A informação é considerada um bem público. Ao contrário do que o nome poderia sugerir, o bem público não possui, necessariamente, um vínculo com um bem produzido pelo setor público. O bem público é aquele em que o consumo não significa a exclusão ou a disponibilidade para outras pessoas.
O bem privado possui a característica oposta, ou seja, o seu consumo por parte de um individuo impede que outro possa usufruir. Considere um prato de comida; quando uma pessoa consome este produto, existe uma exclusividade.
Já o bem público tem como característica a não exclusividade. A iluminação de uma rua é um exemplo de um bem público. Se uma pessoa usufrui os benefícios da iluminação, isto não impede que outro também possa aproveitar. Outros exemplos são a segurança, os fogos de artifícios na noite do ano novo e o asfalto de uma rua.
A informação é considerada um bem público, já que está disponível a todos os membros da sociedade. É bem verdade que existem mecanismos que funcionariam como barreiras para o uso. Se eu escrevo um texto e coloco num blog de livre acesso, a informação é um bem público. Mas quando se exige que uma pessoa pague um valor para ter acesso a este texto, como ocorre com algumas revistas e jornais, criam-se barreiras e impedindo que a informação seja um bem público. Mesmo criando estas barreiras, sabemos que isto não funciona completamente já que o texto pode ser replicado em outro local de acesso livre ou pode-se descobrir uma senha que impede este acesso.
Tem-se um ciclo vicioso da informação: por ser um bem público, o consumo não é exclusivo. As barreiras usadas são ineficientes, mas sem estas barreiras não existiriam incentivos para a produção da informação.
10 julho 2015
09 julho 2015
Fazer (e continuar) um blog é um ato de amor
Escrever sobre contabilidade no Brasil não é comum. Não sabemos
bem o porquê e já questionamos aqui no blog diversas vezes. Talvez seja por falta
de incentivos, de tempo, por vergonha ou por falta de interesse mesmo.
Mas eu, pessoalmente, sou fã de blogs e acho estimulante
quando leio, por exemplo, sobre o novo presidente do IASB. É o tipo de
informação que eu provavelmente nem procuraria ou saberia que esta por aí...
Mas a partir do momento que nos informamos, nos tornamos mais conscientes e
responsáveis. Quem é o diretor/presidente da CVM? O que ele faz, exatamente? E no que
ele é formado? Eu posso ser diretora da CVM um dia? E do IASB? O que está
acontecendo com as demonstrações financeiras da Petrobrás? Como a Moldávia
chegou a uma situação tão crítica? O que museus e obras de arte estão fazendo
em um blog de contabilidade? E a capa da edição de trajes de banho da revista
Sports Ilustrated? A resposta comum a todos é que a contabilidade está, de
certa forma, em todo lugar. E essas questões são sim importantes para aflorarmos
nosso lado crítico, entendermos o alcance da nossa ciência, para sermos
profissionais bem informados. Nada de alienação por aqui e sempre há a busca da
contabilidade em tudo.
Como docentes, professores, educadores, se não formos apaixonados
por contabilidade, como ensinar com prazer genuíno? Como mostrar que devemos
ter orgulho de nossa profissão? Como ir além do débito e crédito? Ou, mais
ainda, como mostrar a beleza e simplicidade dos débitos e créditos?
Como alunos, discentes, cidadãos, profissionais, como passar
a terceiros a riqueza da nossa ciência? Todos sabem que, quando se necessita
de um advogado para uma causa trabalhista, contrata-se um advogado trabalhista.
Óbvio. Quando há demanda por um contador trabalhista, por sua vez, (ou fiscal,
forense, tributário), porque essas mesmas pessoas, esclarecidas como são,
acreditam que qualquer contador serve?? Claro que podemos sim saber trabalhar
em diversas áreas e dar conta de diversas demandas, mas o que questiono aqui é
a percepção pública de que a contabilidade é algo absurdamente fácil e simples.
“Cabe num disquete”, já me falaram. (E na minha opinião a culpa é nossa, mas isso é assunto para outro dia).
Ao ler o blog eu passei a ter um respeito e carinho por
certos assuntos que mesmo após uma ótima graduação, uma especialização
fresquinha e atual, eu ainda não possuía. E é daí que vem a minha motivação
para blogar: tentar repassar aos outros o que eu tive a sorte de receber. “A
contabilidade é linda! Deixa eu te mostrar...”
Então nós três (Pedro, eu e professor César) escrevemos por
simples paixão. As vezes publico algumas coisas e nem acho que haverá impacto. Aí alguém comenta, ou manda
um e-mail, e até hoje fico deslumbrada com o efeito dessa interação. Como é
legal poder escrever sobre o que gostamos, ter pessoas que leem e gostam
também. Não só fazemos o que amamos, como somos reconhecidos por isso.
Aí chegamos ontem a três milhões de acessos. Como assim!?
Isso é muita coisa! Nem consigo absorver. Como comentei no Instagram isso é
alcançado em pouco tempo por outros tipos de blogueiros... mas escrevendo sobre
contabilidade? Uau! É muita coisa! Muita. A maior parte disso é certamente
devido ao professor César, que é um gigante. Ele é criativo, inteligente, cheio
de energia e iniciativa. O Pedro e eu nos sentimos sortudos por estar por
perto, por poder aprender e se inspirar.
Mas aí, quem nos acompanha, compartilha toda essa sorte.
Isso é fantástico! Independente de onde você more, basta ter acesso a internet
para aprender tudo o que é publicado, discutido e desenvolvido aqui.
Por outro lado, você também poderia muito bem nos ignorar e
ir fazer outra coisa. Mas você vem. E participa. E lê. *.* Muito obrigada por tudo
isso. Somos eternamente gratos por todo apoio que recebemos e participar do
blog, junto com você, é uma experiência incrível.
Tim Tim!
Modelos baseados em agentes
[...]
One of the most promising options was the topic of a workshop in Virginia at the end of June. The workshop was funded by America's National Science Foundation and attended by a diverse bunch that included economists from the Fed and the Bank of England, policy advisers and computer scientists. They were there to explore the potential of “agent-based models” (ABMs) of the economy to help learn the lessons of this crisis and, perhaps, to develop an early-warning system for the next one.
Agent-based modelling does not assume that the economy can achieve a settled equilibrium. No order or design is imposed on the economy from the top down. Unlike many models, ABMs are not populated with “representative agents”: identical traders, firms or households whose individual behaviour mirrors the economy as a whole. Rather, an ABM uses a bottom-up approach which assigns particular behavioural rules to each agent. For example, some may believe that prices reflect fundamentals whereas others may rely on empirical observations of past price trends.
Crucially, agents' behaviour may be determined (and altered) by direct interactions between them, whereas in conventional models interaction happens only indirectly through pricing. This feature of ABMs enables, for example, the copycat behaviour that leads to “herding” among investors. The agents may learn from experience or switch their strategies according to majority opinion. They can aggregate into institutional structures such as banks and firms. These things are very hard, sometimes impossible, to build into conventional models. But in an agent-based model you simply run a computer simulation to see what emerges, free from any top-down assumptions.
Although DSGE models are also based on microeconomic foundations, they accept the traditional view that there exists some ideal equilibrium towards which all prices are drawn. That this is often approximately true is why DSGE models perform well enough in a business-as-usual economy. They do badly in a crisis, however, because their “dynamic stochastic” element only amounts to minor fluctuations around a state of equilibrium, and there is no equilibrium during crashes.
ABMs, in contrast, make no assumptions about the existence of efficient markets or general equilibrium. The markets that they generate are more like a turbulent river or the weather system, subject to constant storms and seizures of all sizes. Big fluctuations and even crashes are an inherent feature. That is because ABMs contain feedback mechanisms that can amplify small effects, such as the herding and panic that generate bubbles and crashes. In mathematical terms the models are “non-linear”, meaning that effects need not be proportional to their causes.
These non-linearities were clearly on show in the credit crunch. At the workshop Andrew Lo of the Massachusetts Institute of Technology presented a model of the American housing market, inspired by ABM approaches, which showed how a fateful conjunction of rising house prices, falling interest rates and easy access to refinancing created an awesome burden of debt. John Geanakoplos of Yale University explained how the debt cycle in remortgaging—high amounts of leverage during booms, low amounts during recessions—can act like an out-of-control pendulum to create instability. Sujit Kapadia of the Bank of England is trying to model the web of interdependencies created by the use of complex derivatives. These “network-based vulnerabilities” are just the kind of thing that ABMs are good at capturing.
Model behaviour
Another big lesson of the crisis is the role of interactions between different sectors of the economy—housing and finance, say. Although conventional models can incorporate these, ABMs may be better tailored to modelling specific sectors. The organisers of the Virginia workshop—Doyne Farmer of the Santa Fe Institute and Robert Axtell of George Mason University—wanted to explore the feasibility of constructing an immense ABM of the entire global economy by “wiring” many such modules together.
What might be required for such an enterprise? One vision is a real-time simulation, fed by masses of data, that would operate rather like the traffic-forecasting models now used in Dallas and in the North Rhine-Westphalia region of Germany. But it might be more realistic and useful to employ a suite of such models, in the manner of global climate simulations, which project various possible futures. In either case, the models would need much more data on the activities of individuals, banks and companies.
Such data-gathering raises privacy fears but is essential. Seismologists may not be able to forecast earthquakes precisely but it would be deplorable if they were to resign themselves to modelling just the regular, gradual movements of tectonic plates. Instead they have developed ways of mapping the evolution of stress patterns, identifying areas at risk and refining heuristics for hazard assessment. Why not do the same for the economy?
Fonte: aqui
One of the most promising options was the topic of a workshop in Virginia at the end of June. The workshop was funded by America's National Science Foundation and attended by a diverse bunch that included economists from the Fed and the Bank of England, policy advisers and computer scientists. They were there to explore the potential of “agent-based models” (ABMs) of the economy to help learn the lessons of this crisis and, perhaps, to develop an early-warning system for the next one.
Agent-based modelling does not assume that the economy can achieve a settled equilibrium. No order or design is imposed on the economy from the top down. Unlike many models, ABMs are not populated with “representative agents”: identical traders, firms or households whose individual behaviour mirrors the economy as a whole. Rather, an ABM uses a bottom-up approach which assigns particular behavioural rules to each agent. For example, some may believe that prices reflect fundamentals whereas others may rely on empirical observations of past price trends.
Crucially, agents' behaviour may be determined (and altered) by direct interactions between them, whereas in conventional models interaction happens only indirectly through pricing. This feature of ABMs enables, for example, the copycat behaviour that leads to “herding” among investors. The agents may learn from experience or switch their strategies according to majority opinion. They can aggregate into institutional structures such as banks and firms. These things are very hard, sometimes impossible, to build into conventional models. But in an agent-based model you simply run a computer simulation to see what emerges, free from any top-down assumptions.
Although DSGE models are also based on microeconomic foundations, they accept the traditional view that there exists some ideal equilibrium towards which all prices are drawn. That this is often approximately true is why DSGE models perform well enough in a business-as-usual economy. They do badly in a crisis, however, because their “dynamic stochastic” element only amounts to minor fluctuations around a state of equilibrium, and there is no equilibrium during crashes.
ABMs, in contrast, make no assumptions about the existence of efficient markets or general equilibrium. The markets that they generate are more like a turbulent river or the weather system, subject to constant storms and seizures of all sizes. Big fluctuations and even crashes are an inherent feature. That is because ABMs contain feedback mechanisms that can amplify small effects, such as the herding and panic that generate bubbles and crashes. In mathematical terms the models are “non-linear”, meaning that effects need not be proportional to their causes.
These non-linearities were clearly on show in the credit crunch. At the workshop Andrew Lo of the Massachusetts Institute of Technology presented a model of the American housing market, inspired by ABM approaches, which showed how a fateful conjunction of rising house prices, falling interest rates and easy access to refinancing created an awesome burden of debt. John Geanakoplos of Yale University explained how the debt cycle in remortgaging—high amounts of leverage during booms, low amounts during recessions—can act like an out-of-control pendulum to create instability. Sujit Kapadia of the Bank of England is trying to model the web of interdependencies created by the use of complex derivatives. These “network-based vulnerabilities” are just the kind of thing that ABMs are good at capturing.
Model behaviour
Another big lesson of the crisis is the role of interactions between different sectors of the economy—housing and finance, say. Although conventional models can incorporate these, ABMs may be better tailored to modelling specific sectors. The organisers of the Virginia workshop—Doyne Farmer of the Santa Fe Institute and Robert Axtell of George Mason University—wanted to explore the feasibility of constructing an immense ABM of the entire global economy by “wiring” many such modules together.
What might be required for such an enterprise? One vision is a real-time simulation, fed by masses of data, that would operate rather like the traffic-forecasting models now used in Dallas and in the North Rhine-Westphalia region of Germany. But it might be more realistic and useful to employ a suite of such models, in the manner of global climate simulations, which project various possible futures. In either case, the models would need much more data on the activities of individuals, banks and companies.
Such data-gathering raises privacy fears but is essential. Seismologists may not be able to forecast earthquakes precisely but it would be deplorable if they were to resign themselves to modelling just the regular, gradual movements of tectonic plates. Instead they have developed ways of mapping the evolution of stress patterns, identifying areas at risk and refining heuristics for hazard assessment. Why not do the same for the economy?
Fonte: aqui
Doutorado: O Que Fazer e Não Fazer
Fonte da Imagem: Aqui |
Saiu na Crimson Interactive e o pessoal do Pos-Graduando traduziu:
O doutorado é uma das etapas máximas de formação do ensino superior, e por isso mesmo conseguir concluí-la é um processo árduo. A seguir, veja 20 coisas que você não deve fazer caso deseje otimizar seu trabalho para obter sucesso no doutorado.
1) Isolar-se – Não é isolando-se do mundo até concluir o doutorado que você fará um bom trabalho. O fazer científico é feito de interlocuções, por isso, procure interagir com outros pesquisadores academicamente e amigavelmente para obter uma melhor vivência do curso.
2) Sobrecarregar-se – O doutorado requer dedicação, mas a sobrecarga de trabalho vai apenas torná-lo improdutivo devido à estafa. Administre seu tempo e priorize tarefas para evitar a sobrecarga.
3) Não inovar – Sem inovação a Ciência não avança em nenhum de seus campos. Um bom pesquisador precisa inovar, e essa é inclusive a premissa de uma boa tese de doutorado.
4) Não aceitar os próprios erros – Aceitar seus erros é o caminho mais fácil para superá-los e para transformá-los em novos pontos de partida em sua pesquisa. Lembre-se que os erros são parte essencial do fazer científico e abrem portas a novas descobertas.
5) Sentir-se fracassado – Você não fracassa quando não consegue encontrar as soluções que busca ou comete equívocos em sua pesquisa. Descobertas científicas relevantes precisam de tempo para serem gestadas e desafios fazem parte da vivência todo pesquisador.
6) Sentir vergonha de dizer “Eu não sei” – Não é porque você está chegando ao topo da hierarquia do ensino superior que deve saber tudo. A ignorância é o primeiro passo para novas descobertas, por isso não tenha medo de assumir que não sabe algo e parta para novos aprendizados.
7) Não estar no controle – Só você pode administrar seu tempo. Estabeleça metas e faça os trabalhos aos poucos para não ficar correndo contra o relógio no prazo de entrega da tese.
8) Não ter tempo livre – E já que cabe a você gerenciar seu tempo, lembre-se que o lazer e o descanso são fundamentais para realizar uma boa pesquisa.
9) Fazer apenas o que determina o orientador – As opiniões de seu orientador precisam ser respeitadas, mas cabe a você ter domínio sobre seu tema de pesquisa e inovar quando achar necessário.
10) Fechar-se no mundo acadêmico – A depender de sua área de pesquisa, o doutorado não impede o diálogo com o campo profissional e pode inclusive enriquecer seu trabalho. Se for este o caso, estar aberto às possibilidades do campo prático pode ser salutar.
11) Cobrar-se demais para publicar – Publicar é preciso, porém, o foco do doutorado deve ser desenvolver sua pesquisa. Procure publicar quando sentir que tem resultados relevantes para apresentar.
12) Deixar-se influenciar demais pelas opiniões de terceiros – As trocas em grupos e congressos são importantes, mas você precisa filtrar o que ouve para não perder o foco de sua pesquisa.
13) Apenas “bater ponto” em suas atividades acadêmicas – Não faça só o que lhe é pedido e sugerido por professores ou seu orientador, procure ir além das fontes indicadas e expanda sua pesquisa. Quanto mais conhecimento acumular, mais consistente será sua tese.
14) Frequentar sempre os mesmo círculos – De tempos em tempos mude de ares e frequente novo congressos e grupos de pesquisas, publique em novos periódicos. Novos interlocutores podem enriquecer seu trabalho.
15) Deixar tudo para o final do processo – O trabalho do pesquisador é processual, deixar para ler textos e produzir conteúdo apenas nos últimos meses do doutorado pode comprometer a qualidade de sua tese.
16) Não sair da “zona de conforto” – Quanto mais você se arriscar ao longo do doutorado no campo da pesquisa, maiores a chance de produzir um trabalho inovador e de qualidade. Lembre-se apenas de não perder o foco e de investir em novas linhas alinhadas ao que você faz.
17) Ser pessimista – O cansaço às vezes pode fazer parecer que está tudo dando errado, mas não é verdade. Quando isso acontecer, procure avaliar o processo globalmente e valorize suas conquistas.
18) Nunca dizer NÃO – Saber dizer não é saber priorizar tanto atividades quanto opiniões. Sem filtrar o que você faz e ouve, você facilmente pode perder o foco de sua pesquisa de doutorado.
19) Não procurar ajuda – Se o cansaço, as dúvidas ou até mesmo o desespero se abaterem sobre você, não se envergonhe em compartilhar seus problemas. Desabafar com colegas e com seu orientador pode ser salutar no processo de encontrar soluções para seus problemas.
20) Esquecer o objetivo principal do doutorado – O doutorado é uma etapa de formação e seu objetivo maior é o aprendizado. Por isso, seus erros e inseguranças são absolutamente normais e fazem parte do processo.
Suplementação de orçamento
Postagem interessante publicada por Claudia Cruz do Ideias Contábeis:
No primeiro dia do mês de julho de 2015, foi aprovada na Câmara Municipal de Feira de Santana – BA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2016.
O texto da LDO 2016 foi aprovado com a possibilidade de o Poder Executivo Municipal poder suplementar o orçamento em até 100%. Isso mesmo, companheiros, 100%!
E o que significa suplementar o orçamento? Em termos práticos, significa que as despesas autorizadas podem ser alteradas, ou seja, que a Lei Orçamentária a ser aprovada pelo mesmo Poder Legislativo municipal, pode ser alterada da forma que convier ao chefe do Poder Executivo. É um atestado prévio que diz: O planejamento não está adequado. Erramos. Temos que mudar tudo.
Para que serve um Poder Legislativo que transfere sua competência de aprovar o orçamento ao Poder Executivo, dando-lhes plenos poderes para alterar praticamente toda a proposta aprovada?
É bem verdade que uma parte considerável das despesas autorizadas no orçamento não são passíveis de alteração, tais como as despesas com pessoal, o pagamento de juros e os montantes aplicados nas áreas de saúde e educação. Mas além dessas, existe um série de despesas que constam no orçamento que só poderiam ser executadas com autorização prévia do Poder Legislativo.
Um dos poucos vereadores de oposição que votou contra este percentual de suplementação, sugeriu o limite máximo de 20%, que é um número encontrado nos orçamentos de muitos municípios, mas foi voto vencido.
O que torna este fato mais espantoso é que o mesmo município de Feira de Santana, há menos de uma semana, foi citado na imprensa como destaque nacional de gestão fiscal responsável no índice Firjan.
Se o planejamento é um dos pilares da gestão fiscal responsável e o Executivo municipal já propõe a suplementação de 100% do orçamento, como pode ser destaque nacional, se nem mesmo um orçamento decente consegue elaborar?
É por isso que desconfio de certos índices e de certas avaliações da gestão fiscal.
É por isso que defendo ainda mais a minha tese: Não há integração entre os pilares da gestão fiscal responsável nos municípios brasileiros. Não há! O que vemos é uma politicagem de quinta categoria, sem compromisso com a boa gestão dos recursos públicos.
Afinal o que interessa para a maior parte dos políticos é como será a próxima eleição.
No primeiro dia do mês de julho de 2015, foi aprovada na Câmara Municipal de Feira de Santana – BA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2016.
O texto da LDO 2016 foi aprovado com a possibilidade de o Poder Executivo Municipal poder suplementar o orçamento em até 100%. Isso mesmo, companheiros, 100%!
E o que significa suplementar o orçamento? Em termos práticos, significa que as despesas autorizadas podem ser alteradas, ou seja, que a Lei Orçamentária a ser aprovada pelo mesmo Poder Legislativo municipal, pode ser alterada da forma que convier ao chefe do Poder Executivo. É um atestado prévio que diz: O planejamento não está adequado. Erramos. Temos que mudar tudo.
Para que serve um Poder Legislativo que transfere sua competência de aprovar o orçamento ao Poder Executivo, dando-lhes plenos poderes para alterar praticamente toda a proposta aprovada?
É bem verdade que uma parte considerável das despesas autorizadas no orçamento não são passíveis de alteração, tais como as despesas com pessoal, o pagamento de juros e os montantes aplicados nas áreas de saúde e educação. Mas além dessas, existe um série de despesas que constam no orçamento que só poderiam ser executadas com autorização prévia do Poder Legislativo.
Um dos poucos vereadores de oposição que votou contra este percentual de suplementação, sugeriu o limite máximo de 20%, que é um número encontrado nos orçamentos de muitos municípios, mas foi voto vencido.
O que torna este fato mais espantoso é que o mesmo município de Feira de Santana, há menos de uma semana, foi citado na imprensa como destaque nacional de gestão fiscal responsável no índice Firjan.
Se o planejamento é um dos pilares da gestão fiscal responsável e o Executivo municipal já propõe a suplementação de 100% do orçamento, como pode ser destaque nacional, se nem mesmo um orçamento decente consegue elaborar?
É por isso que desconfio de certos índices e de certas avaliações da gestão fiscal.
É por isso que defendo ainda mais a minha tese: Não há integração entre os pilares da gestão fiscal responsável nos municípios brasileiros. Não há! O que vemos é uma politicagem de quinta categoria, sem compromisso com a boa gestão dos recursos públicos.
Afinal o que interessa para a maior parte dos políticos é como será a próxima eleição.
Links
Keynes foi um péssimo investidor
Selfie sagrada (humor, desenho e religião)
Livros resumidos em uma frase
E se os Logos tivessem sido desenhados por pintores famosos (imagem)
EY está contratando no exterior
Os grandes fracassos do primeiro semestre do ano: filmes
Risco converge nos mercados emergentes
Pesquisa da Deloitte: no futuro auditores devem fazer mais
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