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13 junho 2014

Posicionamento do Blog sobre cotas

Caro Leitor Anônimo,

Em duas postagens sobre cotas, o senhor utilizou argumentum ad hominem para responder a Isabel, autora deste blog. Se o senhor é a favor de cotas para negros, utilize contextos e palavras respeitosas para defender seu posicionamento. Entendemos a cota aos deficientes físicos. Apoiamos. Apresente as suas justificativas para as cotas raciais e aí, quem sabe, mudemos de opinião. 

Mas não aceitaremos que a nossa página, como ocorre em outras, vire palco para desrespeito e debates de baixa qualidade argumentativa. Nós postamos o que condiz com a nossa opinião. Não é o nosso objetivo mostrar as diversas nuances de cada assunto aqui tratado. O mundo não é preto e branco. Não o enxergamos assim. Não escreveremos dissertações com parágrafo a favor, um segundo contra, finalizando com um parágrafo conclusivo. Leia outro veículo se é isso que espera.

Não ataque, intimidade ou ameace os nossos blogueiros. Entrar neste espaço para desqualificar ou humilhar os autores do Blog Contabilidade Financeira- um empreendimento de propagação de informação, cultura e entretenimento- é extremamente  desrespeitoso e abusivo. O Blog é fruto de muito trabalho e dedicação. Respeitamos todos os leitores e não destratamos ninguém. Estamos abertos ao debate, mas por favor, faça-o com modos ou não o faça.

Por fim, ressaltamos que, até o momento, o Blog Contabilidade Financeira é contra cotas para negros.




Cientistas Lego

The 84-year-old toy brand releases its first all-female scientists minifigure set this summer.


A Lego set featuring a female astronomer, a female paleontologist, and a female chemist will be released in August.

Fonte: National Geographic

12 junho 2014

Notícias do CFC

Vladmir Almeida publica três notícias do CFC: (1) a publicação de um livro sobre eleições transparentes; (2) norma sobre relatório do auditor independente em instituição financeira; (3) nova identidade visual do sistema CRC

Rir é o melhor remédio


Curso de Contabilidade Básica: Ativos Financeiros mensurados a valor justo

É muito comum nas empresas que a grande maioria dos ativos esteve concentrada em duas ou três contas. Nestas situações, o usuário deve tomar um cuidado redobrado com estes itens e com aqueles índices onde estas contas aparecem. E se uma conta representar 80% do ativo? Neste caso, o cuidado deve ainda ser maior.

Esta é a situação da Multiplus. No último balanço, o valor de “ativos financeiros mensurados ao valor justo” foi de 1,25 bilhão para um ativo de 1,54 bilhão. Isto representa 81% do ativo (em 2012 era 65%):

Observe o leitor que ao lado do nome da conta tem uma indicação de uma nota explicativa. Diante da elevada percentagem é quase obrigatório à leitura desta nota. Vamos ao seu texto:

Esta parte inicial é para mostrar como são calculados os instrumentos financeiros. No nível 1 estão os instrumentos que possuem mercados ativos e seu valor é fácil de identificar. No nível 3 são os ativos que são estimados de maneira mais “precária”. Assim, devemos ficar mais tranquilos com a mensuração do nível 1, mas não tão tranquilos com o nível 3. A empresa informa qual a parcela de ativos estão em cada nível através de uma tabela. Destacamos os valores do final de 2013:

É possível notar que a esmagadora maioria são investimentos do nível 1, ou seja, aqueles onde é fácil fazer a estimativa. Mas o que seriam os “fundos de investimento restrito”. A própria tabela informa que são “aplicações em títulos públicos, privados e CDBs”. Só isto. 80% do ativo de uma empresa aplicados num ativo sem muita informação.
A empresa, neste caso, deveria detalhar qual a parcela aplicada em cada um destes itens. Mais recentemente, no primeiro trimestre de 2014, a empresa apresentou a seguinte informação sobre estes ativos (que representam ainda 80% do ativo):


Melhorou? Honestamente não.


Frase

Cada vez que você ver a palavra EBITDA substitua pelas palavras "bulls*it earnings´

Charlie Munger - Fonte: Aqui

Mais sobre cotas e educação

“Nada tão permanente como um programa temporário de governo”, dizia Milton Friedman. Duas piadas de mau gosto são repetidas há anos quando o assunto é cotas raciais: que se trata de uma medida temporária para combater injustiças históricas, e que se limitarão à ajuda básica para nivelar as oportunidades.

Qual governante vai ter a coragem de retirar um privilégio concedido a um grupo organizado? Nenhum. A medida será permanente, segregando o país entre “negros” e “brancos” para sempre. E quem disse que as cotas ficarão restritas ao apoio básico para igualar oportunidades? Nada disso. O governo vai arrombar cada vez mais espaços para estender tais privilégios, pois quando se dá a mão, logo se pede o braço todo.

Primeiro, cotas para universidades, pois o ensino básico é ruim. Não resolvem nada? Os universitários cotistas saem sem condições de igualdade para participar de concursos? Então cotas para concursos públicos! De quanto? 20%. Por quanto tempo? 10 anos. As piadas sem graça…

O Frei David Santos, da ONG Educafro, um dos grandes defensores das cotas para concursos públicos, a ponto de ter sido convidado pela presidente Dilma para a assinatura da medida, agora já começa a criticar a regra. Os 20% são muito pouco, diz ele. Tem que ser 35%! E quem vai julgar? 

Pode haver abuso. É preciso, portanto, criar um “tribunal racial” para verificar quem é negro mesmo: Se não tivermos uma fiscalização no critério da autodeclaração, haverá uma enxurrada de processos. Essa lei precisa ser emendada logo. Em um mundo ideal, onde todos agissem de boa-fé, não precisaria haver comissão. Não é o caso.

Fiscalizadores da raça! Eis o que essa gente vai instaurar no Brasil, e que remete aos tempos nazistas. Teremos um tribunal cobrando provas dos ancestrais? Teremos burocratas comparando fenótipos e determinando quem pode ser visto como negro, em um país miscigenado em que 40% se declara pardo?

Seria o caso de perguntar, como quem não quer nada: por acaso o próprio Frei David Santos passaria por esse critério subjetivo? Não esqueço de um Fórum da Liberdade em Porto Alegre, em que ele defendia as cotas para negros, enquanto o outro palestrante, Franklin Cudjoe, africano de Gana e realmente negro, com pele bem mais escura do que o frei mulato, atacava com veemência a medida que segrega a única raça existente, a humana, em dois grupos distintos. O contraste era digno de uma propaganda da Benetton…

Rodrigo Constantino