29 maio 2016
28 maio 2016
Fato da Semana: Emprego no setor contábil
Data: 28 de maio de 2016
Fonte: Caged e Blog
Precedentes
2014 = Apesar da recessão, o setor contábil (incluindo os contadores, auditores, técnicos e escriturários) termina o ano criando mais vagas: 69. Mas entre os contadores e auditores observou-se uma redução de 1.429 vagas.
2015 = Dos meses do ano, somente janeiro e outubro ocorreu um aumento no número de empregados formais do setor. Somente em dezembro houve uma destruição de mais de três mil vagas no Brasil.
fev/16 = O pior mês dos últimos anos: foram admitidos 8.475 pessoas e demitidos 12.669, uma variação líquida negativa de 4.194.
26/05/2016 = Os dados divulgados de abril mostram uma redução de quase vinte mil vagas desde janeiro de 2014. Somente em 2016 foram quase 11 mil. Os números divulgados pelo blog mostram uma diferença salarial entre contratados e demitidos de 20% em abril.
Notícia boa para contabilidade?
A crença de que a contabilidade é imune a crise não foi comprovada pelos números de empregos formais. Não somos a profissão do presente e do futuro. É um reflexo da pior crise econômica que já enfrentamos.
Desdobramentos - A questão política ainda será central no que irá ocorrer nos próximos meses. O ajuste para que a economia volte a cresce irá significar redução dos gastos públicos e talvez até aumento de impostos. Ainda teremos redução nos empregos formais do setor.
Mas a semana só teve isto?
Não. As medidas econômicas anunciadas para tentar corrigir as finanças públicas foram relevantes. O escandalo na Alibaba mostra a fragilidade da contabilidade chinesa.
27 maio 2016
Links
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(Des)emprego do Setor Contábil em Abril
Os dados do emprego formal do setor contábil em abril mostram que nada mudou. E isto é muito ruim.
Antes de detalhar é importante destacar que este blog expandiu o critério, incorporando os técnicos em contabilidade e os escriturários. Acreditamos que esta incorporação irá refletir melhor o que ocorre no setor em termos de mercado de trabalho. O desempenho ruim apontado nos levantamentos anteriores nos meses de outubro de 2015 torna-se positivo com esta mudança. Mas nos demais meses, o levantamento continua mostrando uma crise generalizado do emprego formal. É também importante destacar que a base primária dos dados é o Caged, do Ministério do Trabalho.
No mês de abril foram admitidos 9.135 novos empregados e demitidos 11.758, indicando uma redução no número de vagas no setor de 2.623. O gráfico a seguir mostra que esta foi uma tendência dos últimos meses.
As informações mostram que desde outubro de 2015 o setor não abre novas vagas. Em fevereiro de 2016 tivemos o pior mês em termos de emprego no setor, batendo dezembro de 2015, um mês onde geralmente existe dispensa de empregados.
A variação acumulada mostra que desde janeiro de 2014 foram reduzidas quase 20 mil vagas no setor. O tempo médio de emprego dos desligados em abril foi de 29 meses. Entre os admitidos, a idade média era de 29,2 anos, enquanto os desligados tinham uma idade média de 30,7 anos. As mulheres foram as maiores vítimas, com 57% dos desligados. 60% dos desligados tinham o ensino médio completo e 77% eram escriturários.
O gráfico a seguir mostra uma realidade persistente na movimentação do setor: o salário médio dos admitidos é bem inferior ao dos admitidos. Em abril a diferença ficou em 20%, acima da média dos períodos anteriores (de 17%) e dos valores de janeiro e fevereiro deste ano (5% e 9%, na ordem).
É interessante notar que não existe relação estatística entre a perda salarial admitidos e demitidos com o saldo de movimentação no mês (correlação de 9,7% no período).
Antes de detalhar é importante destacar que este blog expandiu o critério, incorporando os técnicos em contabilidade e os escriturários. Acreditamos que esta incorporação irá refletir melhor o que ocorre no setor em termos de mercado de trabalho. O desempenho ruim apontado nos levantamentos anteriores nos meses de outubro de 2015 torna-se positivo com esta mudança. Mas nos demais meses, o levantamento continua mostrando uma crise generalizado do emprego formal. É também importante destacar que a base primária dos dados é o Caged, do Ministério do Trabalho.
No mês de abril foram admitidos 9.135 novos empregados e demitidos 11.758, indicando uma redução no número de vagas no setor de 2.623. O gráfico a seguir mostra que esta foi uma tendência dos últimos meses.
As informações mostram que desde outubro de 2015 o setor não abre novas vagas. Em fevereiro de 2016 tivemos o pior mês em termos de emprego no setor, batendo dezembro de 2015, um mês onde geralmente existe dispensa de empregados.
A variação acumulada mostra que desde janeiro de 2014 foram reduzidas quase 20 mil vagas no setor. O tempo médio de emprego dos desligados em abril foi de 29 meses. Entre os admitidos, a idade média era de 29,2 anos, enquanto os desligados tinham uma idade média de 30,7 anos. As mulheres foram as maiores vítimas, com 57% dos desligados. 60% dos desligados tinham o ensino médio completo e 77% eram escriturários.
O gráfico a seguir mostra uma realidade persistente na movimentação do setor: o salário médio dos admitidos é bem inferior ao dos admitidos. Em abril a diferença ficou em 20%, acima da média dos períodos anteriores (de 17%) e dos valores de janeiro e fevereiro deste ano (5% e 9%, na ordem).
É interessante notar que não existe relação estatística entre a perda salarial admitidos e demitidos com o saldo de movimentação no mês (correlação de 9,7% no período).
26 maio 2016
Déficit primário em 2017: 66 ou 100 bilhões?
O pacote de controle de despesas, anunciado anteontem pelo governo, não evitará um novo rombo das contas públicas no ano que vem. O governo trabalha com um déficit superior a R$ 100 bilhões (1,5% do Produto Interno Bruto) se as medidas não forem aprovadas no Congresso, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO. Com isso, seria o quarto ano consecutivo de rombo. O momento político, porém, dificulta o processo. Por causa da interinidade do presidente Michel Temer, nenhum projeto polêmico será colocado em votação pelo governo antes da apreciação final do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se o pacote tiver aval do Legislativo, o déficit cairia para R$ 66 bilhões no ano que vem, pelo cálculo de especialistas.
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