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27 novembro 2016

História da contabilidade: Charlatanismo na educação em 1869

Em 1869, no jornal America do Sul, um leitor escreveu uma correspondência sobre a educação primária para as mulheres de uma escola particular comandada por uma senhora de nome Maria Julia e suas duas filhas. O leitor comenta sobre os resultados obtidos na escola e diz:

Onze meninas de 10 a 12 anos foram examinadas em leitura, contabilidade e doutrina, e foi grande a satisfação que tivemos em notar o adiantamento real delas nos estudos, graças ao systema de ensino escoimado do charlatanismo, tão comum entre nós (19 de dezembro de 2869, ano I, n. 43, p. 4, America do Sul) (como no original)


Este trecho chama a atenção das pessoas do século XXI por diversas razões. Primeiro, mostra a existência de escolas femininas no segundo império, com turmas pequenas de onze meninas. O segundo ponto, já comentado aqui nas postagens sobre história da contabilidade, é a presença do ensino da contabilidade na fase inicial da escolarização, juntamente com a leitura. Terceiro, a crítica ao ensino da época, com a presença de charlatães. O trecho “escoimado de charlatanismo” que dizer algo como “longe da picaretagem”

26 novembro 2016

Rir é o melhor remédio

Fato da Semana: Auditores punidos

Fato: Auditores punidos pela CVM

Data: 24 novembro de 2016

Punição 1

Punidos: Exacto Auditoria e Carlos Olavo P Hoff
Auditada: Construtora Sultepa
Motivo : Não cumprimento de normas do CFC de auditoria, incluindo o planejamento da auditoria, estimativas contábeis, entre outras questões.
Punição : Multa de 50 mil para empresa de auditoria e 30 mil para o auditor

Punição 2

Punidos: RBA Global e Nardon Nassi Auditores Independentes
Auditada: Cia Habitasul de Participações
Motivo: Descumpriu a rotatividade dos auditores. A Nardon Nassi foi substituída pela RBA Global. O auditor Antônio Carlos Nassi é responsável técnico e representante das duas, empresas. Mas Antônio Carlos Nassi não estava cadastrado na CVM como auditor.
Punição: Multa de 300 mil para Nardon Nassi e 100 mil reais para RBA Global.

Notícia boa para contabilidade?
Auditores sendo punidos por não cumprirem requisitos de auditoria, incluindo uma tentativa de driblar a rotatividade imposta pela CVM. Um delos auditores punidos recebeu a maior condecoração dada pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Desdobramentos
Para as empresas punidas poucos efeitos, exceto a perda de algum goodwill. Será que o CFC irá discutir este assunto?

Mas a semana só teve isto?
O problema do emprego no setor, a vigilância implantada na Embraer e o plano de redução do custo do Banco do Brasil seriam outros fatores relevantes.


Rir é o melhor remédio


25 novembro 2016

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Picaratagem das pesquisas e ensino em Finanças Empíricas

A pesquisa em finanças está em crise. Estudantes formados nas universidades estão mal preparados para fazer qualquer contribuição significativa para o setor de investimentos. Como o atual presidente da Associação Americana de Finanças reconheceu: "a maioria dos resultados daz pesquisas em finanças são provavelmente falsos". Os estudantes pagam centenas de milhares de dólares para aprender abordagens que não funcionam na prática. Pior ainda, eles vão desperdiçar preciosos anos tentando descobrir como fazer esses modelos teóricos falhos funcionarem na prática. Depois de muita decepção, eles vão chegar a esta conclusão: a pesquisa acadêmica e as publicações são divorciados da aplicação prática para os mercados financeiros, e muita aplicações nos mundo dos investimento não são fundamentada na ciência adequada. Além disso, diversos fundos de hedge e firmas de investimento não contratam profissionais com background em finanças ou economia. Um exemplo clássico é a Renaissance Technologies, que contrata apenas profissionais formados na área de STEM.

Resumo:


Empirical Finance is in crisis: Our most important discovery tool is historical simulation, and yet, most backtests and time series analyses published in journals are flawed. The problem is well-known to professional organizations of Statisticians and Mathematicians, who have publicly criticized the misuse of mathematical tools among Finance researchers. In this note I point to three problems and propose four practical solutions. In an attempt to overcome the challenges posed by multiple testing and selection bias, I emphasize the need to move from an individual-centric to a community-driven research paradigm. Low retraction rates can be corrected through technologies that derive “peer p-values”. Stronger theoretical foundations and closer ties with financial firms would help prevent false discoveries.