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15 novembro 2015

Rir é o melhor remédio


História da Contabilidade: Anos 40 do Século XIX

A desonestidade sempre existiu. Mas no início do século XIX temos os primeiros casos documentados de falcatruas no Brasil. Em Recife, nos anos de 1847, o escriturário A. J. Ferreira Braga foi “examinar” a tesouraria do município e encontrou uma diferença entre o saldo da contabilidade e o valor em moeda da época (1). Braga descobriu que a diferença estava nos pagamentos de pensões, soldos, montepios e tenças, comprovando o desfalque do antigo tesoureiro (2).

Outro aspecto importante que ocorreu neste período é o desenvolvimento de regulamentos com influencia sobre a contabilidade. Os diversos regulamentos irão culminar com o Código Comercial, aprovado no final deste período. Mas além deste Código é importante citar que diversas repartições começaram a normatizar seus trabalhos, incluindo a contabilidade. O Decreto 637, de 27 de setembro de 1849, por exemplo, trata do regulamento do Correio da Corte e da Provincia do Rio de Janeiro. No seu título VI o assunto é “Da turma da Contadoria” , com vários artigos sobre o tema (3).

(1) O Lidador, 26 de março de 1847, n. 162, p.2. Este jornal descreve exaustivamente o caso.
(2) As tenças eram um tipo de pensão.
(3) Publicado no Correio da Tarde, 20 de outubro de 1849, n. 521, p. 1 e seguintes.
(4) Veja http://www.contabilidade-financeira.com/2015/08/historia-da-contabilidade-10-fatos-que.html

Listas: Os países que mais fumam

20) Grã-Bretanha - 20% da população
19) Suíça - 20,4%
18) Eslovênia - 20,5%
17) Alemanha - 20,9%
16) Itália - 21,1%
15) República Tcheca - 22,2%
14) Lituânia - 22,2%
13) Áustria - 23,2%
12) Polônia - 23,8%
11) Turquia - 23,8%
10) Espanha - 23,9%
9) França - 24,1%
8) Rússia 24,2%
7) China - 25,5%
6) Estônia - 26%
5) Hungria - 26,5%
4) Chile - 29,8%
3) Letônia - 34,3%
2) Indonésia - 37,9%
1) Grécia — 38,9%

Fonte: Aqui

14 novembro 2015

Rir é o melhor remédio


Fato da Semana: Petrobras (46 de 2015)

Fato da Semana: Nesta semana a empresa divulgou os resultados do terceiro trimestre de 2015. Com um prejuízo de 3,8 bilhões, a empresa não mudou sua estimativa dos efeitos da corrupção na empresa, alegando não existir fato novo. Mas recentemente a Polícia Federal indicou que talvez o valor que a empresa estimou não esteja correto. Apesar disto, é fato que a Petrobras está aumentando seu caixa.

Qual a relevância disto? A Petrobras é a maior empresa brasileira em diversos parametros. A divulgação dos números é sempre uma possibilidade de estudar diversos aspectos da contabilidade.

Positivo ou negativo? Por um lado, o não reconhecimento adequado dos efeitos da corrupção e o resultado negativo. De outro, o fluxo de caixa das operações e um caixa e equivalentes próximo a cem bilhões de reais. Nem positivo nem negativo.

Desdobramentos - Apesar do aumento do caixa, permanece o problema da dívida. Recentemente a empresa tentou um lançamento de debentures que teve que ser cancelado por falta de interessados. Mas será que conseguirá se manter sem fazer uma grande captação ou uma venda de seus ativos?

Petrobrás, again

A imprensa destacou que o prejuízo de R$3,8 bilhões na divulgação dos resultados do terceiro trimestre da Petrobras. Logo na página da empresa, o destaque para uma medida horrorosa chama Ebitda Ajustado, com valor de 15,5 bilhões de coisa nenhuma. O título de empresa mais endividada do mundo também não ajuda e o mercado acionário parece que não gostou dos números da empresa, já que o preço das ações caiu 4% nas preferenciais e 2,66% nas ordinárias.

As demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2015 não tiveram o suspense daquelas do ano passado, quando se criou uma expectativa sobre como a empresa iria reconhecer as graves falhas do controle interno da empresa e se a auditoria aceitaria a estimativa da Petrobrás.

Alguns dos números divulgados não tão ruins. Apesar do prejuízo, a empresa conseguiu gerar caixa com suas operações num de 61 bilhões de reais, suficientes para os desembolsos líquidos para investimentos, de R$28 bilhões e R$3 bilhões para financiamento. Estes números ajudaram a aumentar o caixa da empresa em 56 bilhões no ano, o que fez com que o caixa da empresa chegasse a quase 100 bilhões de reais. Esta reserva pode ser útil para ajudar a empresa a enfrentar as negociações com os credores.

Mas as demonstrações contábeis mantiveram a estimativa de perdas contábeis com a corrupção no nível de 6 bilhões, conforme a empresa considerou no ano passado. Este blog tinha feito uma estimativa de 20 bilhões e insiste que os números da empresa apresentam alguns problemas. Segundo as demonstrações não existiu nenhum fato novo que alterasse o valor dos efeitos da corrupção na empresa. Na semana passada um blog de oposição afirmou que a Polícia Federal tinha obtido um valor de até 42 bilhões de reais. Este valor foi confirmado pelo Estado de S Paulo esta semana e mesmo assim a empresa insiste que não existe nenhum fato novo. Isto significa que a empresa não efetuou a amortização necessária para ter um balanço mais próximo da realidade.

Para finalizar, a empresa recebeu uma pequena parcela que foi desviada durante anos. A contabilidade registrou estes valores como “outras despesas, líquidas (ressarcimento de gastos adicionais capitalizados indevidamente)”.

(Cartoon: Aqui)

O Mágico de Oz: Iris e as partidas dobradas

Uma das manias no mundo literário é recontar clássicos. Há uma série de livros intitulada “Dorothy Must Die”, escrito por Danielle Paige, que apresenta histórias que acontecem após o “final feliz” de “O Mágico de Oz” original, de L. Frank Baum.

A trama é desenvolvida em uma trilogia, mas há algumas “novelas” (semelhantes a contos, se relacionam à história principal, mas apresentam-se sob o ponto de vista que não o do protagonista).


Na novela #0.3, “The Wizard Returns”, Iris quer mostrar à sua rainha que o chanceler está desviando recursos. A forma como ela encontra a traição é por meio da contabilidade – ela gosta muito de números e fala disso o tempo todo, mas é "apenas uma guarda" então ninguém a leva a sério. 

Quando questionada sobre o porquê de não usar os dados para provar o ponto de vista dela, ela diz que ninguém mais consegue entender as informações (partidas dobradas)! Achei inusitado e por isso resolvi postar aqui!


E já lá para o meio da história, quando seu amigo fala: "boa sorte", ela responde algo como: "Contabilidade com partidas dobradas não é uma questão de sorte, mas de habilidades".



O que você acha? Na minha opinião contabilidade é legal. ;)
Mas acho que muitos alunos vão dizer que é preciso um pouco de sorte para balanço fechar.
Será?