(...) Mas o fato de esses bilhões irem para lá e para cá com base na movimentação de uma pessoa é mais bem explicado pelo marketing e pela simples autoilusão.
A lógica operacional que está por trás de boa parte disso parece se assemelhar à velha teoria da história do Grande Homem, que atribui a determinados indivíduos excepcionais capacidades fora do comum de moldar os acontecimentos. Trata-se de uma visão de mundo sedutora, que nos reveste da falsa convicção de que nós também podemos nos proteger dos acontecimentos se escolhermos o líder certo, ou, nesse caso, o gestor de fundos de bônus certo.
(...) Depender de um único cara não é o caminho para poupar para o futuro, e diz coisas perturbadoras sobre a maneira pela qual alocamos capital. Ser um Grande Homem é, no entanto, uma grande proeza, para quem consegue realizá-la.
James Saft, O caso Bill Gross e a teoria de investimentos do Grande Homem, Reuters, via Valor Econômico
Isto não é exclusivo da área financeira. Também se aplica a esportes, artes, etc.
10 outubro 2014
Equação contábil
Um trecho do Valor Econômico traz uma aplicação interessante da equação contábil, na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo:
Hoje, a dívida chega a R$450 milhões, sendo que há cinco anos era de R$146 milhões. Com isso, o patrimônio líquido da Santa Casa caiu de R$220,3 milhões caiu [sic] para R$323 mil em 2013.
Hoje, a dívida chega a R$450 milhões, sendo que há cinco anos era de R$146 milhões. Com isso, o patrimônio líquido da Santa Casa caiu de R$220,3 milhões caiu [sic] para R$323 mil em 2013.
Capital
O conceito de capital é crucial no setor bancário. Johnson faz uma discussão interessante sobre o conceito e as confusões geradas pelo mesmo.
Capital, nesse contexto, é simplesmente sinônimo de "equity" (patrimônio líquido), e fica do lado do passivo no balanço de um banco (ou de uma pessoa). Diz respeito a como um banco (ou outra empresa) financia suas atividades, não a como ele usa os recursos de que dispõe.
A exigência de mais capital significa, em essência, maior aporte de recursos pelos acionistas e - portanto, sob qualquer definição sensata - relativamente menos endividamento para um determinado tamanho de balanço. Essa é uma política atraente e sensata, porque os bancos de presença mundial têm, atualmente, margens de patrimônio líquido relativamente pequeníssimas embasando suas operações.
As melhores mensurações de capital bancário comparáveis são as encontradas no Global Capital Index produzido por Thomas Hoenig, vice-presidente da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC). Hoenig examina o montante de patrimônio líquido dos bancos em termos de sua medida mais simples e mais transparente (também conhecida como alavancagem). Seis anos após a maior crise financeira mundial, o patrimônio líquido de nossos megabancos é não superior a 5% de seus balanços. (Na realidade, alguns bancos não têm muito mais do que 3% de capital próprio.) Isso significa que 95% de suas operações são financiadas por endividamento - e, portanto, que bastaria um pequeno choque negativo para levá-los à insolvência.
Capital, nesse contexto, é simplesmente sinônimo de "equity" (patrimônio líquido), e fica do lado do passivo no balanço de um banco (ou de uma pessoa). Diz respeito a como um banco (ou outra empresa) financia suas atividades, não a como ele usa os recursos de que dispõe.
A exigência de mais capital significa, em essência, maior aporte de recursos pelos acionistas e - portanto, sob qualquer definição sensata - relativamente menos endividamento para um determinado tamanho de balanço. Essa é uma política atraente e sensata, porque os bancos de presença mundial têm, atualmente, margens de patrimônio líquido relativamente pequeníssimas embasando suas operações.
As melhores mensurações de capital bancário comparáveis são as encontradas no Global Capital Index produzido por Thomas Hoenig, vice-presidente da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC). Hoenig examina o montante de patrimônio líquido dos bancos em termos de sua medida mais simples e mais transparente (também conhecida como alavancagem). Seis anos após a maior crise financeira mundial, o patrimônio líquido de nossos megabancos é não superior a 5% de seus balanços. (Na realidade, alguns bancos não têm muito mais do que 3% de capital próprio.) Isso significa que 95% de suas operações são financiadas por endividamento - e, portanto, que bastaria um pequeno choque negativo para levá-los à insolvência.
Executivos e balanços
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) criou uma força-tarefa para garantir o cumprimento da regulação e monitorar as suspeitas de uso de informações privilegiadas. Uma das iniciativas é acompanhar 100% das negociações realizadas pelos administradores de companhias abertas nos 15 dias que antecedem a divulgação de seus balanços financeiros. Como estão mais próximos da tomada de decisão das empresas, executivos e conselheiros são considerados potenciais infratores. As regras da CVM proíbem que eles negociem papéis das companhias na véspera da publicação de informações financeiras - a regra passou a valer neste primeiro trimestre, disse ontem o presidente do órgão, Leonardo Pereira, durante evento no Rio.
Pereira explicou que a força-tarefa será responsável também por pesquisar novas tecnologias e métodos de investigação, além de estudar como a CVM pode se organizar para punir as irregularidades de forma eficaz. (...) A partir de 2016, a meta é que os julgamentos ocorram em até dois anos.
Fonte: O Estado de S Paulo
Pereira explicou que a força-tarefa será responsável também por pesquisar novas tecnologias e métodos de investigação, além de estudar como a CVM pode se organizar para punir as irregularidades de forma eficaz. (...) A partir de 2016, a meta é que os julgamentos ocorram em até dois anos.
Fonte: O Estado de S Paulo
Para entender o brasileiro
What Brazilians say: Yes (Sim)
What foreigners hear: Yes
What Brazilians mean: Anything from yes through perhaps to no
What Brazilians say: Perhaps (Talvez)
What foreigners hear: Perhaps
What Brazilians mean: No
What Brazilians say: No (Não)
What foreigners hear (on the very rare occasion a Brazilian says it): No
What Brazilians mean: Absolutely never, not in a million years, this is the craziest thing I've ever been asked
What Brazilians say: I'm nearly there (Tô chegando)
What foreigners hear: He's nearly here
What Brazilians mean: I've set out
What Brazilians say: I'll be there in ten minutes (Vou chegar em dez minutinhos)
What foreigners hear: He'll be here soon
What Brazilians mean: Some time in the next half-hour I'll get up off the sofa and start looking for my car keys
What Brazilians say: I'll show up later (Vou aparecer mais tarde)
What foreigners hear: He'll be here later
What Brazilians mean: I won't be coming
What Brazilians say: Let's stay in touch, ok? (A gente se vê, vamos combinar, ta?)
What foreigners hear: He'd like to stay in touch (though, puzzlingly, we don't seem to have swapped contact details)
What Brazilians mean: No more than a Briton means by: "Nice weather, isn't it?"
What Brazilians say: I'm going to tell you something/ Let me tell you something/ It's the following/ Just look and you'll see (Vou te falar uma coisa/ Deixa te falar uma coisa/ É o seguinte/ Olha só pra você ver)
What foreigners hear (especially after many repetitions): He thinks I'm totally inattentive or perhaps mentally deficient
What Brazilians mean: Ahem (it's just a verbal throat-clear)
What Brazilians say: A hug! A kiss! (Um abraço! Um beijo!)
What foreigners hear: I've clearly made quite an impression—we've just met but he/she really likes me!
Waht Brazilians mean: Take care, cheers, bye
What Brazilians say: You speak Portuguese really, really well! (Você fala português super-bem!)
What foreigners hear: How great! My grammar and accent must be coming on a lot better than I thought
What Brazilians mean: How great! A foreigner is trying to learn Portuguese! Admittedly, the grammar and accent are so awful I can barely understand a word... but anyway! A foreigner is trying to learn Portuguese!
Fonte: The Economist
What foreigners hear: Yes
What Brazilians mean: Anything from yes through perhaps to no
What Brazilians say: Perhaps (Talvez)
What foreigners hear: Perhaps
What Brazilians mean: No
What Brazilians say: No (Não)
What foreigners hear (on the very rare occasion a Brazilian says it): No
What Brazilians mean: Absolutely never, not in a million years, this is the craziest thing I've ever been asked
What Brazilians say: I'm nearly there (Tô chegando)
What foreigners hear: He's nearly here
What Brazilians mean: I've set out
What Brazilians say: I'll be there in ten minutes (Vou chegar em dez minutinhos)
What foreigners hear: He'll be here soon
What Brazilians mean: Some time in the next half-hour I'll get up off the sofa and start looking for my car keys
What Brazilians say: I'll show up later (Vou aparecer mais tarde)
What foreigners hear: He'll be here later
What Brazilians mean: I won't be coming
What Brazilians say: Let's stay in touch, ok? (A gente se vê, vamos combinar, ta?)
What foreigners hear: He'd like to stay in touch (though, puzzlingly, we don't seem to have swapped contact details)
What Brazilians mean: No more than a Briton means by: "Nice weather, isn't it?"
What Brazilians say: I'm going to tell you something/ Let me tell you something/ It's the following/ Just look and you'll see (Vou te falar uma coisa/ Deixa te falar uma coisa/ É o seguinte/ Olha só pra você ver)
What foreigners hear (especially after many repetitions): He thinks I'm totally inattentive or perhaps mentally deficient
What Brazilians mean: Ahem (it's just a verbal throat-clear)
What Brazilians say: A hug! A kiss! (Um abraço! Um beijo!)
What foreigners hear: I've clearly made quite an impression—we've just met but he/she really likes me!
Waht Brazilians mean: Take care, cheers, bye
What Brazilians say: You speak Portuguese really, really well! (Você fala português super-bem!)
What foreigners hear: How great! My grammar and accent must be coming on a lot better than I thought
What Brazilians mean: How great! A foreigner is trying to learn Portuguese! Admittedly, the grammar and accent are so awful I can barely understand a word... but anyway! A foreigner is trying to learn Portuguese!
Fonte: The Economist
09 outubro 2014
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