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21 abril 2015

Vault

O Vault é um prêmio para a melhor empresa para se trabalhar dos Estados Unidos. Pela terceira vez seguida a PwC venceu. Eis a relação dos 10 mais, na ordem:

PricewaterhouseCoopers
EY
Deloitte
KPMG
Grant Thornton
BDO EUA
McGladrey
Plante Moran
Moss Adams
Crowe Horwath

20 abril 2015

Links

Google e Beatles: Dentro de Abbey Road

Telefônica: o número do coração (propaganda legal)

Associação Quatro Patinhas (também propaganda. Também legal)

Associados vão cobrir rombo de fundos de pensão

Rir é o Melhor Remédio


Fraude no IR

Fiquei abismada com a notícia que saiu na Folha:

Fraude: Receita identifica 502 declarações que citam a mesma empregada doméstica
A Receita Federal estima recuperar até R$ 7 bilhões de pessoas físicas fraudavam a declaração de imposto de renda de pessoa física, feitas principalmente no ano passado. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, entre os casos, está o de 502 pessoas que declararam remunerar a mesma empregada doméstica. Para declarar a contribuição patronal, o Fisco exige o nome, o CPF e o Número de Identificação do Trabalhador (NIT). A Receita já intimou 80 mil contribuintes até março e deve autuar mais 280 mil sonegadores ainda este ano. Em 2013, foram 350 mil contribuintes, o que resultou na recuperação de R$ 6,7 milhões. Segundo Folha, o subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Iágaro Jung, o perfil mais visado pela Receita é o de profissionais liberais, como médicos, advogados.

Ao ler a manchete podemos concluir que: ou é uma diarista (que trabalha mais de duas vezes por semana - e por isso precisa sim ter a  carteira assinada) super competente... quem conhecer, por favor me passe o telefone. Ou algum contador alguém enrolou muita gente de uma forma bem preguiçosa. Ou a galera é muito sem inteligência. Ou o que?

E ainda acho muito oportuno relembrar a campanha da CGU sobre corrupção. Vamos reclamar dos políticos corruptos sim, mas vamos também dar exemplo de cidadania!!!


Finanças Pessoais: Competição de investidores

É muito comum os jornais e/ou entidades do mercado promoverem competição de investidores para saber quem consegue a maior valorização da sua carteira dentro de um determinado prazo. Os vencedores geralmente são entrevistados, suas fotografias irão aparecer na edição impressa e podem levar esta glória para seu currículo.

Neste artigo irei mostrar como ganhar este tipo de competição. Na semana seguinte mostrarei os problemas deste tipo de competição.

Vamos imaginar que você deseje mostrar para seus amigos, professores e futuro patrão que tem a capacidade de escolher adequadamente os investimentos na bolsa de valores. A figura abaixo mostra o comportamento das maiores altas e baixas da bolsa num determinado dia e servirá para nosso exemplo:
Para vencer a competição você teria que escolher as ações do lado esquerdo, mas nunca aquelas do lado direito. Se você tivesse escolhido a Companhia Siderúrgica Nacional ou Banco do Brasil sua carteira teria um recuo de no mínimo 5% num dia. Você ganharia se tivesse escolhido a Light, Marco Polo, MRV ou Sabesp.

Caso você tenha tido alguns fundamentos de finanças na escola saberia que aumentar a diversificação pode reduzir risco. Assim, seguindo os ensinamentos dos gurus de finanças, o ideal seria fazer uma carteira com muitas ações. Mas isto não traria a vitória na competição, já que reduziria o retorno. A explicação é simples: se tivesse escolhido somente a Light sua carteira teria um retorno de 2%; diversificando, com Light e Marco Polo, a carteira teria um retorno entre 1,92% e 2%, mas, e isto é importante, abaixo de 2% que obteria somente com a Light. Escolhendo os cinco maiores retornos, a carteira estaria entre 1,15% e 2%, mas também abaixo dos 2%.

Assim, para ganhar estas competições, escolha o menor número de ações possível, se possível uma delas. E espere pelo bilhete premiado: se você acertar e escolher a Light, mas não a CSN, parabéns. Seu currículo irá melhorar, poderá despertar o apelo de corretoras e fazer inveja aos amigos. Caso tenha escolhido a CSN e tenha tido a sabedoria de não dizer para ninguém que participou da competição, fique tranquilo: ninguém saberá que você chutou errado.

Continua

19 abril 2015

Rir é o Melhor Remédio

Foi tudo imposto
No nosso amor:
Quem há de declarar?

(VFM) #haikai

Fonte: @ProsaEGlosa, indicado por @Acamocinense, a quem agradecemos.



Imagen via Duke Chargista.

História da Contabilidade: Normas após a independência


Em 1822, quando Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil, o nosso país herdou boa parte da estrutura administrativa que tinha sido implantada nos anos anteriores. Mas em 1831 o governo resolveu fazer uma tentativa de organização do tesouro, através de uma norma bastante extensa para época (1).

Entretanto, esta não foi a primeira norma sobre o assunto após nossa independência. Entre 1822 a 1831 diversas normas foram emitidas pelo governo com implicações contábeis. Em 1823, por exemplo, decide instituir um imposto sobre o tabaco, aguardente e bares. O imperador decide constituir uma máquina pública com responsabilidade de fazer a arrecadação dos impostos, incluindo um administrador, um escrivão, um tesoureiro, quatro escriturários, dois amanuenses, agentes e quatro guardas. Os quatro primeiros cargos seriam nomeados pelo imperador. O escriturário deveria ter o livro de receita e despesa e deveria

Dar os methodos, e formularios da Escrituração, nos quaes terá muito em vista a legalidade, clareza, e simplicidade dela, e prontidão no expediente dos Despachos (2)

A mesma norma informava que as arrecadações deveriam ter seu “livro de receita” e que os mesmos seriam “escriturados” pelos Escriturários e Amanuenses, com a conferência e assinatura do escrivão e tesoureiro (3). A norma previa um livro de receita e despesa geral, com a receita de cada dia, assim como as despesas de entregas do Tesouro Público, os salários dos funcionários e outras despesas. A gestão deveria preservar a clareza e simplicidade da Escrituração.

Também logo após a independência foi estabelecida a constituição de 1824, que previa a existência do Supremo Tribunal de Justiça. O mesmo foi criado em 1828 pelo imperador. Na norma de criação, havia a previsão de um tesoureiro, que também faria a função de porteiro (4). O artigo 43 detalha a função deste tesoureiro:

Art. 43. O Thesoureiro, que é tambem Porteiro, terá a seu cuidado a guarda, limpeza, e asseio da casa do Tribunal, todos os utensilios, e tudo quanto ahi fôr arrecadado, terá o ordenado de 800$000, não percebendo mais cousa alguma, nem como Thesoureiro, nem para as despezas do asseio da casa.

Mais adiante:

Art. 45. Todas as despezas miudas do Tribunal, como são papel, pennas, tinta, arêa, lacre, obrêas, nastro, ou fitilho, serão pagas pelo cofre dos emolumentos, em folha, que formará o Thesoureiro todos os mezes, assignada pelo Presidente.
Art. 46. As entradas dos emolumentos para o cofre serão lançadas em livro de receita proprio, e serão recenseadas de seis em seis mezes por um dos membros do Tribunal, que por nomeação do mesmo servirá de Juiz das despezas.

Também neste período foram estabelecidas as regras de funcionamento dos Correios. No artigo 154 informa que a movimentação financeira ser acompanhada

Hum systema de escripturação simples, e clara, segundo os princípios, que ficão estabelecidos (5)

(1) Vide postagem anterior sobre o tema
(2) Norma publicada no Almanak dos Negociantes do Imperio do Brasil, ed 1, p. 148, 1827.
(3) Idem
(4) Lei de 18 de setembro de 1828, artigo 40. Esta lei é basicamente o projeto de lei aprovado na Camara dos Deputados em 10 de julho de 1827. Vide Imperio do Brasil, ed. 50, p. 24.
(5) Ver norma publicado no Imperio do Brasil. Diário Fluminense, ed 13, p. 355, 1829.