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07 janeiro 2015

Cartoon

Cartoon politicamente correto do New Yorker. Aqui declaração de Aragão sobre o tema.

Rir é o melhor remédio

Os principais erros do Photoshop Disasters:








Resenha: Saber vender é da natureza humana

Uma vez li uma lista de livros interessantes da área de economia comportamental. Entre os vários livros, lá estava este. Com a lista na mão, resolvi adquirir algumas das indicações. E com isto esta obra de nome estranho chegou à minha casa.

A ideia do livro é que todo mundo é um vendedor. E para isto é preciso aprender as técnicas dos vendedores. O autor, Daniel Pink, sai à procura dos melhores vendedores, dos especialistas, para mostrar como devemos agir na nossa vida diária. Simples.

Mas acho que já estou farto dos livros de divulgação científica. Achei o livro com muita informação nas suas 250 páginas, principalmente com muitos casos. Um após o outro, muitos deles sem um fechamento adequado. A orelha diz que o autor vende milhões de exemplares, traduzidos para mais de 33 idiomas.

Vale a pena: A capa final tem elogios do Financial Times, Forbes, US News, USA Today e Wall Street Journal. Mas este humilde blogueiro afirma: não vale a pena. O tempo que você utiliza para obter uma ou outra dica interessante poderia dedicar-se a leituras mais interessantes.

PINK, Daniel. Saber vender é da Natureza Humana. Leya, 2013.

Produção científica e lixo acadêmico no Brasil

Dois artigos publicados recentemente pela revista britânica "Nature", especializada em ciência, deixam o Brasil e, em especial, a comunidade acadêmica brasileira, profundamente envergonhados.

A "Nature" nos acusa, em primeiro lugar, de produzir mais lixo do que conhecimento em ciência. Nas revistas mais severas quanto à qualidade de ciência, selecionadas como de excelência pelo periódico, cientistas brasileiros preenchem apenas 1% das publicações.

 Quando se incluem revistas menos qualificadas, porém, ainda incluídas dentre as indexadas, o Brasil se responsabiliza por 2,5%. O que a "Nature" generosamente omite são as publicações em revistas não indexadas, que contêm número significativo de publicações brasileiras, um verdadeiro lixo acadêmico.

O segundo golpe humilhante para a ciência brasileira exposto pela revista se refere à eficiência no uso de recursos aplicados à pesquisa. Dentre 53 países analisados, o Brasil está em 50º lugar. Melhor apenas que Egito, Turquia e Malásia.

Tomemos um exemplo. O Brasil publicou 670 artigos em revistas de grande prestígio, enquanto no mesmo período o Chile publicou 717, nessas mesmas revistas. O dado profundamente inquietante é que enquanto o Brasil despendeu em ciência US$ 30 bilhões, o Chile gastou apenas US$ 2 bilhões.

Quer dizer, o Chile, que aliás não está entre os primeiros em eficiência no mundo científico, é 15 vezes mais eficiente que o Brasil. Alguma coisa está errada, profundamente errada. A academia brasileira, isto é, universidades e institutos de pesquisas produzem mais pesquisa de baixa do que de boa qualidade e as produz a custos muito elevados. Há certamente causas, talvez muitas, para essa inadequação.

A primeira decorre de um "distributivismo" demagógico. É evidente que seria desejável que novos centros de pesquisas se desenvolvessem em regiões ainda não desenvolvidas do país. Mas é um erro crasso esperar que uma atividade de pesquisas qualquer venha a desenvolver economicamente uma região sem cultura adequada para conviver com essa pesquisa.

Seria desejável que investimentos maciços fossem aplicados em pesquisas em instituições localizadas em regiões pouco desenvolvidas, mas cujo meio ambiente é capaz de absorver os benefícios dessa inserção.

O segundo mal que é causa inquestionável da diminuta e dispendiosa produção de conhecimento é o obsoleto regime de trabalho que regula a mão de obra do setor de pesquisas em universidades públicas e na maioria dos institutos.

O pesquisador faz um concurso --frequentemente falsificado-- no começo de sua carreira. Torna-se vitalício. Quase sempre não precisa trabalhar para ter aumento de salário e galgar postos em sua carreira. Ora, qual seria, então, a motivação para fazer pesquisas?

O terceiro problema é o sistema de gestão de universidades públicas e instituições de pesquisa, cuja burocracia soterra qualquer iniciativa dos poucos bem-intencionados professores e pesquisadores que ainda não esmoreceram.

Pois bem. Há uma fórmula que evita todos esses males e que já foi experimentada com sucesso em algumas das instituições científicas do Brasil: a organização social. A resistência dos medíocres e parasitas e a falta de coragem política de algumas de nossas autoridades impedem a solução desse problema.


ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha

Salário dos professores

Alexandre Alcantâra manda um texto polêmico sobre a questão salarial dos professores universitários. A ideia básica do texto é que não deveria existir teto salarial para os professores:

Para Phil Baty, editor do ranking mundial de universidades divulgado pela publicação britânica Times Higher Education (THE), a determinação de um teto salarial para docentes e pesquisadores é contraproducente, pois afasta talentos.


No passado tentou-se fazer isto nas universidades federais, através de uma gratificação denominada GED. Você obtinha a gratificação se atingisse um número de pontos. O problema no Brasil é que querem um professor "canivete suíço": deve fazer pesquisa, publicar, fazer atividade de extensão, trazer recursos para universidade, orientar alunos de graduação, de iniciação científica, mestrado e doutorado e ... dar aulas. (Além da atividade administrativa)

Ao contrário do que acontece no Brasil, onde as remunerações sobem conforme aumenta o período de vínculo do professor ou funcionário administrativo com a instituição, nas universidades de ponta a definição salarial é baseada na produtividade.

"Rigor" de revistas científicas

Jailton Fernandes (grato) manda um link do Gizmodo sobre a qualidade de algumas publicações científicas. Estes periódicos publicam tudo, desde que você pague uma taxa. Num dos casos narrados um engenheiro 'criou' uma pesquisa com termos aleatórios e a mesma foi aceita. Os autores eram Margaret Simpson, Kim Jong Fun e Edna Krabappel, professora do personagem Bart Simpson.

Outro caso é um estudo sobre tratamento de câncer, solo e Marte, que foi aceito por 8 de 18 revistas online.

Nem mesmo as revistas respeitáveis estão livres de problemas. Este ano, as editoras Springer e IEEE removeram mais de 120 artigos após descobrirem que cada um deles era jargão gerado automaticamente por computador.

Listas: Os jogadores mais valiosos

1. Messi - 220 milhões de euros
2. Cristiano Ronaldo - 133
3. Hazard - 99
4. Diego Costa - 84
5. Paul Pogba - 72
6. Aguero - 65
7. Sterling - 63
8. Fabregas - 62
9. Sanchez - 61
10. Bale - 60

Fonte: Aqui