18 dezembro 2015
Fatos da Semana
De janeiro até dezembro tivemos 49 fatos da semana. O fim do ano é um momento interessante para fazer um apanhado sobre o que ocorreu através da coluna de postamos todo sábado neste blog.
Como o leitor já sabe, classificamos os fatos em positivo, neutro ou negativo. Foram 16 positivos, nove neutros e 23 negativos ou 47%. Não queremos destacar o lado ruim, tanto é assim que diariamente convidamos o leitor a rir; mas 2015 está sendo difícil. Dos fatos destacados aqui, 60% são nacionais, sendo que em sete semanas, ou 14%, o destaque foi a Petrobras. A estatal apareceu principalmente no início do ano, com a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2014, onde mostrava, parcialmente segundo a opinião deste blog, o estrago da corrupção.
Os escândalos atingiram a Portugal Telecom, BVA, BNDES, Styam, FIFA, Volks e IBM. O maior deles foi a irresponsabilidade de uma auditoria que praticamente faliu a Moldávia. Fizemos até um placar das empresas de auditoria, cujo resultado foi o seguinte:
1º. Lugar – KPMG – 3 pontos: BVA, BNDES e FIFA
1º. Lugar – PwC – 3 pontos: Petrobras, Satyam e IBM
3º. Lugar – EY, Deloitte e GT – 1 pontos por Toshiba, CSN e Moldávia, nesta ordem
Os reguladores foram também destaque aqui. Incluindo o CFC, TCU, Iasb e CVM foram 14 fatos relacionados a este assunto ou 29% do total.
Queremos destacar o destaque especial para o comportamento do mercado de trabalho para o contador (três fatos), já que divulgamos dados inéditos aqui no blog. Para finalizar, o fato de 11 junho nos enche de orgulho: três milhões de leitores do blog.
A lista dos fatos encontra-se a seguir:
Como o leitor já sabe, classificamos os fatos em positivo, neutro ou negativo. Foram 16 positivos, nove neutros e 23 negativos ou 47%. Não queremos destacar o lado ruim, tanto é assim que diariamente convidamos o leitor a rir; mas 2015 está sendo difícil. Dos fatos destacados aqui, 60% são nacionais, sendo que em sete semanas, ou 14%, o destaque foi a Petrobras. A estatal apareceu principalmente no início do ano, com a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2014, onde mostrava, parcialmente segundo a opinião deste blog, o estrago da corrupção.
Os escândalos atingiram a Portugal Telecom, BVA, BNDES, Styam, FIFA, Volks e IBM. O maior deles foi a irresponsabilidade de uma auditoria que praticamente faliu a Moldávia. Fizemos até um placar das empresas de auditoria, cujo resultado foi o seguinte:
1º. Lugar – KPMG – 3 pontos: BVA, BNDES e FIFA
1º. Lugar – PwC – 3 pontos: Petrobras, Satyam e IBM
3º. Lugar – EY, Deloitte e GT – 1 pontos por Toshiba, CSN e Moldávia, nesta ordem
Os reguladores foram também destaque aqui. Incluindo o CFC, TCU, Iasb e CVM foram 14 fatos relacionados a este assunto ou 29% do total.
Queremos destacar o destaque especial para o comportamento do mercado de trabalho para o contador (três fatos), já que divulgamos dados inéditos aqui no blog. Para finalizar, o fato de 11 junho nos enche de orgulho: três milhões de leitores do blog.
A lista dos fatos encontra-se a seguir:
Feliz 2019
[...]
O ano de 2015 entrará para a história como um dos mais traumáticos da história econômica brasileira. O PIB deverá sofrer queda de cerca de 4%. O mercado de trabalho, que vinha resistindo até o início do ano, mergulhou em queda livre, com o desemprego atingindo 8,9% no 3º trimestre, de acordo com a Pnad Contínua. Em doze meses, foram destruídos 1,5 milhão de postos de trabalho e tudo indica que esse movimento está se acelerando. Na virada do ano, o desemprego deverá atingir 10%.
A produção industrial em outubro mostra um quadro de terra arrasada. Comparando-se a produção entre janeiro e outubro com igual período do ano anterior, a queda global foi de 8%, tendo sido de 17% no caso dos bens de consumo duráveis e de 24% no dos bens de capital. A provável queda dos investimentos no último trimestre será a nona queda trimestral seguida. Os indicadores da Sondagem da Construção do Ibre-FGV mostram que o nível de atividade do setor é hoje inferior à metade do observado há dois anos. Onde se olha, a situação é dramática.
O ano de 2015 entrará para a história como um dos mais traumáticos da história econômica brasileira. O PIB deverá sofrer queda de cerca de 4%. O mercado de trabalho, que vinha resistindo até o início do ano, mergulhou em queda livre, com o desemprego atingindo 8,9% no 3º trimestre, de acordo com a Pnad Contínua. Em doze meses, foram destruídos 1,5 milhão de postos de trabalho e tudo indica que esse movimento está se acelerando. Na virada do ano, o desemprego deverá atingir 10%.
A produção industrial em outubro mostra um quadro de terra arrasada. Comparando-se a produção entre janeiro e outubro com igual período do ano anterior, a queda global foi de 8%, tendo sido de 17% no caso dos bens de consumo duráveis e de 24% no dos bens de capital. A provável queda dos investimentos no último trimestre será a nona queda trimestral seguida. Os indicadores da Sondagem da Construção do Ibre-FGV mostram que o nível de atividade do setor é hoje inferior à metade do observado há dois anos. Onde se olha, a situação é dramática.
[...]
Com impeachment ou sem impeachment, o ano de 2016 está perdido e 2017 provavelmente também. A esperança fica para 2018, ou quem sabe 2019.
Fonte: Pedro Cavalcanti Ferreira e Renato Fragelli Cardoso são professores da Escola de Pós-graduação em Economia (EPGE-FGV)
Fonte: Pedro Cavalcanti Ferreira e Renato Fragelli Cardoso são professores da Escola de Pós-graduação em Economia (EPGE-FGV)
17 dezembro 2015
Revolução Silenciosa
Uma mudança estrutural está ocorrendo no setor público. E por não ter tido a atenção da população, da imprensa e dos políticos, podemos chama-la de revolução silenciosa. Trata-se da digitalização dos documentos que são criados e entregues a alguns dos principais órgãos da administração. A base desta mudança ocorreu no TRF da quarta região, que construiu um sistema onde os documentos são construídos, repassados, analisados e despachados sem a presença do papel. Este sistema recebeu o sugestivo nome de SEI. Já aderiram a causa o STJ, o CADE, o Ministério das Comunicações e o MEC. Indiretamente devem passar a trabalhar com o SEI a Receita Federal, o Banco Central, a AGU e outras entidades que já possuem o processo eletrônico e que podem fazer parte através do Barreamento, ou seja, a construção de interface entre os sistemas eletrônicos existentes em cada entidade do setor público.
A minha universidade deve implantar o processo eletrônico até maio de 2016. Com isto, nenhum documento criado após esta data será em papel, exceto aqueles que são para entidades que ainda não trabalham com o processo eletrônico. Além da eliminação do papel, o burocrata não irá precisar mais de carimbo e assinatura, bastando a assinatura eletrônica.
As vantagens do processo são inúmeras. Em alguns órgãos a economia já no primeiro ano de implantação foi suficiente para pagar o investimento realizado em máquinas (scanners) e treinamento. Além disto, por permitir que o processo possa ser analisado em mais de uma instância, o tempo de resposta de uma demanda deverá reduzir substancialmente. Com o SEI o gestor pode ler o processo de um tablete ou celular e despachar para a próxima instância. Também é possível verificar facilmente em que instância o processo encontra-se parado.
Para entidades descentralizadas fisicamente, como acontece com a Universidade de Brasília, o SEI reduz o leva e trás dos processos. Basta que o arquivo seja despachado de Planaltina para o prédio da reitoria, uma distância de dezenas de quilômetros que hoje é percorrida de automóvel. Isto significa menos gastos com combustível, automóvel e pessoal em atividade que não agrega valor.
Como gestor, o SEI irá eliminar um problema que preocupa: a possibilidade de substituição de página de um processo por outra. Além disto, alguns processos tomam mais de um volume. Para reduzir, geralmente o último volume é que transita entre as diversas unidades. Com o SEI todo o volume estará acessível para a análise do gestor.
A minha universidade deve implantar o processo eletrônico até maio de 2016. Com isto, nenhum documento criado após esta data será em papel, exceto aqueles que são para entidades que ainda não trabalham com o processo eletrônico. Além da eliminação do papel, o burocrata não irá precisar mais de carimbo e assinatura, bastando a assinatura eletrônica.
As vantagens do processo são inúmeras. Em alguns órgãos a economia já no primeiro ano de implantação foi suficiente para pagar o investimento realizado em máquinas (scanners) e treinamento. Além disto, por permitir que o processo possa ser analisado em mais de uma instância, o tempo de resposta de uma demanda deverá reduzir substancialmente. Com o SEI o gestor pode ler o processo de um tablete ou celular e despachar para a próxima instância. Também é possível verificar facilmente em que instância o processo encontra-se parado.
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