Translate

05 outubro 2015

Tipos de Fraude e Petrobras

Um artigo do CPA Now (The Top 10 Fraud Schemes Revealed) apontou dez esquemas específicos de fraude: (1) e (2) reconhecimento da receita prematuramente e reconhecimento fictício de receita; (3) lançamentos fraudulentos; (4) avaliação a maior do ativo; (5) estimativa manipulada; (6) apropriação indevida de ativos; (7) esquema Ponzi; (8) preços irreais de imóveis; (9) e (10) suborno e conflito de interesses.

Depois de ler o texto fiquei imaginando como a Petrobras estaria enquadrada nesta lista. Acredito que alguns deles não ocorreram na empresa. Mas no estudo de caso da empresa podemos encontrar suborno, conflito de interesses, estimativa manipulada, avaliação a maior do ativo da empresa e apropriação indevida de ativos. Metade da lista da CPA Now. Nenhum motivo de orgulho.

Qual é o segredo para fazer boas previsões?




Can’t anybody here play this game?

Three-quarters of all U.S. stock mutual funds have failed to beat the market over the past decade. Last year, 98% of economists expected interest rates to rise; they fell instead. Most energy analysts didn’t foresee oil’s collapse from $145 a barrel in 2008 to $38 this summer—or its 15% rebound since.

A new book suggests that amateurs might well be less-hapless forecasters than the experts—so long as they go about it the right way.

I think Philip Tetlock’s Superforecasting: The Art and Science of Prediction, co-written with the journalist Dan Gardner, is the most important book on decision making since Daniel Kahneman’s Thinking, Fast and Slow. Prof. Kahneman agrees. “It’s a manual to systematic thinking in the real world,” he told me. “This book shows that under the right conditions regular people are capable of improving their judgment enough to beat the professionals at their own game.”

The book is so powerful because Prof. Tetlock, a psychologist and professor of management at the University of Pennsylvania’s Wharton School, has a remarkable trove of data. He has just concluded the first stage of what he calls the Good Judgment Project, which pitted some 20,000 amateur forecasters against some of the most knowledgeable experts in the world.

The amateurs won—hands down. Their forecasts were more accurate more often, and the confidence they had in their forecasts—as measured by the odds they set on being right—was more accurately tuned.

The top 2%, whom Prof. Tetlock dubs “superforecasters,” have above-average—but rarely genius-level intelligence. Many are mathematicians, scientists or software engineers; but among the others are a pharmacist, a Pilates instructor, a caseworker for the Pennsylvania state welfare department and a Canadian underwater-hockey coach.

The forecasters competed online against four other teams and against government intelligence experts to answer nearly 500 questions over the course of four years: Will the president of Tunisia go into exile in the next month? Will the gold price exceed $1,850 on Sept. 30, 2011? Will OPEC agree to cut its oil output at or before its November 2014 meeting?

It turned out that, after rigorous statistical controls, the elite amateurs were on average about 30% more accurate than the experts with access to classified information. What’s more, the full pool of amateurs also outperformed the experts.

The most careful, curious, open-minded, persistent and self-critical—as measured by a battery of psychological tests—did the best.

“What you think is much less important than how you think,” says Prof. Tetlock; superforecasters regard their views “as hypotheses to be tested, not treasures to be guarded.”

Most experts—like most people—“are too quick to make up their minds and too slow to change them,” he says. And experts are paid not just to be right, but to sound right: cocksure even when the evidence is sparse or ambiguous.

So the project was designed to force the forecasters “to be ruthlessly honest about why they think what they do,” says Prof. Tetlock.

First, participants got training materials explaining the basics of how to think about probabilities in an uncertain world.

The forecasters were urged to forage for information that might disprove their assumptions—and to change their minds at will, tweaking their predictions as often as new evidence emerged.

One wrote a software program that sorted his online sources of news and opinion by ideology, topic and geographic origin, then told him what to read next in order to get the most-diverse points of view.

After each outcome, the superforecasters analyzed not just whether their forecasts had been right, but also whether their reasoning was right and the odds they had set were too high or low.

Warren Hatch, an analyst at McAlinden Research Partners, an investment-research firm in New York, says he learned that “just because you know a lot about something doesn’t mean you’ll be a good forecaster in that area.” He says “it was humbling” for him to realize that he “blew almost all” the questions closely related to finance.

Joshua Frankel, a filmmaker and opera director in Brooklyn, N.Y., says the tournament taught him to “look at the world in a less binary way, to think much more in terms of probabilities.”

You can cultivate these same skills by visiting GJOpen.com and joining the next round of the tournament. Or you can try refining your own thinking.

Start by zeroing in on the “base rate” — the average historical experience. If you’re considering whether to invest in an initial public offering, don’t first bury yourself in the details of why this particular company might be the next Google. Instead, begin with the assumption that it will match the returns of the typical IPO—which underperforms the rest of the stock market by two to three percentage points annually in the long run.

Next, ask what the company would have to do to outperform that average by, say, four percentage points annually—enough to beat the market overall. Work up a list of all the companies in the past that have done so and see which factors they seem to have in common. Does this IPO have the same forces in its favor? Write down your reasoning in detail and estimate the numerical odds, as precisely as you can, that you are correct.

Then do what the great investor Charles Munger, Warren Buffett’s business partner, calls “inverting”: Ask what this IPO would have to do to underperform the typical offering. How much does it have in common with past failures?

Finally, as new information comes in, ratchet your expectations up or down.

If you think all this sounds like a lot of work, you’re right. And there’s no guarantee that your forecast will be accurate. But it will be vastly better than a hunch — and very likely at least as reliable as Wall Street’s guesswork.

Fonte: The Wall Street Journal


Links

As empresas mais poderosas dos EUA (Wal-Mart em primeiro)

A questão da "mão quente" no basquete persiste

O escore no crédito tem relação com seus relacionamentos (PDF)

Usando matemática para encontrar a esposa ideal (vídeo) (Aplicação do Problema da Secretária)

Aplicando teoria comportamental para indicar o que a Volkswagen deve fazer (poderia ser aplicado para Dilma?)

Como você será no futuro? (foto ao lado deste blogueiro)

04 outubro 2015

Rir é o melhor remédio


História da Contabilidade: Evidenciação Contábil nos anos 40 do século XIX – Parte 2

(continuação)

O Primeiro Auditor

A literatura contábil costuma indicar o início da atividade de auditoria no Brasil no início do século XX, com as empresas estrangeiras. Já tínhamos comentado anteriormente que talvez o primeiro auditor tenha sido Edward Albeury (1), antes do marco estabelecido na literatura. Mas muito provavelmente esta atividade já existia no Brasil no início do século XIX nas entidades do terceiro setor e no setor público; isto torna difícil ter um marco inicial. Em 1842 temos uma das primeiras notícias de auditoria realizada no Brasil. Eis o que diz um trecho de um relato do exército daquele ano (2):

Fomos hoje ao estabelecimento dos Educandos á cargo do Alferes Joze Antonio Falcao, e passando a examinar a respectiva escripturação e passando a examinar a respectiva escripturação e contabilidade [sic] achamaos que a escripturação está em dia, e muito systhematica; e a contabilidade exacta e regular; o que muito honra o mesmo Alferes


O texto é assinado por Joze Firmino Vieira, talvez o nosso primeiro auditor.

Primeiras regulamentações

Neste período surgem as primeiras regulamentações contábeis no Brasil. Com elevada taxa de mortalidade, a expectativa de vida ao nascer era muito reduzida (3). Nada mais natural que a questão da sucessão nos negócios e nos bens da família fosse uma preocupação importante. Em 1842, através do Decreto 160, de 9 de maio, o Ministério da Fazenda aprova um regulamento para a “arrecadação dos bens dos defuntos e ausentes” (4. O Decreto estava em conformidade com a Lei de 30 de novembro de 1841, artigo 17.

A primeira parte da lei trata da definição dos termos. O Capítulo II é dedicado a contabilidade e escrituração. Segundo a norma, a contabilidade será feita no Livro de Registro de Inventários, Livro de Termos de Leilão, Livro de Razão e Livro de Receita e Despesa. Fornecido por escrivães, os livros eram “abertos, rubricados e encerrados” pelo contador geral do “Tesouro Público” e contadores provinciais, de maneira gratuita. Esta contabilização incluía o levantamento dos bens e sua avaliação. A lei fazia uma descrição sobre a finalidade de cada livro. Um aspecto importante encontra-se no artigo 8º. Sobre o Livro de Razão que indica o constava no débito e no crédito das contas. Como o normal era a utilização das partidas simples, a indicação desta regulamentação é relevante na fixação das partidas dobradas como método de contabilização.

O Ministério da Justiça promoveu também na mesma época a regulamentação da Lei 261, de 3 de dezembro de 1841. A norma indicava, no artigo 15, que cada uma das secretarias de polícias deveria existir, entre outros listados, um livro de receita e despesa (5).

Esta não foi a única legislação . O Decreto 426 de 24 de julho de 1845 tratava das missões de catequese e “civilização dos índios”. Entre os assuntos desta norma tratava da necessidade da utilização da contabilidade nestas situações (6). Uma norma sobre a organização das finanças públicas de Sergipe, em 1846, exigia a adoção de contabilidade por partidas dobradas e por exercícios (7)

Mas o caso mais interessante ocorreu em 17 de setembro de 1846 quando o governo concedeu a Carlos Galvani o privilégio de fazer a limpeza da capital com barris desinfetados e carroças fechadas. Isto permitiria reduzir o fedor da cidade. O governo pagaria pelo serviço. O importante nesta história é que Galvani seria obrigado a “franquear a pessoa, que o Governo nomear, toda a escripturação conducente”. (8)

(1) Vide http://www.contabilidade-financeira.com/2013/09/historia-da-contabilidade-o-surgimento.html
(2) Jornal Maranhense, 1 de abril de 1842, ed 74, ano I, p. 2. O texto aparece com trecho repetido.
(3) A expectativa de vida de um escravo na segunda metade do século XIX era em torno de 20 anos, conforme aqui. Na Europa Ocidental era em torno de 30 anos
(4) Os trechos a seguir foram obtidos no periódico Publicador maranhense, ano 1, n3 p1 de 1842.
(5) Sentinella da Monarchia n 173, 8 de mar de 1842, p 1.
(6) Obtido em O Mercantil, n 22, 12 de ago de 1845, ano 11, p 1.
(7) Gazeta Official do Imperio do Brasil, 30 nov 1846, v 1, n 93 p2.
(8) Gazeta Official do Imperio do Brasil, 25 set de 1846, v 1, n 24.

03 outubro 2015

Rir é o melhor remédio


Fato da Semana: Mercado de Trabalho do Contador (40 de 2015)

Fato da Semana: Na divulgação dos dados sobre o mercado de trabalho novamente tivemos um encolhimento. Em agosto foram 470 vagas a menos. Destaque para redução de vagas no gênero masculino, de meia idade, com curso superior completo. Os dados são do mercado formal.

Qual a relevância disto? Reflexo do que está ocorrendo na economia, a redução de 4.600 vagas de janeiro de 2014 a agosto de 2015 mostra que a profissão está sentido os efeitos da recessão. Pior para os ingressantes no mercado de trabalho (recém-formados) e aqueles que não possuem outra renda. Outro reflexo ocorre na remuneração.

Positivo ou Negativo? Negativo.

Desdobramentos?
Os dados mostram que nos últimos meses a redução média de vagas ficou em quase 500 vagas por mês. E este número parece que persiste indicando que 2015 e talvez 2016 serão anos difíceis.