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21 julho 2016

6 Princípios de Economia Comportamental

O objetivo do paper abaixo é mostrar como 6 princípios de Economia Comportamental podem ser introduzidos em cursos de introdução à economia.

Resumo:

Behavioral economics has become an important and integrated component of modern economics. Behavioral economists embrace the core principles of economics—optimization and equilibrium—and seek to develop and extend those ideas to make them more empirically accurate. Behavioral models assume that economic actors try to pick the best feasible option and those actors sometimes make mistakes. Behavioral ideas should be incorporated throughout the first-year undergraduate course. Instructors should also considering allocating a lecture (or more) to a focused discussion of behavioral concepts. We describe our approach to such a lecture, highlighting six modular principles and empirical examples that support them.
Fonte: Laibson, David and John A. List. 2015. "Principles of (Behavioral) Economics." American Economic Review, 105(5): 385-90.

Os autores definem Economia comportamental da seguinte forma: são emendas à teoria econômica tradicional. Ela melhora a análise econômica tradicional. Tanto a teoria econômica tradicional como a economica comportamental assumem que: i) as pessoas tendem a escolher a melhor opção disponível (otimização) ii) as pessoas tendem a escolher a melhor opção disponível quando interagem com outras pessoas (conceito de equilírio) iii) os modelos devem ser testados com dados (empiricismo). Apesar da Economia comportamentl ter surgido após o famoso artigo de dois psicólogos israelenses ( Daniel Kahneman and Amos Tversky) em 1979. No entanto, Adam Smith já tratava de conceitos de economia comportamental em suas obras seminais. Os autores do artigo elencam 6 princípios de economia comportamental que deveriam ser introduzidos num curso de introdução à economia.

1ª Princípio: as pessoas tendem a escolher a melhor opção, mas às vezes falham. Os erros (ou falhas) são previsíveis. Tomadores de decisão mais experientes tendem a tomar melhores decisões. Por exemplo, já foi mostrado que pessoas que tem mais experiência com cartão de crédito tendem a pagar menos tarifas. Assim, pessoas mais experientes tendem tomar decisões ótimas.

2ª Princípio: os indivíduos se importam com pontos de referência. Por exemplo, se uma pessoa entrar num casino com 200 reais. Ela avaliará suas perdas e ganhos segundo esse ponto de referência. Além disso, as perdas têm muito mais peso que os ganhos (fenômeno denominado aversão à perda). Em geral, as pessoas sofrem duas vezes mais com a perdas do que um ganho da mesma magnitude. A aversão à perda desencoraja o comércio. Assim, as pessoas evitam a realização de trocas e permanecem com seus ativos (o que é conhecido por efeito dotação ou viés de status quo). Ou seja, o indivíduo acha que as coisas que ele possui valem mais do que as outras coisas e por isso evita trocas.

3ª Princípio: as pessoas têm problemas de auto-controle. Por exemplo, as pessoas planejam trabalhar pesado, fazer dieta, exercício, poupar mais. No entanto, acabam por não concluir tais tarefas. Há um gap entre as intenções e realizações.

4ª Princípio: as pessoas se preocupam bastante com seus ganhos materias, mas nem por isso deixam de se preocupar com as intenções, ações e ganhos dos outros. Por exemplo, num jogo em que o indivíduo 1 deve definir como dividir 10 reais com o indivíduo 2. Em que caso a segunda pessoa rejeite a oferta os dois ficam sem nada. Em geral, a primeira pessoa faz uma oferta de pelo menos 2 reais,


5ª Princípio: Muitas vezes as trocas de mercado eliminam a influência de fatores psicológicos, mas mesmo assim esses fatores podem influenciar os mercados. Por exemplo, se investidores com vieses comportamentais compõem uma pequena parte do mercado, então os investidores racionais vão eliminar a influência desses vieses nos preços dos ativos. Caso contrário, as crenças dos investidores com viés terá grande influência no mercado como ocorreu na bolha de tecnologia de 2000 e na crise de 2008.

6ª Princípio: na teoria, limitar as opções das pessoas pode protegê-las de vieses cognitivos. Mas na prática, governos extremamente partenalistas são impopulares e têm um desepenho misto. Paternalismo que tem sucesso: seguridade social. Paternalismo que fracassa: proibição de bebida alcoólica, tributos sobre o açúcar.


Rir é o melhor remédio



Um comercial norueguês resolveu mostrar um Rio de Janeiro mais "realista".

A campanha da marca esportiva XXL Sport & Villmark para os Jogos Olímpicos do Rio se passa em uma favela.

No vídeo "Sport Unites All", um menino, que encontra uma carteira perdida, é tratado como ladrão pela polícia, que o persegue pelas ruas da comunidade, sem dar espaço para explicações.

A realidade acaba por aí: o dono da carteira é Ronaldinho Gaúcho, que se apresenta e salva o dia, para a felicidade dos agentes.

O vídeo termina com uma pelada na praia entre menino, Ronaldinho e policiais. Um final de novela, praticamente.


Fonte: Aqui

20 julho 2016

Poderíamos aprender com Montreal?

Eis o que encontrei na Wikipedia no verbete de Montreal:

Montreal organizou os Jogos Olímpicos de Verão de 1976, o que endividou profundamente a cidade (na ordem dos bilhões de dólares canadenses), devido a gastos não controlados e à corrupção. A dívida continuou a ser paga até o início de 2006. Embora Montreal tenha planejado concorrer nas seletivas que determinariam a cidade que sediará os Jogos Olímpicos de 2016, muitos dos habitantes da cidade não querem que a cidade sedie outra Olimpíada.

Até os anos de 1960 Montreal era a principal cidade do Canadá, sendo seu centro financeiro e industrial. Um dos motivos foi o nacionalismo:

A aprovação da Lei 101 pelo governo de Quebec, em 1977, limitando o uso do inglês e outros idiomas que não o francês na política, comércio e na mídia, foram fatores decisivos, causando o afastamento de comerciantes e empresas internacionais, que se mudaram principalmente para Toronto, e a diminuição do número de imigrantes instalados na cidade.

Links

Supermodelo Miranda Kerr (foto) anuncia compromisso com o fundador do Snapchat no Instagram

Pesquisa sobre fraude no mundo (versão 2016) (PDF)

Não existe diferença entre a arte criada pelo ser humano e a criada pelo computador

5 maneiras de viver sem stress

Construtoras: Odebrecht reestrutura dívida e PDG paralisa obra

Erro mostra falhas na lei eleitoral

Uma lei aprovada no ano passado estipulou que o teto de despesas nas eleições para vereador em 2016 deve ser igual a 70% do maior gasto na campanha anterior, mais a correção da inflação no período. Em Manaus, um erro transformou um recibo de R$ 2.850 em R$ 28,5 milhões. Em 2013, as contas do candidato Abraão Santana de Melo foram analisadas e consideradas não prestadas pela Justiça Eleitoral do Amazonas, em razão de uma série de inconsistências.

Assim, o caso nunca chegou a ser analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na hora de calcular o teto das campanhas deste ano, o erro passou batido, fazendo com que o TSE jogasse para cima os gastos permitidos aos candidatos à Câmara de de Vereadores da capital do Amazonas.


Isto mostra como a regulamentação eleitoral no Brasil é falha. Com a pretensão de ser "justa" e "igualitária", a lei incentiva comportamentos inadequados. Continue lendo aqui

Dívida da Grécia e adoção das IPSAS

Can the adoption of international accounting standards change the world’s view of Greek debt?
The government of Greece recently announced that it was adopting International Public Sector Accounting Standards (IPSAS). This article considers how the adoption of IPSAS might help Greece. The current context is one in which an agreement has recently been reached between Greece and its creditors, though further negotiations on matters such as debt relief are required. That agreement is predicated on the notion that Greece has an unsustainable burden of debt, and the debate has focused on what changes are needed to make the debt sustainable. The International Monetary Fund (IMF) has expressed the view that for Greece’s debt to be sustainable requires debt relief.

The ‘traditional’ benefits of IPSASIn a different context, the question of how the adoption and use of IPSAS-based accounting would help a country could be answered in a more traditional way. Good accounting is an essential element of good governance; high-quality public financial management enables tighter fiscal control; the transparency associated with IPSAS-based financial statements leads to a better informed electorate and a more accountable government. In such a context, government accounting is an essential element of a well-functioning management system, enabling decision-makers to measure and monitor performance, and creating incentives for them not to take decisions that impact negatively on either efficiency or intergenerational equity.

For Greece, its adoption of IPSAS might, in time, generate these benefits. But the current context is one characterized by a widespread and pervasive misunderstanding of Greece’s real fiscal position. That misunderstanding has created a setting in which the solution recently reached between Greece and its creditors does not address the real problem and, indeed, may exacerbate it. In this context, the most immediate and significant ways in which IPSAS can help Greece is to reveal its current position, and prevent it from getting worse.

Understanding Greece’s real debt position

While Greece’s debt is commonly cited as being 175–180% of GDP, it is increasingly being acknowledged that this number is incorrect and indefensible, because it is based on the face value of Greece’s debt. This is notwithstanding that the debt has both long maturities and concessional interest rates, as well as grace periods. Just two of many instances where the inappropriateness of using face value as the measure of debt areProfessor Paul de Grauwe (2015) and the Institute of International Finance (IIF, 2015). The IIF, for example, states:

The fixation on measuring debt sustainability as a ratio of nominal debt to GDP is too narrow and simplistic to serve as an all-powerful target of adjustment policies. The composition and structure of debt matters greatly: maturity (long term or short/medium term), interest costs (market rates or concessionary/low rates) as well as existence of grace periods.

Also, as Schumacher and Weder di Mauro (2015) note, the IMF does not use face value of debt when conducting debt sustainability analyses of developing countries, which typically have debt with long maturities and concessional interest rates – exactly the situation with Greece.

[...]

Fonte: aqui

Microsoft reverte prejuízo

A Microsoft anunciou nesta terça-feira (19) que teve lucro líquido de US$ 3,12 bilhões no quarto trimestre fiscal, revertendo resultado negativo registrado um ano antes, de US$ 3,2 bilhões.

A companhia apurou um crescimento de 2,1% na receita ajustada do trimestre encerrado em 30 de junho, apoiada em expansão de negócios em computação em nuvem, que minimizou a fraqueza no mercado de computadores pessoais.

A receita ajustada subiu para US$ 22,6 bilhões no trimestre, ante US$ 22,18 bilhões faturados um ano antes.

Fonte: Aqui