09 setembro 2014
Curso de Contabilidade Básica: Câmbio
O Brasil é uma das economias do mundo com menor contato com
o exterior. O volume das exportações e importações corresponde somente uma
pequena parcela da nossa economia. Mas existem algumas empresas onde as
transações com o exterior é bastante expressiva. Neste tipo de empresa, o
comportamento da taxa de câmbio é um elemento crucial. Como a variação do
câmbio é, até certo ponto, imprevisível, o usuário das demonstrações contábeis
deve ter o cuidado de levar isto em consideração. Quando ocorrer uma grande
movimentação no câmbio, estas empresas poderão ter grandes perdas ou ganhos. É
bem verdade que algumas empresas tomam cuidado para evitar este tipo de risco,
fazendo operações financeiras de proteção.
Vamos olhar o caso da Fibria,
a maior empresa de produção de celulose do mundo. A empresa possui ativos em
moeda estrangeira, principalmente disponíveis e contas a receber dos clientes.
No passivo, os valores em moeda estrangeira está centrado principalmente em
empréstimos e financiamentos. Na demonstração do segundo trimestre de 2014 a
empresa possuía 1,3 bilhão de ativo e 6,3 bilhões em passivos. Se o real sofrer
uma desvalorização em relação a outras moedas, a empresa terá aumento com seus
ativos e um aumento também nos seus passivos, em reais. Em outras palavras, a
desvalorização será boa para o ativo e ruim para o passivo. Se o valor do
passivo for maior que o ativo em moeda estrangeira, o efeito líquido será ruim.
No caso da Fibria, se ocorrer uma desvalorização do real, a
empresa terá um efeito ruim, já que a “exposição passiva” é negativa, ou seja,
o passivo é maior que o ativo. Mas aqui um cuidado: a exposição do ativo poderá
ser diferente daquela do passivo, se as moedas usadas forem diferentes.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Brasileiro: 'analfabeto' científico?
Brasileiro: 'analfabeto' científico?
Novo índice mostra que a ciência influencia a forma de ver o mundo e de lidar com situações complexas de apenas 5% dos avaliados, enquanto mais da metade sequer consegue aplicar o que aprendeu na escola em situações cotidianas.
Por: Marcelo Garcia
Ciência Hoje online, em 18/08/2014
Desempenho brasileiro no primeiro Índice de Letramento Científico mostra que ciência não está integrada ao cotidiano do brasileiro. (foto: Flickr/ Fortimbras - CC BY-NC-ND 2.0)
Como você avalia a sua capacidade de utilizar o conhecimento científico para resolver questões do dia a dia? E para fazer abstrações, criar hipóteses, planejar e inovar? Em um mundo em que a ciência e a tecnologia estão cada vez mais presentes, em que a sociedade é chamada a se posicionar sobre grandes questões como pesquisas com células-tronco e cultivo de transgênicos e no qual inovar é a palavra de ordem das empresas, essas questões são fundamentais. Mas, segundo a primeira edição do Índice de Letramento Científico (ILC), no Brasil é muito baixa a quantidade de pessoas ‘letradas’ em ciências, capazes de empregar os conhecimentos escolares no seu cotidiano e no planejamento do futuro.
Bem diferente das avaliações de ensino existentes no Brasil, a proposta do ILC é medir quanto do conhecimento escolar é de fato aplicado na prática. Para seus criadores, o resultado negativo ajuda a entender alguns gargalos sociopolíticos e econômicos do país, como a baixa capacidade de inovação. O índice, cuja versão completa foi divulgada recentemente, é fruto de uma parceria entre o Instituto Abramundo, o Instituto Paulo Montenegro, responsável pela ação social do Grupo Ibope, e a ONG Ação Educativa.
O maior desafio foi traduzir o domínio de conceitos científicos em perguntas diretas e práticas para agrupar os participantes em faixas claras e facilitar ações posterioresPara sua construção, foram aplicados questionários a 2002 pessoas entre 15 e 40 anos, com ao menos quatro anos do ensino fundamental completos, em oito capitais estaduais e no Distrito Federal. O questionário era composto por mais de 60 perguntas, que avaliaram a capacidade de identificar simples informações explícitas em texto, tabela ou gráfico (como consumo de energia ou dosagem em bula de remédio), de comparar informações simples para tomar decisões; de empregar informações não explícitas para resolver problemas práticos e processos do cotidiano e, ainda, de propor e analisar hipóteses sobre fenômenos complexos, mesmo não diretamente ligados ao seu dia a dia. A partir das respostas, os participantes foram classificados por nível de letramento: ausente, elementar, básico e proficiente.
O maior desafio foi traduzir o domínio de conceitos científicos em perguntas diretas e práticas para agrupar os participantes em faixas claras e facilitar ações posteriores. A metodologia aplicada foi adaptada do Índice de Analfabetismo Funcional (IAF), também produzido pelo Instituto Paulo Montenegro e que avalia os conhecimentos de português e matemática na prática. A ideia é que a avaliação seja repetida a cada dois anos.
Resultados preocupantesDe forma geral, 79% dos participantes ficaram na zona intermediária (48% no nível 2 e 31% no nível 3), enquanto 16% apresentaram letramento ausente (nível 1) e apenas 5% do total se mostraram de fato proficientes em ciência. O índice torna clara a dificuldade de grande parte dos entrevistados em realizar tarefas simples: 43% deles declararam ter problemas para compreender gráficos e tabelas, enquanto 48% acham difícil interpretar rótulos de alimentos. Entre aqueles com ILC elementar (mais comum), 58% tem problemas, por exemplo, para consultar dados sobre saúde e medicamentos na internet.
Resultado ruim mesmo entre gestores públicos mostra que pensamento científico pouco influencia suas decisões, o que pode ter consequências negativas em todos os campos, da própria educação à saúde, ao saneamento e ao planejamento urbano, por exemplo. (foto: Flickr/ Samchio – CC BY-NC-SA 2.0)Os resultados também foram relacionados ao nível de formação e à área de atuação dos entrevistados – e ficam ainda mais preocupantes, já que os indivíduos com ensino superior considerados proficientes em ciência foram apenas 11%, enquanto 48% estão no nível 3, 37% no nível 2 e quase inacreditáveis 4% apresentaram letramento ausente.
Em relação ao mercado de trabalho, as áreas de administração pública, educação e saúde alcançaram o melhor resultado, apesar de pouco animador: 43% das pessoas têm letramento básico e 9%, proficiente. Na indústria e na prestação de serviços, 42% e 31% dos trabalhadores ficaram no nível 3, enquanto apenas 5% e 6% eram proficientes, respectivamente.
A diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro, Ana Lucia Lima, diz ter ficado surpresa com a baixa proficiência dos indivíduos mais escolarizados e dos tomadores de decisões, empreendedores e empresários, envolvidos diretamente no investimento e planejamento de atividades que vão desde o descarte do lixo à gestão da saúde e da educação. “Os dados mostram que o aprendizado fica restrito à escola e é preocupante que a ciência influencie tão pouco a visão de mundo dessas pessoas, sua atividade cotidiana e as decisões que tomam”, avalia.
Consequências adversas
Para os responsáveis pelo ILC, os impactos do cenário apontado pelo índice vão desde questões cotidianas a problemas que abrangem a vida econômica e social do país. “No dia a dia, isso se manifesta quando a cabeleireira usa um produto que ela deveria saber que faz mal ou quando os pais medicam os filhos por conta própria sem pensar nos efeitos colaterais ou nas interações entre medicamentos”, exemplifica Lima.
Garcia: “Os reflexos também aparecem na pífia capacidade de inovação de nossas empresas: os trabalhadores pouco refletem sobre seu trabalho, não desafiam o status quo”“Os reflexos também aparecem na pífia capacidade de inovação de nossas empresas: os trabalhadores pouco refletem sobre seu trabalho, não desafiam o status quo”, afirma Ricardo Uzal Garcia, presidente do Instituto Abramundo. “Além disso, o brasileiro não parece, em geral, preparado para opinar sobre grandes temas da ciência nem para tomar decisões cada vez mais necessárias sobre temas como transgênicos e células-tronco.”
Garcia: “Os reflexos também aparecem na pífia capacidade de inovação de nossas empresas: os trabalhadores pouco refletem sobre seu trabalho, não desafiam o status quo”“Os reflexos também aparecem na pífia capacidade de inovação de nossas empresas: os trabalhadores pouco refletem sobre seu trabalho, não desafiam o status quo”, afirma Ricardo Uzal Garcia, presidente do Instituto Abramundo. “Além disso, o brasileiro não parece, em geral, preparado para opinar sobre grandes temas da ciência nem para tomar decisões cada vez mais necessárias sobre temas como transgênicos e células-tronco.”
Lima aponta ainda a formação de um gargalo de mão de obra no país e faz um alerta para o futuro. “Os empregos no país têm aumentado, mas apenas as vagas pouco especializadas; cargos melhores permanecem ociosos também pela inexistência de um pensamento científico aplicado, necessário para tais posições”, analisa. “Algo precisa ser feito para mudar essa situação, pois se nossos gestores tomam decisões que pouco consideram o conhecimento científico, a ciência nunca será valorizada como deve e isso continuará a impactar a inovação, a saúde, o meio ambiente e todas as áreas.”
Ensino de ciênciasJunto com o índice, também foi feita uma pesquisa de percepção pública da ciência, cujo resultado é significativo: apesar do fraco desempenho no ILC, os participantes reconhecem a importância da ciência para a compreensão de mundo (42% concordam plenamente e 30% concordam em parte) e para obter boas oportunidades de trabalho (41% e 27%, respectivamente). “As pessoas têm interesse e acham a ciência importante, mas não vão a fundo porque não se sentem competentes”, avalia Lima. “É uma pista importante de que há algo errado na formação dos estudantes”, completa Garcia.
Uma olhada em outros indicadores de ensino reforça a má situação do país na área: no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), por exemplo, um dos piores desempenhos do Brasil é em ciências (59º entre 65 países).
Para melhorar o índice, segredo pode estar em investir mais no ensino fundamental e buscar maneiras de manter o interesse dos jovens pela ciência. (foto: Flickr/ emeryjl - CC BY 2.0)Lima recupera a história da educação no país para explicar a situação atual. “O ensino se tornou um grande desafio a partir da década de 1990, pois sua universalização incluiu pessoas historicamente segregadas, famílias com níveis muito baixos de escolaridade”, afirma. A mudança, segundo ela, levou a um natural privilégio do ensino de português e de matemática, por serem competências mais básicas. “Em 25 anos, os avanços nessas áreas ainda não foram suficientes, mas ainda assim acredito que já seja hora de avançar para outros campos, e a ciência é a candidata natural para receber mais atenção.”
Lima: “Como matamos essa curiosidade natural? Deve haver muita coisa errada, do currículo à forma de ensinar.”Um dado que se destaca no ILC é o desempenho semelhante de indivíduos com ensino fundamental e com ensino médio – 50% de pessoas do primeiro grupo têm letramento elementar, contra 52% no segundo, que também conta com 15% de pessoas com letramento ausente. Para Lima, as conversas com professores dão pistas sobre os motivos por trás desse resultado, por reforçarem que nas séries iniciais as crianças adoram ciências, mas perdem o interesse depois. “O desempenho no ensino médio deveria ser proporcional ao investimento maior, com professores especialistas e maior carga horária”, diz. “Como matamos essa curiosidade natural? Deve haver muita coisa errada, do currículo à forma de ensinar.”
Lima: “Como matamos essa curiosidade natural? Deve haver muita coisa errada, do currículo à forma de ensinar.”Um dado que se destaca no ILC é o desempenho semelhante de indivíduos com ensino fundamental e com ensino médio – 50% de pessoas do primeiro grupo têm letramento elementar, contra 52% no segundo, que também conta com 15% de pessoas com letramento ausente. Para Lima, as conversas com professores dão pistas sobre os motivos por trás desse resultado, por reforçarem que nas séries iniciais as crianças adoram ciências, mas perdem o interesse depois. “O desempenho no ensino médio deveria ser proporcional ao investimento maior, com professores especialistas e maior carga horária”, diz. “Como matamos essa curiosidade natural? Deve haver muita coisa errada, do currículo à forma de ensinar.”
Garcia ressalta a necessidade de criação de programas de ensino voltados para as séries mais baixas. “O impacto da iniciação científica de qualidade desde as primeiras séries pode ser fundamental para despertar o gosto por ciências no futuro”, diz.
Os organizadores também apostam na educação não formal e na parceria com a iniciativa privada para tentar mudar esse quadro. “Precisamos criar museus e centros de ciência para estimular uma cultura científica que hoje não existe”, defende o presidente da Abramundo. “Podemos pensar, por exemplo, em exposições sobre os ciclos do petróleo ou da agricultura, áreas em que atuam empresas enormes.” Lima conclui: “O problema não é só da escola, já que muitas pessoas não voltarão à sala de aula; é aí que a ação de igrejas, sindicatos e empresas pode ser fundamental.”
Marcelo Garcia
Ciência Hoje On-line
08 setembro 2014
Rir é o melhor remédio
Um contabilista estava andando quando encontra uma lâmpada. Ele pega, esfrega e aparece um gênio. O gênio diz:
- Sou o gênio mais poderoso que já existiu. Posso conceder-lhe um desejo, qualquer um.
O contabilista pensa sobre o que deve pedir. Como era um bom homem ele pega um mapa e mostra o Oriente Médio e diz:
- Gostaria de resolver os problemas do Oriente Médio. Que a paz reine entre as nações daquela parte da terra.
O gênio pensa sobre o pedido e diz:
- Este é um pedido difícil. Estes povos estão lutando há séculos. E ninguém conseguiu resolver estes problemas. Você deveria fazer outro pedido.
O contador compreende e decide ajudar a sua classe e faz outro pedido:
- Gostaria de reduzir a burocracia para fechar uma empresa no Brasil.
Após um longo silencia, o gênio diz:
- Vamos dar outra olhada no mapa...
- Sou o gênio mais poderoso que já existiu. Posso conceder-lhe um desejo, qualquer um.
O contabilista pensa sobre o que deve pedir. Como era um bom homem ele pega um mapa e mostra o Oriente Médio e diz:
- Gostaria de resolver os problemas do Oriente Médio. Que a paz reine entre as nações daquela parte da terra.
O gênio pensa sobre o pedido e diz:
- Este é um pedido difícil. Estes povos estão lutando há séculos. E ninguém conseguiu resolver estes problemas. Você deveria fazer outro pedido.
O contador compreende e decide ajudar a sua classe e faz outro pedido:
- Gostaria de reduzir a burocracia para fechar uma empresa no Brasil.
Após um longo silencia, o gênio diz:
- Vamos dar outra olhada no mapa...
Andersen esta de Volta!!
Com o escândalo da Enron, a empresa de auditoria Arthur Andersen foi fechada. A empresa de auditoria formava a “big five”, juntamente com a Deloitee, KPMG, Price e Ernst Young. A Andersen foi acusada de destruir documentos quando o governo dos Estados Unidos começou a investigar a contabilidade da Enron, a empresa não deixou muita saudade.
Mas a Andersen está de volta! Uma empresa de São Francisco, chamada WTAS, composta por antigos empregados da Arthur Andersen, adquiriu os direitos de usar o nome Arthur Andersen. E imediatamente modificou seu nome para Andersen Tax. A empresa possui até endereço, www.andersentax.com, com o slogan “um nome do passado, uma empresa para o futuro”.
Leia mais aqui e aqui
Mas a Andersen está de volta! Uma empresa de São Francisco, chamada WTAS, composta por antigos empregados da Arthur Andersen, adquiriu os direitos de usar o nome Arthur Andersen. E imediatamente modificou seu nome para Andersen Tax. A empresa possui até endereço, www.andersentax.com, com o slogan “um nome do passado, uma empresa para o futuro”.
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Nada é tão prático como uma boa teoria
Lindau, Alemania. La economía, como ciencia, ha avanzado enormemente en los apenas dos siglos y medio que tiene de historia. No sólo en sí misma sino en la incorporación de otras disciplinas. Además, como veremos más adelante, se puede decir que ha cambiado muchísimo. Sin embargo, al tratar de definir una de sus propiedades esenciales, su utilidad para la sociedad, tres de los más notables economistas actuales (receptores del premio Nobel) recurren, a propósito pero también inadvertidamente, a las mismas ideas e incluso las frases de los fundadores de esta ciencia que quizá no ha tenido el reconocimiento del público que merecería ni el conocimiento que requiere.
En la última sesión del quinto Lindau Nobel Laureate Meeting, la invitada de honor a la clausura, la reina Silvia de Suecia, llamó a los economistas, sobre todo a la joven generación y en particular a los 450 noveles economistas provenientes de más de 80 países que estaban ahí reunidos (dos de ellos de México), a que no descuidaran su responsabilidad social.
También estaban ahí 17 de los 38 receptores vivos del Premio del Sveriges Riksbank en Ciencias Económicas en Memoria de Alfred Nobel y en particular tres de ellos, que además de ser teóricos destacados (que es a lo que se otorga el premio) han tenido amplia experiencia en la práctica y uso de la economía para beneficio de la sociedad, participaron en el panel de discusión con el tema “Qué tan útil es la ciencia económica y cómo es útil la ciencia económica”.
Más que discutir, Peter Diamond (Nobel 2010 por su descripción de los mercados con “fricciones”), Robert Merton (Nobel 1997 por evaluación del riesgo en productos financieros) y Alvin Roth (Nobel 2012 por su teoría de la locación estable y diseño de mercados) elaboraron argumentaciones en conjunto, quizá porque comparten puntos de vista al ser los tres estadounidenses (la nacionalidad que más premiados tiene) y porque dos de ellos trabajan en la misma universidad (Diamond y Merton están en el Massachusetts Institute of Technology y Roth en Stanford).
Y de alguna manera lo que dijeron recuerda la frase de dijo el padre de la economía teórica moderna, Alfred Marshall (1842-1924): “El deseo de dar a la humanidad las riendas de su destino es la principal motivación de la mayoría de los tratados de economía”.
NO HAGAN UN DESASTRE CON SUS PENSIONES
Diamond habló sobre las pensiones, sobre cómo “una gran cantidad de estadounidenses (y de gente en todo el mundo) no están ahorrando adecuadamente para su retiro, definido en términos de lo que tiene sentido tener al retirarse comparado con lo que se tiene en el momento. Y la respuesta de los economistas es tratar de aumentar la educación financiera y enfocarse en las instituciones en las que se hace el ahorro para el retiro.
“Además del ahorro, la recomendación es invertir, pero es complicado y está muy bien estudiado que la mayor parte de la gente hace un desastre con eso. Se ha visto con encuestas que la mitad de los estadounidenses no saben la diferencia entre una bomba y un stock, eso debe complicar hacer tu plan de inversiones.
“Así que hay mucho que hacer para los economistas, no porque tengamos muy claro qué sucede en el mercado de valores, pero sí tenemos una serie de principios bastante robustos sobre la diversificación, los costos, sobre cómo interactúan los riesgos y otras cosas que se pueden enseñar a las personas. Sobre las pensiones, hay que convencer a los empleadores sobre cómo pueden ayudarles a tener una fuerza laboral manejable y a generar incentivos para atraer trabajadores a su compañía”.
Parte del problema es que el impacto que el trabajo de los economistas tienen pasa por la percepción y la comprensión de no economistas. Como ejemplo puso un programa de estímulos que fue percibido como un fracaso, pero que bajo la lógica contrafactual de la economía (comparar los resultados que tienes contra los que tendrías si no hubieras aplicado una determinada política o estrategia) se vio que redujo notablemente el índice de desempleo y por lo tanto “fue enorme éxito”, sin embargo, la lógica contrafactual no es intuitiva y la gente no la usa.
LOS POLÍTICOS ¿REQUIEREN ECONOMISTAS MANCOS?
Merton dice que entró en las ciencias económicas porque se dio cuenta de que “si puedes hacer un poco de bien a un gran número de personas por un largo periodo de tiempo es una gran cosa. Y la perspectiva de poder llegar a hacer algo así, sólo la perspectiva, junto con los retos intelectuales me parecieron fascinantes”.
Merton se dedica a la economía financiera. “Las finanzas ya son globales y se hacen cada vez más globales e interconectadas, por lo que tienes que ser más cuidadoso y tienes más responsabilidad. Los efectos son más grandes”, dice.
Para él, el problema principal está en la educación superior, los doctorados en ciencias económicas están más dirigidos a generar investigadores que gente que se dedique al diseño y la implementación de los modelos. “Y si eso se hace mal, el impacto puede ser terrible, por ejemplo con los modelos de transferencia de riesgo” (su mal uso es generalmente considerado la principal causa de la crisis del 2008).
“La innovación financiera en cualquier dimensión aumenta el riesgo -comentó-. No hay de otra. Y el truco y el reto es poder balancear esos dos factores.
“Esto hace que los economistas siempre están ofreciendo opciones, por un lado (on one hand, ‘en una mano’ es la expresión en inglés) tenemos esto y por otro lado (en la otra mano) esto otro... Por eso hubo un presidente estadounidense que deseaba conocer a un economista manco que sólo le dijera lo que tenía que hacer”.
Merton ofrece una aproximación a ese problema. “El papel de los economistas es ofrecer los dos lados, todas las opciones, pero hay que plantear las opciones en términos de intercambio, como todo en la economía. No está claro que la decisión de qué intercambio es más conveniente le corresponda al economista, sino más bien al político o a los particulares involucrados. Aunque hay veces que los economistas se confunden y dicen el intercambio que ellos en lo personal prefieren” como si fuera el científicamente más deseable.
No se puede pensar en la interacción entre los economistas y los políticos sin entender la relación entre los políticos y el público, comentó Diamond.
“Hay una tendencia de escoger primero la política y luego decir ¿podemos defenderla?”, dijo irónico, dejando implícito que la dirección adecuada es la contraria.
“El presidente de la Unión Europea dijo alguna vez, cito: ‘Todos sabemos lo que hay que hacer, pero no sabemos cómo ser reelectos después de haberlo hecho’. Pero también es cierto que muchos no saben qué hacer. En general no se sabe qué hacer ante una crisis”.
LOS MERCADOS SON LO QUE LA GENTE HACE
“La gente ha diseñado mercados desde antes de que se desarrollara la agricultura -dijo Alvin Roth-. Es algo que hacemos, son un artefacto humano, como el lenguaje, pero no pensamos en cambiar el lenguaje, ese lo heredamos y lo usamos, y a veces pensamos así de los mercados, pero conforme aprendemos más sobre cómo funcionan, podemos arreglarlos y hacerlos funcionar mejor”.
También, como con los lenguajes, hay mercados en todos lados y en muchos de ellos el tema no es el dinero, así Roth se ha dedicado a mejorar mercados como el de la donación de riñones (que los pacientes los tengan cuando los requieren), en los primeros trabajos de los egresados de las escuelas de medicina o la asistencia a primarias públicas en algunos lugares de EU (éste, de manera que los niños vayan a escuelas que más les convenga).
“Es como un problema de ingeniería -dice Roth-, pero hay una diferencia importante. Los principios físicos con los que funcionan los barcos no han cambiado desde los primeros barcos, ni van a cambiar”, pero la forma como los usamos sí cambia. “Cuando haces un barco, una carretera, o un puente, el comportamiento de la gente cambia. Ahora más gente los usa y se necesitan barcos, carreteras y puentes más grandes”.
Eso sucede con los mercados, cambian con el tiempo. Así que parte del diseño de mercados implica irlos ajustando al cambio, porque cambia la tecnología, cambia la forma como los usan los grandes participantes. Los mercados son una cosa viva”.
“Esta ingeniería no es exitosa porque le expliquemos a la gente despacio y en voz alta lo que debería hacer. Consiste en colaborar con los participantes en los mercados para conocer los detalles y buscar cómo pueden hacerse más eficientes y beneficiar más a los involucrados”.
Para Roth, como para Albert Marshall hace muchos años, se pueden estudiar los mercados con muchos datos, pero se trata más bien de estudiar sus reglas, implícitas y explícitas, y sus detalles.
“La economía se trata de todo lo que hace la gente así que estamos en posibilidad de aprender mucho de diferentes personas sobre sus negocios, que les vamos a ayudar a mejorar”.
Al final del debate, el moderador, Torsten Persson, del Instituto de Estudios Económicos de la Universidad de Estocolmo, citó a otro de los grandes economistas de la historia, John Maynard Keynes, cuando dijo que los economistas deberían ser como los dentistas. Creo que a lo que se refería era a que enfocándose sólo en una pequeña parte del cuerpo pueden aliviar una gran cantidad de dolor.
Fonte: aqui
En la última sesión del quinto Lindau Nobel Laureate Meeting, la invitada de honor a la clausura, la reina Silvia de Suecia, llamó a los economistas, sobre todo a la joven generación y en particular a los 450 noveles economistas provenientes de más de 80 países que estaban ahí reunidos (dos de ellos de México), a que no descuidaran su responsabilidad social.
También estaban ahí 17 de los 38 receptores vivos del Premio del Sveriges Riksbank en Ciencias Económicas en Memoria de Alfred Nobel y en particular tres de ellos, que además de ser teóricos destacados (que es a lo que se otorga el premio) han tenido amplia experiencia en la práctica y uso de la economía para beneficio de la sociedad, participaron en el panel de discusión con el tema “Qué tan útil es la ciencia económica y cómo es útil la ciencia económica”.
Más que discutir, Peter Diamond (Nobel 2010 por su descripción de los mercados con “fricciones”), Robert Merton (Nobel 1997 por evaluación del riesgo en productos financieros) y Alvin Roth (Nobel 2012 por su teoría de la locación estable y diseño de mercados) elaboraron argumentaciones en conjunto, quizá porque comparten puntos de vista al ser los tres estadounidenses (la nacionalidad que más premiados tiene) y porque dos de ellos trabajan en la misma universidad (Diamond y Merton están en el Massachusetts Institute of Technology y Roth en Stanford).
Y de alguna manera lo que dijeron recuerda la frase de dijo el padre de la economía teórica moderna, Alfred Marshall (1842-1924): “El deseo de dar a la humanidad las riendas de su destino es la principal motivación de la mayoría de los tratados de economía”.
NO HAGAN UN DESASTRE CON SUS PENSIONES
Diamond habló sobre las pensiones, sobre cómo “una gran cantidad de estadounidenses (y de gente en todo el mundo) no están ahorrando adecuadamente para su retiro, definido en términos de lo que tiene sentido tener al retirarse comparado con lo que se tiene en el momento. Y la respuesta de los economistas es tratar de aumentar la educación financiera y enfocarse en las instituciones en las que se hace el ahorro para el retiro.
“Además del ahorro, la recomendación es invertir, pero es complicado y está muy bien estudiado que la mayor parte de la gente hace un desastre con eso. Se ha visto con encuestas que la mitad de los estadounidenses no saben la diferencia entre una bomba y un stock, eso debe complicar hacer tu plan de inversiones.
“Así que hay mucho que hacer para los economistas, no porque tengamos muy claro qué sucede en el mercado de valores, pero sí tenemos una serie de principios bastante robustos sobre la diversificación, los costos, sobre cómo interactúan los riesgos y otras cosas que se pueden enseñar a las personas. Sobre las pensiones, hay que convencer a los empleadores sobre cómo pueden ayudarles a tener una fuerza laboral manejable y a generar incentivos para atraer trabajadores a su compañía”.
Parte del problema es que el impacto que el trabajo de los economistas tienen pasa por la percepción y la comprensión de no economistas. Como ejemplo puso un programa de estímulos que fue percibido como un fracaso, pero que bajo la lógica contrafactual de la economía (comparar los resultados que tienes contra los que tendrías si no hubieras aplicado una determinada política o estrategia) se vio que redujo notablemente el índice de desempleo y por lo tanto “fue enorme éxito”, sin embargo, la lógica contrafactual no es intuitiva y la gente no la usa.
LOS POLÍTICOS ¿REQUIEREN ECONOMISTAS MANCOS?
Merton dice que entró en las ciencias económicas porque se dio cuenta de que “si puedes hacer un poco de bien a un gran número de personas por un largo periodo de tiempo es una gran cosa. Y la perspectiva de poder llegar a hacer algo así, sólo la perspectiva, junto con los retos intelectuales me parecieron fascinantes”.
Merton se dedica a la economía financiera. “Las finanzas ya son globales y se hacen cada vez más globales e interconectadas, por lo que tienes que ser más cuidadoso y tienes más responsabilidad. Los efectos son más grandes”, dice.
Para él, el problema principal está en la educación superior, los doctorados en ciencias económicas están más dirigidos a generar investigadores que gente que se dedique al diseño y la implementación de los modelos. “Y si eso se hace mal, el impacto puede ser terrible, por ejemplo con los modelos de transferencia de riesgo” (su mal uso es generalmente considerado la principal causa de la crisis del 2008).
“La innovación financiera en cualquier dimensión aumenta el riesgo -comentó-. No hay de otra. Y el truco y el reto es poder balancear esos dos factores.
“Esto hace que los economistas siempre están ofreciendo opciones, por un lado (on one hand, ‘en una mano’ es la expresión en inglés) tenemos esto y por otro lado (en la otra mano) esto otro... Por eso hubo un presidente estadounidense que deseaba conocer a un economista manco que sólo le dijera lo que tenía que hacer”.
Merton ofrece una aproximación a ese problema. “El papel de los economistas es ofrecer los dos lados, todas las opciones, pero hay que plantear las opciones en términos de intercambio, como todo en la economía. No está claro que la decisión de qué intercambio es más conveniente le corresponda al economista, sino más bien al político o a los particulares involucrados. Aunque hay veces que los economistas se confunden y dicen el intercambio que ellos en lo personal prefieren” como si fuera el científicamente más deseable.
No se puede pensar en la interacción entre los economistas y los políticos sin entender la relación entre los políticos y el público, comentó Diamond.
“Hay una tendencia de escoger primero la política y luego decir ¿podemos defenderla?”, dijo irónico, dejando implícito que la dirección adecuada es la contraria.
“El presidente de la Unión Europea dijo alguna vez, cito: ‘Todos sabemos lo que hay que hacer, pero no sabemos cómo ser reelectos después de haberlo hecho’. Pero también es cierto que muchos no saben qué hacer. En general no se sabe qué hacer ante una crisis”.
LOS MERCADOS SON LO QUE LA GENTE HACE
“La gente ha diseñado mercados desde antes de que se desarrollara la agricultura -dijo Alvin Roth-. Es algo que hacemos, son un artefacto humano, como el lenguaje, pero no pensamos en cambiar el lenguaje, ese lo heredamos y lo usamos, y a veces pensamos así de los mercados, pero conforme aprendemos más sobre cómo funcionan, podemos arreglarlos y hacerlos funcionar mejor”.
También, como con los lenguajes, hay mercados en todos lados y en muchos de ellos el tema no es el dinero, así Roth se ha dedicado a mejorar mercados como el de la donación de riñones (que los pacientes los tengan cuando los requieren), en los primeros trabajos de los egresados de las escuelas de medicina o la asistencia a primarias públicas en algunos lugares de EU (éste, de manera que los niños vayan a escuelas que más les convenga).
“Es como un problema de ingeniería -dice Roth-, pero hay una diferencia importante. Los principios físicos con los que funcionan los barcos no han cambiado desde los primeros barcos, ni van a cambiar”, pero la forma como los usamos sí cambia. “Cuando haces un barco, una carretera, o un puente, el comportamiento de la gente cambia. Ahora más gente los usa y se necesitan barcos, carreteras y puentes más grandes”.
Eso sucede con los mercados, cambian con el tiempo. Así que parte del diseño de mercados implica irlos ajustando al cambio, porque cambia la tecnología, cambia la forma como los usan los grandes participantes. Los mercados son una cosa viva”.
“Esta ingeniería no es exitosa porque le expliquemos a la gente despacio y en voz alta lo que debería hacer. Consiste en colaborar con los participantes en los mercados para conocer los detalles y buscar cómo pueden hacerse más eficientes y beneficiar más a los involucrados”.
Para Roth, como para Albert Marshall hace muchos años, se pueden estudiar los mercados con muchos datos, pero se trata más bien de estudiar sus reglas, implícitas y explícitas, y sus detalles.
“La economía se trata de todo lo que hace la gente así que estamos en posibilidad de aprender mucho de diferentes personas sobre sus negocios, que les vamos a ayudar a mejorar”.
Al final del debate, el moderador, Torsten Persson, del Instituto de Estudios Económicos de la Universidad de Estocolmo, citó a otro de los grandes economistas de la historia, John Maynard Keynes, cuando dijo que los economistas deberían ser como los dentistas. Creo que a lo que se refería era a que enfocándose sólo en una pequeña parte del cuerpo pueden aliviar una gran cantidad de dolor.
Fonte: aqui
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