A Eletrobrás teve prejuízo de R\$ 3,898 bilhões no 1º trimestre do ano, informou a empresa em seu site na noite de ontem. No 1º trimestre do ano passado, a estatal registrou lucro de R\$ 1,255 bilhão e no 4º trimestre de 2015, prejuízo de R\$ 10,327 bilhões.
Os maiores impactos negativos no resultado se devem à provisão para contingências judiciais de R\$ 2,949 bilhões, em especial o empréstimo compulsório de R\$ 2,814 bilhões, e ao prejuízo apurado nas empresas de distribuição de R\$ 1,169 bilhão.
Fonte: Estadão
12 maio 2016
Salto Alto da PwC
Uma atriz foi contratada por empresa de emprego sazonal para exercer a função de recepcionista nos escritórios da PwC em Londres. Como se recusava a usar saltos altos - entre "cinco a dez" centímetros, a mulher foi demitida. Segundo o El País, Nicola Thorp (fotografia), de 27 anos, disse que ninguém tinha dito ser necessário usar salto alto e que não recebeu nada. E agora está começando uma campanha contra a obrigação de usar salto alto no trabalho.
La empresa de subcontratación Portico, de la que dependía Thorp, aseguró que la joven había firmado "un código sobre indumentaria", que incluía los tacones, pero asegura que ahora está dispuesta a revisar estas normas. PwC ha asegurado que no tiene directrices sobre cómo deben acudir al trabajo sus empleados, hombres o mujeres.
La joven ha detallado que desde su primer día como recepcionista manifestó sus problemas para trabajar a jornada completa con tacones altos. Por ello pidió que se le permitiera ir a su puesto con zapatos planos. Sin embargo, siempre según su relato a la BBC, inmediatamente le pidieron que se comprara tacones.
La empresa de subcontratación Portico, de la que dependía Thorp, aseguró que la joven había firmado "un código sobre indumentaria", que incluía los tacones, pero asegura que ahora está dispuesta a revisar estas normas. PwC ha asegurado que no tiene directrices sobre cómo deben acudir al trabajo sus empleados, hombres o mujeres.
La joven ha detallado que desde su primer día como recepcionista manifestó sus problemas para trabajar a jornada completa con tacones altos. Por ello pidió que se le permitiera ir a su puesto con zapatos planos. Sin embargo, siempre según su relato a la BBC, inmediatamente le pidieron que se comprara tacones.
Value at risk e a crise financeira
O artigo abaixo tenta modelar os impactos do uso do Value at risk (VaR) na gestão de riscos pelo sistema bancário na crise financeira de 2008. O grande problema do Var é que ele considera que cada banco está isolado no seu iniverso. No entanto, como todos os bancos tem que usar essa métrica, as movimentações de compra e venda necessárias para alcançar as metas de riscos de cada banco dadas pelo VaR podem destabilizar o mercado. Ou seja, o VaR não leva em conta as interações entre os agentes.
Os autores simularam um sistema bancário em que, quando permitem que os bancos tomem pequenos riscos, o sistema bancário fica estável. No entanto, quando permitem que os bancos tomem mais riscos (ou quando o sistema bancário cresce), o mercado entra num período de grande oscilação, em que , num primeiro momento, a alavancagem e os preços sobem lentamente
e a volatilidade cai lentamente. E, em seguida, a volatilidade dispara e os preços e alavangem despencam, assim como na crise de 2008.
Os autores propõem que a melhor de política de gestão de riscos tem que levar em conta o tamanho do mercado bancário e da quantidade de risco que cada banco toma.
Resumo:
We investigate a simple dynamical model for the systemic risk caused by the use of Value-at-Risk, as mandated by Basel II. The model consists of a bank with a leverage target and an unleveraged fundamentalist investor subject to exogenous noise with clustered volatility. The parameter space has three regions: (i) a stable region, where the system has a fixed point equilibrium; (ii) a locally unstable region, characterized by cycles with chaotic behavior; and (iii) a globally unstable region. A calibration of parameters to data puts the model in region (ii). In this region there is a slowly building price bubble, resembling the period prior to the Global Financial Crisis, followed by a crash resembling the crisis, with a period of approximately 10–15 years. We dub this the Basel leverage cycle. To search for an optimal leverage control policy we propose a criterion based on the ability to minimize risk for a given average leverage. Our model allows us to vary from the procyclical policies of Basel II or III, in which leverage decreases when volatility increases, to countercyclical policies in which leverage increases when volatility increases. We find the best policy depends on the market impact of the bank. Basel II is optimal when the exogenous noise is high, the bank is small and leverage is low; in the opposite limit where the bank is large and leverage is high the optimal policy is closer to constant leverage. In the latter regime systemic risk can be dramatically decreased by lowering the leverage target adjustment speed of the banks. While our model does not show that the financial crisis and the period leading up to it were due to VaR risk management policies, it does suggest that it could have been caused by VaR risk management, and that the housing bubble may have just been the spark that triggered the crisis.
Aymanns, C., et al., Taming the Basel leverage cycle. J. Financial Stability (2016), http://dx.doi.org/10.1016/j.jfs.2016.02.004
Os autores simularam um sistema bancário em que, quando permitem que os bancos tomem pequenos riscos, o sistema bancário fica estável. No entanto, quando permitem que os bancos tomem mais riscos (ou quando o sistema bancário cresce), o mercado entra num período de grande oscilação, em que , num primeiro momento, a alavancagem e os preços sobem lentamente
e a volatilidade cai lentamente. E, em seguida, a volatilidade dispara e os preços e alavangem despencam, assim como na crise de 2008.
Os autores propõem que a melhor de política de gestão de riscos tem que levar em conta o tamanho do mercado bancário e da quantidade de risco que cada banco toma.
Resumo:
We investigate a simple dynamical model for the systemic risk caused by the use of Value-at-Risk, as mandated by Basel II. The model consists of a bank with a leverage target and an unleveraged fundamentalist investor subject to exogenous noise with clustered volatility. The parameter space has three regions: (i) a stable region, where the system has a fixed point equilibrium; (ii) a locally unstable region, characterized by cycles with chaotic behavior; and (iii) a globally unstable region. A calibration of parameters to data puts the model in region (ii). In this region there is a slowly building price bubble, resembling the period prior to the Global Financial Crisis, followed by a crash resembling the crisis, with a period of approximately 10–15 years. We dub this the Basel leverage cycle. To search for an optimal leverage control policy we propose a criterion based on the ability to minimize risk for a given average leverage. Our model allows us to vary from the procyclical policies of Basel II or III, in which leverage decreases when volatility increases, to countercyclical policies in which leverage increases when volatility increases. We find the best policy depends on the market impact of the bank. Basel II is optimal when the exogenous noise is high, the bank is small and leverage is low; in the opposite limit where the bank is large and leverage is high the optimal policy is closer to constant leverage. In the latter regime systemic risk can be dramatically decreased by lowering the leverage target adjustment speed of the banks. While our model does not show that the financial crisis and the period leading up to it were due to VaR risk management policies, it does suggest that it could have been caused by VaR risk management, and that the housing bubble may have just been the spark that triggered the crisis.
11 maio 2016
Gestão de Risco e Governança no Executivo
Saiu no Diário Oficial de hoje a instrução normativa Conjunta de 10 de maio de 2016, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e a Controladoria Geral da União. A norma dispõe sobre “controles internos, gestão de riscos e governança no âmbito do Poder Executivo federal”. No seu capítulo I trata de disposições gerais, incluindo conceitos dos termos usados. O capítulo II é sobre os controles internos da gestão. Segundo a norma, estes controles baseiam-se no gerenciamento de riscos e devem integrar o processo de gestão. Este capítulo também aponta os princípios, os objetivos, estrutura e responsabilidades. O capítulo III trata da gestão de riscos e talvez seja o capítulo mais interessante da instrução. O capítulo seguinte é sobre governança. A seguir, institui o Comitê de Governança, Riscos e Controle em cada órgão e entidade do executivo, com suas competências.
A questão da gestão de risco já tem sido tratada em alguns órgãos públicos por pressão do TCU. Na UnB, por exemplo, existe um relatório de riscos, como ocorre nas principais universidades do mundo. Na UFRJ, na gestão passada, existia uma pro-reitoria de governança, sob direção da professora Aracéli.
O grande problema desta instrução: a data de publicação. Hoje teremos a votação no senado para o afastamento do presidente. Tudo leva a crer que será aprovado com tranquilidade. A publicação no dia de hoje, com a assinatura de dois ministros que estão saindo (fracos politicamente) pode dificultar sua legitimidade.
Um aspecto adicional: será que a gestão de risco e governança é suficiente para barrar as decisões políticas? O empoderamento do Comitê pode ser feito por uma “instrução”?
A questão da gestão de risco já tem sido tratada em alguns órgãos públicos por pressão do TCU. Na UnB, por exemplo, existe um relatório de riscos, como ocorre nas principais universidades do mundo. Na UFRJ, na gestão passada, existia uma pro-reitoria de governança, sob direção da professora Aracéli.
O grande problema desta instrução: a data de publicação. Hoje teremos a votação no senado para o afastamento do presidente. Tudo leva a crer que será aprovado com tranquilidade. A publicação no dia de hoje, com a assinatura de dois ministros que estão saindo (fracos politicamente) pode dificultar sua legitimidade.
Um aspecto adicional: será que a gestão de risco e governança é suficiente para barrar as decisões políticas? O empoderamento do Comitê pode ser feito por uma “instrução”?
Boletim de Finanças Públicas de Estados e municípios
A Secretaria do Tesouro Nacional lança hoje (10/05) o Boletim de Finanças Públicas dos Entes Subnacionais, publicação anual que tem como principais objetivos ampliar a transparência das relações federativas e contribuir para o processo de sustentabilidade fiscal de Estados e Municípios. O Boletim, instituído pela Portaria MF 161/2016, traz informações que permitem um aprofundamento na análise das principais variáveis fiscais dos entes, como as evoluções dos resultados primários, dos níveis do endividamento e do percentual de gasto com pessoal em relação à Receita Corrente Líquida (RCL).
As informações que embasaram a produção da publicação foram extraídas dos Programas de Ajuste Fiscal (PAF), acordos assinados pelos Estados que refinanciaram suas dívidas com a União e que apresentam metas anuais considerando a evolução das finanças estaduais, os indicadores macroeconômicos para o novo período e a política fiscal adotada pelos governos estaduais. Como as informações referentes ao PAF são encaminhadas à STN pelos entes no final de maio, o Boletim relativo a 2015 deverá sofrer revisão em agosto, quando serão reavaliadas as informações do ano e agregados os dados de municípios.
O Boletim está dividido em duas partes: na primeira, são apresentadas as principais informações fiscais consolidadas dos Estados e do Distrito Federal, como evolução do resultado primário e nível de endividamento; na segunda, são divulgadas as informações fiscais individualizadas dos entes.
A publicação do Boletim de Finanças Públicas dos Entes Subnacionais é vista pela STN como uma ferramenta importante para subsidiar o debate relativo à situação fiscal da Federação, contribuindo assim para o equacionamento dos desafios fiscais de Estados e municípios. Seus insumos devem favorecer também a adoção de políticas públicas adequadas, capazes de atender às diferentes características desses entes.
Essa divulgação pode ser aperfeiçoada se aprovada a obrigatoriedade, prevista no Projeto de Lei Complementar nº 257/2016, em tramitação no Congresso Nacional, de Estados e municípios enviarem mensalmente suas informações fiscais à STN conforme padrão preestabelecidos, o que possibilitaria a divulgação de relatórios sobre o tema em periodicidade menores.
As informações que embasaram a produção da publicação foram extraídas dos Programas de Ajuste Fiscal (PAF), acordos assinados pelos Estados que refinanciaram suas dívidas com a União e que apresentam metas anuais considerando a evolução das finanças estaduais, os indicadores macroeconômicos para o novo período e a política fiscal adotada pelos governos estaduais. Como as informações referentes ao PAF são encaminhadas à STN pelos entes no final de maio, o Boletim relativo a 2015 deverá sofrer revisão em agosto, quando serão reavaliadas as informações do ano e agregados os dados de municípios.
O Boletim está dividido em duas partes: na primeira, são apresentadas as principais informações fiscais consolidadas dos Estados e do Distrito Federal, como evolução do resultado primário e nível de endividamento; na segunda, são divulgadas as informações fiscais individualizadas dos entes.
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Essa divulgação pode ser aperfeiçoada se aprovada a obrigatoriedade, prevista no Projeto de Lei Complementar nº 257/2016, em tramitação no Congresso Nacional, de Estados e municípios enviarem mensalmente suas informações fiscais à STN conforme padrão preestabelecidos, o que possibilitaria a divulgação de relatórios sobre o tema em periodicidade menores.
Fonte: aqui
O Boletim de Finanças Públicas de Estados e municípios pode ser acessado neste link
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