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14 setembro 2016

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Dell


Recentemente a Corte de Delaware decidiu um caso relacionado com avaliação da empresa de computadores Dell.

Tudo começou quando a empresa anunciou, em janeiro de 2013, que iria retirar suas ações do mercado de capitais e torna-la uma empresa de capital fechado. Usando um empréstimo da Microsoft, Michael Dell e Silver Lake Partners, existia a proposta de comprar as ações por 13,65 cada. Este preço foi majorado para 13,88, sendo aceito em setembro de 2013.

Mas alguns acionistas não ficaram satisfeitos com a oferta e entraram na justiça, alegando que o preço estava baixo. Durante o julgamento da questão, as partes envolvidas contrataram especialistas. Da parte da Dell, os especialistas concluíram que o preço mais adequado seria 12,68 por ação. Já os peritos dos reclamantes consideraram que o valor justo da Dell seria 28,61 por ação. Uma diferença de mais de 100%, ou 28 bilhões.

Em maio o tribunal decidiu que o valor correto seria $17,62. O caso da Dell é interessante pela utilização do processo de avaliação de empresas numa questão judicial. Um lado de avaliação é uma opinião; dependendo das suposições empregadas no laudo, os valores podem realmente apresentar diferenças enormes. No caso da Dell, por exemplo, os avaliadores partiram de diferentes pesos para dívida e capital próprio na estrutura de capital da empresa. Isto naturalmente afeta a taxa de desconto, com efeitos no valor final.

Um texto do New York Times (link de Histórias Contábeis) pergunta: “quem decide o valor justo?” A resposta seria o júri. Entretanto, este é um caso que não faz sentido trabalhar com valor justo. Não existiu uma transação tradicional ou algo que se aproxima disto. AO contrário que deseja o jornal, é uma disputa entre duas partes sobre o valor de transação para um ativo.

(Uma curiosidade: o símbolo da Dell tem um "e" parecido com a Evil Corp, de Mr. Robot)

Ativos Culturais

Com o advento do processo de convergência da contabilidade pública brasileira aos padrões contábeis internacionais, os bens de uso comum devem ser incorporados ao patrimônio das entidades públicas responsáveis pela sua administração e controle, entre eles os ativos culturais (heritage assets). Em razão da natureza única que quase sempre cerca o registro desses valores, o presente estudo tem como objetivo identificar as práticas contábeis adotadas por cidades históricas no reconhecimento, mensuração e evidenciação dos ativos culturais no âmbito do Setor Público. Para tratar a questão da pesquisa, foram realizados estudos nas cidades históricas de Pirenópolis e Goiás [foto], situadas no Estado de Goiás, a partir da análise das contas do Ativo Permanente dos Balanços Patrimoniais relativos aos exercícios de 2013 e 2014, e efetuada uma entrevista com o diretor responsável pela Diretoria de Planejamento e Implementação de Sistemas do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás – TCMGO, entidade fiscalizadora desses Municípios. Os achados do estudo mostram que apesar de as duas cidades possuírem importantes obras como patrimônio histórico e artístico, tendo bens tombados há mais de meio século, e de essas obras tombadas atenderem aos critérios de reconhecimento, mensuração e evidenciação de ativos segundo a Teoria da Contabilidade, não há evidências de ativos culturais contabilizados. Entre as principais dificuldades está a falta de pessoal qualificado nas Prefeituras para a realização dos levantamentos e avaliações que serão necessários. (ATIVOS CULTURAIS: UMA ANÁLISE DO TRATAMENTO CONTÁBIL EM CIDADES HISTÓRICAS DO ESTADO DE GOIÁS. Lorena Almeida Campos, Vânia Arcelino dos Santos, Diana Vaz de Lima. Universo Contábil)

Além deste aspecto, a mensuração do valor de ativos culturais é muito subjetiva.

Garantia

Os irmãos Wesley e Joesley Batista retomaram nesta terça-feira, 13, o comando das empresas do grupo J&F, dono da JBS e da marca Friboi. Os executivos firmaram um acordo com o Ministério Público Federal e têm até o dia 21 de outubro para depositar em juízo R$ 1,5 bilhão. Os recursos serão usados como garantia até o fim do processo judicial que apura suspeitas de irregularidades nos investimentos feitos por fundos de pensão na empresa Eldorado Celulose, que pertence ao grupo.

Trata-se de um valor muito elevado. Além disto, assumiram o compromisso de comparecer para depoimentos. O termo encontra-se a seguir

Rir é o melhor remédio

Literalmente falando: