Copa do mundo é tempo de aprender geografia. Ou rir dos erros de geografia dos jornalistas. Eis o mapa do periódico L´Equipe:
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10 junho 2014
Curso de Contabilidade Básica: Informações adicionais sobre Empréstimos e Financiamentos
Os empréstimos e financiamentos representam uma fonte
inestimável de recursos para as empresas. Mas representa também uma fonte de
preocupação: afinal, grandes volumes de passivos onerosos, caso destes itens,
aumentam o risco da empresa. Numa empresa, é comum que além das informações
sobre os montantes de empréstimos e financiamentos também sejam apresentadas
dados adicionais para melhorar a análise do usuário.
Vejamos o caso da Via Varejo, a
empresa que abriga duas das marcas mais conhecidas do Brasil, o Ponto Frio e as
Casas Bahia. A figura a seguir apresenta o balanço patrimonial trimestral:
É possível notar que os recursos de terceiros de curto prazo
representam 57% do ativo. Destes, 3,1 bilhões e 0,7 bilhão são de empréstimos e
financiamentos, de curto e longo prazo. Isto significa que 29% do ativo são
financiados com recursos onerosos de terceiros. Nas notas explicativas da empresa
existem algumas informações adicionais que são importantes para uma análise
mais aprofundada. Vamos destacar duas delas. A primeira é a movimentação dos
empréstimos. Esta pequena tabela mostra o que ocorreu de movimentação para
justificar o comportamento dos empréstimos da empresa.
A tabela mostra que a empresa captou 1,2 bilhão de reais de
empréstimos. Mas amortizou 1,35 bilhão. A outra informação que destacamos aqui
é o cronograma de vencimento de empréstimos e financiamentos classificados como
não circulantes.
É possível notar que a maior parte do valor irá vencer em
2015. Ou seja, o passivo não circulante, de “looongoo prazo” não é tão “looongoo”
assim.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Confusão
Stephen Kanitz postou o seguinte no Facebook:
Alguém sabe qual o total de impostos pagos pelas 500s maiores empresas do Brasil?
Era um dado que eu compilava para Melhores e Maiores, mas que deixaram de publicar, além de dezenas de outros benchmarks administrativos.
Uma pena.
Sentindo atingidos, os atuais responsáveis técnicos da revista fizeram uma resposta bastante pesada, que Claudia Cruz reproduziu no seu blog:
Há quase duas décadas o Administrador Stephen Kanitz cessou de compilar os dados técnicos para a publicação anual Melhores e Maiores, da Revista EXAME, e a continuidade da mesma foi contratada com a FIPECAFI – Fundação de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, sob responsabilidade direta dos Contadores Professores Ariovaldo dos Santos e Nelson Carvalho.
Recentemente, Kanitz postou comentários não apenas desairosos e ofensivos à qualidade da publicação atual como também aos responsáveis por seu preparo, e cumpre que nos posicionemos perante tal conduta imprópria e pouco ética da parte dele.
Lamentável saber que o Administrador Kanitz, aposentado, continua, exatamente igual quando na ativa, tratando/estudando certas questões com pouca ou nenhuma profundidade. Senão vejamos:
· O Administrador questiona se alguém sabe o total de impostos pagos pelas 500s maiores empresas do Brasil e adiciona que esse era um dado que (ele) compilava para MM e que deixou de ser publicado.
· Pois bem, no tempo em que o questionador/Administrador era responsável por Melhores e Maiores, até 1995, a revista não publicava valores dos impostos. Só passou a publicar a coluna com valores de impostos sobre vendas a partir de 1997, com a compilação de dados técnicos já sob a gestão da FIPECAFI.
· A partir de 2012, na lista das 500 maiores, visando um maior aperfeiçoamento da informação que já vínhamos há anos divulgando após – e apenas após – assumirmos a coordenação técnica da Revista - substituímos a coluna “impostos sobre vendas” pela mais ampla, de “tributos”, mas é provável que o referido Administrador não tenha, mais uma vez, atentado para isso com a profundidade minimamente necessária. Aliás, na página 65 da edição de 2013, até destacamos as 10 empresas que mais pagaram tributos dentre as que examinamos. Cabe esclarecer ao Senhor Administrador que “tributos” incluem impostos e contribuições sobre vendas e lucros, além de outros (veja exemplos listados na página 276 dessa mesma edição).
· O Administrador também afirmou que é triste ver a equipe de Melhores e Maiores comparar valor adicionado com patrimônio e questiona a comparação de fluxo com estoque – esquece o Administrador que o “estoque” Patrimônio é formado, dentre outras origens, por acumulação de “fluxos” de valores adicionados, dentre os quais está o que o jargão contábil consagrado denomina de “lucro”
· Pois é, triste não é comparar valor adicionado com patrimônio (fluxo com estoque), triste é ver que o Administrador esqueceu-se que em Melhores e Maiores de 1995, do tempo que ele compilava, já se calculava, e nós continuamos fazendo isso porque está correto, o giro nos estoques. Isso é o que? Fluxo com fluxo, estoque com estoque ou fluxo com estoque?
· Reiteramos lamentar termos sido vítimas de afirmações gratuitas, incorretas e desprovidas de qualquer conceito técnico/lógico em redes sociais. Devem tais manifestações ser entendidas como incompetência, desonestidade intelectual ou simplesmente má intenção? (Nelson Carvalho e Ariovaldo dos Santos)
Alguém sabe qual o total de impostos pagos pelas 500s maiores empresas do Brasil?
Era um dado que eu compilava para Melhores e Maiores, mas que deixaram de publicar, além de dezenas de outros benchmarks administrativos.
Uma pena.
Sentindo atingidos, os atuais responsáveis técnicos da revista fizeram uma resposta bastante pesada, que Claudia Cruz reproduziu no seu blog:
Há quase duas décadas o Administrador Stephen Kanitz cessou de compilar os dados técnicos para a publicação anual Melhores e Maiores, da Revista EXAME, e a continuidade da mesma foi contratada com a FIPECAFI – Fundação de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, sob responsabilidade direta dos Contadores Professores Ariovaldo dos Santos e Nelson Carvalho.
Recentemente, Kanitz postou comentários não apenas desairosos e ofensivos à qualidade da publicação atual como também aos responsáveis por seu preparo, e cumpre que nos posicionemos perante tal conduta imprópria e pouco ética da parte dele.
Lamentável saber que o Administrador Kanitz, aposentado, continua, exatamente igual quando na ativa, tratando/estudando certas questões com pouca ou nenhuma profundidade. Senão vejamos:
· O Administrador questiona se alguém sabe o total de impostos pagos pelas 500s maiores empresas do Brasil e adiciona que esse era um dado que (ele) compilava para MM e que deixou de ser publicado.
· Pois bem, no tempo em que o questionador/Administrador era responsável por Melhores e Maiores, até 1995, a revista não publicava valores dos impostos. Só passou a publicar a coluna com valores de impostos sobre vendas a partir de 1997, com a compilação de dados técnicos já sob a gestão da FIPECAFI.
· A partir de 2012, na lista das 500 maiores, visando um maior aperfeiçoamento da informação que já vínhamos há anos divulgando após – e apenas após – assumirmos a coordenação técnica da Revista - substituímos a coluna “impostos sobre vendas” pela mais ampla, de “tributos”, mas é provável que o referido Administrador não tenha, mais uma vez, atentado para isso com a profundidade minimamente necessária. Aliás, na página 65 da edição de 2013, até destacamos as 10 empresas que mais pagaram tributos dentre as que examinamos. Cabe esclarecer ao Senhor Administrador que “tributos” incluem impostos e contribuições sobre vendas e lucros, além de outros (veja exemplos listados na página 276 dessa mesma edição).
· O Administrador também afirmou que é triste ver a equipe de Melhores e Maiores comparar valor adicionado com patrimônio e questiona a comparação de fluxo com estoque – esquece o Administrador que o “estoque” Patrimônio é formado, dentre outras origens, por acumulação de “fluxos” de valores adicionados, dentre os quais está o que o jargão contábil consagrado denomina de “lucro”
· Pois é, triste não é comparar valor adicionado com patrimônio (fluxo com estoque), triste é ver que o Administrador esqueceu-se que em Melhores e Maiores de 1995, do tempo que ele compilava, já se calculava, e nós continuamos fazendo isso porque está correto, o giro nos estoques. Isso é o que? Fluxo com fluxo, estoque com estoque ou fluxo com estoque?
· Reiteramos lamentar termos sido vítimas de afirmações gratuitas, incorretas e desprovidas de qualquer conceito técnico/lógico em redes sociais. Devem tais manifestações ser entendidas como incompetência, desonestidade intelectual ou simplesmente má intenção? (Nelson Carvalho e Ariovaldo dos Santos)
Cox ataca a convergência
Chris Cox foi chairman da SEC no início do século. Durante seu período, entre 2005 e 2009, Cox defendeu a ideia da convergência. Recentemente, porém, Cox deu declarações incisivas CONTRA a convergência com o Iasb. Veja trecho da Compliance Week (via aqui):
American capital markets simply can't be served by the international accounting rulemaking process, making it clear that International Financial Reporting Standards won't be adopted in the United States “in our lifetime,” said Chris Cox, former chairman of the Securities and Exchange Commission.
In a candid dissection of the history of the convergence movement and how it derailed, Cox said during a keynote speech at an SEC conference in California last week he's not interested in promoting U.S. adoption of International Financial Reporting Standards in the United States. “Today, I come to bury IFRS, not to praise them,” he said. “The fact is, far too much time has gone by with no meaningful progress. I think we have to fairly conclude that the moment has passed. Full-scale adoption of IFRS in the United States might once have been possible, but it is no longer. This is not a prognosis. It's just a statement of fact.”
American capital markets simply can't be served by the international accounting rulemaking process, making it clear that International Financial Reporting Standards won't be adopted in the United States “in our lifetime,” said Chris Cox, former chairman of the Securities and Exchange Commission.
In a candid dissection of the history of the convergence movement and how it derailed, Cox said during a keynote speech at an SEC conference in California last week he's not interested in promoting U.S. adoption of International Financial Reporting Standards in the United States. “Today, I come to bury IFRS, not to praise them,” he said. “The fact is, far too much time has gone by with no meaningful progress. I think we have to fairly conclude that the moment has passed. Full-scale adoption of IFRS in the United States might once have been possible, but it is no longer. This is not a prognosis. It's just a statement of fact.”
Listas: As ligas esportivas com maior público
2. Bundesliga (futebol, Alemanha) = 41.914
3. Premier Leauge (futebol, Inglaterra) = 35.903
4. AFL (Austrália) = 32.163
5. MLB (Basebal, EUA) = 30.514
6. CFL (Canadá) = 27.005
7. NPB (Basebal, Japão) = 25.518
8. La Liga (Futebol, Espanha) = 25.464
9. IPL (criquete, Índia) = 23.763
10. Série A (futebol, Itália) = 23.300
Fonte: Aqui
09 junho 2014
Curso de Contabilidade Básica: Quando não entendemos a lógica
Quando aprendemos contabilidade básica são comuns exemplos
simples. A vida real é muito complicada, já que uma empresa possui muitas
transações. Ao observarmos uma demonstração contábil lidamos com situações que
nem sempre conseguimos “explicar”. Isto é bastante comum para o usuário
externo.
Vamos mostrar isto com a empresa de logística Vix e seu balanço de 31 de dezembro de 2013. Reproduzimos e destacamos o lado
direito do balanço consolidado:
Veja a conta de “empréstimos e financiamentos”. No curto prazo a empresa dobrou este valor; no longo prazo ocorreu um crescimento perto de 40 milhões de reais (os valores estão em milhares de reais). Se o leitor tiver a curiosidade de somar os itens destacados temos que no final de 2012 o valor de empréstimos e financiamentos, de curto e longo prazo, era de R$475 milhões de reais; um ano depois, o montante chegou a R$593 milhões, um aumento de R$117 milhões, aproximadamente.
Usando novamente dados consolidados, apresentamos para o
leitor a demonstração do resultado da mesma empresa:
Como estamos tratando de empréstimos e financiamentos,
destacamos uma despesa relacionada com este item do passivo: as despesas
financeiras. Observe que ocorreu um aumento, de 57 milhões de reais para 65
milhões.
Continuamos. Agora iremos reproduzir um trecho da
demonstração dos fluxos de caixa. Mais especificamente a parte relacionada com
os empréstimos. (Para fins didáticos, só reproduzimos um trecho desta
demonstração):
Em 2013 a empresa captou 56 milhões de empréstimos e pagou
81 milhões. Ou seja, em termos líquidos, a empresa reduziu seus empréstimos em
25 milhões de reais. Mas pelas contas que fizemos anteriormente ocorreu um
aumento de 117 milhões nos empréstimos. O que poderia explicar esta diferença?
Uma possível explicação recebe o nome de despesas financeiras. Mas este item
foi de 65 milhões. Outra resposta são outros tipos de variações que não
influenciam no caixa. Uma destas mudanças são as variações cambiais. Destacamos
estas variações na figura acima: 40 milhões (o valor é um pouco diferente já
que estão contemplado também os juros. Outro destaque é o fato de que estas variações
já estão somadas nas despesas financeiras, conforme a nota explicativa).
Fica o desafio para o leitor tentar uma explicação
adicional. Quem se arrisca?
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
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