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30 janeiro 2016

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Cesar Harada: Como eu ensino crianças a amar ciência



Na Harbour School, em Hong Kong, Cesar Harada ensina à próxima geração de ambientalistas ciência cidadã e invenção. Ele mudou sua sala de aula para um pavilhão industrial onde crianças com imaginação fértil trabalham com madeira, metal, química, biologia, óptica e, ocasionalmente, ferramentas elétricas para criar soluções para as ameaças aos oceanos do nosso planeta. Lá, ele ensina o que aprendeu com seus pais quando ele ainda era pequeno: "Você pode fazer bagunça, mas é você que deverá limpar depois."

Fato da Semana


Fato: Resultado primário do governo

Data: 28 de janeiro de 2016

Fonte: Governo Federal

Precedentes:


2014 - Pela primeira vez, desde 1997, ocorreu um resultado primário negativo, um pouco abaixo de 20 bilhões. Nos anos anteriores os problemas foram encobertos por manobras (as pedaladas).

2015 - O TCU julga as contas do governo de 2014 e faz um parecer sugerindo a reprovação. Isto pressiona o governo a tentar resolver os problemas das manobras realizadas para encobrir o resultado ruim. Mas o ano de 2015 tem uma queda na receita e a falta de controle nos gastos. Aumenta o risco de mais problemas com os órgãos de controle. O executivo federal consegue uma mudança na meta no congresso.

28/01/16 - Anunciado um déficit de 115 bilhões de reais em 2015, o pior resultado desde 1997.

Notícia boa para contabilidade?  A questão das pedaladas poderia ter tornado explicita com o regime de competência no setor público. Os analistas que estavam atentos a este fato já sabiam que em certo momento as receitas extraordinárias ou a postergação de pagamentos iria revelar um quadro das finanças públicas ruim. Sobra para contabilidade, já que as pessoas insistem em chamar o "jeitinho" de "manobras contábeis".

Desdobramentos - Talvez uma mudança no cenário externo possa ajudar, mas tudo leva a crer que isto não ocorrerá em 2016. Acho difícil o resultado primário tornar consistentemente positivo em 2016. 

29 janeiro 2016

Rir é o melhor remédio


Indicado pelo Luiz Guilherme Calaça, a quem agradecemos.

JBS

A JBS é uma empresa que foi "escolhida" pelo atual governo para ser uma das campeãs nacionais. Obteve um grande volume de recursos de bancos oficiais, com juros subsidiados, durante anos. As investigações políticas e o risco de uma mudança na política irá afetar a empresa. O gráfico a seguir mostra a evolução da cotação das ações da empresa nos últimos meses:
Ontem as ações valorizaram em 11%, chegando a 9,35. Mas no final do ano de 2015 era $12,35. Ou seja, em um mês redução de 24% no preço. Se a comparação fosse com o preço de quarta a redução seria de 32%.

Vale e dividendos

A Vale informou nesta quinta-feira (28) que irá apresentar uma proposta ao Conselho de Administração da empresa para não distribuir dividendos aos seus acionistas durante o ano de 2016. A mineradora apontou como motivo a "volatilidade nos preços das commodities minerais".

"À medida que o cenário esteja melhor definido e, em havendo geração de caixa suficiente", acrescentou a empresa, "o Conselho de Administração poderá decidir pela distribuição de remuneração aos acionistas."

A empresa informou também que irá propor ao conselho uma revisão da atual política de remuneração ao acionista, com o objetivo de alinhá-la ao "ambiente de maior incerteza nos preços das commodities".

[...]

"A nova política, que deverá estar em linha com os direitos econômicos assegurados pelo Estatuto Social da Vale e com o novo cenário de mercado, será apresentada em momento oportuno, nos termos da legislação societária em vigor."

Queda na bolsa
A Vale foi a empresa com ações negociadas na Bovespa que mais perdeu valor de mercado em 2015, segundo levantamento realizado pela Economatica. A empresa perdeu R$ 45,9 bilhões em valor de mercado, passando de R$ 107 bilhões no final de 2014 para R$ 61,6 bilhões no final do último pregão de 2015. [...]

Em 2016, o preço das ações preferenciais da empresa vem atingindo mínimas desde 2004 nos últimos pregões da bolsa, com preocupações sobre o preço internacional do minério e também a economia da China.

Isso acontece porque, ao crescer menos, a China passa a importar menos minério de ferro do Brasil e de outros países, já que precisa de menos insumos para a produção industrial. A commodity é o principal produto de exportação da Vale e o mercado chinês, seu maior comprador. A queda na demanda pelo minério de ferro no mundo faz seus preços caíram, afetando as ações da mineradora. [...]

A desvalorização das ações da mineradora acontece ainda em meio às investigações sobre a causa da tragédia ambiental em Mariana (MG) após o rompimento de uma barragem da Samarco - cujos donos são a Vale e a BHP Billiton.

[...]

Fonte: Aqui

Múltiplos em Educação

O método de múltiplos tem sido largamente utilizado nos processos de avaliação de empresa, pela simplicidade e por representar uma confirmação do resultado obtido pelo fluxo de caixa descontado. Entretanto, o uso da metodologia de múltiplos no processo de avaliação tem sido deixado em segundo plano, seja por parte da literatura da área ou mesmo pelos reguladores. O objetivo deste trabalho é demonstrar a viabilidade da utilização de múltiplos no processo de avaliação de empresa. Para tanto, demonstra-se algebricamente que a avaliação por múltiplos geralmente parte do próprio fluxo de caixa descontado. No caso das entidades do setor de educação, mostra-se que o múltiplo é função da margem de lucro, da receita com mensalidades e da quantidade de alunos. Foram pesquisadas 37 operações de aquisição de entidades do setor de educação realizadas entre 2009 e 2015, a maior parte das operações contempla entidades com ações negociadas na bolsa de valores. A aplicação empírica mostra um múltiplo médio de R$9.714 por aluno para essas entidades no período. Também, verifica-se que a quantidade de alunos da adquirida explica 94% do valor de aquisição. Portanto, a pesquisa mostra que com poucas informações é possível determinar o valor de mercado das entidades do setor de educação. No mais, observa-se que não basta ter informações sobre transações de ativos ocorridas no passado, pois fatores como inflação, linearidade entre os parâmetros e existência de outliers podem influenciar na qualidade do múltiplo calculado.

Em coautoria com José Lúcio Tozetti, na Revista de Auditoria, Governança e Contabilidade