Translate

18 junho 2015

O efeito Gordon Gekko: consequencias da cultura na industria financeira

The Gordon Gekko Effect: The Role of Culture in the Financial Industry
Andrew W. Lo
NBER Working Paper No. 21267
June 2015
JEL No. G01,G28,G3,M14,Z1

ABSTRACT

Culture is a potent force in shaping individual and group behavior, yet it has received scant attention in the context of financial risk management and the recent financial crisis. I present a brief overview of the role of culture according to psychologists, sociologists, and economists, and then present a specific
framework for analyzing culture in the context of financial practices and institutions in which three questions are answered: (1) What is culture?; (2) Does it matter?; and (3) Can it be changed? I illustrate the utility of this framework by applying it to five concrete situations—Long Term Capital Management; AIG Financial Products; Lehman Brothers and Repo 105; Société Générale’s rogue trader; and the
SEC and the Madoff Ponzi scheme—and conclude with a proposal to change culture via “behavioralrisk management.
 

Seguro de demonstrações financeiras

The fact that auditors are paid by the companies they audit creates an inherent conflict of interest. We analyze how the provision of financial statements insurance could eliminate this conflict of interest and properly align the incentives of auditors with those of shareholders. We first show that when the benefits to obtaining funding are sufficiently large, the existing legal and regulatory regime governing financial reporting (and auditing) results in low quality financial statements. Consequently, the financial statements of firms are misleading and firms that yield a low rate-of-return (low fundamental value) are over-funded relative to firms characterized by a high rate-of-return (high fundamental value). We present a mechanism whereby companies would purchase financial statements insurance that provides coverage to investors against losses suffered as a result of misrepresentation in financial reports. The insurance premia that companies pay for the coverage would be publicized. The insurers appoint and pay the auditors who attest to the accuracy of the financial statements of the prospective insurance clients. For a given level of coverage firms announcing lower premia would distinguish themselves in the eyes of the investors as companies with higher quality financial statements relative to those with higher premia. Every company would be eager to pay lower premia (for a given level of coverage) resulting in a flight to high audit quality. As a result, when financial statements insurance is available and the insurer hires the auditor, capital is provided to the most efficient firms.

Fonte: Dontoh, A., Ronen, J. and Sarath, B. (2013), Financial Statements Insurance. Abacus, 49: 269–307. doi: 10.1111/abac.12012

17 junho 2015

Rir é o melhor remédio


Coursera: Aulas em Português

Fonte da Imagem: Aqui
A querida Joyce Boreli nos deu uma ótima dica (fonte aqui):


"[...] dois dos cursos são na área contábil! Mas os 5 em português oferecido podem ser aproveitados pelo contador ou pesquisador da área!"

As duas universidades mais conceituadas do Brasil, USP eUnicamp, ministram aulas em português inéditas na plataforma de ensino online Coursera. Para quem ainda não conhece, o serviço conta com 12 milhões de usuários no mundo e oferece gratuitamente mais de mil cursos de instituições renomadas como Yale, Stanford, Princeton, Universidade de Londres, Universidade de Michigan, entre outras.

No momento, cinco cursos estão disponíveis em português nos próximos meses, nas áreas da engenharia, contabilidade e ensino. Outros dois, mais populares, estão disponíveis com tradução de todo o conteúdo para o português, das videoaulas ao material suplementar, criando uma experiência de aprendizado ampla. Confira abaixo:

1. Processamento Digital de Sinais – Amostragem, Unicamp (início em 5 de maio)
2. O Empreendedorismo e as Competências do Empreendedor, Unicamp (início em 27 de julho)
3. História da Contabilidade, USP (início em 19 de maio)
4. Fundamentos e Linguagem de Negócios: Contabilidade (The Blue Side Up), USP (início em 27 de agosto)
5. Gestão para Aprendizagem: Módulo de Gestão Estratégica, Fundação Lemann (início a partir de 15 de maio)
6. Aprendendo a Aprender: Ferramentas Mentais Poderosas para Ajudá-lo a Dominar Assuntos Difíceis, Universidade da Califórnia, San Diego (início a qualquer momento)
7. Negociações de Sucesso: Estratégias e Habilidades Essenciais, Universidade de Michigan (início a qualquer momento)

Vale reforçar que todos os cursos são gratuitos e os alunos têm a oportunidade de obter certificados (Verified Certificate) mediante o pagamento de uma taxa de US$ 85 ou cerca de R$ 300.

Consequências da tradução de termos contábeis

This paper explores the implications of language translation in accounting. It draws on research on translation in other disciplines, and on insights from applied linguistics. It examines practical problems and solutions explored in other disciplines that we deem relevant to accounting. The paper also examines the ideological, cultural, legal, and political consequences of translation. We find that the ambiguity inherent in translation is, on the one hand, relevant for the translation of accounting principles and can contribute to accounting convergence. We show, on the other hand, that it has the potential to be exploited in ideologically or pragmatically motivated distortions in the implementation of accounting regulation. We further argue that the importance of translation in accounting is underestimated or disregarded, inter alia because it has limited effect on the culturally and economically most dominant stakeholders. We finally examine the implications of translation problems for less powerful stakeholders and smaller language communities.

Fonte: Evans, L., Baskerville, R. and Nara, K. (2015), Colliding Worlds: Issues Relating to Language Translation in Accounting and Some Lessons from Other Disciplines. Abacus, 51: 1–36. doi: 10.1111/abac.12040

Resenha: Bolsa Blindada


Bolsa Blindada é um livro da jornalista e publicitária Patricia Lages, voltado para mulheres que desejam aprender a lidar com as dívidas. Segundo a editora, é um "manual de finanças pessoais", que desmistifica o "economês"... e "até ensina a investir".
http://bolsablindada.com.br/wp-content/uploads/2013/07/Screen-Shot-2013-07-23-at-8.35.36-PM1.png


Eu vi um membro da minha família com esse livro e confesso tê-lo surrupiado especialmente para resenhá-lo. E ainda bem que eu não gastei dinheiro com isso. Vou colocar a parte final no início:

Vale a pena: Não. Não consegui terminar de ler (e nem quem me emprestou): e olha que eu sou teimosa. Mesmo não gostando, faço um esforço sobre-humano para finalizar obras. Mas essa realmente não deu.

Lembram em uma postagem anterior em que o professor César falou de livros de finanças que mais se assemelham aos de autoajuda? Bolsa blindada é um bom exemplo.

Além de não ter concordado com o que deveria ser visto como ensinamentos característicos das finanças pessoais, o achei superficial e até o layout atrapalhou. Isso sem contar que ele é cheio de estereótipos do que acreditam ser o que mulheres precisam ouvir.  Julguemos o livro pela capa, que é rosa. Em certo ponto ela fala que tem um cofrinho de moedas em casa! Agora vale a pena guardar dinheiro em cofrinho?

Eu amo fonte gigante, pois tenho uma vista péssima. Sempre que possível compro a versão “letras grandes” (large print) que os americanos, vez ou outra, publicam. Todavia, apesar do livro de Lages ter uma fonte maior que a usual, isso me deixou ainda mais inquieta e com a sensação de estar lendo algo vazio e batido. O tipo de livro em que você passa por diversas páginas sem sentir que aprendeu algo... E acredito que, talvez para tentar se diferenciar de outros livros, ela acrescenta um bocado de informações pessoais que na verdade não são interessantes, mas cansativas, tais como a forma com que ela lidava com dinheiro desde pequena e o fato de ler tudo, até “papel de bala”. Não consegui simpatizar com a "protagonista". Muito disso (dos exemplos pessoais com efeito contrário ao desejado) me incomodava e me dava péssimos flashbacks do livro da Ana Paula Padrão que terminei de ler sofrendo. (Já ensaiei várias resenhas e não as terminei porque foi o pior livro que li no ano passado, contudo encontrei aqui uma fabulosa).

A obra é simplista (que eles chamam de "linguagem acessível"), 'autoajudista' ("atitudes positivas para sair do negativo") e caso isso fosse pouco para fisgar o público, ela também fala um pouco sobre religião, como ela se apegou a Deus em momentos desesperadores e cheios de dívida.

Vale a pena: Não. A não ser que você goste de se sujeitar a livros chatos ou esteja tão desesperado com as suas dívidas e com tempo disponível que queira ler toda e qualquer obra que te prometa a liberdade financeira. Mas ache uma boa biblioteca senão você coloca tudo a perder.

LAGES, Patrícia. Bolsa Blindada. Rio de Janeiro: Thomas-Nelson, 2013


Se decidir comprar o livro, sugerimos escolher um dos parceiros do blog:

O blog é afiliado aos seguintes programas:
Amazon Brasil
Americanas
Submarino
ShopTime
SouBarato.com.br

Links

Um Grande Mestre (GM) de xadrez perde uma partida na internet numa armadilha

Oligopólio no mercado bancário atinge os investidores de mercado de capitais (NY Times)

Venezuela foi a grande beneficiária do BNDES

A rainha do negócio "erótico" 

Gravidade, quadrinhos e seios

Governança pública segundo o TCU

Consertando uma tatuagem ruim (foto)