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23 maio 2015

Retorno da educação: depende o que você estuda

A new report from PayScale, a research firm, calculates the returns to a college degree. Its authors compare the career earnings of graduates with the present-day cost of a degree at their alma maters, net of financial aid. College is usually worth it, but not always, it transpires. And what you study matters far more than where you study it.

Engineers and computer scientists do best, earning an impressive 20-year annualised return of 12% on their college fees (the S&P 500 yielded just 7.8%). Engineering graduates from run-of-the-mill colleges do only slightly worse than those from highly selective ones. Business and economics degrees also pay well, delivering a solid 8.7% average return. Courses in the arts or the humanities offer vast spiritual rewards, of course, but less impressive material ones. Some yield negative returns. An arts degree from the Maryland Institute College of Art had a hefty 20-year net negative return of $92,000, for example.

Fonte: aqui

Nota do CFC


O ex-candidato a presidente, Aécio Neves, afirmou que o ajuste fiscal promovido agora pelo governo é contabilista. Segundo o jornal O Globo, Neves afirmou o seguinte:

— Esse pacote do Levy é extremamente rudimentar, de um contabilista, que se baseia só na questão fiscal e esquece que as pessoas se levantam todos os dias e precisam comer e ir trabalhar. Não se vê nada de estímulo a economia. Essas medidas não surtirão o efeito que o governo espera. Não vejo condições desse governo melhorar nos próximos dois ou três anos. Antes de 2018 ainda vai piorar muito.

Imediatamente o presidente do Conselho Federal de Contabilidade soltou uma “Nota de desagravo do CFC” onde afirma que “lamenta a visão distorcida e a forma equivocada com que o senador se referiu aos profissionais da Contabilidade”. A reação à nota foi maniqueísta. Alguns profissionais que este blogueiro conhece apoiaram, apresentando-se indignados com a associação do profissional com o ajuste fiscal promovido pelo governo. Este grupo considerou que a nota refletiu, de forma adequada, a visão da classe.

Entretanto, a eleição presidencial foi muito acirrada e dividiu o país. Isto fez com que outros afirmassem que Martônio, o presidente atual do CFC, assumiu uma postura favorável ao atual governo e contra as pessoas que discordam da atual gestão. Além disto, o CFC como entidade de classe, deveria ter assumido uma atitude muito mais firme quando o governo promoveu as pedaladas fiscais ou nomeou políticos ou gestores com parcos conhecimentos para comitês técnicos de estatais – incluindo Comitês de Auditoria.

Três questões importantes podem ajudar um pouco a sair dos dois lados extremos desta questão. A primeira é se o Conselho deveria ser uma entidade desvinculada da política. A história da entidade mostra que o CFC esteve vinculado a política. Nos primórdios, o presidente era nomeado pelo Ministro do Trabalho, sem qualquer tipo de consulta ou exigência de conhecimento da área. A própria comemoração promovida anualmente em Abril foi instituída por um Senador da república, por ter sido presidente de um congresso ocorrido nos idos dos anos vinte do século passado. Isto pode ser visto como acontecimentos antigos, mas recentemente um membro do Conselho foi fortemente cotado para assumir um ministério no governo da presidente Dilma. É bom que se diga que a atuação política não é exclusividade do CFC. Acreditar que o Conselho de Contabilidade possa existir sem atuação política é ingenuidade.

A segunda questão é se o CFC não estaria sendo político demais. Neste caso, a entidade naturalmente assumiria uma postura política, favorável ou não a gestão atual. Aqui a comparação histórica é mais difícil, já que os momentos são distintos. Mas uma análise no último Jornal do CFC, edição de abril e maio de 2015, pode dar uma pista sobre isto. Os dirigentes da entidade discutiram transparência com a CGU, anunciaram que irão capacitar gestores juntamente com a STN, participaram da posse do novo Ministro da Educação e de uma sessão solene na Câmara, receberam apoio para o projeto de Reforma Política, reuniram com o Comitê Gestor do Simples e participaram de seminário com CGU e TCU. A listagem parece longa e talvez reforce a ideia de que a gestão possui talvez esteja exagerando nas solenidades com os políticos. Mas se considerarmos que STN, CGU e TCU são órgãos mais técnicos da administração pública, que as atividades descritas aconteceram em dois meses e que a presença nestes eventos pode ajudar os contabilistas, a conclusão é de que o CFC é político, mas não em excesso.

A terceira questão é decorrente das anteriores. Se o CFC é uma entidade política e que não está sendo excessivamente político, será que a atitude do presidente da entidade não foi arriscada demais? Afinal, a política é transitória, onde existe o revezamento de forças nos cargos. Demorar a responder poderia criar a impressão de que o conselho não defendeu os profissionais. A favor da nota é bom que se diga que as palavras foram bastante elegantes, mas sem deixar de apresentar a principal mensagem: não gostamos do que o candidato Neves falou sobre nós. A ressalva é que Martônio, talvez para destacar que é o líder da classe, tenha assinado sozinho. Seria mais sensato que Martônio conseguisse a aprovação do Plenário, que possui representantes de vários estados do país, indicando que não está sozinho no protesto. Isto evitaria, quase totalmente, a impressão de que há uma predileção por um lado da política.Entretanto, estas considerações não absorvem a entidade de não ter atuado de forma mais contundente em outros episódios, conforme relatado no início deste texto.

Cor dos Cabelos

Cor do cabelo nos países

22 maio 2015

Rir é o melhor remédio



Vício

Aposta de Pascal e previsões financeiras

Resumo:



Should we make financial forecasts? The usual answer looks like Pascal's wager: we don't know whether God exists; who erroneously believes loses nothing, who correctly believes wins everything; who correctly disbelieves, gains nothing, who erroneously disbelieves loses everything. Believing is thus a dominant choice. Turned to finance: markets are efficient or not. In an efficient market forecasters and non-forecasters win nothing; in a non- efficient market forecasters win and non-forecasters lose. Forecasting is rational if inefficiencies have a probability > 0. We use an agent-based approach in studying the information value in a market with endogenous prices. We show that in inefficient markets rational traders don't make forecasts and an improvement in public information may even be harmful for the users. On average, an investor who has no information (index investor) performs like the market does; it is impossible that all others—those who know more than nothing—perform better. Pascal's wager does not apply.

Schredelseker K. (2014), Pascal's Wager and Information, Journal of Forecasting. 33, pages 455470. doi: 10.1002/for.2300

http://www.chrisasbury.com/wp-content/uploads/2014/01/6a00d834515db069e2011571255a3f970c-800wi.gif

Resenha: Vampeta Memória do Velho Vamp

Este é um livro de histórias... São vários casos narrados por um dos maiores gozadores do futebol brasileiro, Marcos André Batista Santos, o Vampeta.
Vampeta foi jogador de futebol que atuou no Corinthians, Vitória, Brasiliense, Flamengo e outros clubes. Durante o período que esteve em campo, Vampeta foi protagonista de três histórias que ficaram na memória de qualquer pessoa que acompanhou o futebol nos últimos anos e que são descritas neste livro.

A primeira ocorreu na entrega de medalhas aos Penta Campeões da Seleção Brasileira: a cambalhota que deu quando estava no Palácio do Planalto sendo homenageado pelo presidente da república, Fernando Henrique. Sim, estava bêbado, mas expressou a alegria dos brasileiros pela conquista. E deixou a medalha cair.



A segunda quando chamou os adversários são-paulinos de “bambis” e provocou a ira dos adversários.

E, finalmente, quando declarou que o Flamengo fingia que pagava os jogadores e eles fingiam que jogavam.

Enfim, Vampeta era daqueles jogadores que despertavam curiosidade num jogo por suas declarações e provocações, a exemplo do eterno Dadá Maravilha. Assim, um livro que se propõe a contar os acontecimentos engraçados da carreira de Vampeta só pode ser muito bom. É bem verdade que muitos casos já foram contados nos “desimpedidos” ou na Rádio Jovem Pan, mas é sempre bom lembrar as brincadeiras com Evaristo de Macedo (a melhor parte do livro), Ronaldo, técnicos, Edilson capetinha, Gilmar Fubá e outros mais. Em alguns, Vampeta simplesmente repassa o que ouviu de terceiros, mas isto não perde o interesse. E como as narrativas são curtas, o livro torna-se interessante.

Uma das pérolas:

O presidente do Grêmio Osasco se chama Linderber Pessoa. Ele fundou o clube, que tem só quatro anos de vida e já está na segunda divisão do Campeonato Paulista. O Lindenberg é muito atento à contabilidade do clube (...) estou dando o orçamento, falando quanto vai sair a folha de pagamento e quanto cada atleta vai ganhar (...)

- João Paulo, dois e quinhentos. Bruno, dois e quinhentos; Guilherme, dois; o outro Bruno, mil e quinhentos; Agnaldo, mil e quinhentos... 

Estou fazendo a folha de pagamento e ele está olhando.

- Total: trinta e quatro mil e quinhentos.

Aí ele vem em mim:

- Vampeta, por que todo mundo ganha mil e quinhentos e esse tal de "Total" tá ganhando trinta e quatro  mil e quinhentos? Quem é esse "Total"? Ele é craque?

Vale a pena? Gosta de futebol? Se a resposta for sim, vale. Caso contrário, que tal as memórias de Sampras.

UNZELTE, Celso. Vampeta Vampeta. Memórias do Velho Vamp. São Paulo: Texto, 2012.


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