Pouquíssimos terroristas são pegos em flagrante então prendê-los envolve uma grande e detalhado processo de investigação. A investigação para encontrar terroristas pode levar meses ou anos. Desde o início do FBI contadores são parceiros fundamentais para ajudar agentes a construírem um caso contra terroristas e outros criminosos. The Nest mostra como o FBI emprega a contabilidade forense para ajuda-los a “seguir o dinheiro”:
Analista financeiro
A contabilidade forense é essencial ao ciclo de inteligência empregado pelo FBI. Terroristas precisam de dinheiro porque os criminosos precisam de treinamento, equipamento e armas. Alguém tem que financiar essas compras ou dar fundos para que os próprios terroristas adquiram o que necessitam. Contadores forenses recebem um treinamento específico para conseguirem encontrar e interpretar os detalhes de transações financeiras. Eles analisam e auditam dados bancários, companhias de investimento, empresas aéreas, caixas eletrônicos e detalhes telefônicos, além de organizações duvidosas de caridade. Os contadores ajudam a encontrar terroristas ao revisarem os dados financeiros de indivíduos ou negócios suspeitos de envolvimento com o terrorismo. Eles completam análises financeira de negócios e dados pessoais para criar perfis que identificam pessoas ou negócios suspeitos de terrorismo ou de apoio a terroristas.
Provas e evidências
Ao revisar dados financeiros, acompanhar atividades financeiras, depósitos e saques em diversas contas, os contadores forenses colhem evidências que podem ser utilizadas para antecipar e localizar atividades terroristas suspeitas ou processar terroristas conhecidos. Nos anos iniciais do FBI, os contadores ajudaram a pegar criminosos notáveis como Al Capone, preso por evasões fiscais. Contadores forenses também conseguem reconstruir atividades juntando informações de fontes diversas. Após juntar as evidências financeiras, os contadores reportam seus achados em relatórios investigativos.
Fontes de recursos
A atividade terrorista começa ao encontrar negócios ou pessoas que financiam criminosos. Um contador forense passa muito tempo procurando fontes de recursos e transações inter-relacionadas para determinar a atividade terrorista. Em 2009, o FBI desenvolveu a posição de contador forense como uma função investigativa auxiliar tanto para o terrorismo quanto para outros crimes financeiros. Desde os atentados de 11 de setembro o FBI tem contadores acompanhando uma variedade de transações financeiras que podem envolver a transferência de grandes somas monetárias, células terroristas dormentes ou treinamento terrorista.
Testemunha perita
Alguns contadores testemunham seus achados no tribunal. Eles podem se encontrar com o promotor público para construir o caso contra terroristas. Eles discutem estratégias e procedimentos antes de um caso ir a julgamento. Assim que um caso judicial se inicia, alguns contadores podem testemunhar como peritos. Contadores forense devem estar familiarizados com princípios e práticas contábeis, políticas e procedimentos de aplicação de leis, regras federais relacionadas a provas criminais, protocolos de segurança em nível nacional e procedimentos jurídicos.
18 julho 2016
17 julho 2016
Por que os títulos da dívida americana são ativos seguros?
Resumo:
US government bonds are considered to be the world's safe store of value, especially during periods of economic turmoil such as the events of 2008. But what makes US government bonds "safe assets"? We highlight coordination among investors, and build a model in which two countries with heterogeneous sizes issue bonds that may be chosen as safe asset. Our model illustrates the benefit of a large absolute debt size as safe asset investors have "nowhere else to go" in equilibrium, and the large country's bonds are chosen as the safe asset. Moreover, the effect becomes stronger in crisis periods.
US government bonds are considered to be the world's safe store of value, especially during periods of economic turmoil such as the events of 2008. But what makes US government bonds "safe assets"? We highlight coordination among investors, and build a model in which two countries with heterogeneous sizes issue bonds that may be chosen as safe asset. Our model illustrates the benefit of a large absolute debt size as safe asset investors have "nowhere else to go" in equilibrium, and the large country's bonds are chosen as the safe asset. Moreover, the effect becomes stronger in crisis periods.
A explicação para os títulos da dívida norte-americana serem ativos seguros é que a crença dos investidores de que os ativos são seguros faz com que os investidores tomem ações que tornam esses ativos seguros. Além disso, os autores mostram que a segurança desses títulos depende do superávit fiscal dos EUA em relação aos outros países.
Tristan Harris: Como uma tecnologia melhor pode nos proteger da distração
Com que frequência a tecnologia interrompe o que realmente deveríamos estar fazendo? No trabalho e no lazer, gastamos uma quantidade surpreendente de tempo distraídos por "pings" e "pop-ups". Ao invés de nos ajudar a usar bem nosso tempo, muitas vezes, a tecnologia parece roubar este tempo de nós. O pensador de design Tristan Harris oferece novas reflexões para a tecnologia que criem interações mais significativas. Ele pergunta: "Com o que se parece o futuro da tecnologia quando se projeta para as questões mais profundas e os mais profundos valores humanos?"
16 julho 2016
Fato da Semana: Temos que pegar
Fato: Jogo do Pokemon vira uma febre mundial
Data: meados de julho de 2016
Fonte: Imprensa mundial
Notícia boa para contabilidade? Neutro. O evento mostra a grande dificuldade da contabilidade de avaliar intangíveis. Os números do jogo são impressionantes: é um aplicativo que tem uma taxa de usuários diários igual ao Twitter; o tempo médio diário é maior do que aquele usado no WhatsApp; o sucesso fez a ação da Nintendo aumentar substancialmente; etc. Como isto poderia ser mensurado pela contabilidade? É papel da contabilidade fazer esta mensuração? A diferença entre o valor contábil e o valor de mercado está aumentando no tempo? A febre do Pokemon pode ser um bom momento para algumas reflexões sobre a questão do intangível.
Desdobramentos - Não acredito que isto altere alguma coisa na mensuração contábil. Mas deveríamos pelo menos pensar no assunto, não?
Mas a semana só teve isto? A dívida da BP, a falta de transparência das multinacionais brasileiras e a aprovação parcial da LDO também deveriam ser lembrados. Sem falar nos dois grandes eventos políticos (atentado em Nice e tentativa de golpe da Turquia) e seus potenciais efeitos sobre a contabilidade. Falaremos mais sobre isso durante a próximas semana, mas aqui é oportuno salientar a importância da contabilidade forense na prevenção de ataques terroristas. Para ajudar a encontrar terroristas o FBI já emprega contadores que realizam análises financeiras, reúnem provas, encontram fontes de recursos, testemunham em tribunais como especialistas.
Data: meados de julho de 2016
Fonte: Imprensa mundial
Notícia boa para contabilidade? Neutro. O evento mostra a grande dificuldade da contabilidade de avaliar intangíveis. Os números do jogo são impressionantes: é um aplicativo que tem uma taxa de usuários diários igual ao Twitter; o tempo médio diário é maior do que aquele usado no WhatsApp; o sucesso fez a ação da Nintendo aumentar substancialmente; etc. Como isto poderia ser mensurado pela contabilidade? É papel da contabilidade fazer esta mensuração? A diferença entre o valor contábil e o valor de mercado está aumentando no tempo? A febre do Pokemon pode ser um bom momento para algumas reflexões sobre a questão do intangível.
Desdobramentos - Não acredito que isto altere alguma coisa na mensuração contábil. Mas deveríamos pelo menos pensar no assunto, não?
Mas a semana só teve isto? A dívida da BP, a falta de transparência das multinacionais brasileiras e a aprovação parcial da LDO também deveriam ser lembrados. Sem falar nos dois grandes eventos políticos (atentado em Nice e tentativa de golpe da Turquia) e seus potenciais efeitos sobre a contabilidade. Falaremos mais sobre isso durante a próximas semana, mas aqui é oportuno salientar a importância da contabilidade forense na prevenção de ataques terroristas. Para ajudar a encontrar terroristas o FBI já emprega contadores que realizam análises financeiras, reúnem provas, encontram fontes de recursos, testemunham em tribunais como especialistas.
Resenha: Vies Otimista
O Vies Otimista é um livro da cientista Tali Sharot. Com onze capítulos e 334 páginas, a obra pretende discutir as consequências das pessoas serem otimistas. São mesmo?
Um teste simples mostra isto: pergunte a um grande grupo de pessoas quantas acreditam que são melhores motoristas do que a média da população. De uma maneira geral, de 70 a 80% das pessoas irão responder que são melhores motoristas. Isto não faz sentido, já que provavelmente metade de nós deveria pensar que somos piores no volante que a média e somente a metade que seriam melhores. Mas as pessoas geralmente acreditam que nas habilidades na direção. Somos otimistas por natureza.
O livro mostra as consequências, para o bem e para o mal, deste vies. Mas será que tem fôlego para explorar em 334 páginas este assunto? Apesar de reconhecer a importância do tema e da qualidade científica de Sharot, a minha resposta é não. O grande problema da obra é que este deveria ser um livro de divulgação científica, mas em diversos trechos lembra mais um livro técnico. A obra não consegue transitar entre os exemplos diários e didáticos e o tratamento mais científico. Fica a impressão que faltou um ghost-writer que ajudasse nesta tarefa. Alguém como Dubner no Freakonomics ou Gardner para Superprevisores. Além disto, não existe uma discussão adequada sobre como mensurar o otimismo.
Quando o leitor tem a vontade de pular páginas (e faz isto) é um sinal que obra não consegue atrair sua atenção.
Vale a Pena? Se você não estiver pesquisando sobre o assunto minha sugestão é ler obras mais agradáveis, como os livros de Dan Ariely.
SHAROT, Tali. O Vies Otimista. Rocco, 2015.
Evidenciação: o livro foi adquirido com recursos do blogueiro.
Um teste simples mostra isto: pergunte a um grande grupo de pessoas quantas acreditam que são melhores motoristas do que a média da população. De uma maneira geral, de 70 a 80% das pessoas irão responder que são melhores motoristas. Isto não faz sentido, já que provavelmente metade de nós deveria pensar que somos piores no volante que a média e somente a metade que seriam melhores. Mas as pessoas geralmente acreditam que nas habilidades na direção. Somos otimistas por natureza.
O livro mostra as consequências, para o bem e para o mal, deste vies. Mas será que tem fôlego para explorar em 334 páginas este assunto? Apesar de reconhecer a importância do tema e da qualidade científica de Sharot, a minha resposta é não. O grande problema da obra é que este deveria ser um livro de divulgação científica, mas em diversos trechos lembra mais um livro técnico. A obra não consegue transitar entre os exemplos diários e didáticos e o tratamento mais científico. Fica a impressão que faltou um ghost-writer que ajudasse nesta tarefa. Alguém como Dubner no Freakonomics ou Gardner para Superprevisores. Além disto, não existe uma discussão adequada sobre como mensurar o otimismo.
Quando o leitor tem a vontade de pular páginas (e faz isto) é um sinal que obra não consegue atrair sua atenção.
Vale a Pena? Se você não estiver pesquisando sobre o assunto minha sugestão é ler obras mais agradáveis, como os livros de Dan Ariely.
SHAROT, Tali. O Vies Otimista. Rocco, 2015.
Evidenciação: o livro foi adquirido com recursos do blogueiro.
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