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06 abril 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Finanças Pessoais: Pirâmide

A pirâmide é um tipo de rendimento que oferece um elevado retorno. Parece ser extremamente atrativo, e é se você souber a hora de aplicar seus recursos e sair. Por suas características, a pirâmide está fadada a quebra: ou seja, se você mantiver seu dinheiro aplicado neste tipo de investimento, fatalmente irá perder tudo, ou quase tudo, em algum momento do futuro. Por este motivo, o conselho geral é não invista em investimento com a característica de pirâmide.

E quais são as características de um investimento do tipo pirâmide? Em primeiro lugar, a promessa de elevados retornos para o seu dinheiro. Se uma proposta oferecer uma rentabilidade bem acima do normal, saiba que pode ser uma pirâmide. A oferta de uma elevada rentabilidade é apregoada pela comparação com outros investimentos ou depoimentos pessoais.

A segunda característica de uma pirâmide é que depende de um processo de captura de novos aplicadores. Assim, se você foi um dos primeiros a fazer a aplicação existe probabilidade de ganhar algum dinheiro; mas se você entrou no final, provavelmente irá perder seus recursos. Esta característica permite que o gestor da pirâmide pague os primeiros investidores com o dinheiro que está entrando dos novos. Se ele conseguiu muitas novas pessoas que acreditaram nas suas promessas, estas pessoas irão aplicar seus recursos e somente receber no futuro. Mas o dinheiro que entrar irá ser usado para o pagamento das promessas antigas. Se não conseguir muitas novas pessoas, o esquema irá ruir e muitos perderão.

O que leva uma pessoa a colocar seus recursos numa pirâmide? Existem várias explicações, como a ganância, o otimismo exagerado, a credulidade, a inveja, entre outras. Para não ser enganado faça sempre duas perguntas: O investimento está prometendo um retorno muito maior que uma aplicação comum?; Dependem de novos aplicadores para continuar? A segunda pergunta é mais difícil de ser respondida; talvez possa ser substituída por: meus conhecidos já sabem do esquema e estão aplicando seus recursos no esquema? Se a resposta for afirmativa, saia já, pois é melhor ser um desconfiado com dinheiro do que um ganancioso sem recursos para o futuro.

Nos últimos anos tivemos vários casos de pirâmide: o boi gordo, a avestruz e o Telex-free são alguns exemplos.

Campeonato mundial de xadrez feminino

Sessenta e quatro jogadoras de xadrez estiveram em Sochi, na Rússia, para disputar o título mundial de xadrez feminino. O sistema de disputa foi o famoso “mata-mata”, onde ao final de dois jogos, uma jogadora saía da disputa e outra continuava. Eram dois jogos e existindo empate eram disputadas partidas duplas rápidas até que prevalecesse a vantagem de uma das competidoras.

E o sistema mostrou que no sistema de mata-mata nem sempre a melhor jogadora vence. Em 2012 a ucraniana Anna Ushenina, atualmente somente a 21ª. mais forte jogadora, venceu a ex-campeã búlgara Stefanova (13ª.). Sem contar com a jogadora de maior pontuação no rating, a jovem chinesa Hou (rating de 2.686), o torneio iniciou com uma avassaladora participação de Humpy Koneru (rating de 2.581, jogadora mais forte do torneio). A indiana ganhou seis partidas seguidas, eliminando três jogadoras. Mas nas oitavas encontrou a ucraniana Mariya Muzychuk, vencendo o primeiro jogo e perdendo o segundo. No desempate, empatou o primeiro jogo, mas perdeu o quarto jogo, depois de cometer um erro, num jogo que estava favorável. Nas semi-finais disputavam uma ucraniana, Mariya (12º. No rating), outra indiana, Harika (16º), uma sueca, a veterana Pia Cramling (15ª) e uma russa, Pogonina (39ª). Mariya eliminou outra indiana, já no segundo desempate. E Pogonina eliminou a sueca, que anteriormente tinha eliminado a irmã de Mariya.

A final, em Sochi, Rússia, seria entre uma russa e uma ucraniana. A russa era a zebra, mas ela tinha superado diversos obstáculos. Sendo a 7ª. melhor jogadora da Rússia, o desafio era vencer Mariya, a segunda melhor jogadora da Ucrania (a sua irmã, Anna, é a melhor). Nenhuma delas possui o título de grande mestre internacional de xadrez, mas o rating de Mariya é de 2536, versus 2456. Mas Mariya tem somente 22 anos, enquanto Pogonina já está entrando na casa dos trinta anos. A ucraniana (fotografia) segurou dois empates, venceu o terceiro jogo e empatou a quarta partida, onde sempre esteve melhor.

Provavelmente no próximo ano teremos o encontro entre Mariya e Hou, a ex-campeã e melhor do mundo. Na última vez, Hou massacrou Ushenina por 5,5 a 1,5. Será que a chinesa repetirá a dose?

05 abril 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

História da Contabilidade: Manoel José de Mello

Manoel José de Mello tem uma participação na história da contabilidade no Brasil: foi o primeiro a assinar um balanço divulgado que se tem notícia em terras brasileiras, o do Theatro de S. João (1).

Pouco sabe da vida desta pessoa, exceto que foi um rico comerciante, dono de embarcações e que viveu na cidade de Salvador. Mas também tinha uma função política, não somente por ter participação na luta de pela independência (2), mas pelos cargos de ocupou antes desta. Tudo leva a crer que Manoel José de Mello já habitava o país antes da chegada da família real, conforme noticia o livro Memórias Históricas, quando narrar à chegada em 1806 de uma esquadra francesa ao porto de Salvador (3). Em 1812 ajuda a biblioteca pública (4), então Livraria Pública, sendo seu tesoureiro (5). Mello foi, durante o governo do Conde dos Arcos, o tesoureiro da província da Bahia (6).

Sobre o Conde dos Arcos é necessário um adendo (7). Marcos de Noronha e Brito foi o último vice-rei do Brasil, no período de 1806 a 1808, quando a família real chegou ao Brasil. Com a chegada de João VI foi transferido para a Bahia, como governador. No cargo instalou uma tipografia onde imprimia o jornal Idade de Ouro, criou a biblioteca pública, o cais da alfandega e o Teatro. Foi posteriormente nomeado ministro da Marinha e Ultramar, transferindo para o Rio de Janeiro. Foi demitido por D. Pedro I logo depois do dia do Fico e enviado para Portugal.

Biblioteca Pública – A biblioteca pública foi criada em 1811 em Salvador por Pedro Ferrão. Na primeira administração faziam parte do padre Francisco Agostinho Gomes, secretario, Lúcio José de Matos, bibliotecário, José Avelino Balboa, administrador das subscrições, dois serventes e um pedreiro. Além do tesoureiro, posição ocupada pelo negociante Manoel José de Mello (8). A biblioteca pública é financiada por pessoas da cidade, que faziam “subscrições”. Em 1815 assume a direção o padre Francisco Agostinho Gomes, que busca no governo o financiamento através de uma loteria. Em 1821, Gomes é eleito deputado, deixando a direção para Manoel José de Mello, que acumula os cargos de administrador e secretário. A gestão de Mello irá durar até 1829. Neste período, a biblioteca não tinha como manter pela falta de subscrições e outros recursos. Caiu em decadência, sendo que o Visconde de Camamú fez uma intervenção, mas garantindo recursos públicos.


(1) Vide postagem anterior http://www.contabilidade-financeira.com/2013/04/1812-e-o-theatro-de-s-joao.html
(2) Citado em REBOUÇAS, Antonio Pereira. Recordações Patrióticas (1821-1838). Rio de Janeiro, G. Leuzinger&Filhos, 1879.
(3) SILVA, Ignacio Accioli de Cerqueira e. Memórias Históricas, e políticas de província da Bahia. Bahia, Tip. Do Correio Mercantil, 1835, p. 283.
(4) Idade D Ouro, 1812, ed 48, p 3.
(5) Idade De Ouro, 1814, ed 100, p. 2. É interessante notar que existe uma prestação de contas de Mello neste exemplar referente ao exercício de 8 de novembro de 1812 a 5 de dezembro de 1814.
(6) Almanach do Rio de Janeiro, 1817, ed 1 p. 159. Vide também a mesma publicação em 1816, ed. 1, p. 188.
(7) Conforme verbete da Wikipedia em http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcos_de_Noronha_e_Brito. Existe também um blog sobre este Conde: http://condedosarcos.blogspot.com.br
(8) SOARES, Francisco S. M et alii. A Biblioteca Pública da Bahia: dois séculos de história. Salvador: Secretaria da Cultura, 2011.

04 abril 2015

Rir é o melhor remédio





Completando o desenho

Fato da Semana: O Balanço do BNDES (Semana 14 de 2015)


Fato da Semana: Num período em que centenas de empresas fazem sua evidenciação anual, o destaque da semana foi a divulgação do balanço do banco BNDES. A notícia foi o parecer de auditoria com ressalva e a baixa com o investimento da Petrobras. O banco oficial reconhece uma perda de quase 3 bilhões de reais.

O BNDES não é um parâmetro de evidenciação: afinal, está em atrito com o TCU por não divulgar os empréstimos. E existe uma grande suspeita de favorecimento a certos grupos empresariais.

Qual a relevância disto? O balanço do BNDES é um indicativo de que certamente haverá uma grande amortização na Petrobras. Mas uma análise da qualidade da gestão e dos mecanismos de controle, que inclui a auditoria do TCU e a composição do comitê de auditoria, deve ser objeto de preocupação. Quem sabe se isto não possa ser um alarme para o controlador último do BNDES, o contribuinte, protestar contra a nomeação de pessoas com baixa qualificação nestas entidades.

Positivo ou Negativo – Negativo. Para o contribuinte, o balanço mostra como o seu dinheiro tem sido tratado. Existem muitos profissionais de elevada qualidade no BNDES, mas os indícios do balanço ...

Desdobramentos – Tenho dúvidas se o TCU irá conseguir no curto prazo a lista dos empréstimos do BNDES. Talvez no médio prazo os holofotes se voltem para o banco, deixando de lado, um pouco, a Petrobras.