Nem sempre a doação é algo razoável para uma empresa. A editora Cosac Naify está encerrando suas atividades. Parte do estoque está sendo vendido com desconto na Amazon. A empresa decidiu aproveitar o estoque como aparas. Eis o que diz a editora:
Na reportagem, Oliveira [Diretor Financeiro da editora] argumentou: “Tem um problema que muitas pessoas desconhecem. Doações geram um transtorno contábil na empresa. Se faço uma doação de um livro, tenho que reconhecer o custo disso. Se eu faço a doação de um volume considerável de livros, eu gero um resultado financeiro negativo absurdo, fora da curva”. A falta de pessoal para cuidar dessas doações também foi citada pelo diretor financeiro, que disse ainda que não pode doar os volumes para os autores, mas que eles terão prioridade na compra, e que a Amazon não ficou com todo o estoque da casa, só com alguns dos títulos.
22 setembro 2016
21 setembro 2016
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Comentários patrocinados inflam classificação de produtos na Amazon (aqui também)
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Uma breve análise do ranking da Folha
A divulgação do ranking da Folha de S Paulo no início da semana permite uma constatação interessante: se você quiser qualidade de ensino, inovação, internacionalização e pesquisa procure uma universidade pública. Se seu foco é o mercado, a entidade privada pode ser útil. Os números confirmam de forma consistente esta afirmação.
Tomando somente as vinte melhores universidades para cada item do ranking RUF é possível observar que todas as vinte mais bem colocadas em pesquisa e inovação são instituições públicas. Quando o item é o ensino, somente a PUC de São Paulo estaria nesta lista, mas em 19º lugar. No quesito de internacionalização, três instituições privadas, todas vinculadas à Igreja Católica, estariam entre as melhores do Brasil: PUC Rio (7º.), PUC RS (15º.) e Católica de Pelotas (18º.). Também é importante notar que os critérios de análise de pesquisa, internacionalização e inovação são números totalmente objetivos: número de publicação no Web of Science, citações internacionais e pedidos de patentes. Já a avaliação em ensino e mercado é composta por opiniões: no quesito de ensino, de professores escolhidos pelo MEC para avaliação de cursos superiores; no mercado, de responsáveis pela contratação de profissionais no mercado.
A análise das vinte melhores em cada um dos quesitos permite notar um leve viés geográfico na avaliação mais subjetiva. Enquanto cinco das vinte melhores instituições em inovação estão localizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, no tópico ensino são oito e no de mercado são dez. Este viés geográfico poderia explicar a boa classificação da Universidade de Brasília neste item (4ª. Colocada), talvez pela grande presença desta instituição entre os avaliadores do MEC. Por outro lado, provavelmente os especialistas de mercado pesquisados pela Folha podem estar concentrados nos estados citados, que explicaria a 24ª. Posição da UnB.
Claramente o índice de mercado é o que parece mais estranho. Algumas instituições que tiveram classificações ruins nos outros quesitos foram bem contempladas neste. Uma instituição que está entre as vinte melhores no mercado foi classificada como 86ª. No quesito ensino, 99º em inovação e acima disto em pesquisa e internacionalização. Faz sentido o mercado desejar um profissional formado numa instituição de baixa qualidade de ensino, inovação, pesquisa e internacionalização? Uma possível explicação para esta distorção talvez esteja na grande quantidade de alunos formados por esta universidade; com este grande número, aumenta a chance de um deles estar entre os “especialistas de mercado” que responderam para a Folha. E obviamente isto deve afetar o resultado final.
Tomando somente as vinte melhores universidades para cada item do ranking RUF é possível observar que todas as vinte mais bem colocadas em pesquisa e inovação são instituições públicas. Quando o item é o ensino, somente a PUC de São Paulo estaria nesta lista, mas em 19º lugar. No quesito de internacionalização, três instituições privadas, todas vinculadas à Igreja Católica, estariam entre as melhores do Brasil: PUC Rio (7º.), PUC RS (15º.) e Católica de Pelotas (18º.). Também é importante notar que os critérios de análise de pesquisa, internacionalização e inovação são números totalmente objetivos: número de publicação no Web of Science, citações internacionais e pedidos de patentes. Já a avaliação em ensino e mercado é composta por opiniões: no quesito de ensino, de professores escolhidos pelo MEC para avaliação de cursos superiores; no mercado, de responsáveis pela contratação de profissionais no mercado.
A análise das vinte melhores em cada um dos quesitos permite notar um leve viés geográfico na avaliação mais subjetiva. Enquanto cinco das vinte melhores instituições em inovação estão localizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, no tópico ensino são oito e no de mercado são dez. Este viés geográfico poderia explicar a boa classificação da Universidade de Brasília neste item (4ª. Colocada), talvez pela grande presença desta instituição entre os avaliadores do MEC. Por outro lado, provavelmente os especialistas de mercado pesquisados pela Folha podem estar concentrados nos estados citados, que explicaria a 24ª. Posição da UnB.
Claramente o índice de mercado é o que parece mais estranho. Algumas instituições que tiveram classificações ruins nos outros quesitos foram bem contempladas neste. Uma instituição que está entre as vinte melhores no mercado foi classificada como 86ª. No quesito ensino, 99º em inovação e acima disto em pesquisa e internacionalização. Faz sentido o mercado desejar um profissional formado numa instituição de baixa qualidade de ensino, inovação, pesquisa e internacionalização? Uma possível explicação para esta distorção talvez esteja na grande quantidade de alunos formados por esta universidade; com este grande número, aumenta a chance de um deles estar entre os “especialistas de mercado” que responderam para a Folha. E obviamente isto deve afetar o resultado final.
20 setembro 2016
EY: Quebra de independência
Fonte: Aqui |
A Ernst
& Young concordou em pagar US$ 9,3 milhões em um acordo para encerrar
acusações de quebra de independência feitas pela Securities and Exchange
Commission.
As
acusações se referem a dois sócios que se tornaram muito próximos a clientes de
auditoria incluindo um que estava em um relacionamento romântico com o CFO do cliente.
Leia mais aqui.
O diretor
da Division of Enforcement da SEC, Andrew J. Ceresney, afirmou que essas foram
as primeiras ações de sanção da SEC direcionadas a empresas de auditoria que
falham em divulgar as relações interpessoais entre auditores e clientes. Andrew
afirmou ainda que a EY não fez o suficiente para detectar e prevenir os sócios
de estarem demasiadamente próximos de seus clientes, comprometendo seus papéis
como auditores independentes.
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