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10 outubro 2015

Risco de ser Blogueiro

A atividade de blogueiro é muito interessante e este, naturalmente, é o principal motivo para a manutenção do blog Contabilidade Financeira durante todos estes anos. Mas temos um grande risco já que não sendo nossa atividade principal e diante de nossa limitação de tempo postamos sem um cuidado necessário e adicional. Isto implica em postagens com erros dos mais diversos tipos.

Na quinta postei sobre o fato do TCU ter analisado as contas do governo de 2014. Infelizmente cometi um grave erro de imprecisão, já que afirmei, inclusive no título, que este tribunal tinha rejeitado as contas do governo. No sábado, no Fato da Semana, estava mais atento e escrevi que tinha ocorrido uma análise, não um julgamento. Gostaria de agradecer a dois comentários anônimos que alertaram para este fato. E, humildemente, peço desculpas aos leitores pela falha.

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Fato da Semana: Julgamento do TCU (41 de 2015)

Fato da Semana: O TCU julgou o parecer das contas do governo de 2014. A área técnica do Tribunal prevaleceu sobre a pressão política e foram apontados diversos aspectos contrários as normas da contabilidade pública brasileira.

Qual a relevância disto? A Lei de Responsabilidade Fiscal é um dos pilares da contabilidade pública brasileira. Nos últimos meses, a contabilidade criativa do governo montou uma série de estratégias para esconder os problemas vividos na gestão pública. Passada a eleição, os problemas tornaram-se mais claros e o TCU estava diante do dilema: aprovar as contas do governo que nomeou a maioria dos ministros ou seguir a lei de responsabilidade fiscal e deixar claro que ocorreram diversas ilegalidades.
A pressão do governo foi “amadora” e provocou a ira dos ministros do TCU e da sua área técnica.

Positivo ou Negativo? Positivo. O TCU disse que a LRF deve ser respeitada. Este tribunal, que no passado apontou uma série de irregularidades na Petrobras, que os auditores evitaram ver, acertou novamente em manter a LRF.

Desdobramentos? O TCU não tem o poder condenatório. O processo irá seguir no legislativo e deve ser ruim para o governo. Entre as cenas dos próximos capítulos temos negociações, troca de favores, ameaças, denúncias e outras possibilidades na tentativa de postergar o máximo a análise do processo.

Previsões para o Nobel de Economia 2015

Segue a lista dos possíveis ganhadores do Nobel de Economia Wall Street Journal:
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Teoria do Crescimento: Paul Romer (NYU) e Robert Barro (Harvard) 

Desigualdade de Renda: Sir Anthony Atkinson (Oxford University) e Angus Deaton (Princeton University).

Econometria: SirDavid Hendry (Oxford University) , Hashem Pesaran (University of Southern California) e Peter C.B. Phillips (Yale University).

Economia Ambiental: Martin Weitzman (Harvard)  e William Nordhaus (Yale University) ou Sir Partha Dasgupta (Cambridge University)

Política Monetária:  Michael Woodford (Columbia University), Ben Bernanke (Columbia University) e Lars Svensson (Columbia University) ou John Taylor (Stanford University).

Empreendedorismo, economia da saúde e economia ambiental: William Baumol (NYU)

Finanças: Stephen Ross (MIT) ou David Kreps (Stanford University).

Ciclo de Crédito:  Nobuhiro Kiyotaki (Princeton) and John Moore ( London School of Economics) 

Economia Comportamental: Paul Milgrom (Stanford University), Richard Thaler (University of Chicago), John Geanakoplos (Yale University) e David Card (University of California, Berkeley).

Mercado de Trabalho: Alan Krueger (Princeton University)

Exitem muitos outros economistas com contribuições importantes em outras áreas. O que é certo é que um dia o economista turco do MIT, Daron Acemoglu, ganhará o Nobel em Economia.

submitted by Piyush Panigrahi

09 outubro 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

TCU e as Contas de 2014

O Tribunal de Contas da União conseguiu finalmente julgar analisar as contas do governo de 2014. O julgamento resultado foi relevante por uma série de motivos:

= > O governo tentou todo tipo de pressão para vencer o julgamento ter um parecer favorável. No domingo, num ato de desespero, convocou a imprensa para dizer que iria solicitar o afastamento do relator. Isto depois de tentar todo tipo de medida protelatória;
= > É a primeira vez, desde 1937, que isto ocorre no TCU;
= > Não ocorreu controvérsia no TCU, já que os ministros votaram com o relator;
= > Foram apontadas doze irregularidades, que inclui o não contingenciamento de despesas e falha na contabilização;
= > Apontou-se uma distorção total de 106 bilhões de reais, um valor que corresponde ao orçamento do Ministério da Educação, um dos maiores da Esplanada. Somente as pedaladas corresponderam 40 bilhões; e
= > Mesmo os ministros considerados amigos do governo votaram contra; e
= > A resposta do TCU foi um alento para a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ela ainda existe e deve ser obedecida.

Apesar do resultado, o impeachment do Presidente ainda precisa percorrer um caminho longo. Mas a atitude do TCU foi técnica.

P.S. Alertado por dois comentários, o texto acima corrige uma imprecisão técnica: não ocorreu julgamento e sim análise. A pressa em fazer a postagem e os meus problemas de tempo não são desculpas para este erro.