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15 dezembro 2015

Fifa e Fox


Uma empresa de comunicação entrou na mira das investigações do governo americano sobre a corrupção na Fifa. De acordo com documentos oficiais, a 21st Century Fox seria sócia da empresa T&T Sports Marketing -- indiciada pela obtenção de contratos com base no apoio de dirigentes corruptos -- em alguns acordos de direitos de transmissão feitos com a Torneos y Competencias (TyC), emissora argentina que detém os direitos de competições sul-americanas, como a Copa Libertadores.

Embora investigadas, os canais Fox e TyC não foram acusados de qualquer infração. O que desperta suspeitas no FBI é o fato de a T&T não ter um proprietário esclarecido. A empresa está registada nas Ilhas Cayman, mas não há informações sobre funcionários ou mesmo telefone.

Questionada, a emissora norte-americana apenas disse que não detém o controle operacional da empresa de marketing, mas não quis comentar a investigação, assim como a Procuradoria dos Estados Unidos e o FBI.

Segundo a agência Reuters, as negociações entre as empresas ocorrem desde 2002. A Fox seria responsável por 75% dos negócios, enquanto a TyC tomaria conta dos outros 25%. A T&T, como empresa de marketing, não tomaria parte da transmissões de eventos esportivos, e se limitaria a comprar e revender os direitos.

Fonte: Aqui

Empresas socialmente responsáveis fogem de tributos

A new academic study pours cold water on the notion that companies that promote their social responsibility efforts are any better at paying their taxes than regular corporations.

The researchers looked at companies like the pharmaceutical giant Pfizer, which scored high on ratings of corporate social responsibility, or CSR, but recently unveiled plans to acquire Allergan and move its corporate tax address to low-tax Ireland.

They found that a higher rating by the MSCI Index on corporate social responsibility—which encompasses areas as community commitment, diversity, employee relations, environment, and product safety and quality—is associated with lower taxes paid. In a large sample of U.S. companies in which the effective tax rate averaged 26 percent, those ranked in the top fifth in CSR paid an average of 1.7 percentage points below what the remainder paid, or approximately 6 percent less after controlling for other differences that have been found to affect tax rates.

The study, by David Guenther, Angela K. Davis and Linda K. Krull of the University of Oregon, and Brian M. Williams of Indiana University, appears in the January issue of the American Accounting Association’s journal “The Accounting Review.”

"Our findings are inconsistent with the notion that the U.S. corporate sector generally views paying the minimum in taxes as compromising integrity or good ethics,” Guenther said in a statement.
In addition, high-CSR firms were considerably more likely than others to engage in tax lobbying. According to the study, “firms in the highest quintile of CSR Index have approximately a 158 percent higher probability of lobbying for taxes than other firms.”

The researchers pointed to a recent incident in the United Kingdom where a prominent member of Parliament criticized Starbucks and other multinationals for, in her words, “using the letter of tax laws…to immorally minimize their tax obligations.” Starbucks then promised to pay approximately 10 million pounds in each of the following two years regardless of whether the company was profitable. The study's authors wondered whether “public pressure may mitigate the impact of tax rules on corporate investment decisions, at least for a subset of firms.”

The researchers drew no conclusion as to exactly what motivates the negative CSR-taxpaying relationship they uncovered. One possibility is simply that "socially responsible firms may not consider the payment of corporate taxes to be the best means by which to accomplish their social-responsibility goals" and even believe that "paying taxes detracts from social welfare." They cited economic research that has "demonstrated that corporate taxes tend to decrease investment" or which argues that "for-profit corporations are more efficient than governments in allocating resources." They noted that "negative statements about corporate taxes in firms' sustainability reports generally argue that high tax rates discourage innovation and investment and harm job creation, which limit firms' ability to contribute to social welfare."

A more cynical interpretation of the research's findings, the authors acknowledge, is that firms "engage in CSR to create 'moral capital' to reduce the consequences of their involvement in negative events or publicity." In other words, "firms strategically engage in CSR to create a more favorable reputation among various stakeholders and reduce the possibility of negative attention or regulatory action directed at aggressive tax practices."


Fonte: aqui

Era uma vez...

A colunista preferida do Valor Econômico, Lucy Kellaway, sobre a mania de contar histórias nas empresas:

Recentemente, o chefe da área de recursos humanos da KPMG descreveu orgulhosamente em um blog a "iniciativa de propósitos nobres" de sua firma - que resultou em 42 mil funcionários enviando suas histórias pessoais sobre como eles estão mudando o mundo. Você pode dizer que isso é encorajador.

No entanto, foi a KPMG que fez as auditorias do HBOS, Countrywide Financial e Quindell, o que nos leva a pensar que eles acabaram se distraindo do propósito menos nobre de fazer o seu trabalho com competência.

Rodízio

A CVM julgou recentemente um caso relacionado ao rodízio de auditores:

durante oito exercícios consecutivos, entre 2005 e 2012, a Anend Auditores Independentes S.A. realizou serviços de auditoria nas demonstrações da Dinâmica, em descumprimento ao art. 31 da Instrução CVM 308;

no exercício social de 2013, embora os serviços de auditoria foram realizados pela Azevedo e Lopes Auditores Independentes, essa empresa tem o mesmo endereço e sócio-representante do que a Anend, o Sr. A.A.L.;

nos pareceres e relatórios de auditoria dos exercícios sociais da Companhia de 2007 a 2012 (emitidos pela Anend), bem como no relatório de auditoria do exercício de 2013 (emitido pela Azevedo e Lopes), A.A.L. assina em conjunto com o respectivo responsável técnico, corroborando sua efetiva participação nos trabalhos executados por ambas as empresas.

Ao ser questionada pela GNA, a Anend alegou que entendia que o programa de rotatividade nas auditorias teria início a partir do exercício de 2006. Além disso, sustentou, com base na Deliberação 549, que somente não deveria mais prestar o serviço a partir do exercício findo em 31.12.2012. A Azevedo e Lopes, por sua vez, afirmou que entendia que o rodízio de auditores independentes havia acontecido, visto que os responsáveis técnicos das empresas eram pessoas diferentes.

Com base na análise dos fatos e nos argumentos apresentados, a SNC entendeu que o art. 31 da Instrução CVM 308 foi descumprido por ambas as empresas. Com isso, propôs que as empresas fossem responsabilizadas por realizarem trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis da Companhia sem observar a regra do rodízio nos exercícios sociais encerrados em:

Anend Auditores Independentes S.S.: 31/12/2012; e

Azevedo e Lopes Auditores Independentes: 31/12/2013. 


[As empresas apresentaram uma proposta de pena] 

Ao apreciar as propostas, a Procuradoria Federal Especializada junto à CVM (PFE-CVM) destacou, inicialmente, que o respeito à regra do rodízio obrigatório dos auditores independentes já é dever decorrente da legislação aplicável – razão pela qual não teria qualquer efeito jurídico. Isto posto, a PFE concluiu que o Termo de Compromisso poderia ser celebrado, condicionado à verificação, pela área técnica responsável, da cessação das práticas ilícitas, e à negociação de seus termos, pelo Comitê, conforme entendesse conveniente.

NEGOCIAÇÃO DA PROPOSTA E MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DE TERMO DE COMPROMISSO

Na negociação, o Comitê sugeriu o aumento da obrigação pecuniária para R$ 150.000,00 diante da gravidade e da natureza do caso, além de indicar que o compromisso de respeitar o rodízio dos auditores independentes deveria ser excluído do escopo do termo, conforme apontado pela PFE.

As acusadas, argumentando não ter condições de assumir a obrigação pecuniária proposta, fizeram nova proposta de pagamento individual no valor de R$10.000,00.

Sendo assim, o Comitê sugeriu ao Colegiado a rejeição das propostas, considerando que, no seu entendimento, elas não seriam adequadas para surtir efeito paradigmático junto aos participantes do mercado de valores mobiliários tampouco para desestimular prática de condutas assemelhadas.

Diante de todo o exposto, o Colegiado deliberou pela rejeição das propostas do Termo de Compromisso.

Links

Contando o uso da "força" em Star Wars (gráfico)

Propaganda de Natal Scrabble 

Novo trabalho de Banksy: Jobs, num campo de refugiados sírios

A ressurreição de Augusto Ruschi

Os benefícios da diversidade

Brasil: Índice de Desenvolvimento Humano

Foi publicado na BBC:

A ONU divulgou globalmente nesta segunda-feira seu relatório de Desenvolvimento Humano. O documento é um calhamaço de 270 páginas de informação, mas “a grande estrela” da divulgação costuma ser o ranking dos países classificados a partir do seu Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, sigla que se tornou conhecida como um parâmetro de bem-estar da população.

O relatório deste ano traz informações sobre o Brasil que parecem, numa primeira leitura, contraditórias: o país melhorou sua nota no IDH em 2014, mas perdeu uma posição no ranking – da 74ª para a 75ª – ao ser ultrapassado pelo Sri Lanka, um país insular ao sul da Índia.

Afinal, qual dado é mais relevante? Nos dois aspectos - nota e ranking - as mudanças foram muito pequenas para tornar óbvia a resposta.

O IDH é medido a partir de quatro indicadores: esperança de vida ao nascer; expectativa de anos de estudo; média de anos de estudo (da população até o momento); e renda nacional bruta per capita (toda a renda do país dividida pelo número total da população).

Como os três primeiros indicadores continuaram melhorando, o IDH brasileiro passou de 0,752 em 2013 para 0,755 no ano passado. O avanço não foi maior por conta da queda na renda.

Vale destacar que quanto mais perto de 1, melhor. No topo do ranking de 188 países, está a Noruega (0,944), e na lanterna, o Níger (0,348).

[...]

As pequenas diferenças de ranking e nota, no entanto, indicam um nível de desenvolvimento humano muito semelhante entre os países, segundo a coordenadora da ONU.

“Se vocês olharem o relatório, há um bloco de países que estão todos nessa zona do 0,75 – 0,751; 0,752; 0,753… Então, pode ser que uns passem os outros, que (num ano) o Brasil suba no ranking, (no outro) o Brasil desça no ranking, mas significado profundo não há. Na verdade, é um bloco de países, está todo mundo muito perto”, explica.

A título de comparação, o IDH de alguns países da América Latina e das nações do Bric são: México (0,756), Uruguai (0,793), Rússia (0,798) e China (0,727), Índia (0,609). O Sri Lanka, que ultrapassou o Brasil, passou de 0,752 para 0,757 em 2014.

Desigualdade é entrave

O Brasil está na categoria de “alto desenvolvimento humano” e tenta chegar à mais elevada no ranking, o grupo com “muito alto desenvolvimento humano”.

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Bolzon destacou que, ao olharmos a tendência de longo prazo, o Brasil acumula um desempenho positivo. O país teve o maior crescimento de IDH da América do Sul entre 1990 e 2014. No período, a taxa média anual de expansão do índice brasileiro foi de 0,91%.

Em 2014, a queda na renda reduziu o ritmo de crescimento do IDH. Após anos consecutivos de alta, a renda média do brasileiro teve uma queda de 0,74% na comparação com 2013, passando de US$ 15.288 para US$ 15.175.

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Bolzon avalia que a crise ainda não teve impacto significativo no IDH do país, mas diz que é possível que isso aconteça caso a recessão econômica se agrave e perdure por mais anos.

Ela explica que o IDH é um índice estrutural, ou seja, capta mais mudanças de longo prazo. Isso ocorre principalmente por causa dos indicadores de expectativa de vida e educação. Já o indicador de renda é o que apresenta mais variação de um ano para outro, respondendo mais rápido a mudanças de curto prazo na economia.

“Quem sabe até onde vai essa crise? Ninguém sabe ainda. Pode afetar (o IDH), mas não se for uma crise de um ano ou dois (apenas). Nenhum país dorme numa posição e acorda na outra. É um processo mais lento”, explica Bolzon.

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Bolsa Família

A coordenadora da ONU destacou a importância dos programas de transferência de renda para proteger os mais pobres do impacto da crise. O Brasil é um dos países mais citados no relatório, tendo recebido dez referências, sendo três sobre o Bolsa Família, todas positivas.

O documento assinala que programas como o Bolsa Família oferecem renda para famílias pobres e permitem melhorar também as condições de saúde e educação desse grupo. Diz ainda que, embora houvesse a preocupação de que o programa poderia reduzir o número de pessoas dispostas a trabalhar, isso não aconteceu no Brasil. Segundo a ONU, o Bolsa Família pode ser replicado em outros países pobres.

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Cálculo da renda


A ONU não divulgou suas estimativas para renda dos países em todos os anos desde o início do cálculo do IDH, por isso não é possível saber desde quando não havia uma queda como a registrada em 2014.

Em todo caso, é possível dizer que o resultado acumulado nas últimas décadas é de crescimento.

A renda que a ONU estima em “paridade de poder de compra” para o ano passado, de US$ 15.175, é 5% maior que a de 2010 (US$ 14.420), 36% superior que a de 2000 (US$ 11.161) e 45% acima do primeiro dado disponível, de 1980 (US$ 10.457).

Para comparar a renda média de todo os países, a ONU utiliza o dólar internacional em paridade de poder de compra. Esse dólar é estimado fazendo uma comparação entre preços de produtos e serviços em diferentes países e nos Estados Unidos. É uma outra moeda, diferente da cotação comercial do dólar.

“O objetivo é ter uma moeda que reflita melhor o bem-estar da sociedade, pois um dólar americano, em geral, compra mais coisas em países pobres do que nos países desenvolvidos, onde os serviços costumam ser mais caros”, explica o economista José Márcio Camargo, professor da PUC Rio.

14 dezembro 2015

Rir é o melhor remédio

Mais um "Rir" com o meu clima de fim de ano. Não é para rir, mas para sorrir com a grandiosidade testemunhada. Ofereço o vídeo de hoje para a querida Flavia Carvalho.