No dia 20 de outubro deve estrear no Brasil o filme O Contador. Com Ben Affleck (de Gênio Indomável), no papel de Christian Wolff, Anna Kendrick, como Dana Cummings, e J. K. Simmons (The Closer), o filme trata de uma pessoa com mais afinidade com os números do que com as pessoas. Trabalhando como freelance, Wolff descobre registros fraudulentos de uma organização criminosa.
O filme tem endereço oficial que você pode acessar aqui, que inclui jogos. Com um pouco mais de duas horas, a nota no IMDB do filme era, nesta data, de 7,9, nada mal para um filme relativamente barato (44 milhões de dólares de custo) e que fez 25 milhões na primeira semana. As críticas da imprensa são levemente favoráveis: 15 positivas, 6 negativas e 23 neutras. O The Guardian fala em clichês e deu nota 4, mas o The Wall Street Journal deu nota 7.
17 outubro 2016
16 outubro 2016
Eletrobras
A Eletrobras divulgou um fato relevante na sexta-feira. A motivação foi a informação que a empresa estava depositando as demonstrações contábeis dos exercícios sociais de 2014 e 2015 na bolsa dos Estados Unidos.
O comunicado informa alguns valores diferentes daqueles registrados e divulgados pelas demonstrações contábeis para o usuário brasileiro. São aqueles resultantes de fatos e informações disponibilizadas recentemente. A empresa informa que, a exemplo da Petrobras, não tem condições de estimar os efeitos da corrupção e superfaturamento nos exercícios anteriores (“Assim, não há informações suficientes que permitam a Companhia determinar os períodos específicos, anteriores a 2014, em que superfaturamentos possam ter ocorrido e, consequentemente, os períodos das demonstrações financeiras que foram afetados”). Utiliza, inclusive, o IAS 16 e o IAS 8 para justificar esta decisão contábil. De maneira resumida as mudanças ocorridas nas demonstrações para a SEC poderiam afetar para mais o resultado do exercício de 2015 e para menos de 2014, em montantes razoavelmente próximos.
O comunicado é muitas vezes confuso, prolixo e ilegível. Por exemplo, “os relatórios de investigação independente reportam determinados superfaturamentos relacionados à propina e práticas de cartel, considerados ilegais no âmbito de alguns contratos de projetos investigados, os quais foram celebrados, desde 2008, com certos empreiteiros e fornecedores”. Ora, propina e cartel não são ilegais em alguns contratos, mas em todos.
O comunicado informa alguns valores diferentes daqueles registrados e divulgados pelas demonstrações contábeis para o usuário brasileiro. São aqueles resultantes de fatos e informações disponibilizadas recentemente. A empresa informa que, a exemplo da Petrobras, não tem condições de estimar os efeitos da corrupção e superfaturamento nos exercícios anteriores (“Assim, não há informações suficientes que permitam a Companhia determinar os períodos específicos, anteriores a 2014, em que superfaturamentos possam ter ocorrido e, consequentemente, os períodos das demonstrações financeiras que foram afetados”). Utiliza, inclusive, o IAS 16 e o IAS 8 para justificar esta decisão contábil. De maneira resumida as mudanças ocorridas nas demonstrações para a SEC poderiam afetar para mais o resultado do exercício de 2015 e para menos de 2014, em montantes razoavelmente próximos.
O comunicado é muitas vezes confuso, prolixo e ilegível. Por exemplo, “os relatórios de investigação independente reportam determinados superfaturamentos relacionados à propina e práticas de cartel, considerados ilegais no âmbito de alguns contratos de projetos investigados, os quais foram celebrados, desde 2008, com certos empreiteiros e fornecedores”. Ora, propina e cartel não são ilegais em alguns contratos, mas em todos.
15 outubro 2016
Fato da Semana: Nobel de Economia
Fato: Nobel para Teoria de Contratos
Data: 10 outubro de 2016
Descrição dos estudos premiados - A teoria de contratos estuda como as pessoas constroem contratos diante da existência de informação assimétrica. Trata-se de uma área que inclui conhecimentos de economia e direito, mas com influencia em outras áreas. A teoria de contratos inclui os conceitos de risco moral, seleção adversa e sinalização.
Relevância - Diversas situações contábeis podem usar os achados da teoria. É o caso dos contratos entre uma empresa e sua auditoria externa. Ou da chefia com seus subordinados. Alguns dos contratos desenhados podem gerar lançamentos contábeis, em razão das definições postas pela estrutura conceitual da contabilidade. Em outros isto não ocorre. Ademais, certos tipos de contratos podem depender da contabilidade para mensurar variáveis relevantes, como é o caso dos contratos de desempenho.
Notícia boa para contabilidade? O reconhecimento de um área que tem interface com a contabilidade é sempre importante. (É interessante notar que no doutorado de contabilidade da UnB temos a disciplina de Economia da Informação, onde os aspectos associados a risco moral, assimetria, seleção adversa, sinalização e screening são abordados)
Desdobramentos - O prêmio Nobel de Economia tem mostrado que esta área do conhecimento é multidisciplinar. Estudos anteriores que possuem vínculos com esta área já tinham sido premiados, destacando sua relevância.
Mas a semana só teve isto? A questão dos bancos (Deutche, Wells Fargo, entre outros) e a discussão do modelo proposto pela PEC dos gastos públicos merecem destaque.
Assinar:
Postagens (Atom)