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17 julho 2016

Por que os títulos da dívida americana são ativos seguros?

Resumo:

US government bonds are considered to be the world's safe store of value, especially during periods of economic turmoil such as the events of 2008. But what makes US government bonds "safe assets"? We highlight coordination among investors, and build a model in which two countries with heterogeneous sizes issue bonds that may be chosen as safe asset. Our model illustrates the benefit of a large absolute debt size as safe asset investors have "nowhere else to go" in equilibrium, and the large country's bonds are chosen as the safe asset. Moreover, the effect becomes stronger in crisis periods.




A explicação para os títulos da dívida norte-americana serem ativos seguros é que a crença dos investidores de que os ativos são seguros faz com que os investidores tomem ações que tornam esses ativos seguros. Além disso, os autores mostram que a segurança desses títulos depende do superávit fiscal dos EUA em relação aos outros países.

Tristan Harris: Como uma tecnologia melhor pode nos proteger da distração

Com que frequência a tecnologia interrompe o que realmente deveríamos estar fazendo? No trabalho e no lazer, gastamos uma quantidade surpreendente de tempo distraídos por "pings" e "pop-ups". Ao invés de nos ajudar a usar bem nosso tempo, muitas vezes, a tecnologia parece roubar este tempo de nós. O pensador de design Tristan Harris oferece novas reflexões para a tecnologia que criem interações mais significativas. Ele pergunta: "Com o que se parece o futuro da tecnologia quando se projeta para as questões mais profundas e os mais profundos valores humanos?"

Rir é o melhor remédio

Corte de gastos

Indicado por Ricardo Dias, a quem agradecemos.

16 julho 2016

Fato da Semana: Temos que pegar

Fato: Jogo do Pokemon vira uma febre mundial

Data: meados de julho de 2016

Fonte: Imprensa mundial

Notícia boa para contabilidade? Neutro. O evento mostra a grande dificuldade da contabilidade de avaliar intangíveis. Os números do jogo são impressionantes: é um aplicativo que tem uma taxa de usuários diários igual ao Twitter; o tempo médio diário é maior do que aquele usado no WhatsApp; o sucesso fez a ação da Nintendo aumentar substancialmente; etc. Como isto poderia ser mensurado pela contabilidade? É papel da contabilidade fazer esta mensuração? A diferença entre o valor contábil e o valor de mercado está aumentando no tempo? A febre do Pokemon pode ser um bom momento para algumas reflexões sobre a questão do intangível.

Desdobramentos - Não acredito que isto altere alguma coisa na mensuração contábil. Mas deveríamos pelo menos pensar no assunto, não?

Mas a semana só teve isto? A dívida da BP, a falta de transparência das multinacionais brasileiras e a aprovação parcial da LDO também deveriam ser lembrados. Sem falar nos dois grandes eventos políticos (atentado em Nice e tentativa de golpe da Turquia) e seus potenciais efeitos sobre a contabilidade. Falaremos mais sobre isso durante a próximas semana, mas aqui é oportuno salientar a importância da contabilidade forense na prevenção de ataques terroristas. Para ajudar a encontrar terroristas o FBI já emprega contadores que realizam análises financeiras, reúnem provas, encontram fontes de recursos, testemunham em tribunais como especialistas.

Resenha: Vies Otimista

O Vies Otimista é um livro da cientista Tali Sharot. Com onze capítulos e 334 páginas, a obra pretende discutir as consequências das pessoas serem otimistas. São mesmo?

Um teste simples mostra isto: pergunte a um grande grupo de pessoas quantas acreditam que são melhores motoristas do que a média da população. De uma maneira geral, de 70 a 80% das pessoas irão responder que são melhores motoristas. Isto não faz sentido, já que provavelmente metade de nós deveria pensar que somos piores no volante que a média e somente a metade que seriam melhores. Mas as pessoas geralmente acreditam que nas habilidades na direção. Somos otimistas por natureza.

O livro mostra as consequências, para o bem e para o mal, deste vies. Mas será que tem fôlego para explorar em 334 páginas este assunto? Apesar de reconhecer a importância do tema e da qualidade científica de Sharot, a minha resposta é não. O grande problema da obra é que este deveria ser um livro de divulgação científica, mas em diversos trechos lembra mais um livro técnico. A obra não consegue transitar entre os exemplos diários e didáticos e o tratamento mais científico. Fica a impressão que faltou um ghost-writer que ajudasse nesta tarefa. Alguém como Dubner no Freakonomics ou Gardner para Superprevisores. Além disto, não existe uma discussão adequada sobre como mensurar o otimismo.

Quando o leitor tem a vontade de pular páginas (e faz isto) é um sinal que obra não consegue atrair sua atenção.

Vale a Pena? Se você não estiver pesquisando sobre o assunto minha sugestão é ler obras mais agradáveis, como os livros de Dan Ariely.

SHAROT, Tali. O Vies Otimista. Rocco, 2015.

Evidenciação: o livro foi adquirido com recursos do blogueiro. 

Informações financeiras: tangíveis x intangíveis


The overall health of capital markets depends, in large part, on the quality and transparency of financial reporting. Trustworthy information inspires investor confidence, which in turn leads to financial stability and efficiency.

And yet, says Stanford professor of accounting Iván Marinovic, financial statements are becoming less and less relevant compared to other sources of information, such as analysts and news outlets. Perhaps in at attempt to keep pace in the information age, and to tell the whole story of increasingly complex businesses, he says, there is a creeping trend in financial disclosures away from the reliance on verifiable assets and toward more intangible elements of a business’s operations.
What is the distinction you make between hard and soft information, and why is it important?

Hard information is information, let’s say about an asset, that the firm took some costly actions to make credible to investors, like hiring an auditor or a rating agency. It’s been certified by a third party that doesn’t have a conflict of interest. Soft information, by contrast, is information that can potentially be manipulated by a manager, like accounts receivables or asset write-downs.

Another important distinction is that while some potentially soft information can become hard through actions like certification, other soft information, like the value of a brand, is by its nature uncertifiable. It can never become hard. It will always be subjective.

This is important because financial statements are becoming more and more soft. They are plagued with soft information that depends on a manager’s expectations about the future and are therefore subject to credibility issues. In other words, financial markets are relying more and more on trust, and the information is getting more and more intangible.

[...]

Fonte: aqui

Resumo:

We study optimal disclosure via two competing communication channels; hard information whose value has been verified and soft disclosures such as forecasts, unaudited statements and press releases. We show that certain soft disclosures may contain as much information as hard disclosures, and we establish that: (a) exclusive reliance on soft disclosures tends to convey bad news, (b) credibility is greater when unfavorable information is reported and (c) misreporting is more likely when soft information is issued jointly with hard information. We also show that a soft report that is seemingly unbiased in expectation need not indicate truthful reporting. We demonstrate that mandatory disclosure of hard information reduces the transmission of soft information, and that the aggregation of hard with soft information will turn all information soft.

Fonte: aqui