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12 julho 2015

Rir é o melhor remédio


História da Contabilidade Burnier 3

Em postagens anteriores sobre a história da contabilidade já comentamos sobre Burnier. Foi um dos primeiros autores, mas seu livro aparentemente não chegou até nós. Em razão disto, estamos publicando a seguir um comentário feito por seu editor sobre a obra. É uma forma de conhecer melhor a obra e o tempo em que foi publicada. Para facilitar a leitura, fiz a conversão para o português atual. O texto foi publicado no O Despertador, em 3 de agosto de 1838, edição 103, p. 4.

Ao Comércio
É a contabilidade comercial uma importantíssima parte da ciência do negociante. Com efeito, depois de introduzidos no comércio os contratos a prazo e as letras de cambio, tornaram-se os negócios tão diversos e complicados que, desde então, para lembrar-se das transações concluídas já não é suficiente a mais prodigiosa memória; de modo que hoje a escrituração nos é indispensável para encaminharmos por via próspera e segura e sairmos com honra do labirinto dos próprios negócios (1). Quem disso quiser uma prova efetiva lance os olhos nas quebras que espantam frequentemente o mundo mercantil e abalam a confiança pública; e refletindo nas causas de todos os infortúnios, achará que poucos xxx de caso fortuito, muitos de má fé, muitos também de ser a escrituração desconhecida ou mal praticada (2).

Julgo por isso digno do público, agradecimento aqueles que se empenham em esclarecer, aperfeiçoar e vulgarizar a arte tão necessária do guarda-livros (3); e não parece sem utilidade dar a luz um tratado manuscrito de contabilidade, que me veio às mãos, e tem de ser muito apreciado pelos negociantes desta corte.

É o manuscrito de M Burnier, advogado e muito versado nas línguas, no direito comercial, na economia política, na escrituração e tudo quanto respeita a educação mercantil, ainda que chegado a poucos meses e muito ocupado, soube, contudo, furtar as suas elucubrações diárias alguns preciosíssimos momentos, para resumir na língua portuguesa as suas ideias a respeito da contabilidade e oferece-las ao comércio fluminense. (4)

Formará a obra do M. Burnier um in-quarto francês e será dividia em duas partes. Na primeira, expendem-se os princípios em que se apoia todo o edifício das partidas dobras, o uso e as formas dos vários registros, os modos de se faz as contas dos juros recíprocos, os erros que nelas se cometem geralmente e o método de se evitarem. Em suma, explica-se como tem de principiar, continuar e acabar-se a escrituração, examinando-se todos os sistemas, singelos e dobrados, antigos e modernos, que tendem com maior ou menor presteza para o mesmo resultado (5). Trata, por fim, do método próprio de M. Burnier, que por ser conjuntamente claro e compendioso, tem vantagens evidentes (6). Na segunda parte, se pratica os princípios estabelecidos na primeira e supondo-se o giro do negócio durante um mês, em que vem reunida quase todas as espécies de transações possíveis, cada qual poderá- com os modelos juntos, aprender como se devem escriturar e fechar os registros principais e auxiliares. Ultimamente a um vocabulário em que se explicam, por ordem alfabética, os termos usados no banco e comércio. Procurando menos, com a impressão daquele manuscrito, fazer obra de especulação que de utilidade geral, não duvido chamara a assistência dos subscritores que me ajudam na minha empresa (7).

Não pagarão os subscritores mais de 2$000 rs e os seus nomes serão publicados no fim do volume. Queiram indicar em seguida o seu nome e a sua morada, afim de que eu possa entregar-lhes o livro, depois de impresso. O preço será de 4,000 rs para os que não tiverem subscrito antes da publicação – O Editor, J. S. Saint-Amant.
(1) Este é um ponto de vista interessante: a escrituração como uma memória das transações. Geralmente falamos em registro, não em memória.
(2) O texto está ilegível e não consegui completar. É bom lembrar que naquela época já existiam falências, como foi o caso da quebra do Banco do Brasil.
(3) o termo vulgarizar, negativo nos dias atuais, é usado como sinônimo de “divulgar”. É também interessante notar que o editor trata da “arte” e não “ciência”, ao contrário do primeiro texto publicado por Burnier no Brasil. Vide aqui
(4) Conforme informamos anteriormente, Burnier era francês que chegou ao Brasil em 1837 e um ano depois já escrevia um manuscrito em língua portuguesa sobre a contabilidade.
(5) Ao final, a obra de Burnier será de partida simples ou singela, o que aos olhos de hoje é uma involução.
(6) Não sabemos o que significa o método Burnier. Provavelmente uma simplificação das partidas dobradas. Não temos conhecimento se é uma adaptação de obras que ele leu na Europa. O fato do livro não ter tido uma segunda edição poderia indicar que não foi bem aceito, seja pela didática ou pela dificuldade prática, no Brasil.
(7) O editor chama os interessados em patrocinar o livro. Eles contribuem com um valor menor que será cobrado quando a obra for vendida, terão seus nomes impressos na própria obra e receberão um exemplar em casa.

11 julho 2015

Fato da Semana: 3 milhões (semana 27 de 2015)

Fato da Semana: Nesta semana o blog Contabilidade Financeira atingiu 3 milhões de acessos. Para um blog de contabilidade, achamos que isto é um marco. Todo dia, Isabel, Pedro e Eu tentamos apresentar postagens interessantes.

Qual a relevância disto? Para nós representa uma motivação para continuar.

Positivo ou Negativo – Positivo

Desdobramentos – 4 milhões em breve.

Rir é o melhor remédio

Quando começa a sua música predileta:


LOL THAT'S ME - Funniest relatable posts on Tumblr.

Como se pronuncia Apud?

Apud... que significa e como se pronuncia?


Apud é um latinismo que significa de acordo com, conforme se lê em. Emprega-se principalmente em bibliografia, para indicar a fonte de uma citação indireta. Por exemplo: Camões, Os lusíadas, apud Antenor Nascentes, O idioma nacional. Abrev.: ap. Pronuncia-se ápud.



Fonte: SACCONI, Luiz Antônio. Corrija-se! De A a Z. Nova Geração, 2011.







10 julho 2015

Rir é o melhor remédio


Forbes: brasileiros bilionários

Saiu no UOL que caiu de 65 para 54 total de brasileiros bilionários.

O número de brasileiros com pelo menos US$ 1 bilhão encolheu pela primeira vez desde 2008, segundo a revista "Forbes": passou de 65 no ano passado para 54 neste ano. O brasileiro mais bem posicionado é, novamente, Jorge Paulo Lemann, com fortuna estimada em US$ 25 bilhões (cerca de R$ 71,45 bilhões).

O ranking foi divulgado nesta segunda-feira (2).

A menor presença de brasileiros acontece por causa da desaceleração da economia do país, em meio "à queda dos preços das commodities, escândalos de corrupção e altos gastos do governo", segundo a revista.

Soma-se a isso o fato de o dólar estar mais valorizado em relação ao real; assim, fica mais difícil juntar US$ 1 bilhão.

Além disso, dois bilionários brasileiros morreram no ano passado: o empresário Antonio Ermirio de Moraes e o banqueiro Moise Safra. Parentes dos dois, no entanto, ainda continuam na lista dos ricaços.

Somando a fortuna dos 54, o total é US$ 181,2 bilhões, uma queda de 5,42% em relação ao ano passado (US$ 191,6 bilhões).

Ranking nacional e internacional
A revista norte-americana "Forbes" divulga o ranking mundial de pessoas com mais de US$ 1 bilhão.

Já a versão nacional, da "Forbes Brasil", divulga uma lista com os brasileiros com mais de R$ 1 bilhão, com a fortuna em reais.

A lista da "Forbes" no mundo todo inclui 1.826 bilionários, com fortuna total de US$ 7,05 trilhões, o que dá uma média de US$ 3,86 bilhões para cada ricaço. Em primeiro lugar, aparece Bill Gates, com US$ 79,2 bilhões.



26o - Jorge Paulo Lemann, 75, é o brasileiro mais bem posicionado no ranking mundial de bilionários, com fortuna atual estimada em US$ 25 bilhões. Ele é dono de marcas como Budweiser, Burger King e Heinz; no Brasil, é sócio da Ambev.

52o - O libanês naturalizado brasileiro Joseph Safra, 76, é o 52º mais rico do mundo, segundo a revista "Forbes", com fortuna de US$ 17,3 bilhões. Ele é o último irmão vivo do trio que fundou o banco Safra.

89o - Marcel Hermann Telles, 65, aparece com patrimônio avaliado em US$ 13 bilhões. Ele é sócio de Jorge Paulo Lemman e de Beto Sicupira na empresa de investimentos 3G Capital, dona de marcas como Budweiser, Burger King e Heinz. No Brasil, Telles é sócio da Ambev.

110o - Carlos Alberto Sicupira, 67, com fortuna estimada em IS$ 11,3 bilhões. Ele é sócio de Jorge Paulo Lemman e de Marcel Hermann Telles na empresa de investimentos 3G Capital, dona de marcas como Budweiser, Burger King e Heinz. No Brasil, Sicupira é sócio da Ambev e das Lojas Americanas.

165o - João Roberto Marinho, 61, um dos três filhos do fundador da rede Globo, Roberto Marinho, tem fortuna estimada em US$ 8,2 bilhões. Ele ocupa a 165ª posição no ranking mundial da "Forbes", empatado com os irmãos José Roberto Marinho e Roberto Irineu Marinho.

330o - Eduardo Saverin, 32, co-fundador do Facebook tem patrimônio de US$ 4,8 bilhões.

369o - O empresário Abilio Diniz, 78, da família fundadora do Grupo Pão de Açúcar (GPA),  tem fortuna avaliada em US$ 4,4 bilhões. Após deixar o comando do GPA, tornou-se presidente do Conselho de Administração da empresa de alimentos BRF e acionista do Carrefour no Brasil.

562o - O empresário Francisco Ivens de Sá Dias Branco, 80, é o 462º mais rico do mundo, com fortuna estimada em US$ 3,7 bilhões. Ele é o acionista controlador da M. Dias Branco, empresa fundada por seu pai, Manuel, como uma padaria

512o - Walter Faria, 59, é dono da cervejaria Petrópolis, que fabrica marcas como Itaipava e Crystal. Patrimônio de US$ 3,4 bilhões,

603o - Aloysio de Andrade Faria tem 94 anos, com patrimônio estimado em US$ 3 bilhões. Herdeiro do antigo banco Real, que foi vendido ao holandês ABN Amro, ele fundou o grupo Alfa, dono do banco Alfa, da C&C e dos hotéis Transamérica

628o - O banqueiro André Esteves, 46, é presidente e sócio do banco de investimentos BTG Pactual, responsável por US$ 50 bilhões de ativos. A fortuna pessoal dele é estimada em US$ 2,9 bilhões.

737o - José Luis Cutrale, 68, herdou do pai e comanda hoje uma das maiores exportadoras mundiais de suco de laranja, a Cutrale; recentemente, comprou a produtora de bananas norte-americana Chiquita. Com patrimônio de US$ 2,5 bilhões, ele é o 737º no ranking de bilionários do mundo da "Forbes"

737o - Alexandre Grendene, 65, tem um patrimônio estimado em US$ 2,5 bilhões e aparece como o 737º mais rico do mundo, empatado com Cutrale, segundo a "Forbes". Ele fundou com o irmão gêmeo, Pedro, a maior fábrica de calçados do Brasil, que produz marcas como Melissa e Rider.

737o - Carlos Sanchez, 53, é o principal acionista da EMS, fabricante de medicamentos genéricos. Sua fortuna é estimada em US$ 2,5 bilhões, o que o coloca na 737ª colocação no ranking de bilionários do mundo da revista "Forbes".

782o - Edson de Godoy Bueno, 71, tem patrimônio estimado em US$ 2,4 bilhões pela "Forbes". Ele fundou a Amil, em 1978, e vendeu a empresa para a gigante norte-americana United Health, em 2012. Continua sendo presidente da Amil e tem participação na Dasa e na TotalCare.