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09 março 2016

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Bull market



(Bloomberg) -- "Quanto as ações ainda poderão cair?", perguntava o Wall Street Journal no dia 9 de março de 2009, quando a crise financeira estava eliminando trilhões de dólares em ações dos EUA na maior queda desde a Grande Depressão.

Aquele dia, é claro, marcou o piso. O bull market que comemora seu sétimo aniversário hoje restaurou US$ 14 trilhões em valor das ações, elevando o Standard Poor's 500 Index em quase 200%.

Agora os investidores estão angustiados, mostrando pouca fé na continuidade dessa sequência. Eles temem a contração dos lucros corporativos, a desaceleração do crescimento chinês e a incerteza em relação às taxas de juros.
[...]

Contudo, se a história serve de lição, esse mesmo cinismo oferece um argumento convincente de que a sequência continuará, pelo menos pelas análises tradicionais de mercado. Os bull markets costumam morrer em meio ao excesso de otimismo, e isso não se vê em lugar nenhum.
[...]

Veja todo o dinheiro que está abandonando as ações. Os investidores retiraram quase US$ 140 bilhões dos fundos mútuos de ações e negociados em bolsa nos últimos 12 meses, mais que o dobro do pico de extrações experimentado em qualquer período comparável durante a crise financeira internacional.

Contudo, quando as pessoas sacam dinheiro, as ações tendem a subir depois, segundo dados compilados desde 1984.

Nas 12 oportunidades em que os fundos experimentaram extrações mensais que estavam a pelo menos a dois desvios-padrão da média histórica, o S&P 500 subiu uma média de 7,1% seis meses depois, contra um retorno normal de 3,9%, mostram dados compilados pela agência de notícias Bloomberg e pelo Investment Company Institute.

Até mesmo o terrível começo de 2016 mostrou como o nervosismo pode acabar jogando a favor dos otimistas. As primeiras seis semanas ofereceram o pior início de ano da história para as ações dos EUA.

No período, houve também um aumento no número de dias com oscilações de 2% em qualquer direção.

Mas uma vez que as coisas começarem a se recuperar, os pessimistas serão forçados a comprar. De 11 de fevereiro até a última segunda-feira, um índice do Goldman Sachs das empresas mais a descoberto superou o desempenho do S&P 500 em quase 16 pontos percentuais, maior aumento observado nos dados, que remontam a 2008.

A desconfiança também cria pechinchas e encoraja compradores de futuros.

Esse é o caso das ações financeiras, que lideraram a última recuperação em relação ao piso de fevereiro.

Os bancos e as seguradoras, maiores geradores de lucros do S&P 500, com US$ 228 bilhões em receita no ano passado, ainda não são muito respeitados pelos investidores depois de terem sido responsabilizados pela turbulência do mercado durante o declínio.

Em 13,6 vezes os lucros, o grupo recebeu as avaliações mais baixas entre 10 setores e foi negociado com um desconto de 24% em relação ao S&P 500.

Quando o mercado começou a se recuperar, as empresas financeiras subiram. O mesmo aconteceu com algumas das ações mais odiadas, como as das produtoras de energia e matérias-primas, que tinham sido emprestadas e vendidas em uma prática conhecida como venda a descoberto.

A compra forçada dos pessimistas, portanto, deu combustível ao ganho do S&P 500 em relação ao patamar mais baixo em 22 meses.
Fonte: Aqui

Déficit de 8,8 bilhões na Funcef

Custo de voar

Fonte: Aqui

Perguntas

Em janeiro de 2015 o jornal Valor Econômico publicou algumas incertezas sobre a Petrobras. Logo a seguir, ousamos responder estas incertezas.

Tamanho do Rombo
Valor em Janeiro de 2015: Os investidores queriam saber o tamanho do rombo causado pelos desvios de corrupção na Petrobras, se eles serão registrados retroativamente ou não e como isso afetará o lucro da companhia de 2014 e consequentemente o pagamento de dividendos dos acionistas ordinaristas.
Blog em Janeiro de 2015: será uma estimativa e não deverá levar em consideração os problemas mais antigos de corrupção da empresa. Já fizemos uma estimativa aqui de 20 bilhões, mas acredito que a empresa deverá colocar um número compatível com o resultado apurado. Minha avaliação é que o valor estará entre 10 e 20 bilhões.
O que ocorreu? Como se pode perceber, erramos no valor. A empresa declarou um valor de 6 bilhões, mas é difícil de acreditar que este seja o valor próximo ao que ocorreu. Os valores não foram registrados retroativamente e afetaram o pagamento de dividendos.

Baixa por Conta da Redução do Preço do Petróleo
Valor em Janeiro de 2015: Os investidores queriam saber se, além dos ajustes da corrupção, a companhia fará outras baixas no balanço por perda de valor recuperável de ativos, diante da queda do petróleo para um nível que tira a rentabilidade do pré-sal, e como isso afetará os planos futuros da companhia.
Blog em Janeiro de 2015: Não acredito. Como o foco é o valor da baixa pela corrupção, isto pode ficar para depois. Além disto, a empresa pode afirmar, com uma certa dose de razão, que o preço é volátil.
O que ocorreu? A empresa está desativando alguns investimentos e vendendo outros. Mas não noto uma relação explicita com o preço do petróleo.

Tamanho do corte de investimentos para não tomar empréstimos
Valor: Os investidores adorariam saber qual o tamanho do corte dos investimentos que a companhia terá que fazer neste ano, para conseguir passar o exercício sem precisar tomar empréstimos, conforme prometido.
Blog: punição às empreiteiras irá ajudar neste corte. Nos últimos anos a empresa teve fluxo de caixa de investimento negativo entre 53 bilhões de reais em 2008 e 77 bilhões em 2013. Deve ficar entre 30 bilhões e 50 bilhões em 2015, mas com valores mais próximo ao valor mínimo.
O que ocorreu? A empresa tomou empréstimo da China e também fez alguns cortes de investimento. Na divulgação das demonstrações iremos ter uma ideia do valor.

O que falta para a empresa publicar o balanço auditado e se as demonstrações anuais serão publicadas no prazo?
Valor: Os investidores precisam saber o que falta para a companhia conseguir publicar um balanço auditado, e se o demonstrativo anual sairá dentro do prazo, sem risco de sanções por parte da Securities and Exchange Comission (SEC).
Blog: A PwC é quem irá determinar esta publicação. Tenho sérias dúvidas se o balanço será limpo.
O que ocorreu: Foi publicado no limite máximo.

Vai processar os executivos?
Valor: Os investidores ficariam felizes de saber que alguém vai pagar a a conta das perdas bilionárias que serão registradas, e que a Petrobras vai processar seus executivos corruptos ou ineptos por falta de diligência.
Blog: Não
O que ocorreu: a empresa já recebeu uma pequena parcela da justiça, mas graça ao esforço de terceiros. Não sabemos se os executivos foram processados, se ainda recebem aposentadoria ou possuem fundo de pensão ou se alguém foi demitido.

Discriminação

Professores das universidades de Rutgers e de Syracuse enviaram currículos fictícios com a experiência profissional necessária para mais de seis mil vagas de emprego abertas na área de contabilidade. Junto a eles, foram enviadas cartas de apresentação dos candidatos — um terço não mencionava deficiência alguma, um terço dizia que o profissional tinha uma lesão na coluna vertebral e o resto citava síndrome de Asperger. As duas deficiências foram escolhidas pelos pesquisadores por não impactarem as habilidades necessárias para o trabalho de contador.

Apesar de os níveis de experiência descritos pelos profissionais serem iguais, os currículos que mencionavam alguma deficiência receberam 26% menos interesse dos recrutadores do que os outros.


Fonte: Aqui