20 agosto 2014
Resenha: Winning Ugly
Este livro já é bastante antigo: a edição que eu li é de 1993.
Mas é o “Príncipe” para área esportiva. O clássico de Maquiavel ensinava as
regras da política, que deu origem ao termo maquiavélico. O livro Winning Ugly é
Maquiavel aplicado ao tênis.
Um exemplo: Gilbert e Jamison descrevem uma estratégia para
ganhar uma partida de tênis num clube. Os autores recomendam chegar mais cedo
meia hora antes do horário do jogo, fazer um aquecimento de 20 minutos e
enrolar mais vinte minutos. Com isto, chega-se “tarde” para partida. Como em
alguns clubes as partidas são de uma hora, o adversário estará ansioso para
jogar e poderá propor “pular” o aquecimento que tradicionalmente os jogadores
fazem entre si antes de iniciar a partida. Assim, enquanto o adversário irá
jogar “frio”, o leitor do livro terá uma grande vantagem de jogar aquecido.
Gilbert jogou tênis profissional nos anos oitenta e noventa. Neste período, jogou
contra Sampras, Chang, Becker e Edberg. Depois foi técnico de Agassi, Roddick,
Murray, entre outros. Foi considerado por Agassi “o maior treinador de todos os
tempos”.
Ao contrário de outros livros de tênis, este não possui
nenhuma ilustração ou fotografia. O objetivo é com a questão mental do jogador.
Jogar feio pode ser útil para vencer. Com dezenove capítulos, o texto é útil
para quem deseja ganhar uma partida de tênis, sem se preocupar em jogar bonito.
Os primeiros capítulos são os melhores: conta a preparação mental antes do
jogo, os equipamentos para ajudar a vencer e como jogar de maneira inteligente.
No capítulo oito os autores fazem classificação dos jogadores existentes e
apresenta dicas de como vencê-los. Talvez seja o capítulo mais útil do livro.
Ao terminar a leitura do livro de Gilbert ficamos com a
impressão de que seus ensinamentos podem ser aplicados a qualquer esporte. Pode
também ser uma obra típica de autoajuda, já que possui ensinamentos sobre
adversidades, estratégia, preparo mental, entre outros.
Vale a pena? A
princípio é uma obra fundamental para o jogador de tênis amador que perde
partidas fáceis ou não consegue dar trabalho para os jogadores mais fortes.
GILBERT, Brad; JAMISON, Steve. Winning Ugly. New York:
Fireside, 1993.
Curso de Contabilidade Básica: Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
Em cada tipo de empresa existirá aquela conta que será
relevante ser analisada. Numa instituição financeira esta conta é a “provisão”
relacionada com os empréstimos de foram concedidos, a famosa “provisão para
devedores duvidosos” (um leitor chamou a atenção, no passado, que o termo “provisão”
não seria correto; apesar disto, o termo adquiriu tal força que é usado) ou
PDD.
A PDD é relevante numa instituição financeira por dois
motivos. Em primeiro lugar, como o seu principal negócio é usar o dinheiro
depositado pelos correntistas para fazer empréstimos, ganhando com os juros, a
PDD diz respeito ao risco desta operação. Se o PDD aumenta é um sinal de que a
instituição financeira fez empréstimos ruins, sujeitos ao não recebimento. Em
segundo lugar, a PDD tem um papel importante no “gerenciamento do resultado”.
Quando o resultado cai, a instituição pode reduzir a PDD e com isto compensar o
resultado ruim; quando o lucro melhora, a PDD pode ser elevada.
Quando uma instituição financeira apresenta seu resultado,
os números do PDD são observados de perto, seja para verificar se está fazendo
um bom trabalho ou se está ocorrendo algum tipo de gerenciamento de resultado.
Vamos olhar o caso do Bic Banco e seu resultado do segundo trimestre de 2014.
Eis o texto do Bic sobre a Provisão:
O que o texto está afirmando é que o banco foi mais “conservador”
na provisão. Ou seja, aumentou o valor da provisão e consequentemente reduziu o
resultado. A tabela a seguir mostra que isto é realmente verdadeiro:
A PDD no trimestre foi de 615 milhões de reais, versus 433
do trimestre anterior. Foi o maior valor dos últimos trimestres. Realmente o
Bic foi conservador com a sua PDD. Mas a carteira D-H atingiu o maior valor nos
últimos trimestres; esta carteira é composta por clientes com maior nível de
risco. Mas os devedores com parcelas vencidas são menores que no trimestre
anterior, o que é mais um sinal de que o banco foi conservador na PDD. Em termos
percentuais, a PDD estava em torno de 4%; no último trimestre subiu para 5,8%.
Parte desta provisão mais alta decorre do aumento da carteira D-H, de maior
risco, de 8 a 9% para 12,2%.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
400 mil
O AICPA noticiou que o número de membros ultrapassou aos 400 mil. É interessante um comparativo com o Conselho Federal de Contabilidade, que possui muitos mais membros, mesmo a economia brasileira sendo bem menor que a dos EUA. Além disto, aquele país é mais populoso que o nosso.
O que explicaria isto? Acredito que são duas as explicações. Primeiro, o CFC permitiu, durante muitos anos, que técnicos participassem da entidade (ainda é possível, mas hoje é muito mais difícil). Segundo, o CFC aparentemente possui um poder maior de regulação e punição.
O que explicaria isto? Acredito que são duas as explicações. Primeiro, o CFC permitiu, durante muitos anos, que técnicos participassem da entidade (ainda é possível, mas hoje é muito mais difícil). Segundo, o CFC aparentemente possui um poder maior de regulação e punição.
Tartaruga
Segundo uma entrevista à Reuters do presidente da CVM, Leonardo Pereira, o julgamento dos processos contra Eike Batista e outros executivos do Grupo X, tendem a ficar para 2015.
No momento, há 11 processos administrativos instaurados e com julgamento pendente, disse à Reuters o presidente da CVM, Leonardo Pereira. Mas o número tende a aumentar, já que ainda estão em andamento outras 11 investigações.
"(Os processos) já têm relator. Eles precisam de tempo para fazer o relatório. (Os julgamentos) talvez não sejam ainda este ano, talvez fiquem para o ano que vem", disse Pereira, em entrevista na segunda-feira.
Os processos incluem o uso de informação privilegiada.
No momento, há 11 processos administrativos instaurados e com julgamento pendente, disse à Reuters o presidente da CVM, Leonardo Pereira. Mas o número tende a aumentar, já que ainda estão em andamento outras 11 investigações.
"(Os processos) já têm relator. Eles precisam de tempo para fazer o relatório. (Os julgamentos) talvez não sejam ainda este ano, talvez fiquem para o ano que vem", disse Pereira, em entrevista na segunda-feira.
Os processos incluem o uso de informação privilegiada.
Atraso em sala de aula
Do total de 200 dias letivos do ano escolar aos quais os alunos brasileiros têm direito, 20 dias são desperdiçados por conta de atrasos dos professores, saídas dos docentes antes do término da aula e com outras atividades que nada tem a ver com o ensino e a aprendizagem. Nesse cálculo sequer foi considerado o tempo perdido com a contenção da bagunça e com a realização de outras atividades pelo professor, como a realização de chamada e a entrega de trabalhos escolares.
O desperdício de 10% dos dias letivos é uma das constatações presentes na mais recente pesquisa publicada pelo Banco Mundial, a Great Teachers: How to Raise Student Learning in Latin America and the Caribbean (Grandes professores: como melhorar o aprendizado dos estudantes na América Latina e no Caribe, em português).
O estudo da instituição – reconhecida por elaborar uma série de pesquisas para subsidiar políticas públicas na área da educação – foi feito em mais de 15 mil salas de aula de três mil escolas primárias e secundárias em sete países latinos, incluindo o Brasil. Na América Latina, como um todo, o porcentual do “desperdício” é de 9%.
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O desperdício de 10% dos dias letivos é uma das constatações presentes na mais recente pesquisa publicada pelo Banco Mundial, a Great Teachers: How to Raise Student Learning in Latin America and the Caribbean (Grandes professores: como melhorar o aprendizado dos estudantes na América Latina e no Caribe, em português).
O estudo da instituição – reconhecida por elaborar uma série de pesquisas para subsidiar políticas públicas na área da educação – foi feito em mais de 15 mil salas de aula de três mil escolas primárias e secundárias em sete países latinos, incluindo o Brasil. Na América Latina, como um todo, o porcentual do “desperdício” é de 9%.
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