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22 julho 2015

Rir é o melhor remédio


Baixando demonstrações contábeis com o R

No início do ano mostramos como é possível vizualizar demonstrações contábeis no R. Neste post iremos mostrar como podemos baixar  demonstrações financeiras em Excel pelo R. Após a execução do script abaixo, o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício e o fluxo de caixa tanto trimestral como anual dos 3 últimos exercícios da Petrobras, Apple e Vale serão baixados separadamente em arquivos em excel no formato CSV no local em que está definido seu diretório do R. Em seguida basta transformar todas as tabelas do CSV para XLS, seguindo o este tutorial. Caso queira baixar outras demonstrações, basta trocar o símbolo da ação. Para isso, verifique o site do Google Finance.

#Instale o pacote quantmod

library(quantmod)

PBR<-getFinancials("PBR",src="google",auto.assign=FALSE)
write.csv(PBR$IS$A,"PBR_DRE_ANUAL.csv")
write.csv(PBR$BS$A,"PBR_BP_ANUAL.csv")
write.csv(PBR$CF$A,"PBR_FLUXOCAIXA_ANUAL.csv")
write.csv(PBR$IS$Q,"PBR_DRE_TRIMESTRE.csv")
write.csv(PBR$BS$Q,"PBR_BP_TRIMESTRE.csv")
write.csv(PBR$CF$Q,"PBR_FLUXOCAIXA_TRIMESTRAL.csv")

AAPL<-getFinancials("AAPL",src="google",auto.assign=FALSE)
write.csv(AAPL$IS$A,"AAPL_DRE_ANUAL.csv")
write.csv(AAPL$BS$A,"AAPL_BP_ANUAL.csv")
write.csv(AAPL$CF$A,"AAPL_FLUXOCAIXA_ANUAL.csv")
write.csv(AAPL$IS$Q,"AAPL_DRE_TRIMESTRE.csv")
write.csv(AAPL$BS$Q,"AAPL_BP_TRIMESTRE.csv")
write.csv(AAPL$CF$Q,"AAPL_FLUXOCAIXA_TRIMESTRAL.csv")


VALE<-getFinancials("VALE",src="google",auto.assign=FALSE)
write.csv(VALE$IS$A,"VALE_DRE_ANUAL.csv")
write.csv(VALE$BS$A,"VALE_BP_ANUAL.csv")
write.csv(VALE$CF$A,"VALE_FLUXOCAIXA_ANUAL.csv")
write.csv(VALE$IS$Q,"VALE_DRE_TRIMESTRE.csv")
write.csv(VALE$BS$Q,"VALE_BP_TRIMESTRE.csv")
write.csv(VALE$CF$Q,"VALE_FLUXOCAIXA_TRIMESTRAL.csv")

Curso de Contabilidade Básica Mudança na Data de Encerramento do Exercício

Em geral a grande maioria das empresas encerra seu exercício social no final do ano. E isto mantém ao longo do tempo. Mas nada impede que uma empresa possa encerrar seu balanço em outra data. Mas é necessário ter um cuidado especial nesta alteração ao se analisar as demonstrações.

Veja o caso da Companhia Agrícola Colombo, que fechava seu balanço no dia 31 de dezembro e agora alterou para o dia 31 de março. Eis como a empresa apresentou seu balanço:


O cuidado que o usuário deve ter diz respeito a sazonalidade. Deve-se conhecer o negócio da empresa e verificar se esta sazonalidade influencia em algumas contas, particularmente do capital de giro. O problema maior estaria na DRE e na DFC. Vejamos a DRE:

Ocorreu um aumento na receita operacional, mas o último exercício possui quinze meses e o anterior 12. Uma forma de comparar é calcular a receita mensal:

Receita mensal em 2015 = 414558 / 15 = 27 637
Receita mensal em 2013 = 361 306 / 12 = 30 108

Na realidade a receita reduziu de um período para outro. O mesmo deveria ser feito para as outras contas. Quando se calcula os indicadores isto também deveria ser levado em consideração. Por exemplo, o giro do ativo, que é a relação entre a receita e o ativo da empresa. Neste caso, pode-se anualizar a receita mais recente da seguinte forma:

Receita Anualizada de 2015 = 27 637 x 12 = 331 646.

Com isto, a comparação pode ser feita de maneira menos prejudicial para o usuário.

21 julho 2015

Presidente da Toshiba pede demissão

Conforme postamos na semana passada, a Toshiba é o centro das atenções por conta das irregularidades nos resultados. Diante da divulgação da superestimação dos resultados, o seu presidente renunciou hoje. Como os problemas eram originários das duas gestões anteriores, os dois ex-presidentes também renunciaram nos seus postos de vice-presidente do conselho e conselheiro. Outros dirigentes também renunciaram.

O tamanho do problema contábil: US$1.200 milhões.

Rir é o melhor remédio

Teoria Econômica + Inteligência Artificial = Machina Economicus

Segue um artigo muito interessante publicado na Revista Science, um dos periódicos científicos mais prestigiados do mundo ( com um fator de impacto de 33,611 ano passado). Em seguida uma entrevista com os autores da pesquisa.

Science

Vol. 349 no. 6245 pp. 267-272
DOI: 10.1126/science.aaa8403  

 Economic reasoning and artificial intelligence

The field of artificial intelligence (AI) strives to build rational agents capable of perceiving the world around them and taking actions to advance specified goals. Put another way, AI researchers aim to construct a synthetic homo economicus, the mythical perfectly rational agent of neoclassical economics. We review progress toward creating this new species of machine, machina economicus, and discuss some challenges in designing AIs that can reason effectively in economic contexts. Supposing that AI succeeds in this quest, or at least comes close enough that it is useful to think about AIs in rationalistic terms, we ask how to design the rules of interaction in multi-agent systems that come to represent an economy of AIs. Theories of normative design from economics may prove more relevant for artificial agents than human agents, with AIs that better respect idealized assumptions of rationality than people, interacting through novel rules and incentive systems quite distinct from those tailored for people.

http://www.sciencemag.org/content/349/6245/267.full


Outros artigos sobre o tema de inteligência artificial podem ser encontrados na mesma revista aqui. Em seguida a entrevista com os autores do artigo.


The unintended consequences of rationality


DAVID PARKES DISCUSSES HOW ARTIFICIAL INTELLIGENCE IS CHANGING ECONOMIC THEORY
July 16, 2015


A century of economic theory assumed that, given their available options, humans would always make rational decisions. Economists even had a name for this construct: homo economicus, the economic man.

Have you ever met a human? We’re not always the most rational bunch. More recent economic theory confronts that fact, taking into account the importance of psychology, societal influences and emotion in our decision-making.

So, are the theories that are predicated on homo economicus extinct? David C. Parkes, the George F. Colony Professor and Area Dean of Computer Science at Harvard John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences, doesn’t think so. Humans may not always make rational decisions, but well-conceived algorithms do.

In a paper out today in the journal Science, Parkes and co-author Michael Wellman, of the University of Michigan, argue that rational models of economics can be applied to artificial intelligence (AI) and discuss the future of machina economicus.

 Continua aqui

 

 

Rodízio de Auditores e Ceticismo

Uma das características relevantes do trabalho do auditor é o ceticismo. O profissional que verifica as contas de uma empresa deve questionar sempre, duvidando de todas as informações. Somente assim poderemos ter uma auditoria mais confiável. Acredita-se que um auditor que trabalhe durante anos com uma empresa perca esta característica; por outro lado, um novo auditor será mais cético com respeito aos números apresentados.

Mas parece que isto não é verdadeiro. Uma reportagem da CFO (Auditor Rotation May Actually Inhibit Skepticism) teve acesso a uma pesquisa acadêmica que será publicada no próximo número da prestigiosa Accouting Review. Os autores concluíram que o rodízio dos auditores pode reduzir o ceticismo, não aumentá-lo. Isto é muito importante, pois contraria o senso comum.

Os autores usaram um experimento, reproduzindo a relação entre auditor e executivo da empresa. Para isto, contaram com a ajuda de estudantes de graduação. (Para quem ainda não acredita na pesquisa experimental com estudantes, será que a publicação irá mudar de ideia?) O efeito é comportamental:

“Rotating auditors, aware that they will not be in a long-term relationship, will … likely perceive themselves to be less competent in evaluating the honesty or dishonesty of the [corporate] manager relative to auditors who do not rotate,” write authors Kendall Bowlin of the University of Mississippi, Jessen Hobson of the University of Illinois at Urbana-Champaign, and M. David Piercey of the University of Massachusetts Amherst. As a result, “rotating auditors would find it difficult to garner psychological support for the probability of manager dishonesty, leading them to be less likely to choose high levels of audit effort than non-rotating auditors.”