A Justiça Federal aceitou, nesta terça-feira (28), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o presidente da Odebrecht S.A., Marcelo Odebrecht, e outras 12 pessoas investigadas na Operação Lava Jato.
O grupo foi denunciado pelo MPF na sexta-feira (24). Com o recebimento da denúncia pela Justiça, a partir de agora eles são réus na ação penal que vai apurar os supostos crimes cometidos por eles, como organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro nacional e internacional.
Segundo a denúncia, os envolvidos participariam de um esquema de corrupção na Petrobras. [...]
No despacho em que aceita a denúncia, o juiz federal Sérgio Moro considerou que as provas apresentadas pelo MPF até o momento justificam a abertura do procedimento contra os acusados.
"Portanto, há, em cognição sumária, provas documentais significativas da materilidade dos crimes, não sendo possível afirmar que a denúncia sustenta-se apenas na declaração de criminosos colaboradores", pontuou o magistrado.
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Lavagem de dinheiro
Para o MPF, a Odebrecht montou uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro. Com isso, a companhia pôde pagar propinas a executivos da Petrobras para fechar contratos com a estatal.
As denúncias partiram de depoimentos de ex-funcionários da Petrobras, como o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, que firmou um acordo de delação premiada com a Justiça e detalhou o funcionamento do esquema.
A Odebrecht é uma entre as várias empresas investigadas no âmbito da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014 e que tem apurado desvios de dinheiro da Petrobras.
A 14ª fase da operação, deflagrada em junho deste ano, culminou na prisão de Marcelo Odebrecht e de outros executivos ligados à empresa. Atualmente, apenas Marcelo, filho do fundador da companhia, tem vínculo direto com a empreiteira. Os demais réus já foram desligados da empresa.
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Em entrevista coletiva na sexta-feira (24), em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol disse que são 13 denunciados de cada empresa.
Um dos esquemas envolvendo a Odebrecht ocorreu na construção do Centro Administrativo da Petrobras em Vitória, no Espírito Santo.
Outro envolveu a Braskem, empresa do grupo Odebrecht, em um contrato com a Petrobras para compra de nafta, que teria dado um prejuízo de R$ 6 bilhões à estatal petroleira.
Nesta transação, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa teria recebido propinas de R$ 5 milhões por ano e passado parte do dinheiro para o ex-deputado José Janene (PP), já falecido, e depois ao próprio Partido Progressista, afirmou o procurador.
De acordo com o MPF e a Polícia Federal, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez formavam um cartel para fraudar licitações da Petrobras, obtendo preços favoráveis e, com isso, lucros extraordinários. Parte desse lucro excedente era usada para pagar propina a agentes públicos e partidos políticos, conforme os procuradores.
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Segundo Dallagnol, documentação obtida nas investigações mostra que a Odebrecht e denunciados no esquema tinham contas e valores em empresas offshore, fora do país.
Uma investigação das autoridades suíças apontou que empresas do Grupo Odebrecht utilizaram contas bancárias naquele país para pagar propina a ex-diretores da Petrobras.
Fonte: Aqui
29 julho 2015
Resultados do 2o trimestre: Lucro da BP despenca
O lucro da petroleira BP no segundo trimestre caiu quase dois terços em comparação ao ano passado, com preços menores do petróleo, uma baixa contábil na Líbia e um encargo de 10,8 bilhões de dólares pelo vazamento de óleo de 2010 no Golfo do México.
Esperando um período prolongado de preços baixos de petróleo, a companhia britânica de óleo e gás também cortou seus planos de investimento para este ano pela segunda vez, levando o valor para menos de 20 bilhões de dólares, ante 22,9 bilhões anunciados no ano passado. A rival norueguesa Statoil também anunciou mais cortes de gastos.
O vice-presidente financeiro da BP, Brian Gilvary, disse que espera que os preços do petróleo continuem fracos no médio prazo devido ao excesso de oferta no mundo todo.
A BP fechou um acordo de 18,7 bilhões de dólares com o governo federal e cinco Estados norte-americanos no começo deste mês para resolver a maioria das reinvindicações ligadas ao vazamento de petróleo há cinco anos, o maior acordo corporativo na história dos Estados Unidos.
Os lucros também foram atingidos por uma baixa contábil de 600 milhões de dólares em exploração na Líbia devido a questões de segurança.
No geral, o lucro da companhia alcançou 1,3 bilhão de dólares, abaixo da projeção de 1,64 bilhão entre analistas e dos 3,6 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Fonte: Aqui
Informações sobre o resultado do segundo trimestre da BP: Aqui e aqui (em inglês).
Esperando um período prolongado de preços baixos de petróleo, a companhia britânica de óleo e gás também cortou seus planos de investimento para este ano pela segunda vez, levando o valor para menos de 20 bilhões de dólares, ante 22,9 bilhões anunciados no ano passado. A rival norueguesa Statoil também anunciou mais cortes de gastos.
O vice-presidente financeiro da BP, Brian Gilvary, disse que espera que os preços do petróleo continuem fracos no médio prazo devido ao excesso de oferta no mundo todo.
A BP fechou um acordo de 18,7 bilhões de dólares com o governo federal e cinco Estados norte-americanos no começo deste mês para resolver a maioria das reinvindicações ligadas ao vazamento de petróleo há cinco anos, o maior acordo corporativo na história dos Estados Unidos.
Os lucros também foram atingidos por uma baixa contábil de 600 milhões de dólares em exploração na Líbia devido a questões de segurança.
No geral, o lucro da companhia alcançou 1,3 bilhão de dólares, abaixo da projeção de 1,64 bilhão entre analistas e dos 3,6 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Fonte: Aqui
Informações sobre o resultado do segundo trimestre da BP: Aqui e aqui (em inglês).
28 julho 2015
Golpes Bilionários
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No livro “Golpes Bilionários – Como os maiores golpistas da história enganaram tanta gente por tanto tempo”, o finlandês Kari Nars elenca dez trapaças financeiras de grandes proporções, começando com a bolha da South Sea Company no século XVIII e terminando com o caso Madoff em 2008. Os tipos de fraudes variam desde escândalos corporativos como o da própria South Sea Company, o da companhia elétrica Enron e o da líder mundial em fósforos na década de 30 Swedish Match Company (STAB) a esquemas financeiros sustentados por pirâmides como o do pioneiro Carlos Ponzi, o do fundo de investimento International Overseas Service (IOS) de Bernard Cornfeld, o do clube de investimento finlândes WinCapita e o da empresa Bernard L. Madoff Investment Securities.
O livro ainda conta casos bizarros como o da venda de terras em um país fictício na América Central em 1820 e a tentativa de venda da Torre Eiffel por um golpista que se passava por representante do governo francês a negociantes de ferro-velho.
As fraudes corporativas têm como características realçar os aspectos positivos e mitigar os riscos. Assim, receitas são infladas, dívidas, camufladas e despesas, reduzidas. A Enron se utilizou de firmas offshore para escamotear prejuízos. No caso da South Sea Company, a administração alardeava contratos de monopólio com as colônias espanholas na América do Sul, embora efetivamente apenas um navio britânico de porte médio poderia fazer o comércio com México, Chile e Peru uma vez ao ano. A STAB falsificou um título do governo italiano para fazer parte do seu ativo, cujo valor hoje corresponderia a 1,3 bilhão de libras.
[...]
O Center for Financial Research & Analysis (CFRA) listou sete estratégias usadas por fraudadores corporativos: (i) registrar lucros prematuramente ou de qualidade questionável; (ii) registrar lucros falsos; (iii) reforçar a receita com ganhos obtidos em uma única operação; (iv) transferir despesas atuais para um período anterior ou futuro; (v) deixar de registrar ou reduzir impropriamente passivos financeiros; (vi) transferir receita atual para um período futuro e (vii) transferir despesas futuras para o período atual como um custo especial.
Já as fraudes relacionadas ao esquema de pirâmides têm outros atributos. O golpista alardeia que possui o conhecimento de uma operação financeira complexa, o que acaba por dar credibilidade. Carlo Ponzi, por exemplo, dizia que realizava operações de arbitragem com cupom-resposta, valendo-se do diferencial de câmbio entre os Estados Unidos e a Itália. Mas essas operações são apenas fachada, pois o dinheiro arrecadado não é aplicado em qualquer ativo. Logo o investimento não possui qualquer lastro. O dinheiro dos novos aplicadores serve para pagar o resgate dos investidores anteriores. O esquema se sustenta, porque a rentabilidade atrativa mantém os investidores, reduzindo o número de resgates. Mas, em situações de restrição de liquidez, como ocorreu durante a quebra do banco Lehman Brothers, o esquema entra em colapso, pois os pedidos de resgate superam as entradas, o que causou a quebra do fundo de Bernard Madoff e do clube de investimento WinCapita.
O livro pouco menciona o Brasil. Contudo, aparecem duas curiosidades. Após ter seu esquema descoberto, Carlo Ponzi foi contratado por uma companhia aérea que fazia o trajeto entre Brasil e Itália. Assim, ele veio morar no Rio de Janeiro onde acabou falecendo em janeiro de 1949 após ter sofrido um derrame. A segunda curiosidade é que entre os bens pertencentes a Bernard Madoff havia um jato particular da brasileira Embraer, avaliado em US$ 24 milhões.
No livro “Golpes Bilionários – Como os maiores golpistas da história enganaram tanta gente por tanto tempo”, o finlandês Kari Nars elenca dez trapaças financeiras de grandes proporções, começando com a bolha da South Sea Company no século XVIII e terminando com o caso Madoff em 2008. Os tipos de fraudes variam desde escândalos corporativos como o da própria South Sea Company, o da companhia elétrica Enron e o da líder mundial em fósforos na década de 30 Swedish Match Company (STAB) a esquemas financeiros sustentados por pirâmides como o do pioneiro Carlos Ponzi, o do fundo de investimento International Overseas Service (IOS) de Bernard Cornfeld, o do clube de investimento finlândes WinCapita e o da empresa Bernard L. Madoff Investment Securities.
O livro ainda conta casos bizarros como o da venda de terras em um país fictício na América Central em 1820 e a tentativa de venda da Torre Eiffel por um golpista que se passava por representante do governo francês a negociantes de ferro-velho.
As fraudes corporativas têm como características realçar os aspectos positivos e mitigar os riscos. Assim, receitas são infladas, dívidas, camufladas e despesas, reduzidas. A Enron se utilizou de firmas offshore para escamotear prejuízos. No caso da South Sea Company, a administração alardeava contratos de monopólio com as colônias espanholas na América do Sul, embora efetivamente apenas um navio britânico de porte médio poderia fazer o comércio com México, Chile e Peru uma vez ao ano. A STAB falsificou um título do governo italiano para fazer parte do seu ativo, cujo valor hoje corresponderia a 1,3 bilhão de libras.
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O Center for Financial Research & Analysis (CFRA) listou sete estratégias usadas por fraudadores corporativos: (i) registrar lucros prematuramente ou de qualidade questionável; (ii) registrar lucros falsos; (iii) reforçar a receita com ganhos obtidos em uma única operação; (iv) transferir despesas atuais para um período anterior ou futuro; (v) deixar de registrar ou reduzir impropriamente passivos financeiros; (vi) transferir receita atual para um período futuro e (vii) transferir despesas futuras para o período atual como um custo especial.
Já as fraudes relacionadas ao esquema de pirâmides têm outros atributos. O golpista alardeia que possui o conhecimento de uma operação financeira complexa, o que acaba por dar credibilidade. Carlo Ponzi, por exemplo, dizia que realizava operações de arbitragem com cupom-resposta, valendo-se do diferencial de câmbio entre os Estados Unidos e a Itália. Mas essas operações são apenas fachada, pois o dinheiro arrecadado não é aplicado em qualquer ativo. Logo o investimento não possui qualquer lastro. O dinheiro dos novos aplicadores serve para pagar o resgate dos investidores anteriores. O esquema se sustenta, porque a rentabilidade atrativa mantém os investidores, reduzindo o número de resgates. Mas, em situações de restrição de liquidez, como ocorreu durante a quebra do banco Lehman Brothers, o esquema entra em colapso, pois os pedidos de resgate superam as entradas, o que causou a quebra do fundo de Bernard Madoff e do clube de investimento WinCapita.
O livro pouco menciona o Brasil. Contudo, aparecem duas curiosidades. Após ter seu esquema descoberto, Carlo Ponzi foi contratado por uma companhia aérea que fazia o trajeto entre Brasil e Itália. Assim, ele veio morar no Rio de Janeiro onde acabou falecendo em janeiro de 1949 após ter sofrido um derrame. A segunda curiosidade é que entre os bens pertencentes a Bernard Madoff havia um jato particular da brasileira Embraer, avaliado em US$ 24 milhões.
Fonte: Aqui
Formatação e Compreensão do Texto
A pesquisa acadêmica na área de compreensão da leitura já demonstrou que adicionar espaço num texto aumenta a sua compreensão (vide STEVENS, Kathleen. Chunking Material as an Aid to Reading Comprehension, Jornal of Reading, v. 25, n. 2, nov 1981, p. 126-129, mas a origem deste tipo de pesquisa é bem mais antiga).
Os leitores ruins geralmente possuem um movimento dos olhos diferente dos bons leitores (aqui uma explicação). Uma empresa, Asymmetrica, desenvolveu uma ferramenta para melhorar a disposição gráfica do texto, permitindo que estímulos no espaço entre as palavras possa melhorar a compreensão em até 40%. O software insere, automaticamente, espaçamento assimétrico nos documentos, permitindo uma leitura mais rápida também. O interessante é que a ferramenta pode ser adicionada a um browser, como o Chrome ou Firefox.
Os leitores ruins geralmente possuem um movimento dos olhos diferente dos bons leitores (aqui uma explicação). Uma empresa, Asymmetrica, desenvolveu uma ferramenta para melhorar a disposição gráfica do texto, permitindo que estímulos no espaço entre as palavras possa melhorar a compreensão em até 40%. O software insere, automaticamente, espaçamento assimétrico nos documentos, permitindo uma leitura mais rápida também. O interessante é que a ferramenta pode ser adicionada a um browser, como o Chrome ou Firefox.
27 julho 2015
I Seminário de Ciências Contábeis e Atuariais da UFPB
Vamos apoiar os bons eventos contábeis? Em novembro ocorrerá o primeiro seminário organizado pela Universidade Federal da Paraíba.
Mais informações no site ou no Facebook.
Mais informações no site ou no Facebook.
Submissão de artigos:
2 de julho a 16 de agosto
Divulgação do resultado dos artigos:
30 de setembro
Inscrições:
6 de julho a 4 de novembro (quanto mais perto do evento, mais caro)
Reunião Técnica CPC/IASB: Estrutura Conceitual
O International Accounting Standards Board (IASB), em associação com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e a Fundação de Apoio ao CPC (FACPC), realizarão um encontro técnico com o objetivo de destacar os principais aspectos do projeto sobre Estrutura Conceitual, além de abordar questões importantes da minuta de documento.
Nesse sentido, IASB, CPC e FACPC têm o prazer de convidá-lo para apresentações seguidas de debates com representantes senior do staff do IASB.
Informações detalhadas sobre a proposta acima podem ser obtidas no seguinte endereço eletrônico: http://www.ifrs.org/Current-Projects/IASB-Projects/Conceptual-Framework/Pages/Conceptual-Framework-Summary.aspx
O evento acontecerá no dia 11/08/2015 (terça-feira), das 10:30 às 12:30, no Auditório da FIPECAFI (Rua Maestro Cardim, 1170 – Sobreloja – São Paulo / SP).
As apresentações serão feitas em inglês com tradução simultânea. Para efetuar sua inscrição no evento, enviar solicitação pelo e-mail eventos@facpc.org.br
As inscrições são gratuitas, porém os lugares são limitados seguindo a ordem de inscrição, que apenas serão efetivadas mediante e-mail de confirmação da FACPC.
Nesse sentido, IASB, CPC e FACPC têm o prazer de convidá-lo para apresentações seguidas de debates com representantes senior do staff do IASB.
Informações detalhadas sobre a proposta acima podem ser obtidas no seguinte endereço eletrônico: http://www.ifrs.org/Current-Projects/IASB-Projects/Conceptual-Framework/Pages/Conceptual-Framework-Summary.aspx
O evento acontecerá no dia 11/08/2015 (terça-feira), das 10:30 às 12:30, no Auditório da FIPECAFI (Rua Maestro Cardim, 1170 – Sobreloja – São Paulo / SP).
As apresentações serão feitas em inglês com tradução simultânea. Para efetuar sua inscrição no evento, enviar solicitação pelo e-mail eventos@facpc.org.br
As inscrições são gratuitas, porém os lugares são limitados seguindo a ordem de inscrição, que apenas serão efetivadas mediante e-mail de confirmação da FACPC.
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