A jornada do DNA (vídeo) (Nós somos do mundo)
A importância da rotina
Pressão da gestão sobre os contadores e as fraudes
Abba canta junto novamente
Morreu Viktor, o Terrível, Korchnoi. Enxadrista que desafiou a USSR
06 junho 2016
Bolhas e quebras: o papel da Mão invisível e dos agentes racionais
No artigo abaixo o autor mostra que num ambiente teórico com a combinação da mão invisível e de agentes racionais é natural a existência de bolhas e quebras no mercado. Conforme o autor, ele não está defendendo nenhum desses paradigmas da economia clássica.
Abstract
The 2000 dot-com crash and the 2008 subprime crisis have fueled the belief that the two classical paradigms of economics, the invisible hand and the rational agent, are not well appropriate to describe market dynamics and should be abandoned at the benefit of alternative new theoretical concepts. At odd with such a view, using a simple model of choice dynamics from sociophysics, the invisible hand and the rational agent paradigms are given a new legitimacy. Indeed, it is sufficient to introduce the holding of a few intermediate mini market aggregations by agents sharing their own private information, to recenter the invisible hand and the rational agent at the heart of market self regulation. An elasticity is discovered in the market efficiency mechanism due to the existence of an agent collective anticipation. This elasticity is shown to create spontaneous bubbles, which are rationally founded. At the same time, crashes occur at once when the limit of elasticity is reached. Plasticity can also be achieved through a combination of a crash with a sudden shift of the collective anticipation. Although the findings disclose a path to put an end to the bubble-crash phenomena, it is argued to be rationally not feasible. Bubbles and crashes are thus an intrinsic internal part of classical economics.
Fonte: The invisible hand and the rational agent are behind bubbles and crashes. Serge Galam. Chaos, Solitons & Fractals.July 2016
Abstract
The 2000 dot-com crash and the 2008 subprime crisis have fueled the belief that the two classical paradigms of economics, the invisible hand and the rational agent, are not well appropriate to describe market dynamics and should be abandoned at the benefit of alternative new theoretical concepts. At odd with such a view, using a simple model of choice dynamics from sociophysics, the invisible hand and the rational agent paradigms are given a new legitimacy. Indeed, it is sufficient to introduce the holding of a few intermediate mini market aggregations by agents sharing their own private information, to recenter the invisible hand and the rational agent at the heart of market self regulation. An elasticity is discovered in the market efficiency mechanism due to the existence of an agent collective anticipation. This elasticity is shown to create spontaneous bubbles, which are rationally founded. At the same time, crashes occur at once when the limit of elasticity is reached. Plasticity can also be achieved through a combination of a crash with a sudden shift of the collective anticipation. Although the findings disclose a path to put an end to the bubble-crash phenomena, it is argued to be rationally not feasible. Bubbles and crashes are thus an intrinsic internal part of classical economics.
Fonte: The invisible hand and the rational agent are behind bubbles and crashes. Serge Galam. Chaos, Solitons & Fractals.July 2016
05 junho 2016
Emendas parlamentares e poder politico
O artigo abaixo apresenta evidências de que os políticos que usam recursos orçamentários para ajudar seus redutos eleitorais são recompensandos pelos eleitores dessas localidades.
The objectives of this paper are twofold. First, we investigate whether politicians use resources from the federal budget to maintain and expand their political capital. Second, we examine whether such strategy is rewarded by voters. Do they vote for politicians who assist their municipalities through federal expenditures? We use data from legislative elections in Brazil, a country that does not use a single member district system to form its Chamber of Deputies. We use a regression discontinuity approach by exploring the results of close elections for the Chamber of Deputies. Our findings indicate that politicians tend to favor municipalities that were important to their elections and that voters support candidates who have brought resources to their localities.
Situação fiscal do estados
O Risco das Finanças Estaduais
Por Monica de Bolle
Publicado na Exame Hoje, 03/06/2016
[...]
Entre os cinco maiores estados brasileiros, aqueles que representam 65% do PIB do País, quatro têm dívidas exorbitantes. Segundo dados dos Relatórios de Gestão Fiscal de cada unidade federativa e do Tesouro Nacional, São Paulo devia, ao final de 2015, 168% de suas receitas correntes líquidas. Minas Gerais devia 199% de suas receitas correntes líquidas. O Rio de Janeiro, 198% de suas receitas correntes líquidas. O Rio Grande de Sul, o pior entre eles, devia 227% de suas receitas correntes líquidas. O limite de endividamento definido em percentual da receita corrente líquida estabelecido para os estados pela Resolução do Senado Federal no. 40 de 20 de dezembro de 2001 é de 200%. Como revelam os números citados, Rio e Minas estão no teto do endividamento permitido. O Rio Grande do Sul jamais cumpriu tal limite: desde 2001, a razão divída líquida/receita líquida excede em muito os 200%.
Para além dos estoques de dívida que sobrecarregam os maiores estados brasileiros, há a situação calamitosa dos fluxos. Os rombos fiscais, os déficits como proporção das receitas correntes líquidas, aumentaram sobremaneira em 2015 devido tanto à recessão, quanto à maior permissividade do governo federal, que, nos últimos anos, abriu espaço para que as leis de responsabilidade fiscal subnacionais fossem descumpridas. A mais recente nota de política fiscal publicada pelo Banco Central mostra o tamanho dos problemas de cada um – os dados são retrato da situação dos estados, incluindo suas respectivas capitais e principais municípios. De acordo com a compilação feita pelo BC até abril de 2016, o Rio de Janeiro desponta como o estado com o maior déficit como proporção das receitas correntes líquidas, inacreditáveis 19%. Não à toa, não há dinheiro para pagar servidores inativos, tampouco para servir a dívida. Resta ver como as Olímpiadas poderão frustrar expectativas de melhora da situação fiscal, ou mesmo piorar aquilo que péssimo, já está. O segundo lugar entre os cinco maiores estados é do Rio Grande do Sul, com déficit de 16%, seguido de Minas Gerais (14,7%), e São Paulo (13,7%). Na região Nordeste, os destaques são Sergipe (10%), Ceará (8,7%), e Alagoas (6,6%) – o déficit médio da região é de 5,3% das receitas correntes líquidas dos estados que a compõem. No Sudeste, o rombo médio é de 14,6%, enquanto no Sul é de 7,9%. Apenas o Centro-Oeste se salva. Na região Norte, estados como Amazonas, Roraima, Amapá aparecem com déficits bastante salgados, embora menores do que os destacados.
A sangria dos estados brasileiros é, portanto, generalizada. Estancá-la haverá de requerer mais do que ajustes e melhorias de gestão. Como já se sabe, muitos estados brasileiros precisarão ter parcela de suas dívidas alongadas, perdoadas, renegociadas. A parte que cabe desse latifúndio à União terá de ser reestruturada, aumentando o rombo do governo central. O lado positivo dessa tragédia é que, ante a penúria coletiva, o governo poderá usar como moeda de troca para o alívio das dívidas a tão aguardada reforma do ICMS, aquela que em mundo ideal acabaria com a guerra fiscal entre os estados, ajudando o setor produtivo.
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Por Monica de Bolle
Publicado na Exame Hoje, 03/06/2016
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Entre os cinco maiores estados brasileiros, aqueles que representam 65% do PIB do País, quatro têm dívidas exorbitantes. Segundo dados dos Relatórios de Gestão Fiscal de cada unidade federativa e do Tesouro Nacional, São Paulo devia, ao final de 2015, 168% de suas receitas correntes líquidas. Minas Gerais devia 199% de suas receitas correntes líquidas. O Rio de Janeiro, 198% de suas receitas correntes líquidas. O Rio Grande de Sul, o pior entre eles, devia 227% de suas receitas correntes líquidas. O limite de endividamento definido em percentual da receita corrente líquida estabelecido para os estados pela Resolução do Senado Federal no. 40 de 20 de dezembro de 2001 é de 200%. Como revelam os números citados, Rio e Minas estão no teto do endividamento permitido. O Rio Grande do Sul jamais cumpriu tal limite: desde 2001, a razão divída líquida/receita líquida excede em muito os 200%.
Para além dos estoques de dívida que sobrecarregam os maiores estados brasileiros, há a situação calamitosa dos fluxos. Os rombos fiscais, os déficits como proporção das receitas correntes líquidas, aumentaram sobremaneira em 2015 devido tanto à recessão, quanto à maior permissividade do governo federal, que, nos últimos anos, abriu espaço para que as leis de responsabilidade fiscal subnacionais fossem descumpridas. A mais recente nota de política fiscal publicada pelo Banco Central mostra o tamanho dos problemas de cada um – os dados são retrato da situação dos estados, incluindo suas respectivas capitais e principais municípios. De acordo com a compilação feita pelo BC até abril de 2016, o Rio de Janeiro desponta como o estado com o maior déficit como proporção das receitas correntes líquidas, inacreditáveis 19%. Não à toa, não há dinheiro para pagar servidores inativos, tampouco para servir a dívida. Resta ver como as Olímpiadas poderão frustrar expectativas de melhora da situação fiscal, ou mesmo piorar aquilo que péssimo, já está. O segundo lugar entre os cinco maiores estados é do Rio Grande do Sul, com déficit de 16%, seguido de Minas Gerais (14,7%), e São Paulo (13,7%). Na região Nordeste, os destaques são Sergipe (10%), Ceará (8,7%), e Alagoas (6,6%) – o déficit médio da região é de 5,3% das receitas correntes líquidas dos estados que a compõem. No Sudeste, o rombo médio é de 14,6%, enquanto no Sul é de 7,9%. Apenas o Centro-Oeste se salva. Na região Norte, estados como Amazonas, Roraima, Amapá aparecem com déficits bastante salgados, embora menores do que os destacados.
A sangria dos estados brasileiros é, portanto, generalizada. Estancá-la haverá de requerer mais do que ajustes e melhorias de gestão. Como já se sabe, muitos estados brasileiros precisarão ter parcela de suas dívidas alongadas, perdoadas, renegociadas. A parte que cabe desse latifúndio à União terá de ser reestruturada, aumentando o rombo do governo central. O lado positivo dessa tragédia é que, ante a penúria coletiva, o governo poderá usar como moeda de troca para o alívio das dívidas a tão aguardada reforma do ICMS, aquela que em mundo ideal acabaria com a guerra fiscal entre os estados, ajudando o setor produtivo.
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04 junho 2016
Fato da Semana: TCU e as contas do governo
Fato: Área técnica do TCU recomenda a reprovação das contas do governo federal de 2015
Data: 1 de junho de 2015
Fonte: Valor Econômico e O Estado de S Paulo
Precedentes
2000 = Aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que aumenta as restrições com respeito aos gastos públicos
abr/15 = A área técnica do TCU faz um parecer indicando que o governo federal infringiu a LRF no exercício de 2014. O parecer técnico foi apoiado pelo TCU, que encaminhou ao Congresso para julgar as contas do executivo federal de 2014
2o. semestre 2015 = O congresso dá início ao processo de impeachment em razão das pedaladas fiscais. Em 2016 o presidente da república é afastado temporariamente.
junho de 2016 = A área técnica do TCU entende que o executivo federal continuou cometendo irregularidades na gestão pública dos recursos.
Notícia boa para contabilidade?Independente de crença política, a área técnica do TCU está mostrando que o tribunal é mais independente que se pensava. O novo parecer continua sendo técnico, deixando a critério do congresso o julgamento, político ou não, da prestação de contas.
Desdobramentos
Se o senado confirmar a cassação do presidente afastado, o relatório técnico perderá sua relevância. Se for derrotado, talvez não exista "clima" para um novo processo de desrespeito a LRF.
Mas a semana só teve isto?
Não. Finalmente Bendine saiu da Petrobras e a empresa tem um novo presidente, fora do núcleo que levou a entidade a situação crítica atual. Além disto, a CVM mostrou os processos que possui contra a empresa. E ficamos sabendo o grande estrago advindo do Panama Papers.
Data: 1 de junho de 2015
Fonte: Valor Econômico e O Estado de S Paulo
Precedentes
2000 = Aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que aumenta as restrições com respeito aos gastos públicos
abr/15 = A área técnica do TCU faz um parecer indicando que o governo federal infringiu a LRF no exercício de 2014. O parecer técnico foi apoiado pelo TCU, que encaminhou ao Congresso para julgar as contas do executivo federal de 2014
2o. semestre 2015 = O congresso dá início ao processo de impeachment em razão das pedaladas fiscais. Em 2016 o presidente da república é afastado temporariamente.
junho de 2016 = A área técnica do TCU entende que o executivo federal continuou cometendo irregularidades na gestão pública dos recursos.
Notícia boa para contabilidade?Independente de crença política, a área técnica do TCU está mostrando que o tribunal é mais independente que se pensava. O novo parecer continua sendo técnico, deixando a critério do congresso o julgamento, político ou não, da prestação de contas.
Desdobramentos
Se o senado confirmar a cassação do presidente afastado, o relatório técnico perderá sua relevância. Se for derrotado, talvez não exista "clima" para um novo processo de desrespeito a LRF.
Mas a semana só teve isto?
Não. Finalmente Bendine saiu da Petrobras e a empresa tem um novo presidente, fora do núcleo que levou a entidade a situação crítica atual. Além disto, a CVM mostrou os processos que possui contra a empresa. E ficamos sabendo o grande estrago advindo do Panama Papers.
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