30 agosto 2014
Fato da Semana
Fato: A perda de Massayuki Nakagawa
Qual a relevância disto? O professor Massayuki não jogava para plateia, mas foi importante para a contabilidade brasileira em pelo menos dois pontos. Em primeiro lugar, pelo pioneirismo em defender o custeamento por atividades, logo após seu surgimento nos Estados Unidos. Não é preciso dizer que este método de custeio foi a grande inovação dos últimos anos na área de custos. Como presenciei este momento, posso dizer que esta defesa não foi fácil, já que existiam proponentes de sistemas alternativos dominando o pensamento acadêmico de então. Obviamente que este papel o conduziu na liderança da Associação Brasileira de Custos.
Em segundo lugar, pelo papel na comissão de especialistas do MEC, que na década de noventa reformulou o ensino de contabilidade no Brasil.
Pouco a escrever. Muito a lamentar.
Qual a relevância disto? O professor Massayuki não jogava para plateia, mas foi importante para a contabilidade brasileira em pelo menos dois pontos. Em primeiro lugar, pelo pioneirismo em defender o custeamento por atividades, logo após seu surgimento nos Estados Unidos. Não é preciso dizer que este método de custeio foi a grande inovação dos últimos anos na área de custos. Como presenciei este momento, posso dizer que esta defesa não foi fácil, já que existiam proponentes de sistemas alternativos dominando o pensamento acadêmico de então. Obviamente que este papel o conduziu na liderança da Associação Brasileira de Custos.
Em segundo lugar, pelo papel na comissão de especialistas do MEC, que na década de noventa reformulou o ensino de contabilidade no Brasil.
Pouco a escrever. Muito a lamentar.
30 maiores bilionários do Brasil
A revista americana Forbes divulgou ontem (27/08) uma nova lista com os maiores bilionários do Brasil em 2014. No topo, de novo, está Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do país. O empresário, que possui uma fortuna avaliada em R$ 49,85 bilhões, criou o fundo de private equity 3G Capital.
Em segundo e terceiro lugar estão Joseph Safra, co-fundador do banco que leva seu sobrenome, com uma fortuna avaliada em R$ 35,98 bilhões, e Marcel Herrmann Telles companheiro de Lemann na 3G com R$ 25,58 bilhões.
Apenas quatro mulheres aparecem entre os 30 mais ricos. Maria Helena Moraes Scripilliti (17º) é quem tem a maior fortuna, de R$ 7,33 bilhões. Ela é filha de José Ermírio de Moraes, fundador do Grupo Votorantim, que faleceu na última segunda-feira (25/08). Veja a lista completa aqui:
Nome | Fortuna | |
---|---|---|
1º | Jorge Paulo Lemann | R$ 49,85 bilhões |
2º | Joseph Safra | R$ 35,98 bilhões |
3º | Marcel Herrmann Telles | R$ 25,58 bilhões |
4º | Carlos Alberto Sicupira | R$ 22,30 bilhões |
5º | Roberto Irineu Marinho | R$ 15,93 bilhões |
6º | José Roberto Marinho | R$ 15,86 bilhões |
7º | João Roberto Marinho | R$ 15,86 bilhões |
8º | Marcelo Bahia Odebrecht & família | R$ 14 bilhões |
9º | José Batista Sobrinho & família | R$ 11,92 bilhões |
10º | Francisco Ivens de Sá Dias Branco | R$ 10,99 bilhões |
11º | Walter Faria | R$ 9,80 bilhões |
12º | André Esteves | R$ 9,55 bilhões |
13º | Eduardo Saverin | R$ 9,52 bilhões |
14º | Ermírio Pereira de Moraes | R$ 9,15 bilhões |
15º | Abilio dos Santos Diniz | R$ 8,90 bilhões |
16º | Aloysio de Andrade Faria | R$ 7,52 bilhões |
17º | Maria Helena Moraes Scripilliti | R$ 7,33 bilhões |
18º | Pedro Moreira Salles | R$ 7,17 bilhões |
19º | João Moreira Salles | R$ 7,17 bilhões |
20º | Fernando Roberto Moreira Salles | R$ 7,17 bilhões |
21º | Walter Moreira Salles Júnior | R$ 7,17 bilhões |
22º | David Feffer & família | R$ 6,93 bilhões |
23º | Miguel Krigsner | R$ 6,45 bilhões |
24º | Regina de Camargo Pires Oliveira Dias | R$ 6,27 bilhões |
25º | Rosana Camargo de Arruda Botelho | R$ 6,27 bilhões |
26º | Renata de Camargo Pires Oliveira Dias | R$ 6,27 bilhões |
27º | Edson de Godoy Bueno | R$ 5,79 bilhões |
28º | Cesar Beltrão de Almeida & família | R$ 5,58 bilhões |
29º | Nevaldo Rocha & família | R$ 5,36 bilhões |
30º | Antonio Luiz Seabra | R$ 5,05 bilhões |
29 agosto 2014
Massayuki Nakagawa
Massayuki Nakagawa foi meu professor durante o doutorado. Recordo bem quando, após uma apresentação de um trabalho para sua disciplina, nos aconselhou a aproveitar devidamente o tempo disponível - ainda faltavam dez minutos. O trabalho apresentado deveria ter duas horas de apresentação.
Depois fomos colegas na comissão de especialistas do Ministério da Educação (MEC) responsável pela mudança na estrutura curricular, incluindo a obrigatoriedade da disciplina de Teoria da Contabilidade. Ele convidou doutores jovens para compor esta comissão e permitia uma discussão livre e inclusiva dos assuntos. O incentivo a participação de todos era estimulante.
Minha admiração por sua trajetória cresceu em razão das suas posições firmes: quando todos na sua universidade eram partidários xiitas de certo sistema de custo, Massayuki ousou defender o ABC. Formou-se em Contabilidade pela Fecap em 1952, tendo concluído o mestrado em 1976 e o doutorado em 1987. Foi chefe de Departamento de Contabilidade da USP.
Quando montamos o curso com a UFRN e UFPB, Massayuki sempre esteve presente nos convites de banca. Jovem, eternamente jovem.
Pena.
Massayuki Nakagawa 1928-2014
Curso de Contabilidade Básica: O lado direito
Quando a contabilidade prepara as demonstrações contábeis, o
usuário pode fazer destas informações “o que bem entender”. Ou seja, o usuário
pode, por exemplo, mudar as contas de lugar. Vamos mostrar como isto ocorre com
o capital de terceiros. Parte deste passivo é proveniente das operações da
empresa. É o caso dos fornecedores, de salários a pagar, de impostos a pagar,
entre outras contas. E existem os empréstimos e financiamentos, que irão gerar
despesas financeiras, e dizem respeito a decisão de captação de recursos.
Assim, alguns analistas consideram adequado considerar no lado direito do “seu”
balanço somente os empréstimos e financiamentos. E o que é feito das outras
contas do passivo? Estes analistas “reclassificam” como se fosse uma subtração
do ativo.
Veja o balanço patrimonial da Marcopolo, uma empresa que atua na área de transportes. Destacamos na figura os
empréstimos e financiamentos, de curto e de longo prazo. Os demais valores seriam “transferidos” para
o ativo com o sinal negativo.
Com isto, o lado direito ficaria da seguinte forma:
Empréstimos e Financiamentos de Curto Prazo = 382.831
Empréstimos e Financiamentos de Longo Prazo = 1.490.414
Patrimônio Líquido = 1.481.624
Participação dos não controladores = 18.408
Total = 3.373.277
Ou seja, reduziu o lado direito em 680.803. O valor do ativo
seria subtraído também neste valor. Observe que esta alteração no balanço para
fins de análise modifica uma série de índices, como o endividamento. Mas
ideia aqui é considerar no passivo somente aquilo que gera despesa
financeira. Pode parecer estranho, mas
quanto mais usamos um instrumento, maior a chance de querermos customizá-lo.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
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