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29 outubro 2014

Rir é o melhor remédio

Capas de álbuns (as piores)








Resenha: Você não é tão esperto quanto pensa

Quando você demora muito para ler um livro existem duas possíveis explicações. A primeira e mais óbvia é que este livro é pouco interessante e realmente não prende a atenção. A segunda razão é que a obra gera tantas reflexões que você sente a necessidade de parar para ganhar fôlego, antes de continuar. O livro “Você não é tão esperto quanto pensa”, de David Mcraney, enquadra-se no segundo caso. É um livro muito bom e com uma estrutura bastante agradável. Nas suas duzentas e poucas páginas, Mcraney apresenta 48 maneiras de se autoiludir.

Adquiri o exemplar do livro durante as férias de julho, ao encontrar por acaso com a obra na livraria do aeroporto. E somente agora terminei a leitura. Em cada um dos 48 capítulos, o autor apresenta o equívoco, logo a seguir a verdade e depois uma explicação, baseada em pesquisas científicas, para o engano. Veja por exemplo a falácia do mundo justo (capítulo 18). O equívoco é imaginar que as pessoas que estão perdendo no jogo da vida devem ter feito algo para merecer. A verdade é que as pessoas com sorte geralmente não fazem nada para merecê-la e as pessoas más geralmente se safam sem sofrer as consequências. Nós fingimos que o mundo é justo.

Mcraney não dá esperança: o mundo é injusto. Corruptos irão morrer nas suas mansões sem pagar pelos seus crimes, políticos sem escrúpulos continuaram sendo eleitos e reeleitos, aquele motorista que ocupa a vaga do deficiente não será multado e assim por diante. Você é um tolo em acreditar na justiça do mundo, afirma o autor.

Vale a pena? Muito. É um dos melhores livros que já li na área comportamental. Leitura fácil, com capítulos curtos, o texto é atraente para aqueles que buscam um livro para ler aos poucos. É bem verdade que em algumas partes fica a sensação de “já li isto antes”. Mas isto é decorrente a área que está sendo expandida com novas pesquisas e discussões.

 MCRANEY, David. Você não é tão esperto quanto pensa. Leya, 2012.

Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

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Felicidade

Ao contrário dos pensamentos, as emoções não vivem inteiramente na mente; elas também estão associados com as sensações corporais.

Graças a um novo estudo, pela primeira vez temos um mapa das ligações entre emoções e sensações corporais. 



Pesquisadores finlandeses induziram emoções diferentes em 701 participantes e, em seguida, coloriram num mapa do corpo onde eles sentiram aumento ou diminuição da atividade.

Abaixo estão os mapas do corpo para seis emoções básicas.
 


O amarelo indica o nível mais elevado de atividade, seguido do vermelho. O preto é neutro, enquanto o azul e azul claro indicam baixa e muito baixa atividade, respectivamente. 


É fascinante que a felicidade é a emoção que enche todo o corpo com atividade, incluindo as pernas, talvez indicando que pessoas felizes se sentem prontas para entrar em ação.


Adaptado daqui

Erros...

A Petrobras contratou (1) duas empresas independentes (2) especializadas em investigação (3) para apurar as denúncias feitas pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. Conforme apurou o Valor (4), tratam-se de dois escritórios de advocacia (5) - o brasileiro Trech, Rossi e Watanabe (6) e o americano Gibson, Dun e Crutcher. O objetivo é "apurar a natureza, extensão e impacto das ações que porventura (7) tenham sido cometidas". (8)

(1) a notícia foi divulgada ontem. Somente ontem, meses após as denúncias, é que a Petrobras fez o contrato.
(2) a independência de uma empresa pode ser questionável diante do porte das empresas contratadas.
(3) não são especializadas em investigação. A página da Gibson na Wikipedia informa que a empresa é especializada em litígio. O que é muito diferente de investigação. Para investigar teriam que contratar empresas como a Kroll ou uma das Big Four. Por sinal, enquanto a Gibson possui uma receita de 1 bilhão, a EY, por exemplo, possui receita de 30 bilhões de dólares. Obviamente que a EY tem muito mais condições de ser "independente" que a Wikipedia.
(4) é uma ironia? Após saber da notícia da contratação, o jornal Valor Econômico foi apurar: afinal quem eram estas empresas? Certamente se fosse a Kroll ou a EY, por exemplo, isto não seria necessário.
(5) você, caro leitor, contrataria um escritório de advocacia para fazer uma investigação?
(6) conforme a Wikipedia, a Gibson possui representação em São Paulo. Então qual o motivo de contratar um escritório brasileiro?
(7) o funcionário diz que enriqueceu ilicitamente, mostrou a conta em banco no exterior e ainda existe dúvida? Quem escreveu este texto foi a Velhinha de Taubaté?
(8) e os mecanismos de controle interno? E a auditoria externa? E os conselhos?

Matemática do Cupido

Sobre um livro que utiliza dados do sítio OK Cupid:

(...) Alguns dos "insights" de Rudder são perturbadores. Ele pode dizer, por exemplo, que, embora 84% dos usuários do OKCupid consultados em uma pesquisa tenham afirmado que o racismo é um obstáculo a qualquer relacionamento, os homens consideram as mulheres de sua própria raça mais atraentes e, com exceção dos homens negros, acham as mulheres negras pouco atraentes. No OKCupid, em que os usuários dão notas uns aos outros em um sistema que vai de uma a cinco estrelas, "ser negro basicamente custa a você cerca de três quartos de uma estrela em sua avaliação", escreve Rudder.

Rudder também é um investidor no Shiftgig, um site de busca de empregos para serviços temporários, e assim tem acesso aos seus dados, "as ações fragmentadas de milhões [de pessoas]". Esses números o ajudam a confirmar as teorias dos cientistas sociais sobre as vantagens que as pessoas atraentes têm. Quanto mais bonita a mulher, no perfil que leva ao Shiftgig, mais solicitações de entrevistas ela recebe, mesmo quando a pessoa que está procurando candidatos no site é também uma mulher. De volta ao OKCupid, talvez não seja nenhuma surpresa o fato de os homens de praticamente todas as idades preferirem mulheres na casa dos 20 e poucos anos.

(...) Pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Microsoft Research descobriram, em um estudo de 2012, que, ao analisar "curtidas" voluntárias no Facebook, podiam determinar com grande precisão a raça, o sexo e a filiação partidária das pessoas. E o mais surpreendente: podiam determinar com 60% de precisão se os pais de um usuário se divorciaram quando ele era criança. Esta é uma informação que os usuários do Facebook podem nem ter a ideia de que estão transmitindo.



Financial Times, via Valor Econômico

Gráfico

Causas de morte na Roma Antiga


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Fonte: Aqui