Os dados de emprego com carteira assinada do Ministério do Trabalho, coletados com exclusividade por este blog, indicam que o problema de emprego persiste no setor contábil. Usando a classificação CBO 2002 e computando Contadores e Auditores, Escriturários de Contabilidade e Técnicos em Contabilidade, o número de admitidos em junho foi de 7406 no Brasil. E o número de desligados atingiu a 8497. Pelo nono mês seguido este número é negativo. Computando desde janeiro de 2014, o número de vagas reduzidas foi de quase 24 mil. Mais precisamente, 23.757. Em termos de salários, estas demissões correspondem a 16 milhões de reais por mês.
Como tem sido comum, o salário dos desligados é muito superior aos admitidos: R$2213 versus R$2656 em julho de 2016. Isto significa uma economia para as empresas, mas reduz a massa salarial do setor contábil. Em julho a diferença foi de 20%, um resultado melhor que junho, quando a diferença ficou em 27%. Em média, os demitidos tinha 33 meses de emprego e cerca de 30 anos de idade.
Na análise por característica do empregado, o único extrato que se salvou foi o empregado com superior completo: um saldo contrato positivo de 36. Nos demais, o número de demissões supera o de admitidos: as mulheres sofreram mais com a crise em julho (uma redução de vagas de 729 versus 362 dos homens), assim como os escriturários (menos 743 vagas).
Os números não são nada animadores.
25 agosto 2016
24 agosto 2016
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23 agosto 2016
Qual o limite para Petrobras?
Quando explodiu o escândalo na Petrobras, uma dúvida era saber qual o montante que a contabilidade deveria reconhecer na mensuração a maior dos seus ativos. Um número inicial, de quase noventa bilhões, foi descartado pela gestão como inadequado. Optou-se por 6 bilhões por conta da corrupção, além de 50 bilhões por outras razões. Agora o Valor Econômico levantou que o total amortizado até agora ultrapassa aos 120 bilhões de reais.
Ou seja, a primeira previsão não estava muito fora da realidade. Mas será este o limite da empresa? Em geral, uma nova gestão tem o costume de amortizar o máximo possível. Mas nas últimas demonstrações, outras amortizações foram realizadas, indicando que o fundo do poço ainda não chegou.
Ou seja, a primeira previsão não estava muito fora da realidade. Mas será este o limite da empresa? Em geral, uma nova gestão tem o costume de amortizar o máximo possível. Mas nas últimas demonstrações, outras amortizações foram realizadas, indicando que o fundo do poço ainda não chegou.
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