O maior banco de financiamento de longo prazo do Brasil divulgou seu resultado de 2014 http://www.valor.com.br/sites/default/files/upload_element/31-03-bndes-balanco2014.pdf A principal notícia é o fato do parecer de auditoria ter sido com ressalva. Mas gostaria de enfatizar aqui outros fatos:
1) O Comitê de Auditoria do BNDES é composto por João Paulo dos Reis Velloso (ex-ministro do planejamento), Attilio Guaspari, da Produtores Energéticos de Manso S.A. e Paulo Roberto Vales de Souza, vinculado as Entidades Fechadas de Previdência Complementar. São os membros do Comitê de Auditoria, mas nenhum efetivamente um “expert” em auditoria. Apesar da ressalva, o referido comitê afirma
Foi constatado que os exames das auditorias, tanto a interna como a independente, não registraram ocorrências que pudessem caracterizar descumprimento dos dispositivos legais, regulamentares e normativos aplicáveis ao Sistema BNDES.
2) O BNDES publicou um “RESUMO DO RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA” no jornal, mas o mesmo não consta das demonstrações, com 150 páginas, do site.
3) Em nenhum momento da informação aparece o nome “TCU”. O Tribunal de Contas da União está solicitando o nome dos beneficiários das operações do BNDES, tentando descobrir qual empresa foi beneficiada pelo dinheiro público. Mesmo quando informa, o dado é confuso. Veja a figura a seguir:
(Você consegue entender o gráfico? Observe que mais de 60% dos desembolsos são para grandes empresas, acho. Mas quanto vai para região Nordeste?)
4) Na "sala de imprensa" consta o seguinte trecho:
Conforme citado nas Demonstrações Financeiras do BNDES, o principal componente das perdas registradas no ano passado foi o investimento na Petrobras. Em função do declínio prolongado e significativo no valor de mercado dessas ações, foi realizada uma análise qualitativa do investimento, a fim de quantificar a existência de eventual montante não recuperável do ativo.
Foram levadas em conta, as características específicas de atuação do BNDES; as características específicas do ativo, considerando-se que a empresa não descumpriu qualquer obrigação financeira; e o valor justo apurado com base em avaliação econômico-financeira.
Com base nessa análise, foi estimada uma perda passível de não recuperação no âmbito da Circular do Banco Central 3.068/01 no montante de R$ 2,6 bilhões, líquidos dos efeitos tributários.
Mas o BNDES informa que a inadimplência representa 0,01% da carteira !
01 abril 2015
31 março 2015
Curso de Contabilidade Básica: Usando Capital para Cobrir Prejuízo
Quem é mais antigo deve-se lembrar de uma empresa chamada Telebrás. Esta empresa detinha o monopólio do setor de telecomunicações no Brasil, antes da privatização realizada na década de noventa. Mas a empresa ainda resiste. E publica seus resultados. Com um ativo de 1,8 bilhão, sendo 1,2 bilhão em imobilizado, a empresa está autorizada a prestar serviço de comunicação multimídia e a implantar banda larga no país. Segundo suas demonstrações,
O ano de 2014 representou um marco na história da Companhia: nunca uma copa do mundo de futebol teve todos os seus jogos transmitidos a partir de uma rede de telecomunicações formada integralmente por fibras ópticas e a Telebras foi a protagonista deste feito.
Com 1,8 bilhão de ativo, a empresa gerou em 2014 uma receita de R$31 milhões. O cálculo do giro do ativo mostra que este valor da receita é pouco expressivo. O “custos dos serviços prestados” foi de R$171 milhões, indicando ser uma empresa com prejuízo. Com efeito, em 2014 a empresa teve um prejuízo de 117 milhões de reais. Este resultado é maior que o prejuízo de R$146 milhões do ano anterior.
Mas vamos olhar de perto a DMPL. Geralmente os usuários não analisam de perto esta demonstração, mas no caso da Telebrás a informação é interessante. Inicialmente a movimentação do patrimônio líquido em 2014:
(Clique na figura para ver melhor) Observe que a empresa terminou o ano com um PL praticamente igual a zero. Os prejuízos acumulados foram “usados” para reduzir o capital social integralizado, cujo saldo final é praticamente igual aos prejuízos acumulados em 31 de dezembro. Parece que a empresa fez um “grande esforço” para manter o PL positivo. (outras contas, como reserva de lucros ou outros resultados abrangentes não são expressivos).
A seguir a DMPL do período anterior. É possível notar que a empresa está absorvendo os prejuízos persistentes com seu capital.
A pergunta é se o acionista conseguirá absorver esta situação da empresa. Numa nota da empresa é informado que durante 2014 “foram aportados recursos da ordem de R$329 milhões pelo Acionista Controlador para futuras incorporações ao capital social”. Quem é este acionista? 58% das ações ordinárias são da União e 33% da Finep. Ou seja, somos nós, contribuintes, que aportamos recursos na empresa. E este volume aportado em 2014 significa menos de dois reais por pessoa.
O ano de 2014 representou um marco na história da Companhia: nunca uma copa do mundo de futebol teve todos os seus jogos transmitidos a partir de uma rede de telecomunicações formada integralmente por fibras ópticas e a Telebras foi a protagonista deste feito.
Com 1,8 bilhão de ativo, a empresa gerou em 2014 uma receita de R$31 milhões. O cálculo do giro do ativo mostra que este valor da receita é pouco expressivo. O “custos dos serviços prestados” foi de R$171 milhões, indicando ser uma empresa com prejuízo. Com efeito, em 2014 a empresa teve um prejuízo de 117 milhões de reais. Este resultado é maior que o prejuízo de R$146 milhões do ano anterior.
Mas vamos olhar de perto a DMPL. Geralmente os usuários não analisam de perto esta demonstração, mas no caso da Telebrás a informação é interessante. Inicialmente a movimentação do patrimônio líquido em 2014:
(Clique na figura para ver melhor) Observe que a empresa terminou o ano com um PL praticamente igual a zero. Os prejuízos acumulados foram “usados” para reduzir o capital social integralizado, cujo saldo final é praticamente igual aos prejuízos acumulados em 31 de dezembro. Parece que a empresa fez um “grande esforço” para manter o PL positivo. (outras contas, como reserva de lucros ou outros resultados abrangentes não são expressivos).
A seguir a DMPL do período anterior. É possível notar que a empresa está absorvendo os prejuízos persistentes com seu capital.
A pergunta é se o acionista conseguirá absorver esta situação da empresa. Numa nota da empresa é informado que durante 2014 “foram aportados recursos da ordem de R$329 milhões pelo Acionista Controlador para futuras incorporações ao capital social”. Quem é este acionista? 58% das ações ordinárias são da União e 33% da Finep. Ou seja, somos nós, contribuintes, que aportamos recursos na empresa. E este volume aportado em 2014 significa menos de dois reais por pessoa.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes
Rodrigues (prelo)
30 março 2015
Finanças pessoais Risco e características do indivíduo
Uma das medidas mais cruciais das finanças é o risco. Quando optamos por colocar o dinheiro na caderneta de poupança em lugar de comprar cotas de um fundo de investimento estamos decidindo com base no retorno e no nosso conceito de risco. Como sabemos que a caderneta de poupança deverá ter um rendimento pequeno, mas quase certo, temos que é um investimento com menor risco.
Existem medidas objetivas que podem mensurar o nível de risco dos investimentos. A partir desta informação, podemos aconselhar o investidor a fazer opção por maior ou menor risco (vide aqui, por exemplo). Mas mesmo existindo algumas dicas sobre a escolha, sabemos que algumas pessoas gostam de mais risco e outros são avessas ao risco.
As pesquisas indicam que as mulheres são mais avessas ao risco que os homens. E que os mais jovens gostam mais de risco que os idosos. Uma pesquisa recente mostrou também que a educação tem um efeito nas decisões financeiras: quanto mais tempo que a pessoa passa na escola, maior a possibilidade de investir no mercado acionário, que é um típico investimento de risco. É bem verdade que a pesquisa foi realizada na Suécia; e muito provavelmente aspectos culturais interferem nesta opção. Em alguns anos teremos mais pesquisas sobre este assunto e poderemos ter uma ideia melhor sobre quais as variáveis são relevantes para explicar o que faz uma pessoa ser avessa ou propensa a risco.
LUNDBORG, Petter. Learning to take Risks? The Effect of Education on Risk-Taking in Financial Markets. IZA Discussion Paper 8905, mar 2015.
Existem medidas objetivas que podem mensurar o nível de risco dos investimentos. A partir desta informação, podemos aconselhar o investidor a fazer opção por maior ou menor risco (vide aqui, por exemplo). Mas mesmo existindo algumas dicas sobre a escolha, sabemos que algumas pessoas gostam de mais risco e outros são avessas ao risco.
As pesquisas indicam que as mulheres são mais avessas ao risco que os homens. E que os mais jovens gostam mais de risco que os idosos. Uma pesquisa recente mostrou também que a educação tem um efeito nas decisões financeiras: quanto mais tempo que a pessoa passa na escola, maior a possibilidade de investir no mercado acionário, que é um típico investimento de risco. É bem verdade que a pesquisa foi realizada na Suécia; e muito provavelmente aspectos culturais interferem nesta opção. Em alguns anos teremos mais pesquisas sobre este assunto e poderemos ter uma ideia melhor sobre quais as variáveis são relevantes para explicar o que faz uma pessoa ser avessa ou propensa a risco.
LUNDBORG, Petter. Learning to take Risks? The Effect of Education on Risk-Taking in Financial Markets. IZA Discussion Paper 8905, mar 2015.
Economia dos Arranhas-céus
THE world is in the
middle of a skyscraper boom. Last year nearly 100 buildings over 200
metres tall were built—more than ever before. This year China’s business
capital will welcome the Shanghai Tower, which will be the world’s
second-tallest building. Saudi Arabia is building Kingdom Tower, which
will be the world’s tallest (and twice the height of One World Trade
Centre in New York, the tallest building in the Americas). Does this
frenzy of building augur badly for the world economy? Various academics
and pundits, many of them cited by The Economist, have long argued as much, but new research casts doubt on it.
In 1999 Andrew Lawrence, then of Dresdner Kleinwort Benson, an investment bank, identified what came to be known as the “skyscraper curse”.* Mr Lawrence noticed a curious correlation between the construction of the world’s tallest buildings and economic crises. The unveiling of the Singer Building and the Metropolitan Life Tower in New York, in 1908 and 1909 respectively, roughly coincided with the financial panic of 1907 and subsequent recession. The Empire State Building opened its doors in 1931, as the Great Depression was getting going (it was soon dubbed the “Empty State Building”). Malaysia’s Petronas Towers became the world’s tallest building in 1996, just before the Asian financial crisis. Dubai’s Burj Khalifa, currently the world’s tallest building, opened in 2010 in the middle of a local and global crash.
Skyscrapers can be hugely profitable, since by building upwards developers can rent out more floor space on a given plot of land. But at some point extra storeys are no longer a good deal, since marginal costs—for more lifts and extra steel to stop the building from swaying in the wind, for example—increase faster than marginal revenues (rents or sales). William Clark and John Kingston, an economist and an architect writing in 1930, found that the profit-maximising height for a skyscraper in midtown New York in the 1920s was no more than 63 storeys. (The ideal height is probably not much different today.) Record-breaking skyscrapers could therefore be seen as an indication that gung-ho investors are overestimating the probable future returns from new construction. Indeed, developers may be building record-breaking towers even though they know they are economically inefficient. There is, after all, a certain cachet to having a very tall building with your name on it. In 1998 Donald Trump, a magnate, presented a plan to build the world’s tallest residential building in New York as the righting of a historical wrong, not a shrewd business move. “I’ve always thought that New York should have the tallest building in the world,” he proclaimed. If such vanity projects can secure funding, the theory goes, financial markets must be out of control and will soon suffer a sharp correction. Mr Trump’s tower opened just as the dotcom bubble was bursting.
Historical analysis suggests that developers are prone to bouts of irrationality. In a paper from 2010, Jason Barr of Rutgers University looked at 458 skyscrapers (those at least 100 metres tall) completed in Manhattan between 1895 and 2004. The number of skyscrapers built and their average height depended in part on the growth in population and employment in office jobs. But Mr Barr’s calculations suggest that the height of towers was also shaped by those nearby, especially during economic booms. In the 1920s, Mr Barr estimates, New York builders added four to six more floors per project, just to stand out in the skyline.
Until recently, however, there had been no formal analysis of the
skyscraper curse. A new paper by Mr Barr, Bruce Mizrach and Kusum Mundra
(all of Rutgers) investigates Mr Lawrence’s musings in detail. They
look at the building of 14 world-record-breaking skyscrapers, from New
York’s Pulitzer (which opened in 1890) to the Burj Khalifa, and compare
them to American GDP growth (which they see as a decent proxy for the
world economy).
If, as the skyscraper curse suggests, the decision to build the biggest towers happens near the peak of the business cycle, then you could use record-breaking projects to predict the future path of GDP. However, the range of months between the announcement of the towers and the business-cycle peak is large, varying from zero to 45 months. And only seven of the 14 opened during a downward phase of the business cycle (see chart). In other words, you cannot accurately forecast a recession or financial panic by looking at either the announcement or the completion of the world’s tallest building.
With such a small sample, it is tricky to draw firm conclusions. But the paper expands the sample to 311 by looking at the tallest building completed each year in four countries (America, Canada, China and Hong Kong). The authors then compare building height to GDP per person. They find that in all countries GDP per person and skyscraper height are “cointegrated”, a fancy way of saying that the two things track each other. In other words, developers tend to be profit-maximisers, responding rationally to rising incomes (and thus increased demand for office space) by making buildings bigger. While ego and hubris afflict the skyscraper market, the authors argue, its foundations appear sound.
Sources:
“A nation of gamblers: real-estate speculation and American history,” by Glaeser, E., NBER working paper, 2013.
“Determining optimal building height”, by Chau, K.W., Wong, S.K., Yau, Y. and Cheung, A.K.C., in Urban Studies, 2006.
“Skyscraper height,” by Barr, J. Journal of Real Estate Finance and Economics, 2012.
“Skyscrapers and business cycles”, by Thornton, M., Quarterly Journal of Austrian Economics, 2004.
“Skyscraper height and the business cycle: separating myth from reality,” by Barr, J., Mizrach, B. and and Mundra, K., Applied Economics, 2015.
“The Skyscraper Index: Faulty Towers”, by Lawrence, A., Dresdner Kleinwort Benson research, 1999.
In 1999 Andrew Lawrence, then of Dresdner Kleinwort Benson, an investment bank, identified what came to be known as the “skyscraper curse”.* Mr Lawrence noticed a curious correlation between the construction of the world’s tallest buildings and economic crises. The unveiling of the Singer Building and the Metropolitan Life Tower in New York, in 1908 and 1909 respectively, roughly coincided with the financial panic of 1907 and subsequent recession. The Empire State Building opened its doors in 1931, as the Great Depression was getting going (it was soon dubbed the “Empty State Building”). Malaysia’s Petronas Towers became the world’s tallest building in 1996, just before the Asian financial crisis. Dubai’s Burj Khalifa, currently the world’s tallest building, opened in 2010 in the middle of a local and global crash.
Skyscrapers can be hugely profitable, since by building upwards developers can rent out more floor space on a given plot of land. But at some point extra storeys are no longer a good deal, since marginal costs—for more lifts and extra steel to stop the building from swaying in the wind, for example—increase faster than marginal revenues (rents or sales). William Clark and John Kingston, an economist and an architect writing in 1930, found that the profit-maximising height for a skyscraper in midtown New York in the 1920s was no more than 63 storeys. (The ideal height is probably not much different today.) Record-breaking skyscrapers could therefore be seen as an indication that gung-ho investors are overestimating the probable future returns from new construction. Indeed, developers may be building record-breaking towers even though they know they are economically inefficient. There is, after all, a certain cachet to having a very tall building with your name on it. In 1998 Donald Trump, a magnate, presented a plan to build the world’s tallest residential building in New York as the righting of a historical wrong, not a shrewd business move. “I’ve always thought that New York should have the tallest building in the world,” he proclaimed. If such vanity projects can secure funding, the theory goes, financial markets must be out of control and will soon suffer a sharp correction. Mr Trump’s tower opened just as the dotcom bubble was bursting.
Historical analysis suggests that developers are prone to bouts of irrationality. In a paper from 2010, Jason Barr of Rutgers University looked at 458 skyscrapers (those at least 100 metres tall) completed in Manhattan between 1895 and 2004. The number of skyscrapers built and their average height depended in part on the growth in population and employment in office jobs. But Mr Barr’s calculations suggest that the height of towers was also shaped by those nearby, especially during economic booms. In the 1920s, Mr Barr estimates, New York builders added four to six more floors per project, just to stand out in the skyline.
Phallic sample
If, as the skyscraper curse suggests, the decision to build the biggest towers happens near the peak of the business cycle, then you could use record-breaking projects to predict the future path of GDP. However, the range of months between the announcement of the towers and the business-cycle peak is large, varying from zero to 45 months. And only seven of the 14 opened during a downward phase of the business cycle (see chart). In other words, you cannot accurately forecast a recession or financial panic by looking at either the announcement or the completion of the world’s tallest building.
With such a small sample, it is tricky to draw firm conclusions. But the paper expands the sample to 311 by looking at the tallest building completed each year in four countries (America, Canada, China and Hong Kong). The authors then compare building height to GDP per person. They find that in all countries GDP per person and skyscraper height are “cointegrated”, a fancy way of saying that the two things track each other. In other words, developers tend to be profit-maximisers, responding rationally to rising incomes (and thus increased demand for office space) by making buildings bigger. While ego and hubris afflict the skyscraper market, the authors argue, its foundations appear sound.
Sources:
“A nation of gamblers: real-estate speculation and American history,” by Glaeser, E., NBER working paper, 2013.
“Determining optimal building height”, by Chau, K.W., Wong, S.K., Yau, Y. and Cheung, A.K.C., in Urban Studies, 2006.
“Skyscraper height,” by Barr, J. Journal of Real Estate Finance and Economics, 2012.
“Skyscrapers and business cycles”, by Thornton, M., Quarterly Journal of Austrian Economics, 2004.
“Skyscraper height and the business cycle: separating myth from reality,” by Barr, J., Mizrach, B. and and Mundra, K., Applied Economics, 2015.
“The Skyscraper Index: Faulty Towers”, by Lawrence, A., Dresdner Kleinwort Benson research, 1999.
Quer trabalhar?
Pra variar, olha a contabilidade aí!
Via Brasil Post.
Visto como um ano difícil para a economia, 2015 já dá sinais de que o mercado de trabalho será difícil. Tanto os dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, quanto do IBGE mostram que o desemprego avança desde janeiro.
Uma das maiores empresas globais de recrutamento especializado, Page Personnel, teve um aumento de 40% no envio de currículos por parte dos candidatos no primeiro trimestre desde ano. "É um fenômeno que não se repete desde o início de 2012. Temos recebido CVs tanto de candidatos que estão de olho em novas oportunidades como de pessoas que estão fora do mercado", explica Juliana Alvarez, gerente da Page Personnel.
[...]
Outra questão que tem se tornado senso comum nos processos de recrutamento e seleção é a falta de profissionais qualificados. De acordo com a consultora, há posições que ficam até 45 dias sem serem preenchidas pela falta de trabalhadores com perfil adequado.
Segundo Juliana, em todas as áreas há escassez de recursos, especialmente de pessoas com boas competências técnicas e comportamentais. "As empresas querem candidatos proativos, que entendam do negócio, que tenham ambição, entreguem tarefas com velocidade e que sejam muito comprometidos com a companhia."
Outro aspecto importante é o domínio do segundo idioma. "É cada vez mais difícil recrutar candidatos com fluência em outra língua. Pessoas com esse perfil são difíceis de serem encontradas”, revela.
Veja os profissionais que estão em falta no mercado:
Gerente comercial
Área: Vendas/Bens de consumo
Salário médio: R$ 8 mil
Dificuldades para contratação: falta de domínio no segundo idioma
Analista Sênior/Coordenador de Departamento Pessoal
Área: RH
Salário médio: R$ 5 mil a R$ 7 mil
Dificuldades para contratação: domínio de softwares de folhas de pagamento
Analista de Produto Júnior/Pleno
Área: Marketing
Salário médio: R$ 3,5 mil a R$ 4,5 mil
Dificuldades para contratação: domínio de conhecimento técnico do setor em que atua
Vendedor Técnico/Engenheiro de Vendas
Área: Vendas
Salário: R$ 7 mil
Dificuldades para contratação: falta de domínio em inglês
Analista de Desenvolvimento Mobile
Área: Tecnologia da Informação
Salário médio: R$ 6 a R$ 7 mil
Dificuldades para contratação: falta de profissionais com sólidos conhecimentos na área, dado que ainda são tecnologias mais recentes
Analista Fiscal
Área: Fiscal/Tributário
Salário médio: R$ 5 mil
Dificuldades para contratação: falta de domínio em uma segunda língua, principalmente o inglês
Analista Contábil
Área: Contabilidade
Salário médio: R$ 6 mil
Dificuldades para contratação: falta de domínio em uma segunda língua, principalmente o inglês
roambi.com / Via roambi.com
Via Brasil Post.
Visto como um ano difícil para a economia, 2015 já dá sinais de que o mercado de trabalho será difícil. Tanto os dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, quanto do IBGE mostram que o desemprego avança desde janeiro.
Uma das maiores empresas globais de recrutamento especializado, Page Personnel, teve um aumento de 40% no envio de currículos por parte dos candidatos no primeiro trimestre desde ano. "É um fenômeno que não se repete desde o início de 2012. Temos recebido CVs tanto de candidatos que estão de olho em novas oportunidades como de pessoas que estão fora do mercado", explica Juliana Alvarez, gerente da Page Personnel.
[...]
Outra questão que tem se tornado senso comum nos processos de recrutamento e seleção é a falta de profissionais qualificados. De acordo com a consultora, há posições que ficam até 45 dias sem serem preenchidas pela falta de trabalhadores com perfil adequado.
Segundo Juliana, em todas as áreas há escassez de recursos, especialmente de pessoas com boas competências técnicas e comportamentais. "As empresas querem candidatos proativos, que entendam do negócio, que tenham ambição, entreguem tarefas com velocidade e que sejam muito comprometidos com a companhia."
Outro aspecto importante é o domínio do segundo idioma. "É cada vez mais difícil recrutar candidatos com fluência em outra língua. Pessoas com esse perfil são difíceis de serem encontradas”, revela.
Veja os profissionais que estão em falta no mercado:
Gerente comercial
Área: Vendas/Bens de consumo
Salário médio: R$ 8 mil
Dificuldades para contratação: falta de domínio no segundo idioma
Analista Sênior/Coordenador de Departamento Pessoal
Área: RH
Salário médio: R$ 5 mil a R$ 7 mil
Dificuldades para contratação: domínio de softwares de folhas de pagamento
Analista de Produto Júnior/Pleno
Área: Marketing
Salário médio: R$ 3,5 mil a R$ 4,5 mil
Dificuldades para contratação: domínio de conhecimento técnico do setor em que atua
Vendedor Técnico/Engenheiro de Vendas
Área: Vendas
Salário: R$ 7 mil
Dificuldades para contratação: falta de domínio em inglês
Analista de Desenvolvimento Mobile
Área: Tecnologia da Informação
Salário médio: R$ 6 a R$ 7 mil
Dificuldades para contratação: falta de profissionais com sólidos conhecimentos na área, dado que ainda são tecnologias mais recentes
Analista Fiscal
Área: Fiscal/Tributário
Salário médio: R$ 5 mil
Dificuldades para contratação: falta de domínio em uma segunda língua, principalmente o inglês
Analista Contábil
Área: Contabilidade
Salário médio: R$ 6 mil
Dificuldades para contratação: falta de domínio em uma segunda língua, principalmente o inglês
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