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19 fevereiro 2015

Rir é o melhor remédio

Relembrando uma postagem antiga, num momento de pouco tempo. Mas rir é o melhor remédio.

Reconhecimento da receita

Segundo o Compliance Week, os dois principais reguladores estão planejando reabrir a norma comum sobre reconhecimento da receita para alguns aspectos específicos referente a implementação. O grupo de transição possui 40 questões que os preparadores da informação contábil tiveram nos últimos meses. A regra deveria entrar em vigor em 2017, mas em decorrência da comparabilidade, que exigiria três anos de histórico, as empresas já estão tentando utilizá-las. Isto significa que não está fora de questão a possibilidade de postergar o início da vigência.

Grécia e Regime de Caixa

O resolução da crise grega passa pela reforma da contabilidade pública, afirmou Jacob Soll, professor da University of Southern California. Segundo Soll, um estado moderno passa por um moderno sistema contábil, o que não é o caso da Grécia. Lá não existiria uma cultura contábil, que inclui transparência e utilização das normas internacionais de contabilidade pública (IPSAS). Isto significa usar o caixa como base contábil, o que "essencialmente significa nada".

18 fevereiro 2015

Rir é o melhor remédio

A Wal Mart do México busca lucro a qualquer custo. A loja de Playa del Carmen vende bong:

Resenha: Dinheiro Feliz

No universo literário há um bocado de livros de finanças pessoais. A maioria é muito ruim e não podem ser recomendados, pois são mais livros de autoajuda, sem nenhuma base científica. Este não é o caso de Dinheiro Feliz por três razões. Em primeiro lugar, esta pequena obra de duzentas páginas está focada na despesa pessoal. É uma boa premissa, já que a maioria das pessoas não consegue aumentar substancialmente sua receita. Em segundo lugar, as afirmações feitas no livro estão sustentadas por diversas pesquisas acadêmicas, citadas no final. Finalmente, o livro foi escrito por dois pesquisadores de instituições conhecidas, Elizabeth Dunn e Michael Norton.

Da mesma forma que nos livros tradicionais de autoajuda, a obra baseia-se em poucos princípios, repetidos a exaustão. Neste caso são cinco os princípios, para o qual os autores escrevem capítulo específico. A premissa do livro é mostrar para as pessoas como gastar o dinheiro para que você seja mais feliz.

O primeiro princípio é “Compre Experiências”. Embora as pesquisas indiquem que a maioria das pessoas sonhe com a casa própria, este tipo de compra não gera felicidade. O melhor e comprar experiências que podem trazer um prazer maior. É o caso de uma viagem especial ou para um local distante. O segundo princípio é “faça disso uma diversão”. Em lugar de negar radicalmente uma experiência, como deixar de tomar café, faça com que o copo de cappuccino seja um acontecimento especial, em lugar de ser uma rotina diária. A seguir, “compre tempo”. Em lugar de perder duas horas no trânsito, pense em usar o dinheiro para morar mais perto do trabalho. O quarto princípio é “pague agora, consuma depois”. Ao inverter o princípio geral da nossa sociedade – de consumir agora e pagar depois – as pessoas podem adquirir mais felicidade e gastar menos. O maior prazer das férias ocorre antes, quando sonhamos com o sossego da fazenda. O último princípio é “invista em outros”.

Quando estava relendo este livro, eu lembrava as diversas situações onde os princípios do livro se aplicaram na vida pessoal. A obra é muito prática e os princípios são poucos, mas suficientes para que as pessoas possam ter uma relação melhor com o dinheiro.

Vale a pena? Se tivesse que indicar um livro de finanças pessoais, esta seria a obra que indicaria. Então, a resposta é sim.

DUNN, Elizabeth; NORTON, Michael. Dinheiro Feliz. São Paulo: JSN, 2014.

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Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

17 fevereiro 2015

Rir é o melhor remédio

Mais uma do Photoshop Disasters

História da Contabilidade Caixa de Soccorros de D. Pedro V

Já mostramos em postagem anterior que talvez a primeira evidenciação contábil no Brasil ocorreu numa entidade do terceiro setor: o Theatro de S João. No final do século XIX outra entidade do terceiro setor destacou-se pela qualidade, para época, da divulgação das suas contas. Trata-se da Caixa de Soccorros de D. Pedro V.

Fundada em 1863 por portugueses e seus descendentes que residiam no Brasil, esta associação recebe a denominação de Real e Benemérita Sociedade Portuguesa Caixa de Socorros D. Pedro V em razão de um decreto de 1897 e de outro, assinado pelo rei D. Carlos de Portugal, em 1902 http://associacoescariocas.ica-atom.org/vJ86;isaar . O mais impressionante é que esta entidade ainda existe nos dias atuais, estando situada na Rua Marechal Floriano 185.

Em termos contábeis nos interessa o seu Relatório e Contas impresso no Rio de Janeiro, na tipografia do Jornal do Commercio, referente ao ano de 1896. Um exemplar ainda existe na Biblioteca Nacional de Portugal para consulta. Com 82 páginas, o relato inclui não somente uma prestação de contas razoavelmente pormenorizada como também um histórico da entidade. Consta do impresso, por exemplo, o histórico das receitas e de despesas desde sua fundação até o ano da publicação do relatório. Ou seja, 32 anos.

Deste extenso relatório selecionei dois pequenos trechos para o leitor. O primeiro ocorre na página 58, num determinado trecho do parecer do conselho fiscal que estava examinando as contas da entidade. Comentando sobre o patrimônio da entidade, o parecer afirma que o valor do imóvel tem um valor muito maior do que aquele registrado no balanço da empresa, em razão da valorização do patrimônio:


O segundo trecho é outro texto onde se mostra o panorama geral da entidade. Na página 70 do documento comenta-se que a entidade conseguiu obter matrículas gratuitas numa escola durante anos por parte de um conselheiro. E que estas matrículas, pelo valor da tabela do estabelecimento, apresentava um valor substancial: