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24 maio 2016

Curso de Contabilidade Básica: Caixa Inicial e Caixa Final

Uma formulação básica de uma demonstração dos fluxos de caixa é que o caixa existente no final de um período corresponde ao caixa do início do período seguinte. Imagine que o dono de uma empresa conte o dinheiro existente no caixa. Depois disto, ele fecha o estabelecimento e vai para casa. No dia seguinte, ao chegar à sua empresa, ele conte novamente o dinheiro. O resultado deve ser exatamente o mesmo do final do dia anterior. A relação é a seguinte:

Caixa no final do período = Caixa no início do período seguinte

Outra relação óbvia é que a variação no caixa é obtida entre a diferença do caixa existente no início do período e o caixa existente no final do período. Ou seja,

Variação líquida no Caixa = Caixa no Final do período – Caixa no início do período

As duas fórmulas são intuitivas e podem ser calculadas facilmente num programa de contabilidade ou numa planilha eletrônica. Mas o que você acharia da contabilidade de uma empresa que cometeu erro nesta relação? Isto ocorreu com uma grande, mas grande mesmo, empresa brasileira. Veja os dados abaixo:

Observe que o caixa de $34.450 no final do período corresponde ao caixa inicial do período seguinte (as colunas seguem a ordem do mais recente para o mais antigo). Isto corresponde a primeira fórmula que apresentamos anteriormente. Até as colunas finais, onde a relação deixa de existir: o caixa final de -$39.135 é ligado por uma linha, na figura, ao caixa inicial de 39.350; o caixa final de 51.250 está ligado ao caixa inicial de -393. Isto contraria a relação básica.

Existe outro ponto intrigante: caixa e equivalente negativo. Ou seja, com saldo credor. Vamos lembrar que “caixa e equivalente” representa a soma do dinheiro em moeda corrente, o saldo em conta bancária e investimentos de curto prazo e elevada liquidez. A possível explicação para uma empresa ter “caixa e equivalente” negativo é saldo credor na conta bancária.

Algo está errado com esta empresa e sua contabilidade.

Curso de Contabilidade Básica. César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues. Gen. 2 volumes

Rir é o melhor remédio

Como arrumo o meu quarto
Mandei bem!

23 maio 2016

Links

Como a globalização mudou a taxação nos países

Automóveis inseguros podem salvar vidas (fotografia

Nubank, empresa brasileira na área financeira que está "fazendo história"

Novas normas de contabilidade dos EUA

Importância de controlar o gasto público (vídeo em inglês)

Efeito Uber

Entre os viajantes, o Uber está ganhando mercado não somente do taxi, mas também dos carros de aluguel

Como as universidades públicas perpetuam a desigualdade social no Brasil

Excelente estudo feito por Carlos Goes e Daniel Duque. Segue o sumário executivo:


  • Níveis educacionais melhoraram sensivelmente nos últimos 20 anos no país, mas o Brasil continua com resultados comparativamente baixos em relação a seus pares latino-americanos.
  • Em gastos por aluno, o setor público escolheu por priorizar a educação superior. Para cada estudante em uma universidade pública, em média, seria possível manter quatro estudantes de ensino médio ou fundamental na escola.
  • Essa priorização beneficia os mais ricos. Estudantes de universidade pública têm uma renda familiar per capita duas vezes maior do que aqueles que não vão para a universidade. A representação proporcional da classe alta nas universidades públicas é quase o dobro daquela observada na sociedade como um todo.
  • A probabilidade estimada de um jovem com renda familiar per capita de R\$250 ao mês estudar em universidade pública é virtualmente nula: cerca de 2\%. Já aqueles jovens que têm uma renda familiar per capita de R$20 mil reais ao mês têm uma chance de 40% de estudar em uma universidade pública.
  • Existe uma desigualdade também no acesso a cursos mais concorridos. Em universidades públicas, cursos com nota de corte mais alta no SISU tendem a ter uma presença menor de negros. Negros são também sub-representados no Ciência sem Fronteiras.
  • Transferir renda para financiar a educação dos mais ricos com impostos ajuda a perpetuar desigualdades, pois anos adicionais de estudo incrementam a renda de quem recebeu o benefício. Para cada ano adicional de estudo, adultos têm um aumento de sua renda entre 6,5\% e 10%.
  • Mudar o foco das universidades públicas para outros níveis de ensino amenizaria essas desigualdades. Retornos ao investimento em educação, em termos econômicos para a sociedade e cognitivos para as crianças, são maiores quando esses investimentos são direcionados à educação de base.
  • Algumas alternativas em políticas públicas seriam: (a) permitir e financiar a criação de escolas públicas de administração autônoma; (b) criar o ProUni do ensino básico e distribuir vale-escola para estudantes pobres se matricularem em escolas privadas; e (c) estimular a educação na primeira infância, eliminando impostos sobre creches e pré-escolas, facilitando seu processo de criação e registro.
  • Para financiar essas mudanças, seria necessário instituir mensalidades nas universidades públicas federais para aqueles que podem pagar, com bolsas condicionais à renda familiar per capita do estudante ingressante.
  • Com a limitação dos recursos transferidos pelo governo federal, seria necessário reformar a legislação para facilitar e incentivar a captação autônoma de recursos pelas próprias universidades em complementação à cobrança de mensalidades. Entre essas medidas, poderiam se incluir, dentre outras: (a) a reforma na legislação para permitir às universidades receber doações diretas; (b) a ampliação da cooperação existente entre universidades públicas e o setor privado, que deve passar a ser mensurada de forma adequada pelo Ministério da Educação; e (c) a flexibilização da legislação de modo a permitir às instituições de ensino superior licenciar suas marcas e experimentar individualmente métodos distintos de financiamento.
  • Em termos regulatórios, é necessária uma ampla reforma do sistema educacional brasileiro. Na educação superior, a instituição de mensalidades proporcionais à renda familiar do estudante e a flexibilização dos métodos de captação de recursos por universidades reduziria o fardo de impostos necessários para o financiamento dessas instituições. Na educação de base, alternativas de descentralização da educação pública e empoderamento dos pais de crianças pobres na escolha da educação de seus filhos, seja por meio de escolas públicas autônomas ou por vales educacionais, contribuiriam com a melhoria da educação recebida pelos grupos economicamente desfavorecidos.
Fonte: Góes, C.; Duque, D. (2016). “Como as universidades públicas no Brasil perpetuam a desigualdade de renda: fatos, dados e soluções”. Nota de Política Pública n. 01/2016. São Paulo: Instituto Mercado Popular. 

Rir é o melhor remédio

Preparo científico
Fonte: Aqui

22 maio 2016

Top 10 palestras TED envolvendo contabilidade e finanças

#1. Chris McKnett: A lógica do investimento para sustentabilidade

A sustentabilidade é claramente um dos objetivos mais importantes do mundo; mas que grupos podem realmente obter progresso ambiental de vento em popa? Chris McKnett diz que são os grandes investidores institucionais. Ele mostra como grandes dados financeiros não são suficientes, e revela por que investidores também precisam olhar para as estruturas ambientais, sociais e de governança.

#2. Loretta Napoleoni: A intrincada economia do terrorismo

Loretta Napoleoni detalha sua rara oportunidade de entrevistar membros do grupo italiano Brigadas Vermelhas, uma experiência que despertou seu interesse pelo terrorismo. Ela mostra os bastidores do complexo sistema econômico por trás do terrorismo e revela uma surpreendente conexão entre lavagem de dinheiro e o Ato Patriótico dos Estados Unidos.

#3. Paul Kemp-Robertson: Bitcoin. Suor. Ace. Conheça o futuro da moeda de marca.

Dinheiro — as notas e moedas que você tem em sua carteira e na sua conta no banco — é baseado no comércio, na crença de que os bancos e o governo são confiáveis. Agora, Paul Kemp-Robertson nos apresenta uma nova geração do dinheiro, sustentada pelo mesmo comércio ... mas em nome de uma marca privada. Dos pontos de suor da Nike até embalagens de Ace (que têm sido usadas inesperadamente em mercados negros), conheça o futuro "sem bancos" do dinheiro.

#4. Cameron Herold: Vamos educar as crianças para serem empreendedoras

Entediado na escola, fracassando nos estudos, descordando com colegas: Essa criança deve ser uma empreendedora, é o que diz Cameron Herold. No TEDxEdmoton, ele estimula a criação e educação que ajudará futuros empreendedores a amadurecerem - como crianças e adultos.

#5. Annette Heuser: As três agências com poder de construir ou destruir economias.

A forma como classificamos economias nacionais está toda errada, diz a reformadora de agências de classificação de risco Annette Heuser. Com misteriosos e obscuros métodos, as três agências de classificação americanas detêm imenso poder sobre economias nacionais em todo o mundo, e as consequências podem ser catastróficas. Mas, e se existisse outro jeito? Nesta audaciosa conversa, Heuser compartilha conosco sua visão de uma agência sem fins lucrativos que traria mais igualdade e justiça ao cenário atual.

#6. Mariana Mazzucato: Governo: investidor, assume os riscos, inovador

Por que o governo simplesmente não sai do caminho e deixa o setor privado, os "verdadeiros revolucionários", inovar? É a retórica que se escuta em todo lugar, e Mariana Mazzucato quer acabar com isso. Em uma palestra enérgica, ela mostra como o Estado, que muitos veem como um gigante lento e antiquado, é realmente um de nossos mais animados assumidores de riscos e formadores de mercado.

#7. Gayle Tzemach Lemmon: Mulheres empresárias, exemplo não exceção

Mulheres não são micro — então por que elas só conseguem microempréstimos? Em TEDxWomen, a repórter Gayle Tzemach Lemmon argumenta que mulheres administrando todos os tipos de empresas — de negócios na própria casa às maiores fábricas — são a solução negligenciada para o desenvolvimento econômico.

#8. Geoff Mulgan: Pós-colapso, investindo em um mundo melhor

À medida que reiniciamos a economia mundial, Geoff Mulgan levanta uma questão: Ao invés de favorecer financeiramente velhas empresas, por que não usar estes fundos para estimular companhias novas e socialmente responsáveis — e fazer do mundo um lugar melhor?

#9. David S. Rose em: Fazendo Apresentações para um Investidor de Riscos I.R. (Venture Capitalists V.C.)

Pensando em abrir um negócio? Palestra na Universidade TED no estilo fogo cruzado de David S Rose na qual ele fala sobre como fazer a apresentação de seu negócio a um I.R. - Investidor de Risco e sobre as 10 coisas que você precisa saber sobre si — e provar ao investidor de risco — antes de disparar seus slides.

#10. Jessica Jackley: Pobreza, dinheiro — e amor

O que você pensa das pessoas que vivem na pobreza? Talvez o mesmo que Jessica Jackley costumava pensar: que "eles" precisam da "nossa" ajuda, na forma de algumas moedas como doação. A co-fundadora da Kiva.org fala sobre como sua percepção mudou e como seu trabalho com micro-empréstimos deu poder às pessoas que vivem com poucos dólares por dia.

Fontes: Aqui e aqui.