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07 setembro 2015

Fluxo de Caixa da Petrobras

Na divulgação dos resultados da Petrobras um aspecto passou desapercebido: o comportamento do fluxos de caixa da empresa. A figura a seguir resume este comportamento através de quatro gráficos:
O primeiro gráfico mostra e evolução dos três tipos de fluxos da empresa: operacional, investimento e financiamento. É muito evidente a estabilidade do fluxo das atividades operacionais da empresa ao longo do tempo. Em termos médios, este valor ficou, de 2008 até 2105 em torno de 14 milhões. No seu pior momento, a empresa gerou somente 9 bilhões de caixa das atividades operacionais, no segundo trimestre de 2009. Depois de gerar 9,4 bilhões no primeiro trimestre de 2014, a empresa atingiu a mais de 20 bilhões no terceiro. Isto mostra uma solidez na área operacional. É sempre bom lembrar que o fluxo das atividades operacionais é a principal medida da Demonstração dos Fluxos de Caixa. O primeiro gráfico também permite notar que nos últimos anos o fluxo de investimento foi negativo, indicando um esforço de expansão. Com uma importante exceção: da última informação, que corresponde exatamente ao aspecto despercebido citado anteriormente. No caso da empresa, o fluxo positivo é resultante da contenção dos investimentos, em especial da conta de Títulos e Valores Mobiliários. Para concluir, o fluxo de financiamento mostra que a empresa “soluços” de financiamentos, com picos em alguns períodos específicos do tempo, como em 2010 ou 2014.

Ao longo do tempo a empresa tem adotado uma política de gastar nos investimentos aquilo que foi gerado nas operações. O gráfico FCI+FCO mostra que a soma destes dois fluxos sempre esteve próxima de zero com duas exceções relevantes: em 2010 e no último período divulgado, quando a empresa paralisou seus investimentos e continuou gerando caixa das operações. A média desta soma no período foi de 3,9 bilhões negativos, sendo que esta diferença foi coberta com o saldo de caixa e as captações (os “soluços”).

O gráfico FCO+FCI ajuda a explicar o gráfico superior direito. Neste gráfico temos a variação do caixa, ou seja, a diferença entre o caixa inicial e o final, e o fluxo de caixa de financiamento. As grandes variações no caixa da empresa ocorrem juntamente com os “soluços” de financiamento. Tanto é assim que a correlação entre este dois números é próxima de 0,4, positiva.

O gráfico embaixo na direita mostra a relação entre o fluxo das operações e o lucro líquido. Salta aos olhos a última informação, quando a empresa divulgou um lucro de 0,5 bilhão para um fluxo de 23 bilhões. A relação LL/FCO mostra a capacidade da empresa em transformar o lucro em caixa; no gráfico usamos a relação inversa, para destacar melhor o que ocorreu no último período com a empresa.

Para fazer estes gráficos usamos o balanço interativo, disponível no endereço da empresa. Isto torna fácil a elaboração das informações apresentadas aqui, mas a ferramenta precisa ser usada com cuidado, já que os dados não coincidem com os publicados pela empresa. Em alguns casos é pior: apresenta erros facilmente detectados. Por exemplo: caixa negativo ou caixa inicial diferente do caixa final do período anterior.

Acadêmicos escrevendo livros que ninguém consegue comprar

A few months ago, an editor from an academic publisher got in touch to ask if I was interested in writing a book for them.

I’ve ignored these requests in the past. I know of too many colleagues who have responded to such invitations, only to see their books disappear on to a university library shelf in a distant corner of the world.

If someone tried to buy said book – I mean, like a real human being – they would have to pay the equivalent of a return ticket to a sunny destination or a month’s child benefit. These books start at around £60, but they can cost double that, or even more.

This time, however, I decided to play along.

So I got the editor on the phone and he asked if I had an idea for them. “Sure,” I said, trying to sound enthusiastic. “Perhaps I could write a book about…” – and here I started piling up ugly-sounding buzzwords.

I could hear how he momentarily drifted off, probably to reply to an email, and when I was done with my terrible pitch, he simply said: “Great!”

“The best thing now,” he continued, “is if you could jot down a few pages, as a proposal, which we could then send out to reviewers.” He paused a second, then added: “If you have any friends who could act as reviewers and who you think could sign off on the project, then that’d be great.”

I was intrigued by the frankness.

“How much would the book be sold for?” I inquired, aware this might not be his favorite question. “£80,” he replied in a low voice.

“So there won’t be a cheaper paperback edition?” I asked, pretending to sound disappointed.

“No, I’m afraid not,” he said, “we only really sell to libraries. But we do have great sales reps that get the books into universities all across the world.”

“So how many copies do you usually sell?” I inquired.

“About 300.”

“For all your books?”

“Yes, unless you would assign your book on your own modules.”

I was growing fascinated by the numbers so I asked how many of these books they published each year.

“I have to…” he started (inadvertently revealing that this was a target that had been set) “…I have to publish around 75 of these.”

Seventy-five books, £80 each, selling on average 300 copies. That’s £1.8m. And he’s just one of their commissioning editors. What’s more, these publishers are not known for hiring talented illustrators to come up with nice covers – and you rarely see their books advertised in magazines.

“If you don’t mind my asking,” I said as our conversation drew to a close, “how did you find me?”

A moment of awkward silence, and then: “Um, well, I found your name on your university website.”
At the time, there was no information about me on the university website. No publication list, no information about my research interest, not even a photograph.

So I’d been asked to write a book about whatever I wanted, and this editor didn’t even know whether I’d written anything before. It didn’t matter. It would sell its 300 copies regardless. Not to people with an interest in reading the book, but to librarians who would put it on a shelf and then, a few years later, probably bury it in a storeroom.

Most academics get these requests. A colleague was recently courted by an editor who, after confessing they only published expensive hardbacks (at around £200), explained that this was an opportunity for my colleague to enhance his academic record. He was told he could give them pretty much anything, like an old report, or some old articles.

“I can’t believe anyone would write a book that would be too expensive for anyone to buy,” the colleague told me over the phone. “Just to add a line to your cv.”

Another colleague, on discovering his published book was getting widespread attention but was too expensive to buy, tried to get the publishers to rush out a cheaper paperback version. They ignored his request.

[...]


So what are the alternatives? We could stop publishing these books altogether - which may be advisable in a time of hysterical mass publication . Or we publish only with decent publishers, who believe that books are meant to be read and not simply profited from. And if it’s only a matter of making research available, then of course there’s open source publishing, which most academics are aware of by now.

So why don’t academics simply stay away from the greedy publishers? The only answer I can think of is vanity.

Fonte: Aqui

06 setembro 2015

Rir é o melhor remédio


Entrevista: Escritório de contabilidade

Hoje a entrevista é com o Leonardo W. Rocha, com 28 anos, formado em administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e futuro contador. Atualmente ele é gerente administrativo da empresa Rocha Contabilidade.

Blog_CF: Leonardo, como é o escritório em que você trabalha e qual é a história de sua criação?
Leonardo: A Rocha Contabilidade é uma empresa prestadoras de serviços contábeis que atuam no Rio de Janeiro. Em 1972, Amaro Gonçalves da Rocha (meu pai), hoje sócio da empresa, abriu o escritório em uma pequena sala. Com o passar dos anos, o crescimento da empresa a fez ocupar um espaço maior, que consiste no seu atual endereço, localizado no coração de Copacabana, na Av. Nossa Senhora de Copacabana. Além da prestação de assessoria contábil, a partir do ano 2000 a Rocha Contabilidade passou também a atuar na área de assessoria imobiliária, iniciando suas atividades de compra e venda, administração, dentre outras, fidelizando um número de clientes ainda maior. Atualmente contamos com uma equipe de 20 colaboradores especializados para atender um portfólio de 100 clientes cadastrados.


Blog_CF: Qual parte do seu trabalho é a mais chata, a mais difícil e a mais legal?
Leonardo: Sem dúvida a parte mais chata é cobrar uma maior organização e pontualidade dos clientes. Muitos deles ainda não enxergam a importância de passar as informações corretas e nos prazos estabelecidos.
A mais difícil e desafiadora é estar sempre atualizado sobre a legislação. Diariamente são criadas ou modificadas o que causa um grande impacto na contabilidade brasileira. Enquanto não houver uma reforma tributária, essa sem dúvida, será a parte mais difícil no desenvolvimento do trabalho.
A parte mais legal para mim é quando eu consigo satisfazer o desejo do cliente, independente do trabalho que for. Eu gosto muito de auxiliar no planejamento tributário e na declaração de imposto de renda pessoa física

Blog_CF: O que te inspirou a cursar contabilidade e como foi a sua formação?
Leonardo: Quando eu era mais jovem estava na dúvida entre ser professor de matemática, engenharia de produção, administração ou ciências contábeis. Acabei escolhendo, inicialmente, a administração pois tinha um sonho de ter um restaurantes próprio. Depois que comecei a trabalhar na contabilidade e atender restaurante como clientes, eu mudei totalmente a minha ideia e acabei me envolvendo com a contabilidade. Depois de formado em administração, eu iniciei o curso de ciências contábeis. Eu diria 50% da escolha foi influenciada pelo meu pai.

Blog_CF: Atualmente, qual é a relação de vocês com as mídias sociais?
Leonardo: Nós utilizamos o Facebook e tenho perfil pessoal no Linkedin. Por ser uma empresa familiar com pessoas bem tradicionais e não suscetíveis a mudanças, nós discutimos muito sobre isso, porém não consegui convencer os sócios que isso é uma ferramenta para fidelizar e angariar novos clientes, então ainda não adotamos novas plataformas, além das citadas. O controle das mídias sócias é feito por mim, o que não traz tanta eficácia se fosse feito por um profissional competente.

Blog_CF: Atualmente qual o perfil principal de clientes que te procuram?
Leonardo: Nossa empresa trabalha com pequenas empresas, especialmente as que são tributadas pelo SIMPLES (cerca de 90% dos clientes). Dos sócios dessas empresas, nós auxiliamos na declaração de imposto de renda e no contrato de empregadas domésticas, caso possuam.

Blog_CF: Você tem alguma história interessante de clientes?
Leonardo: Temos um cliente que sempre liga perguntando o número da conta corrente, além de nos mandar os extratos bancários fechados, sem ter a maior noção do que a empresa movimenta. Total falta de organização.

Blog_CF: Que dicas você daria para jovens estudantes que pretendem, um dia, montar um escritório de contabilidade? E para recém formados que estão desempregados?
Leonardo: Para os jovens estudantes que pretendem abrir um escritório, o conselho que eu daria é estagiar antes em escritórios de contabilidade, tentando passar pelos diversos departamentos e fazer um bom networking, cuidando da sua imagem para uma futura obtenção de clientes.
Para os desempregados eu aconselho a nunca pararem de estudar. Qualquer curso, seminário, palestra é muito importante para ampliar o conhecimento. Quanto maior o conhecimento, maior a segurança e capacidade de arrumar um emprego.

Blog_CF: Leonardo, agradecemos a sua disposição em nos atender. Uma entrevista com escritórios não é tão acessível quanto imaginávamos e você foi atencioso, oportuno e solicito. Desejo sucesso em sua carreira!

Disclosure: Conhecemos o Leonardo em interações dele com o Blog Contabilidade Financeira (Blog_CF) e ressaltamos que esta entrevista tem objetivo informativo e não comercial.

História da Contabilidade: Material para fazer a contabilidade

Uma maneira diferente de verificar o passado da contabilidade é estudar a evolução do material utilizado nesta atividade. Das penas e tinteiros, passando pelos computadores pioneiros que foram desenvolvidos para ajudar nesta atividade até chegarmos aos programas que conseguem interligar as atividades operacionais com os registros no diário da empresa, a evolução os objetos usados faz parte da história contábil.

Se existem objetos para a contabilidade é muito provável que exista pessoas que vendem estes produtos. Na nossa história, o comércio destes produtos deve ter surgido no início do século XIX, mas a presença documentada só ocorre a partir de 1840. A primeira vez que temos notícia da venda dos produtos ocorreu em Recife, Pernambuco, numa loja de “miudezas”. Neste tipo de comércio se vendia de tudo um pouco e o anúncio no Diário de Pernambuco dizia:

Bonecas de gomma para escripturação; na rua do crespo loja de miudezas De cima 5 (1)

Mas o interessante é a venda de livros para escrituração. Num longo anúncio publicado dois anos depois, nós temos:

Acha-se a venda na loja do bom barateiro de Guerra Silva & Companhia na rua Nova D 6 o seguinte: (...) livros em branco para escripturação (2)

Qual o sentido de comprar um “livro em branco para escrituração”? Existiam duas razões importantes, sendo a primeira de ordem estética. Podemos imaginar a contabilidade antiga sendo realizada em folhas soltas de papel. Isto poderia dar uma flexibilidade, mas certamente o resultado final não era muito agradável aos olhos: um grande número de folhas soltas, que poderia ser retirada da ordem e se perder.

O segundo motivo do uso de um livro específico para escrituração possui uma utilidade mais prática: o controle. Estes livros estavam em branco, mas as páginas eram numeradas. Assim, se um escriturário cometesse um erro ou quisesse trapacear nos lançamentos, não seria possível “perder” as folhas ou arrancá-las.

Outro anúncio interessante surgiu no Maranhão, em 1847:

GRANDE SURTIMENTO DE LIVROS Proprios para escripturação de casas de commercio e repartições publicas de mui excellente papel vendem Pinho & Troça. (...) (3)

Destaco dois aspectos deste anúncio: a existência de uma grande variedade de livros, mostrando que o comércio de material para escrituração era bastante ativo a ponto de oferecer opções aos interessados e o fato do anúncio ter sido publicado na província, a exemplo dos anteriores, não na capital, Rio de Janeiro. A mesma empresa, Pinho & Troça, anunciava no ano seguinte:

Pinho&Troça Receberão ultimamente da Belgica hum novo e completo surtimento de Livros para escripturação que nada deixa a deseijar nesse genero (...) (4)


(1) Diário de Pernambuco, 2 de abril de 1840, ed. 75, p. 4. Não consegui localizar a utilização destas bonecas na escrituração.
(2) Diário de Pernambuco, 22 de abril de 1842, ed. 87, ano xviii, p. 42.
(3) Publicador Maranhense, ano v, n 490, p 4.
(4) Publicador Maranhense, ano vi, n. 722, p. 4.

05 setembro 2015

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