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07 janeiro 2016
06 janeiro 2016
Fatos estilizados sobre o funcionalismo público
Resumo:
Governments play a central role in facilitating economic development. Yet while economists have long emphasized the importance of government quality, historically they have paid less attention to the internal workings of the state and the individuals who provide the public services. This paper reviews a nascent but growing body of field experiments that explores the personnel economics of the state. To place the experimental findings in context, we begin by documenting some stylized facts about how public sector employment differs from that in the private sector. In particular, we show that in most countries throughout the world, public sector employees enjoy a significant wage premium over their private sector counterparts. Moreover, this wage gap is largest among low-income countries, which tends to be precisely where governance issues are most severe. These differences in pay, together with significant information asymmetries within government organizations in low-income countries, provide a prima facie rationale for the emphasis of the recent field experiments on three aspects of the state–employee relationship: selection, incentive structures, and monitoring. We review the findings on all three dimensions and then conclude this survey with directions for future research.
The Personnel Economics of the State- Frederico Finan, Benjamin A. Olken, and Rohini Pande Working Paper No. 21825 December 2015 JEL No. D73,J45,O12
Salário e Preconceito
Existe uma lenda urbana que diz que a única profissão onde a mulher possui um salário maior que o do homem é na pornografia. Apesar de ser uma lenda urbana, a realidade não está muito distante disto.
Usando dados de 10021 ex-alunos da Universidade de Brasília, formados em mais de cinquenta cursos diferentes, fiz uma comparação entre a remuneração do homem e da mulher. Nesta análise considerei somente os cursos com mais de trinta formados em graduação. Os dados de remuneração mensal são provenientes da RAIS, ou seja, contempla o mercado formal de trabalho, o que obviamente é uma limitação da análise. E as informações são de 2013.
O gráfico abaixo apresenta a diferença, em reais, do salário para diversos cursos (e profissões). Enquanto uma historiadora tinha um salário mensal de R$4140, o homem ganhava R$3.113. Mas somente em oito casos isto ocorreu ou 15% dos casos. Já em Nutrição, com 207 mulheres e 22 homens na amostra, a diferença é de R$1.810, favorável ao homem.
Em termos proporcionais a maior discriminação ocorre no curso de Ciências Naturais, onde a mulher recebe menos de 50% do salário do homem. Já em educação do campo a diferença salarial é de 57% (R$1265 versus R$807).
E em Ciências Contábeis? Com base nos dados de 361 mulheres e 605 homens a diferença salarial foi de R$1092 ou 20% de diferença. Nos gráficos destaquei a nossa área. Como é possível notar, em termos absolutos a área é uma das mais preconceituosas em termos de mercado de trabalho. Alguém arriscaria uma explicação?
Usando dados de 10021 ex-alunos da Universidade de Brasília, formados em mais de cinquenta cursos diferentes, fiz uma comparação entre a remuneração do homem e da mulher. Nesta análise considerei somente os cursos com mais de trinta formados em graduação. Os dados de remuneração mensal são provenientes da RAIS, ou seja, contempla o mercado formal de trabalho, o que obviamente é uma limitação da análise. E as informações são de 2013.
O gráfico abaixo apresenta a diferença, em reais, do salário para diversos cursos (e profissões). Enquanto uma historiadora tinha um salário mensal de R$4140, o homem ganhava R$3.113. Mas somente em oito casos isto ocorreu ou 15% dos casos. Já em Nutrição, com 207 mulheres e 22 homens na amostra, a diferença é de R$1.810, favorável ao homem.
Em termos proporcionais a maior discriminação ocorre no curso de Ciências Naturais, onde a mulher recebe menos de 50% do salário do homem. Já em educação do campo a diferença salarial é de 57% (R$1265 versus R$807).
E em Ciências Contábeis? Com base nos dados de 361 mulheres e 605 homens a diferença salarial foi de R$1092 ou 20% de diferença. Nos gráficos destaquei a nossa área. Como é possível notar, em termos absolutos a área é uma das mais preconceituosas em termos de mercado de trabalho. Alguém arriscaria uma explicação?
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Resenha: Sinatra All or Nothing at All
Este é um documentário de quatro horas de duração sobre o cantor Frank Sinatra. Considerado o maior cantor popular do século XX, Sinatra fez muito sucesso como cantor de orquestra e depois como artista solo. Sinatra soube usar o rádio para tornar-se um sucesso na sua época. A carreira caiu logo após a guerra, mas o cantor persistiu e conseguiu um papel no filme “A Um Passo da Eternidade”, quando ganhou o Oscar. Esta fase da vida é retratada no filme O Poderoso Chefão. Nesta época, Sinatra separou da sua esposa e casou com Ava Gardner. Nos anos sessenta apoia a eleição de Kennedy, mas sentiu-se traído pelo presidente quando resolveu perseguir seus amigos da máfia. Nos anos sessenta casa-se com Mia Farrow, bem mais nova que ele. Em 1971 anuncia sua aposentadoria e faz um show. O documentário está centrado exatamente neste show para contar a história de Sinatra, com destaque para as poucas canções do espetáculo.
O documentário não esconde a amargura do cantor com os Kennedys e destaca o papel do cantor na luta contra o racismo nos Estados Unidos. Deixa claro que o cantor detestava o rock, incluindo Presley. E não esconde seu envolvimento com a máfia, embora tente suavizar a relevância para seu sucesso e carreira. Mostra um Sinatra disposto a aceitar o rock para se ficar nas paradas e fazendo piadas racistas contra seu amigo Sammy Davis Jr.
Diversas pessoas próximas dele falam sobre o cantor. Isto naturalmente tende a dar uma conotação favorável ao cantor.
Vale a pena? Para quem gosta do cantor sem dúvida. Mas fica uma frustação já que o show no Maracanã, para 170 mil pessoas, não é citado. E Jobim aparece rapidamente numa cena, o que é pouco já que Sinatra aproveitou-se da bossa nova.
O documentário não esconde a amargura do cantor com os Kennedys e destaca o papel do cantor na luta contra o racismo nos Estados Unidos. Deixa claro que o cantor detestava o rock, incluindo Presley. E não esconde seu envolvimento com a máfia, embora tente suavizar a relevância para seu sucesso e carreira. Mostra um Sinatra disposto a aceitar o rock para se ficar nas paradas e fazendo piadas racistas contra seu amigo Sammy Davis Jr.
Diversas pessoas próximas dele falam sobre o cantor. Isto naturalmente tende a dar uma conotação favorável ao cantor.
Vale a pena? Para quem gosta do cantor sem dúvida. Mas fica uma frustação já que o show no Maracanã, para 170 mil pessoas, não é citado. E Jobim aparece rapidamente numa cena, o que é pouco já que Sinatra aproveitou-se da bossa nova.
05 janeiro 2016
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