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13 julho 2014

Rir é o melhor remédio


Estatização do futebol

Ficaria melhor na Dilma Bolada - a falsa página da presidente nas redes sociais - do que na CNN, onde apareceu na quinta-feira, o que provavelmente foi o mais tosco chutão da chefe do governo nestes três anos e meio no Planalto. Numa entrevista gravada no dia seguinte à catástrofe do Mineirão, ao defender uma "renovação" do futebol brasileiro, Dilma disse que "o Brasil não pode mais continuar exportando jogador". E, para deixar claro que o "não pode" seria uma proibição pura e simples, ela emendou de bico: "Um país, com essa paixão pelo futebol, tem todo o direito de ter seus jogadores aqui e não tê-los exportados".
Em um surto provocado por uma mistura tóxica de oportunismo - para que o pó da derrota em campo não se deposite sobre o projeto da reeleição - e conhecido vezo autoritário, Dilma falou como quem quer cassar o direito constitucional dos brasileiros de ir e vir, dentro ou para além das fronteiras nacionais, como se o Brasil fosse uma Cuba ou Coreia do Norte. Para justificar a enormidade, deu uma pisada na bola de envergonhar um perna de pau. "Exportar jogador", caraminholou, "significa não ter a maior atração para os estádios ficarem cheios." Revelou involuntariamente, portanto, saber muito bem que boa parte ou o grosso dos US$ 4 bilhões despejados na construção e reforma das arenas da Copa serviu apenas para legar ao País uma manada de elefantes brancos.
Aprisionar os nossos jovens mais promissores - como se isso fosse possível - absolveria, nos descontos, a megalomania dos governos petistas de mostrar ao mundo o que o Brasil, sob a sua iluminada condução, é capaz de fazer. Pura má-fé. O fato singelo é que, no mundo globalizado, assim como profissionais de outras áreas, jogadores migram para países onde o seu trabalho se inscreve em um negócio extraordinariamente bem-sucedido. Ali podem ganhar em um mês o que aqui levariam anos. Isso porque a estrutura do futebol brasileiro é sabidamente arcaica, corrupta e falida. O povo não esperou a seleção ser goleada para desprezar os cartolas que enfeudam clubes, associações e, claro, a CBF.
Faz uma eternidade que essa estrutura precisa ser "renovada", como Dilma parece ter descoberto. Mas não a submetendo à tutela estatal, como prega o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, do PC do B. Invocando nada menos do que o interesse da Pátria, ele defende uma "intervenção indireta" (sic) numa atividade da qual a própria lei (no caso, a Lei Pelé, promulgada em 1998) aparta o poder público. Para começar, como ele deveria saber, a Fifa proíbe a intromissão de governos nas federações nacionais. Agora mesmo a Nigéria foi suspensa por ter o governo removido dirigentes de sua entidade futebolística. De resto, a promiscuidade entre autoridades e cartolas multiplicaria os focos de corrupção, sem modernizar o esporte.
O Estado pode, sim, impor aos clubes uma série de condições para rolar as suas intermináveis dívidas com o erário, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) faz com os governos que lhe pedem socorro. O projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, pronto para ser votado na Câmara, condiciona o acesso dos clubes ao crédito oficial à arrumação de suas finanças, reforma administrativa e pagamento em dia dos salários de seus contratados. O Estado também pode - e deve - controlar a migração de menores de 18 anos. Embora a Fifa proíba que sejam importados por clubes estrangeiros, estes driblam a barreira contratando formalmente um de seus parentes. Como no gramado, bastam regras e juízes que punam os transgressores.
No mais, que o Brasil aprenda com o que os dirigentes e jogadores alemães fizeram para renovar o futebol nacional depois da sua vexatória eliminação da Eurocopa em 2004. Como relatou o repórter Jamil Chade no Estado de quinta-feira, eles traçaram e foram fiéis a um plano de renovação de quadros, no qual investiriam ao longo do tempo US$ 1 bilhão. Minguaram as contratações de estrangeiros em benefício do talento local. Os ingressos foram congelados. Ainda assim, o campeonato alemão é o mais rentável da Europa. Os clubes são prósperos. O Bayern de Munique tem 11 times completos - fora a equipe principal. E o Estado não teve nada com isso.
Fonte: aqui

Talento demais pode prejudicar equipes esportivas?

A ciência parece ter encontrado uma explicação para o fato de supertimes nem sempre se darem bem nas competições esportivas: talento demais. Isso mesmo.

Uma nova pesquisa indica que, após um certo ponto, a adição de mais superestrelas em uma equipe pode realmente ser prejudicial, resultando em pior desempenho do conjunto. Lembra da seleção brasileira na Copa de 2006, que tinha Kaká, Adriano, Ronaldinho, Ronaldo? Pois é.

A pesquisa, liderada pelo professor Roderick Swaab, da escola internacional de negócios INSEAD, mostra que a presença de muitos indivíduos muito talentosos pode minar a disposição dos jogadores para coordenarem as ações como um time, o que pode comprometer a eficácia do trabalho em equipe e o desempenho geral. Os resultados também revelam, porém, que a maioria das pessoas supõem o contrário, acreditando que acumular talento é a chave para o sucesso da equipe.

“A maioria das pessoas acredita que a relação entre talento e desempenho da equipe é linear – quanto mais sua equipe está repleta de talento, melhor ela vai se sair. No entanto, esta pesquisa documenta um efeito ‘talento demais’, que revela que, para as equipes que exigem altos níveis de interdependência, como no futebol e no basquete, o talento facilita o desempenho da equipe, mas só até certo ponto. Além deste ponto, os benefícios da adição de mais talentos vão diminuir e, eventualmente, prejudicar o desempenho da equipe porque eles não conseguem coordenar suas ações”, explica Swaab.

A pesquisa indica que o efeito talento demais só emerge em esportes que exigem um alto nível de interdependência entre os jogadores. Para esportes mais individualistas, como o beisebol, por exemplo, níveis muito elevados de talento não parecem prejudicar o desempenho.

Voltando ao exemplo de 2006: a seleção brasileira daquela Copa tinha, pelo menos, quatro jogadores espetaculares do meio para frente, mas que nunca conseguiram funcionar como um time. Parecia que cada um anulava o talento do outro. Naquele mesmo mundial, a final foi entre França e Itália. Se olharmos a parte ofensiva daqueles times, ambos possuíam um grande destaque no meio campo – Andrea Pirlo e Zinedine Zidane – e alguns excelentes coadjuvantes, que poderiam desempenhar o papel de estrelas, como Thierry Henry, pelo lado francês, e Francesco Totti e Alessandro Del Piero, pelo lado italiano, mas que não estavam exatamente no auge de suas carreiras.

O resto das escalações de ambos os times era formada pelos famosos “carregadores de piano”: não tão badalados, mas eficientes nas suas tarefas. Obviamente, esta não é uma regra absoluta. A seleção brasileira de 1970 é um bom exemplo disso.

“Na Copa do Mundo de 2014, há muitos times com uma lista de titulares impressionante, com os melhores jogadores do mundo atuando. No entanto, os treinadores que simplesmente montarem seus times com as supersestrelas à disposição podem, ao contrário da crença popular, voltar para casa mais cedo”, alerta Swaab.

Enquanto treinadores e comissões técnicas estão acostumados a lidar com esse tipo de situação, a lição pode ser levada para a sala de reuniões de grandes empresas.

“Como as equipes esportivas, as equipes nas organizações variam em seus níveis de interdependência. Quando o sucesso da equipe só depende da acumulação de desempenho individual (por exemplo, nas equipes de vendas), a empresa pode se concentrar em obter os indivíduos mais talentosos a bordo”, explica Swaab. “No entanto, essas mesmas estratégias podem prejudicar a coordenação de forma eficaz quando o sucesso da equipe depende de altos níveis de interdependência, como, por exemplo, nas equipes de estratégia. Quando a interdependência entre os membros da equipe é alta, as organizações poderiam contratar uma mistura de indivíduos com talento acima da média e outros com potencial dentro da média, ou investir mais na formalização dos papéis, graus e responsabilidades”, sugere.

A pesquisa foi realizada utilizando os dados dos período das eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 2010 e 2014 e das temporadas entre 2002 e 2012 da Associação Nacional de Basquetebol dos Estados Unidos (NBA) e da Major League Baseball (MLB), também nos EUA. Uma quantidade sem precedentes de informações, incluindo dados de coordenação dentro dos campos e das quadras, permitiu a mensuração de desempenho das equipes em relação à quantidade de talento que elas tinham na teoria.


Fonte: Aqui e aqui

12 julho 2014

Rir é o melhor remédio


Edital para o Mestrado em Ciências Contábeis da UFU

Informações sobre o mestrado em contabilidade da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), via Blog Convergência Contábil:

[...] o edital do processo seletivo para ingresso no mestrado em ciências contábeis da FACIC UFU foi publicado e está disponível no link http://www.ppgcc.facic.ufu.br/node/53Aqueles que tiverem interesse estão convidados participar do processo seletivo

A genética dos vieses financeiros

Segue o resumo de um paper publicado no Journal of Financial Economics:

For a long list of investment “biases,” including lack of diversification, excessive trading, and the disposition effect, we find that genetic differences explain up to 45% of the remaining variation across individual investors, after controlling for observable individual characteristics. The evidence is consistent with a view that investment biases are manifestations of innate and evolutionary ancient features of human behavior. We find that work experience with finance reduces genetic predispositions to investment biases. Finally, we find that even genetically identical investors, who grew up in the same family environment, often differ substantially in their investment behaviors due to individual-specific experiences or events. 

O artigo pode ser baixado aqui

Mesmo se perder terceiro lugar, Brasil levará R$ 44 mi da Fifa


Apesar de estar de fora da disputa do título, a seleção brasileira não sairá da Copa do Mundo de mãos vazias - mesmo que perca a disputa do terceiro lugar para a Holanda, neste sábado, em Brasília. Isso porque a premiação oferecida pela Fifa para o time que terminar em quarto lugar na Copa do Mundo é de US$ 20 milhões (R$ 44,44 milhões).

Caso supere a Holanda no Estádio Mané Garrincha, no sábado, a Confederação Brasileira de Futebol sairá da Copa do Mundo com R$ 22 milhões (R$ 48,89 milhões) mais rica. Parte deste valor será distribuído como prêmio ao elenco e comissão técnica.

Além de dar o título de campeão do mundo, o vencedor da partida de domingo, no Maracanã, receberá da Fifa US$ 35 milhões (R$ 77,78 milhões), cinco milhões de dólares a mais do que o segundo colocado.

De acordo com a Fifa, ao final da Copa do Mundo US$ 358 milhões (R$ 795,55 milhões) terão sido distribuídos em prêmios às 32 seleções que participaram do Mundial. (AE)

Fonte: Aqui