Translate

12 maio 2014

Bitcoin bancando campanha política


Saiu no The Guardian e na Galileu:

As campanhas eleitorais norte-americanas estão mais ligadas à tecnologia daqui para frente. A Comissão Eleitoral Federal dos EUA anunciou que políticos e comitês de ação política podem aceitar de forma legal bitcoin como contribuição.

A entidade atendeu a um pedido de um coletivo chamado Make Your Laws (faça suas leis), que defende a substituição da democracia representativa por uma "democracia líquida", em que os indivíduos estejam mais diretamente envolvidos com o processo legislativo.

No entanto, a comissão não permitirá anonimato nas doações: o político precisará de uma lista com nome, endereço e ocupação do doador antes que possa aceitar a moeda virtual. [...]

Os políticos e grupos de ação não podem gastar, contudo, o dinheiro em bitcoin. É necessário que convertam para dólares. A decisão não aborda de forma clara outras moedas virtuais, como o dogecoin.


Ficou mais caro ganhar na mega


Poxa!

Saiu no G1:

"Caixa aumenta preço da aposta da Mega-Sena, Lotofácil e Quina"

Ainda bem que eu não jogo. Mas como boa brasileira tenho sim esperanças de ganhar, ora pois. ;)

Mas leiam só:

As apostas da Mega-Sena, Lotofácil e Quina estão mais caras após reajuste autorizado pela portaria nº 46 publicada no "Diário Oficial da União", em abril de 2014.

Desde o último sábado (10), o preço da aposta de 15 números da Lotofácil subiu de R$ 1,25 para R$ 1,50 (concurso 1.054). No caso da Mega-Sena, os preços da aposta mínima (de seis números) passaram de R$ 2 para R$ 2,50 no último domingo (11) (concurso 1.599). Para a Quina, o valor da aposta de 5 números, que era de R$ 0,75, foi reajustado para R$ 1 (concurso 3.486). As apostas com 6 números custarão R$ 4, e as com 7 números, R$ 10.
Os valores da premiação fixa das apostas vencedoras com 11, 12 e 13 números da Lotofácil foram reajustados para, respectivamente, R$ 3, R$ 6 e R$ 15.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, que administra a Mega-Sena e outras loterias oficiais no país, o último reajuste nos preços da Mega-Sena e da Lotofácil foi em setembro de 2009. No caso da Quina, foi em janeiro de 2011.

Telefonia celular

Os Correios deverão começar a oferecer, até o fim do ano, serviços de telefonia celular. A autorização do Ministério das Comunicações para a prestação de serviços de telefonia móvel virtual, chamada de MVNO (Mobile Virtual Network Operator, ou operadora móvel com rede virtual, em tradução livre), foi divulgada na semana passada e permite que a estatal firme parceria com empresas do setor de telecomunicações para oferecer o serviço a seus clientes.

A primeira etapa de atuação dos Correios, prevista para ser implantada em outubro, terá a comercialização de chips e recarga de créditos. A segunda etapa incluirá venda de aparelhos e está prevista para o primeiro semestre de 2015. A previsão é levar o serviço a 8 milhões de pessoas em cinco anos, tanto nos grandes centros, como em localidades menores e mais remotas. O serviço de MVNO consiste na prestação do serviço móvel celular por meio da rede de uma operadora tradicional, atuando sem rede própria em nichos de mercado onde as operadoras tradicionais não tenham interesse de atuar.

TODA A REDE DE AGÊNCIAS SERÁ UTILIZADA
O regulamento que criou o operador virtual foi aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em em 2010, para permitir o ingresso no mercado de prestadores que não têm licença para uso de frequências nem infraestrutura de rede de telecomunicações. Para prestar o serviço, os operadores virtuais precisam firmar acordos comerciais com operadores móveis tradicionais, que têm licença e infraestrutura em operação. As empresas que oferecem o serviço alternativo têm obrigações semelhantes às de uma empresa tradicional de telefonia móvel, inclusive no cumprimento do Código de Defesa do Consumidor.

No caso dos Correios, a prestação do serviço deverá se basear em participação acionária dos Correios em uma empresa brasileira de telecomunicações, com base na nova estratégia empresarial da estatal. A empresa que fará essa parceria ainda não foi anunciada.

Segundo os Correios, a presença rede de agências dos Correios [...] pode melhorar o acesso do cidadão ao serviço de telefonia celular. Toda a rede de agências no Brasil será utilizada.

PARCERIA COM GRUPO ITALIANO
Em fevereiro, os Correios e o grupo italiano Poste Italiane firmaram acordo para o lançamento do MVNO no Brasil. Na parceria com o grupo italiano, os Correios contribuem com a capilaridade da rede de atendimento e o grupo italiano entra com sua experiência. A Poste Mobile, lançada em 2007, é líder no mercado de MVNO na Itália, com 3 milhões de clientes.

No Brasil, a Porto Seguro foi a primeira operadora móvel virtual a entrar em operação, em 2012. A empresa adotou o modelo de autorizada de rede virtual e utiliza a rede da TIM. Atualmente, a empresa tem 103,2 mil acessos ativos, com participação de 0,04% no mercado.

Por Sabrina Craide (repórter da Agência Brasil).

11 maio 2014

Rir é o melhor remédio


Pesquisas do Banco Mundial

Os técnicos do Banco Mundial tinham a sensação de que ninguém ouvia o que eles diziam. Foram investigar e descobriram que a situação era pior do que imaginavam.
Um levantamento do banco mostra agora que um terço dos arquivos PDF contendo os estudos realizados por seus qualificados economistas nunca recebeu nenhum --nenhum, zero-- download.
Outros 40% foram baixados menos de 100 vezes. Apenas 13% dos trabalhos tiveram mais de 250 corajosos interessados em lê-los.
Os temas dos trabalhos variam de análises gerais sobre a macroeconomia internacional até coisas superespecíficas como "Detectando a expansão urbana e a segurança na posse da terra: o caso de Bahir Dar e Debre Markos, no interior da Etiópia". De 2008 a 2012, o Banco Mundial publicou cerca de 1.500 estudos em PDF no seu site.
É possível que os artigos tenham sido distribuídos de outras maneiras, como por e-mail ou versões impressas.
"Ainda assim, é justo assumir que muitos relatórios com boas ideias nunca foram lidos por ninguém além do autor e de um editor. Talvez a mãe do autor", escreve o jornalista Christopher Ingraham no seu blog no "Washington Post".

Entrevista com Sérgio Lazzarini



Privatizar ou estatizar? O tema é sensível às vésperas de uma campanha presidencial –ainda mais em meio à criação de uma CPI da Petrobras .

Os professores Sérgio Lazzarini, do Insper, e Aldo Musacchio, de Harvard, mostram no livro "Reinventing State Capitalism" (Reinventando o Capitalismo de Estado) que a discussão é mais profunda do que demonstra o oportunismo com que a tratam alguns políticos.

A obra indica que o "capitalismo de Estado" se reinventou nos últimos anos. Os países abriram o capital de suas estatais para melhorar a gestão ou privatizaram e mantiveram participações minoritárias nelas.


Zé Carlos Barreta/Folhapress


"Os investidores não fogem das estatais. Eles só querem boas estatais", disse Lazzarini à Folha, sobre a queda das ações da Petrobras . Lançado nos EUA, o livro deve sair no Brasil em outubro pela Companhia das Letras.

Folha - O que é o "capitalismo de Estado"?

Sergio Lazzarini - Quando se fala em "capitalismo de Estado", o que vem na cabeça é uma estatal tradicional como os Correios. Mas hoje os governos participam das empresas por meio de participações acionárias, que podem ser majoritárias, como na Petrobras , ou minoritárias, como as fatias do BNDES em diversas companhias.

Como o "capitalismo de Estado" se reinventou?

O Estado se expandiu muito após a crise de 1929. Na América Latina e na Ásia, o setor público cresceu quando os países tiveram que se industrializar.

Por necessidade ou ideologia, os governos abraçaram a economia e foram tentados a fazer políticas que suportavam seus interesses. Nos anos 1980, esse modelo de estatal faliu e vieram as privatizações.

O que ocorreu?

Ao contrário do que se pensa, o Estado permaneceu nas empresas com participações minoritárias. A Vale é um caso típico no qual o bloco de controle é formado por empresas privadas, BNDES e fundos de pensão. Em tese isso pode ser positivo, pois é gestão privada com participação do governo para suprimir falhas de mercado, como captar recursos para um grande projeto.

Em vários países, também ocorreu a transformação das grandes estatais em corporações. São estatais listadas em Bolsa, transparen- tes, que atraem investidores externos. A Petrobrasteoricamente passou por isso.

Esses modelos foram deturpados?

Se as instituições não são sólidas, a estatal é capturada de novo pelo governo. Não adianta a empresa ser listada em Bolsa se a presidente dá uma canetada para segurar o preço da gasolina.

Também não adianta um banco de desenvolvimento apoiar empresas se não houver critério de alocação de recursos e forem escolhidas campeãs nacionais.

Comparamos a norueguesa Statoil com a Petrobras . Lá o presidente não é sujeito a interferência política, há muitos conselheiros externos e o órgão regulador é forte.


Uma empresa estatal deve ter objetivos sociais?

Se a empresa não tem objetivo social, por que ser estatal? É natural que ela queira desenvolver setores que o setor privado não atende. Tudo bem se isso for claro e estável. Se os investidores soubessem qual é a política de reajuste de preços da Petrobras , não haveria problema.

A Petrobras é o grande exemplo de "capitalismo de Estado" no Brasil e vive uma grave crise. Como resolver?

No final dos anos 1990, a Petrobras estava se modernizando e melhorando sua governança. Mas começou a ser utilizada para fins políticos e até geopolíticos, como a parceria com a PDVSA (estatal venezuelana). O golpe de misericórdia foi o controle do preço da gasolina.

É preciso reforçar o conselho com técnicos, fortalecer a agência reguladora e definir um modelo previsível de reajuste da gasolina.

Qual é o futuro do "capitalismo de Estado"?

A participação do Estado nas empresas veio para ficar e cada país terá o seu modelo, que vai depender do impacto na opinião pública. O fato é que não dá para usar as estatais para fins eleitorais e controle direto da economia. Um dia a conta chega.


Fonte: aqui

Pedra, papel e tesoura

Essa é para você que achava que as suas vitórias no joquempô estavam totalmente jogadas ao acaso. Para tentar encontrar uma probabilidade e entender melhor a dinâmica dos resultados do pedra-papel-tesoura, um equipe de pesquisadores da Universidade de Zhejiang, na China, usou a teoria clássica dos jogos para acompanhar de pertinho os movimentos e escolhas de 360 voluntários em um inusitado campeonato de joquempô.

No caso desse jogo, acredita-se que o jogador tem a mesma probabilidade de escolher cada uma das opções (pedra, papel ou tesoura) em cada rodada. Isso pode ser explicado através do conceito de Equilíbrio de Nash – desenvolvido pelo cientista John Forbes Nash Jr., que ficou mundialmente famoso após ter sua história contada no filme Uma Mente Brilhante (2001), onde foi interpretado pelo ator Russell Crowe.

No torneio chinês, cada participante escolheu ou pedra, ou papel ou tesoura cerca de um terço do tempo, assim como o Equilíbrio de Nash prevê. No entanto, os pesquisadores descobriram outro padrão que realmente podem ajudar você a ganhar uma partida.

A estratégia de ouro
Esse padrão é baseado na estratégia “ganha continua, perde muda”.
Os jogadores que ganham com uma determinada escolha tendem a permanecer com ela, seguindo a velha e tradicional máxima do “em time que está ganhando não se mexe”. Em contrapartida, os jogadores que perdem com uma determina jogada, tendem a mudar de ideia na rodada seguinte, mas também tendem a fazer isso na ordem do nome do jogo: pedra, papel, tesoura. Eu explico.

Se, por exemplo, um jogador perde com papel, a maior probabilidade é que ele escolha tesoura para a próxima rodada. Se perde com tesoura, as chances de ele jogar com pedra na próxima vez são maiores. E assim por diante.

Então, resumindo, tudo é uma questão de prestar atenção. Se você se basear nessa estratégia, pode ter uma dica muito melhor de qual será o movimento do seu adversário e, então, antecipá-lo com um movimento que o vença.

A estratégia do “ganha continua, perde muda” é uma resposta condicionada na teoria dos jogos que os pesquisadores acreditam ser uma resposta automática do cérebro humano. Prever os movimentos de um adversário depois de uma ou duas rodadas não deve ser muito difícil.
Teste com seus amigos e conte pra gente nos comentários se deu certo!

Autor: Gabriela Mateos
Science Alert e HypeScience