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18 setembro 2015

The Catch, The Accountant e Bleeding Edge

Ainda sobre The Catch: já existe o trailer da série, mas não está disponível no Brasil. Há, todavia, uma discussão hilária no Reddit. Muitos contadores acham que não vai durar mais que uma temporada, outro acrescentou que finalmente vai “ter alguma ação” na vida dele (caso os contadores sejam vistos como galãs) e um terceiro falou para nos prepararmos para a próxima turma de alunos de graduação em contabilidade, achando que qualquer falha em arredondamento é uma possível fraude sendo que a realidade é que a maior parte do trabalho do contador forense envolve divórcios e pensão alimentícia. Mas parece que ser contador forense no governo é bem interessante! Eles auxiliam investigadores que não entendem nada sobre finanças. Eu acharia o máximo! Lá nos Estados Unidos.


E os contadores tem ganhado espaço na mídia. Além das minhas citações esporádicas, acrescentem na lista o filme que será estrelado por Ben Affleck no ano que vem, intitulado “The Accountant” no qual ele interpreta um contador que faz bicos como assassino por encomenda.

Dois anos atrás foi publicado o livro “Bleeding Edge: A Novel” de Thomas Pynchon, que recebeu 4 de 5 estrelas no GoodReads. O livro conta a história de Maxine Tarnow que inicialmente criou um pequeno negócio de investigação de fraude. Ela costumava ser certificada, mas sua licença foi caçada o que, no fim das contas, ela considerou uma benção já que agora poderia seguir o eu próprio código de ética – carregar uma pistola Beretta, fazer negócios com babacas não confiáveis, invadir contas bancárias – sem precisar se sentir muito culpada a respeito. Até que ela encontra problemas on line em um esquema envolvendo empresas dotcom em seus estágios iniciais, investidores, traficantes e terroristas. A obra ainda é inédita no Brasil.

A Economia é Estranha

Nós sempre deixamos para o outro falar e até hoje não saiu uma postagem do blog Empresas e Mercados do Roberto Ushisima. Somos fãs! O Ushisima foi e é muito importante na história do blog. Se não tivesse seguido o próprio caminho, provavelmente estaria aqui, com a gente. O blog dele é fantástico e merece ser acompanhado e comentado. Abaixo trechos da postagem “Economia é Estranha”.

[...]

Em Economia, também temos essa ideia de causas e consequências, com a ação de um agente econômico podendo ter consequências imprevistas e até mesmo indesejadas. E a grande dificuldade para o leigo com relação à economia é justamente entender que as ações econômicas possuem inter-relações complexas e que modificações em uma parte podem ter impactos no sistema econômico como um todo. A falta de entendimento dessa questão faz com que as pessoas defendam medidas políticas como controles de preços, subsídios e outras questões que aparentemente resolvem um problema, mas que uma análise mais profunda mostra que, além de ineficazes, geram distorções em outros temas.

Um filão literário muito popular hoje em dia é a de livros que procuram ensinar Economia ou abordar temas econômicos de uma maneira mais compreensível para o público geral, sem recorrer à pesada matemática ou a teorias complexas que se ensinam nos cursos introdutórios de Economia. Dois clássicos desse gênero, lançados antes de serem moda, são o O que se vê e o que não se vê de Bastiat e o Economia em uma única lição de Hazlitt. Os dois usam como um dos primeiros exemplos a janela quebrada, situação na qual aparentemente um infortúnio como a quebra de uma janela parece ter efeitos econômicos positivos, mas que, ao se analisar melhor a situação, o óbvio de que a destruição da janela destruiu riqueza aflora.

E essa clássica análise me remeteu ao Life is Strange. Imagine um jogo com mecânica parecida, mas com um enfoque econômico (Economia é Estranha, seria um bom título), no qual o jogador toma uma determinada decisão e isso tem consequências econômicas futuras. O próprio caso da janela quebrada pode servir de exemplo e foi o que me inspirou a escrever este texto. O jogador poderia deixar que o garoto da parábola quebrasse a janela ou poderia impedi-lo. No primeiro caso, veria a prosperidade do vidraceiro e poderia achar que esse foi um bom curso de ação. Porém, poderia voltar no tempo e impedir que o garoto quebrasse a janela e veria que o dono da casa que teve a janela quebrada além de ter a sua janela em bom estado tem ainda sapatos novos, seguindo o exemplo de Bastiat.

Esse jogo hipotético teria uma série de eventos parecidos e seria possível que uma ação que aparentemente beneficia o jogador ou uma terceira parte na verdade se mostrem prejudiciais no futuro. Poderia servir até de ferramenta pedagógica para o ensino de Economia de uma maneira menos direta, menos didática, mas, talvez por isso mesmo, mais interessante.

Não sei quão viável seria esse projeto ou se alguém do ramo teria interesse em desenvolver tal jogo, mas fica a ideia!

Links

Glossário de termos tributário: Aqui (há também um glossário de contabilidade)

Pirâmide financeira: TelexFree foi condenada.

AB InBev pretende fazer oferta recorde por SABMiller: aquisição da fabricante de cerveja seria a maior na história do setor.

Pesquisa OCDE: Alunos brasileiros têm dificuldade para interpretar textos na internet
Finanças pessoais: 40% dos internautas extrapolam padrão de vida financeiro; e dívida de R$ 1 mil no cartão chega a R$ 7 mil em um ano

Extintor, não mais! Contran anunciou que item não será mais item obrigatório em carros.

Nova sede do Facebook.

17 setembro 2015

Rir é o melhor remédio


E é por isso que mulheres vivem mais que homens ;)

Cortina de Fumaça com uma Contadora?

A nova série The Catch (anteriormente intitulada "Smoke and Mirrors"), da ABC, é um suspense centrado em Alice Martin, uma investigadora de fraudes. A história a acompanha enquanto ela se prepara para casar... mas ao mesmo tempo ela está prestes a levar um golpe.

Sem o conhecimento de seu noivo, a protagonista não é tudo o que diz ser e aí, quando o golpe muito bem planejado de seu noivo colide com as mentiras perfeitamente construídas de Alice, o casal mergulha em um perigoso jogo de gato e rato.

Claro que, enquanto sofre pela traição e fim do noivado, persegue o noivo malandro, lida com as tais mentiras da vida dela, ela também é uma profissional durona e competente. Girl Power!

Momento desabafo: Espero que a Alice não seja advogada (já temos séries demais com elas). Eu li várias reportagens falando que ela é uma contadora forense \o/ mas eram mais antigas. Na Wikipédia (Humpf) diz que ela é uma advogada. Muitos  artigos (os mais atuais) são vagos e falam "an elite fraud investigator"

Vamos dar poder aos contadores, Shonda!

Será que podemos esperar boas coisas? Espero que sim já que é uma série de Shonda Rhimes (criadora de Grey’s Anatomy e Scandal).

Segundo a lista de novas séries publicadas pelo site TVLine estarão no elenco Meireille Enos (a detetive em The Killing – Netflix), Peter Krause (o irmão mais velho em Parenthood) e Sonya Walger (Penélope em Lost).

Mas olha...é uma série Midseason. =/ Na televisão do Canadá e dos Estados Unidos, uma midseason é uma série “tapa-buraco”, que estreia na segunda metade da temporada tradicional, geralmente entre janeiro e maio.

P. S. – Grey’s Anatomy começou como Midseason. Vai que The Catch embala e a gente consegue uma temporada normal, com muitos episódios! =D

Em tempo: A protagonista deixou de ser uma contadora forense e passou a ser uma investigadora. A atriz disse que já havia um grande fã clube de contadores e que esperava que eles não ficassem chateados. o.O

Escrevendo artigos científicos em inglês: 10 dicas para brasileiros

Can you identify a single colleague who has not had a manuscript returned with the comment “needs to be reviewed by a native English speaker”? Many researchers receive this response even after translation or revision by an official translator or a native English-speaking coauthor. Over the past four years, while conducting my doctoral, and now my postdoctoral, work here in Brazil, I have been asked to both translate and help revise numerous manuscripts for my fellow Brazilian researchers. However, despite being a native English speaker and a researcher, I have found these tasks to be quite stressful at times. The truth is, just like it is one thing to write in Portuguese and another to write well in Portuguese, the same applies to writing well in English. Furthermore, not every native English speaker who writes well in English can write well for the scientific literature. Scientific English writing has its own style and rhythm, such as the use of passive voice. Passive voice is considered poor English in most forms of writing (news, novels, blogs, etc.) outside of science. The most recent version of Microsoft Office Word will even highlight passive voice as poor grammar and ask you if you want to rephrase. However, the use of passive voice is acceptable and even encouraged in some scientific writing.

[...]

For this reason, I decided to assemble a compilation of the 10 most common “errors” made by native Portuguese speakers when writing scientific papers in English. I put “errors” in quotes because many of the following tips are just that: tips, or dicas. They do not always refer to incorrect English, but rather to poor English, and they are not necessarily absolute rules. Most of these are common mistakes or poor writing habits that affect even native English speakers, so correcting them before submitting your manuscript can give you an advantage with the reviewers. It may even help you to avoid the dreaded “needs to be reviewed by a native English speaker”.
O artigo pode ser acessado gratuitamente neste link.

Marlow, M. A. (2014). Writing scientific articles like a native English speaker: top ten tips for Portuguese speakers. Clinics, 69(3), 153–157. http://doi.org/10.6061/clinics/2014(03)01