O relatório do Ministério do Império mostra também o orçamento público de cada província para educação: o Rio de Janeiro tinha o maior orçamento, seguido de Minas e, mais distante, a Bahia. O relatório comenta também dos baixos salários, da melhor qualidade das professoras (e não dos homens) e da evasão elevada.
Na página 43 do relato temos uma informação relevante:
Como já afirmamos neste blog várias vezes, o ensino de contabilidade ocorria juntamente com as primeiras noções de matemática. Assim, como em quase todas as províncias era ensinado a contabilidade no primeiro grau, podemos dizer que existiam mais de 100 mil estudantes de contabilidade no império. É bem verdade que o nível do ensino (talvez) fosse menos aprofundado que o ensino superior de contabilidade. Mas como não existia “conselhos” e amarras da legislação, o aluno que aprendesse contabilidade poderia obter emprego de caixa, escriturário ou guarda-livros.
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