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03 novembro 2015

O significado dos problemas da Valeant

Saiu na The Economist:

Fonte: Aqui
It is fashionable to lament the vapidity and short-termism of institutional shareholders. Without them, it is argued, companies would invest for the long term, run by their enlightened managers. But a rash of creative-accounting incidents is a reminder that firms may go astray. On October 26th Valeant Pharmaceuticals, a drugs company, tried to rebut claims it was massaging its figures. A day later IBM said regulators were investigating how it books its sales. Tesco, a British grocer, is on the rack after admitting inflating its profits. Shares in Noble Group, a Singapore-listed commodities firm accused of questionable book-keeping, have collapsed. In May Hong Kong’s regulators suspended trading in Hanergy, a solar-panel firm. These episodes have had a brutal impact on shareholder wealth, with a total loss of $80 billion.

The last outbreak of outright book-cooking was in 2001-03 when Enron, MCI-WorldCom and Parmalat were found to be engaged in fraud. Together they had $170 billion of assets and all went bankrupt. So far, today’s scandals are different: the firms are accused not of breaking the law but of creative accounting, or stretching the rules to paint an optimistic picture to outside investors. The specific transactions under the microscope are mostly small. For Valeant, Tesco and Noble they accounted for less than 10% of total sales, profits or assets. Despite this, they have led to an outsized slump in market values. The magnified reaction betrays the mistrust in which many big firms are held.

A firm’s market value is supposed to equal the net present value of its future cash flows. In practice it reflects an unstable balance between two versions of the truth. First, the story managers tell, which is usually self-serving and emphasises their brilliance. Second, the numbers. They can be manipulated but are open to scrutiny. Over the years the gap between these two versions of reality has grown. Many bosses of big listed firms are now practised propagandists, in the same way campaigning politicians are, probably because their pay is linked to the share price. Plain talkers struggle. Lawyers script firms’ every utterance, making it hard to have frank discussions with outsiders. Investors have grown cynical and trigger-happy.

An extreme symptom of these tensions is the advent of firms whose integrity is continually contested, just like the character of a presidential candidate. Valeant is backed by two respected hedge funds, ValueAct and Pershing Square, whose boss, William Ackman, has publicly celebrated it. But Valeant has been accused of creative accounting by both James Chanos, a famed short-seller, and Allergan, a rival drugs firm it tried to buy in 2014. Herbalife, a direct-sales firm, has also been the subject of a war of words on Wall Street. Noble, when attacked by an ex-employee and short-sellers over its accounts, adopted the American tactics of indignant rebuttals and legal threats. Although couched in the politically correct language of transparency, the impression left by such cases is of a bunker mentality.

That some communication by bosses and big firms is now guff, or worse, is a huge regret. Rule-setters can only do so much, leaving creative accountants always a step ahead. In the 1980s and 1990s the most common ruses were the use of provisioning and capitalised costs to understate expenses in the profit-and-loss account, and dodgy pension accounting. Once these were stamped out, the game shifted to issuing debt disguised as equity, as practised by most banks in 2003-08 to disastrous effect. Today, four of the five cases in the news involve dealings with notionally arm’s-length entities—perhaps this is the latest area of innovation. With half of America’s big firms experiencing shrinking profits, the urge to juice the numbers may be rising. The boom in unlisted technology firms with billion-dollar valuations, the “unicorns”, is also a worry. Lacking outside scrutiny, showered with praise and supposedly worth a combined $200 billion-plus, there will surely be a few spectacular frauds.

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Empresas suecas testam jornada de seis horas

Erika Hellstron termina o trabalho no escritório às 15h30 e vai fazer uma caminhada em uma floresta que cerca a cidade onde ela mora. A diretora de arte de 34 anos costumava ter turnos de trabalho longos e irregulares quando trabalhava como freelancer. Agora ela trabalha para uma das primeiras start-ups estabelecidas na Suécia a oferecerem um turno de trabalho de seis horas por dia.

A empresa, em Fallun, região central do país, é apenas uma de várias no país que estão testando esse novo conceito - ligado à obsessão nacional com o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. "Para mim é fantástico. Tenho mais tempo livre para treinar ou para estar ao ar livre enquanto ainda há luz ou trabalhar no meu jardim", disse Erika.

O chefe de Erika, Jimmy Nilsson, é um dos proprietários da companhia, a Background AB. Eles lançaram os novos turnos de trabalho em setembro como parte dos esforços para criar uma força de trabalho mais produtiva. "É difícil se concentrar no trabalho durante oito horas, mas com seis horas você pode se concentrar mais e fazer as coisas mais rapidamente", disse.

Os funcionários da Background AB chegam entre 8h30 e 11h30, têm uma hora de almoço e, depois de mais três horas no batente, já estão a caminho de casa. Foi pedido que eles evitassem as redes sociais no escritório e deixassem telefonemas ou e-mails com assuntos pessoais para o fim do dia. E, desde o início da mudança em setembro, os salários não mudaram.

"Vamos tentar (o turno de trabalho de seis horas) por nove meses e, primeiramente, ver se é econômico, depois vamos ver se funciona para nossos clientes e funcionários", afirmou Nilsson.

Outros testes
O conceito do turno de trabalho de seis horas não é totalmente novo na Suécia, mas em 2015 a ideia vem sendo retomada.

Em um centro de atendimento da Toyota na costa oeste da Suécia os turnos de trabalho para mecânicos já tinham sido reduzidos há mais de uma década. A companhia registrou aumento nos lucros e manteve os turnos mais curtos.

Também ocorreram outros testes no setor público nas décadas de 1990 e 2000, mas não foi para a frente por causa de problemas políticos e falta de dados para analisar se a iniciativa deu certo ou não.
Nos últimos meses, várias start-ups de Estocolmo seguiram o exemplo da Background AB e estão testando os turnos mais curtos. No norte da Suécia, em Umea, dois departamentos de um hospital também estão testando os turnos curtos e uma unidade de cirurgia também participa da iniciativa no Hospital da Universidade de Sahlgrenska, em Gotemburgo.

O local que ficou mais famoso pelo turno de seis horas foi um asilo no oeste da Suécia, onde 80 enfermeiras começaram a trabalhar seis horas por dia em fevereiro como parte de um teste de dois anos. Outros 80 funcionários de um asilo parecido continuam trabalhando as tradicionais oito horas por dia.

"Ainda é muito cedo para tirar qualquer conclusão, mas as enfermeiras trabalhando menos horas estão tirando menos licenças de saúde e relatam menos estresse", disse Bengt Lorensson, consultor contratado pela cidade de Gotemburgo para analisar os dados. Ele afirma que o cuidado com os pacientes parece ter melhorado e os funcionários estão organizando mais atividades como aulas de dança, sessões de leitura em grupo ou caminhadas ao ar livre. "Agora estamos analisando os indicadores iniciais, mas podemos ver que a qualidade do trabalho está mais alta."

Autoridades suecas e de outros países estão acompanhando o projeto e Loresson afirma que está sobrecarregado com o interesse da imprensa global na pesquisa que ele está fazendo. O consultor afirma que, apesar dos resultados, ainda deve levar muito tempo até o turno de seis horas de trabalho se transformar em regra na Suécia.

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'Respeito Mútuo'
Na Suécia, apenas cerca de 1% dos funcionários trabalham mais de 50 horas por semana, uma das taxas mais baixas na OCDE (Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento), onde 13% é a média registrada.

Por lei, os suecos têm 25 dias de férias - mas muitas companhias grandes oferecem mais. Pais têm 480 dias de licença quando têm filhos, para dividir entre eles (entre o pai e a mãe). A maioria dos escritórios está vazia depois das 17h.

"É uma experiência muito diferente de quando trabalhei na Grã-Bretanha e clientes queriam entrar em contato nos fins de semana e durante a noite", disse Ameek Grewal, de 29 anos, que nasceu no Canadá e foi transferido pelo Citibank de Londres para Estocolmo há um ano.

Ele admite que pode ser "frustrante" para as pessoas acostumadas a turnos de trabalho mais longos ou a ter respostas rápidas de clientes. Mas Grewal acredita que o modelo sueco traz mais benefícios.

"Aqui há respeito mútuo. Eu vou esperar até começar o horário comercial para ligar ou mandar um e-mail para meus clientes e, ao mesmo tempo, sei que não vão me ligar quando eu estiver de férias."

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Fonte: Aqui

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02 novembro 2015

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Composição da Securities and Exchange Commission

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recentemente fez duas nomeações para ocupar o lugar de Daniel M. Gallagher na SEC (Securities and Exchange Commission – Comissão de Valores Mobiliários). Essas indicações são importantes porque os votos da comissão podem afetar o comportamento de corporações, influenciar os retornos sobre poupanças previdenciárias e moldar toda a economia. 
As escolhidas pelo presidente foram Lisa Fairfax, professora de Direito na Universidade George Washington e Herter Peirce, pesquisadora na Universidade George Mason, com especialidade em regulamentação e mercados financeiros. Se aprovada, a nomeada comporá uma Comissão SEC composta 80% por mulheres.
Segundo as informações contidas em seu endereço eletrônico, a SEC possui cinco diretores indicados pelo Presidente com o conselho e consentimento do Senado. A gestão é de cinco anos e são organizados de forma que o mandando de um diretor termine em 5 de junho de cada ano. Para garantir que o Conselho se manterá não partidário, não mais que cindo diretores pertencem ao mesmo partido político. O Presidente ainda designa um dos diretores como presidente. Atualmente há uma vaga na comissão.

Ambev e ICMS em São Paulo


A fabricante de bebidas Ambev fará uma reavaliação de suas capacidades de produção no Estado de São Paulo se o governo estadual elevar alíquotas de ICMS sobre cervejas, afirmou o vice-presidente financeiro da companhia, Nelson Jamel, a jornalistas nesta sexta-feira (30).

"Já estamos passando por um momento extremamente desafiador, com aumento de uma série de custos... Se isso for aprovado, certamente vai ter impacto nos preços e nos volumes de vendas. Dependendo do impacto nos volumes, poderíamos sim chegar ao limite de fechamento de fábricas", disse o executivo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), encaminhou à Assembleia Legislativa do Estado nesta semana pacote de medidas que inclui aumento do ICMS de cigarro e cerveja. No caso da cerveja, a alíquota proposta é de 23% ante nível atual de 18%, segundo informações da imprensa. Procurada pela Reuters, a assessoria de imprensa do governo paulista não comentou o assunto.

Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), se aprovada, a elevação do ICMS sobre cerveja poderá resultar na demissão de 450 mil pessoas e fechamento de 85 mil estabelecimentos no Estado.

Jamel não pode confirmar os números, mas afirmou que a cerveja é "extremamente sensível a aumentos de preços acima da inflação". O executivo disse que o aumento do tributo também trará impacto na cadeia de distribuição de bebidas. "O impacto é no setor inteiro."

O executivo afirmou que por enquanto a Ambev está mantendo projeção de investimentos em 2015 em linha com os R$ 3,1 bilhões aplicados em 2014 no Brasil e que entre os focos da companhia estão embalagens retornáveis, que são mais acessíveis aos consumidores.

A Ambev divulgou mais cedo que teve lucro líquido no terceiro trimestre de cerca de R$ 3 bilhões, alta de cerca de 6% sobre um ano antes. As receitas no Brasil subiram 10,5%, abaixo da média da América do Sul de 28%.

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Fonte: Aqui