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26 junho 2015

Pesquisa

Prezados leitores,

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Rir é o melhor remédio


Lei de Benford, demonstrações financeiras e desempenho

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Deutsche Bank is recommending a pretty simple math trick that can give you at least an indication whether something is up, even if it doesn't tell you precisely what's wrong. It all rests around Benford's Law, also known as the law of natural numbers. Named after physicist Frank Benford, the law says that in a set of data gathered from real life, such as stock prices, birth rates, and electricity bills, the number "one" will appear most frequently as the first digit of numbers — for example 12, 145, or 1,012. Numbers starting with two to nine then occur much less frequently, getting less common the higher you get.

To give an example, if I took 20 stock prices at random, Benford's Law says about 30%, or six, would begin with the digit one — 110 pence, 134 pence, and 154 pence let's say. The frequency of numbers beginning with digits two, three, four, and so on would decline in probability until we reach nine, the first digit in less than 5% of numbers in real-life data sets.

Whatever is behind the law, Deutsche Bank thinks it can be used to spot companies to steer clear of. In a note sent out Thursday the bank says the law applies equally well to balance sheets and income statements as it does other data sets. Deutsche is by no means the first to suggest this.
If the figures deviate from the law — one is the first digit in 60% of numbers or all digits are equally frequent, say — this "may signal accounting irregularities."
Even if the numbers aren't dodgy, Deutsche Bank's analysis says companies that don't adhere to the law tend to underperform the market anyway, so it's still best to steer clear of them.

Outros estudos sobre o mesmo tema podem ser encontrados aqui

Paul Tudor Jones II: Por que precisamos repensar o capitalismo

Paul Tudor Jones II ama o capitalismo. É um sistema que fez muito bem a ele nas últimas décadas. No entanto, este gestor de fundos de cobertura e filantropo está preocupado que o foco excessivo nos lucros esteja, como ele diz, "ameaçando os fundamentos da sociedade". Nesta palestra reflexiva e apaixonante, ele delimita seu plano de contra-ataque, que se baseia no conceito de "justeza".

Com legenda em português.

Contabilidade do tráfico

Saiu na rede:


Uma modalidade nova, organizada. Assim foi definida a ação de um advogado acusado de negociar a venda de drogas pelo aplicativo WhatsApp [...]. Carlos, que foi preso na noite de segunda-feira em casa, num condomínio luxuoso na praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi indiciado por tráfico de drogas, cuja pena pode chegar a 15 anos de prisão. Ele era investigado há um mês.

De acordo com o delegado Antenor Lopes, da Delegacia de Combate às Drogas, no apartamento do advogado, no condomínio Atlântico Sul, na Avenida Lúcio Costa — avaliado em R$ 3 milhões — os agentes apreenderam meio quilo de cocaína, haxixe, material para endolação, duas balanças de precisão, além de ser encontrada, no celular dele, a contabilidade do tráfico.

“Ele tinha um celular e um iphone, e mais oito chips. Trocava o chip toda hora para confundir a investigação. Ele fez um grupo fechado no WhatsApp com mais de 100 clientes e só participava quem era indicado por algum integrante. Em três meses nesta delegacia, nunca vi grupo tão sofisticado”, garantiu Antenor, acrescentando que ele faturava R$ 50 mil por mês com o tráfico.
Segundo o delegado, Brutus vendia para usuários de classe média alta na Barra, Recreio e Zona Sul, em academias, praias e consultórios. Em fotos no celular, o acusado exibe uma rotina de luxo. Há imagens de lancha e da varanda do apartamento dele que tem piscina.

Segundo levantamento inicial da polícia, entre os usuários que faziam parte do grupo no aplicativo estão médicos, engenheiros, modelos, professores, dois funcionários de uma emissora de televisão e de uma prefeitura do estado, entre outros.

“Vamos monitorar esses usuários, que a princípio não estão indiciados. Ainda queremos saber de onde o advogado comprava as drogas”, contou o delegado Antenor Lopes, frisando que Brutus já possui uma passagem por tráfico.

No celular dele, policiais encontraram a contabilidade do tráfico e os clientes eram identificados por apelidos. “Para identificar um funcionário da prefeitura, chamava de prefeito, por exemplo. Era tudo muito bem articulado”, afirmou Lopes.[...]

Lembram dela? A contabilidade do tráfico? Já falamos diversas vezes sobre isso (aqui, aqui, aqui).

Na sua opinião, porque chamam a lsita de clientes e vendas como "contabilidade do tráfico"?

A nossa possível explicação:
A segunda possível explicação eu denomino de "meliante". Um delegado, em lugar de chamar um suspeito de "traficante" e "bandido", utiliza o termo "meliante" ou algo próximo. A palavra "meliante" demonstra muito mais cultura do que usar o termo "suspeito" ou algo do gênero. De igual forma, falar em "listagem de clientes" ou "anotações" é muito simplório; já o termo "contabilidade do tráfico" possui um poder de impressionar maior.


25 junho 2015

Rir é o melhor remédio


Paraísos Fiscais: Prejuízo a países em desenvolvimento


"As economias em desenvolvimento perdem todos os anos cerca de 90 mil milhões de euros de receitas fiscais por causa dos investimentos através de offshores, revela um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

“A evasão fiscal é responsável por fugas significativas de recursos e de financiamento de investimento”, alertou o secretário-geral da organização, Mukhisa Kituyi, durante a apresentação do documento que traça um retrato do investimento no mundo.

A quantificação das receitas que são deslocadas dos países em desenvolvimento por causa dos paraísos fiscais é um exercício difícil, diz a UNCTAD. Seja porque a informação disponível é limitada, seja porque os lucros desviados não aparecem nos relatórios oficiais ou porque as empresas combinam diferentes esquemas de evasão aos impostos.

Ainda assim, o relatório estima que a perda de receitas fiscais nos países em desenvolvimento ronde os 90 mil milhões de euros, só por conta do investimento directo estrangeiro (IDE) oriundo de offshores, nomeadamente através de empresas-veículo.

Por isso, a UNCTAD defende que "é imperativo tomar medidas de combate a estas práticas, de forma a apoiar a mobilização de recursos domésticos e a facilitar os investimentos produtivos no desenvolvimento sustentável".

Além disso, recomenda uma acção concertada global para eliminar os incentivos fiscais ao investimento promovidos pelos governos e, em alternativa, atrair investimento na capacidade produtiva e nas infra-estruturas dos países em desenvolvimento.

O relatório revela ainda que a China foi o maior receptor de IDE em 2014, acima dos Estados Unidos. Durante o ano passado, o IDE na China somou 114,73 mil milhões de euros, um aumento de 4% em relação a 2013, e mais 32,9 mil milhões de euros do que os Estados Unidos, que registaram uma queda de 60%.

O país asiático contraria assim a queda abrupta de 16%, para 1,09 biliões de euros, no fluxo global de investimento estrangeiro. “A fragilidade da economia global, incerteza política e altos riscos geopolíticos explicam a diminuição de IDE", justificam as Nações Unidas.

Graças ao contributo da China, o IDE nos países em desenvolvimento superou o efectuado em países desenvolvidos."

Via Público.pt