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26 março 2015

Curso de Contabilidade Básica: Numeração de notas explicativas

Quem já olhou uma demonstração contábil de uma empresa deve ter visto a seguinte frase: “as notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras individuais”. E geralmente estas notas representam grande parte destas demonstrações. Em geral as empresas numeram estas notas explicativas da seguinte forma: as primeiras notas (duas ou três primeiras) são de caráter geral e apresentam a empresa, indicam algumas características gerais da sua elaboração e principais práticas contábeis; a seguir as notas fazem vínculo com a ordem do balanço patrimonial, seguido da demonstração do resultado.

Observe, a seguir, o balanço patrimonial da CarePlus http://www.valor.com.br/sites/default/files/upload_element/24-03_care_plus_balanco_dupla_c_asura.pdf
As três primeiras notas são de caráter geral. A seguir apresenta-se uma nota sobre as aplicações financeiras (nota 4), a contraprestação pecuniária a receber (nota 5), bens e títulos a receber (nota 6) e imobilizado (nota 7). Veja que está seguindo a ordem do ativo do balanço patrimonial.

Mas nem sempre esta ordem acontece. A nota 8 é sobre “Prêmios e emolumentos recebidos”, que por sua vez está inserido dentro da nota 12. Ou seja, a empresa confundiu um pouco o leitor.


P.S. A Editora Atlas está encaminhando o original e o relatório de dúvidas. Estamos aguardando que a edição fique pronta logo. 

Fraude na CSN

É muito raro um caso de fraude dentro de uma empresa. Não que as empresas privadas sejam bem gerenciadas ou que possuam só funcionários honestos. Mas a divulgação de casos de fraudes compromete a imagem da empresa e é um atestado de falha nos controles internos.

A imprensa divulgou que uma das maiores empresas brasileiras, a CSN, sofreu um caso de fraude (Fraude na CSN chega a R$3 milhões, Ivo Ribeiro, Valor Econômico http://www.valor.com.br/empresas/3973830/fraude-na-csn-chega-r-3-milhoes , 25 de março de 2015). Os problemas ocorreram no departamento de compras de materiais, mais especificamente material de escritório e pequenos equipamentos. E alguns dos contratos envolvidos começaram em 1999. A apuração indica que as compras envolvidas foram de R$100 milhões.

A fraude ocorria da seguinte forma: alguns funcionários informavam as propostas recebidas de compras de materiais, o que facilitava as empresas concorrentes e corruptoras. Pela informação, recebiam uma comissão.

Realmente, se o esquema ocorria desde 1999 o sistema de controle interno falhou. Medidas simples como rodízio de funcionários, verificação de sinais exteriores de riqueza, auditoria por amostragem nos contratos, entre outras, poderiam ter alertado a empresa.

Conta de Luz

Neste momento que o governo tenta fazer com que as pessoas economizem água e energia, um exemplo de Cingapura.



A conta mostra o consumo nos últimos meses, mas também um comparativo interessante:

O consumo pessoal, dos vizinhos e nacional. Uma solução que lembra os conselhos de Nudge

Metodologia na Petrobrás

A imprensa anunciou ontem que a reunião do Conselho de Administração da empresa Petrobras irá escutar  da Diretoria Executiva os trabalhos que estão sendo realizados e os métodos empregados no balanço do terceiro e quarto trimestre. Mas as fontes indicaram que o balanço não será finalizado. E que a reunião não terá decisões definitivas.

O Conselho de Administração da empresa ainda está constituído dos mesmos membros há anos. Ocorreram algumas pequenas alterações na composição, mas isto não muda o perfil de baixa qualidade do entendimento dos assuntos contábeis, que é uma característica da maioria dos membros do conselho.

Assim, se houver decisão, ela será induzida pela Diretoria Executiva e sofrerá questionamento pelo representante dos minoritários e talvez do empregados.

Links

Jogador de futebol americano publica um artigo num periódico científico de matemática computacional. (Aqui também)

Jogadores usam equipamentos nos jogos de xadrez para trapacear

Consumidor irá pagar pelo erro no edital

Otimistas por natureza

The Economist: Sobre cartões de visita

25 março 2015

Rir é o melhor remédio




Fonte: Aqui

Mudança no mercado de auditoria

Observando o mercado de empresas de auditoria, parece que desde sempre tivemos as Big Four. Nada mais enganoso. A seguir a lista de algumas empresas e das 15 maiores, somente dois continuam a existir na sua forma original.

No. 1: Coopers & Lybrand juntou-se com Price Waterhouse (então No. 7) em 1998 para criar a PricewaterhouseCoopers;

No. 2: Touche Ross & Co. foi adquirida em 1989 pela Deloitte Haskins & Sells (então No. 8) para formar a Deloitte & Touche, agora Deloitte;

No. 3: Arthur Andersen & Co. faliu em 2001

No. 4: Arthur Young & Co. juntou-se com a Ernst & Whinney (No. 6) em 1989 para formar a Ernst & Young, hoje EY;

No. 5: Plante & Moran, manteve-se a mesma empresa

No. 9: Peat, Marwick, Mitchell and Co. é agora a KPMG depois da fusão com a Klynveld Main Goerdeler em 1987;

No. 10: Alexander Grant & Co. juntou-se com outras 49 empresas, incluindo a empresa britânica Thornton Baker, em 1980 para formar a Grant Thornton International. Mudou de nome para Grant Thornton em 1986;

No. 11: Seidman & Seidman tornou-se BDO Seidman depois de uma série de expansões.