Fato da Semana: Na segunda-feira o Iasb e o Fasb decidiram que norma de reconhecimento da receita, aprovada anteriormente, não era suficiente. E resolveram que diversos pontos deveriam ser discutidos, incluindo a relação agente-principal.
Qual a relevância disto? Quando a ideia da convergência era forte nos mercados de capitais mais desenvolvidos, o Iasb e Fasb decidiram que ambos deveriam estudar alguns temas básicos, entre eles o reconhecimento da receita. Depois de anos de discussão, as entidades chegaram a um acordo e aprovaram uma norma neste sentido. Mas a norma era muito complexa, o que exigiu uma postergação do prazo de início de validade. Mais ainda, era insuficiente e, nesta semana, reconheceram a necessidade de mais normas.
Positivo ou Negativo – Mais normas? Negativo.
Desdobramentos – Esta discussão vai longe. E pode levantar questionamentos sobre a norma anteriormente aprovada.
27 junho 2015
26 junho 2015
Lei de Benford, demonstrações financeiras e desempenho
To give an example, if I took 20 stock prices at random, Benford's Law says about 30%, or six, would begin with the digit one — 110 pence, 134 pence, and 154 pence let's say. The frequency of numbers beginning with digits two, three, four, and so on would decline in probability until we reach nine, the first digit in less than 5% of numbers in real-life data sets.
If the figures deviate from the law — one is the first digit in 60% of numbers or all digits are equally frequent, say — this "may signal accounting irregularities."
Even if the numbers aren't dodgy, Deutsche Bank's analysis says companies that don't adhere to the law tend to underperform the market anyway, so it's still best to steer clear of them.
Outros estudos sobre o mesmo tema podem ser encontrados aqui
Paul Tudor Jones II: Por que precisamos repensar o capitalismo
Paul Tudor Jones II ama o capitalismo. É um sistema que fez muito bem a ele nas últimas décadas. No entanto, este gestor de fundos de cobertura e filantropo está preocupado que o foco excessivo nos lucros esteja, como ele diz, "ameaçando os fundamentos da sociedade". Nesta palestra reflexiva e apaixonante, ele delimita seu plano de contra-ataque, que se baseia no conceito de "justeza".
Com legenda em português.
Com legenda em português.
Contabilidade do tráfico
Saiu na rede:
Uma modalidade nova, organizada. Assim foi definida a ação de um advogado acusado de negociar a venda de drogas pelo aplicativo WhatsApp [...]. Carlos, que foi preso na noite de segunda-feira em casa, num condomínio luxuoso na praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi indiciado por tráfico de drogas, cuja pena pode chegar a 15 anos de prisão. Ele era investigado há um mês.
De acordo com o delegado Antenor Lopes, da Delegacia de Combate às Drogas, no apartamento do advogado, no condomínio Atlântico Sul, na Avenida Lúcio Costa — avaliado em R$ 3 milhões — os agentes apreenderam meio quilo de cocaína, haxixe, material para endolação, duas balanças de precisão, além de ser encontrada, no celular dele, a contabilidade do tráfico.
“Ele tinha um celular e um iphone, e mais oito chips. Trocava o chip toda hora para confundir a investigação. Ele fez um grupo fechado no WhatsApp com mais de 100 clientes e só participava quem era indicado por algum integrante. Em três meses nesta delegacia, nunca vi grupo tão sofisticado”, garantiu Antenor, acrescentando que ele faturava R$ 50 mil por mês com o tráfico.
Segundo o delegado, Brutus vendia para usuários de classe média alta na Barra, Recreio e Zona Sul, em academias, praias e consultórios. Em fotos no celular, o acusado exibe uma rotina de luxo. Há imagens de lancha e da varanda do apartamento dele que tem piscina.
Segundo levantamento inicial da polícia, entre os usuários que faziam parte do grupo no aplicativo estão médicos, engenheiros, modelos, professores, dois funcionários de uma emissora de televisão e de uma prefeitura do estado, entre outros.
“Vamos monitorar esses usuários, que a princípio não estão indiciados. Ainda queremos saber de onde o advogado comprava as drogas”, contou o delegado Antenor Lopes, frisando que Brutus já possui uma passagem por tráfico.
No celular dele, policiais encontraram a contabilidade do tráfico e os clientes eram identificados por apelidos. “Para identificar um funcionário da prefeitura, chamava de prefeito, por exemplo. Era tudo muito bem articulado”, afirmou Lopes.[...]
Lembram dela? A contabilidade do tráfico? Já falamos diversas vezes sobre isso (aqui, aqui, aqui).
Na sua opinião, porque chamam a lsita de clientes e vendas como "contabilidade do tráfico"?
A nossa possível explicação:
Uma modalidade nova, organizada. Assim foi definida a ação de um advogado acusado de negociar a venda de drogas pelo aplicativo WhatsApp [...]. Carlos, que foi preso na noite de segunda-feira em casa, num condomínio luxuoso na praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi indiciado por tráfico de drogas, cuja pena pode chegar a 15 anos de prisão. Ele era investigado há um mês.
De acordo com o delegado Antenor Lopes, da Delegacia de Combate às Drogas, no apartamento do advogado, no condomínio Atlântico Sul, na Avenida Lúcio Costa — avaliado em R$ 3 milhões — os agentes apreenderam meio quilo de cocaína, haxixe, material para endolação, duas balanças de precisão, além de ser encontrada, no celular dele, a contabilidade do tráfico.
“Ele tinha um celular e um iphone, e mais oito chips. Trocava o chip toda hora para confundir a investigação. Ele fez um grupo fechado no WhatsApp com mais de 100 clientes e só participava quem era indicado por algum integrante. Em três meses nesta delegacia, nunca vi grupo tão sofisticado”, garantiu Antenor, acrescentando que ele faturava R$ 50 mil por mês com o tráfico.
Segundo o delegado, Brutus vendia para usuários de classe média alta na Barra, Recreio e Zona Sul, em academias, praias e consultórios. Em fotos no celular, o acusado exibe uma rotina de luxo. Há imagens de lancha e da varanda do apartamento dele que tem piscina.
Segundo levantamento inicial da polícia, entre os usuários que faziam parte do grupo no aplicativo estão médicos, engenheiros, modelos, professores, dois funcionários de uma emissora de televisão e de uma prefeitura do estado, entre outros.
“Vamos monitorar esses usuários, que a princípio não estão indiciados. Ainda queremos saber de onde o advogado comprava as drogas”, contou o delegado Antenor Lopes, frisando que Brutus já possui uma passagem por tráfico.
No celular dele, policiais encontraram a contabilidade do tráfico e os clientes eram identificados por apelidos. “Para identificar um funcionário da prefeitura, chamava de prefeito, por exemplo. Era tudo muito bem articulado”, afirmou Lopes.[...]
Lembram dela? A contabilidade do tráfico? Já falamos diversas vezes sobre isso (aqui, aqui, aqui).
Na sua opinião, porque chamam a lsita de clientes e vendas como "contabilidade do tráfico"?
A nossa possível explicação:
A segunda possível explicação eu denomino de "meliante". Um delegado, em lugar de chamar um suspeito de "traficante" e "bandido", utiliza o termo "meliante" ou algo próximo. A palavra "meliante" demonstra muito mais cultura do que usar o termo "suspeito" ou algo do gênero. De igual forma, falar em "listagem de clientes" ou "anotações" é muito simplório; já o termo "contabilidade do tráfico" possui um poder de impressionar maior.
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