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04 maio 2014

Viés da Mídia: uma questão de causa e efeito



Consumers of the news, both from television and print, sometimes feel that they are getting not just the facts but also a sizable dose of ideological spin. Yet have you ever wondered about the root cause of the varying political slants of different media outlets?

That is precisely the question that a young economist, Mathew Gentzkow, has been asking. A professor at the Booth School of Business at the University of Chicago, Mr. Gentzkow was recently awarded the John Bates Clark Medal by the American Economic Association for the best economist under the age of 40. (Full disclosure: As one of the association’s vice presidents, I was among those who voted to give him this award.) His main contributions have been to our understanding of the economics of the media industry.

One of his research articles, of which he was a co-author with Jesse Shapiro, a University of Chicago colleague, studied the political slant of more than 400 daily newspapers nationwide. The first step in their analysis, which was published in 2010, was simply to measure the slant of each paper. But that itself was no easy task.

When you listen to Sean Hannity of Fox News and Rachel Maddow of MSNBC, for example, you probably have no trouble figuring out who leans right and who leans left. But social scientists like Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro need more than subjective impressions. They require objective measurement, especially when studying hundreds of news outlets. Here the authors were devilishly clever.


CreditClockwise from left: Damon Winter/The New York Times, Shawn Thew/European Pressphoto Agency, Jae C. Hong/Associated Press, Logan Mock-Bunting for the New York Times

Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro went to the Congressional Record and used a computer algorithm to find phrases that were particularly associated with the rhetoric of politicians of the two major political parties. They found that Democrats were more likely than Republicans to use phrases like “minimum wage,” “oil and gas companies” and “wildlife refuge.” Republicans more often referred to “tax relief,” “private property rights” and “economic growth.” While Democrats were more likely to mention Rosa Parks, Republicans were more likely to mention the Grand Ole Opry.

With specific phrases associated with political stands, the researchers then analyzed newspaper articles from 2005 to determine which papers leaned left and which leaned right. (They looked only at news articles and excluded opinion columns.) That is, they computed an objective, if imperfect, measure of political slant based on the choice of language.

To confirm the validity of their measure, Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro showed that it was correlated with results from subjective surveys of readers. For example, both the computer algorithm and newspaper readers rated The San Francisco Chronicle as a distinctly liberal paper, and The Washington Times and The Daily Oklahoman as distinctly conservative ones. Both measures put The New York Times as moderately left of center and The Wall Street Journal as moderately right.

With a measure of political slant in hand, the researchers then analyzed its determinants. That is, they examined why some papers write in a way that is more consistent with liberal rhetoric while others are more conservative.

A natural hypothesis is that a media outlet’s perspective reflects the ideology of its owner. Indeed, much regulatory policy is premised on precisely this view. Policy makers sometimes take a jaundiced view of media consolidation on the grounds that high levels of cross-ownership reduce the range of political perspectives available to consumers.

From their study of newspapers, however, Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro, find little evidence to support this hypothesis. After accounting for confounding factors like geographic proximity, they find that two newspapers with the same owner are no more likely to be ideologically similar than two random papers. Moreover, they find no correlation between the political slant of a paper and the owner’s ideology, as judged by political donations.

So, if not the owner’s politics, what determines whether a newspaper leans left or right? To answer this question, Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro focus on regional papers, ignoring the few with national scope, like The Times. They find that potential customers are crucial.

If a paper serves a liberal community, it is likely to lean left, and if it serves a conservative community, it is likely to lean right. In addition, once its political slant is set, a paper is more likely to be read by households who share its perspective.

Religiosity also plays a role in the story, and it helps Mr. Gentzkow and Mr. Shapiro sort out cause and effect. They find that in regions where a high percentage of the population attends church regularly, there are more conservatives, and newspapers have a conservative slant. They argue that because newspapers probably don’t influence how religious a community is, the best explanation is that causation runs from the community’s politics to the newspaper’s slant, rather than the other way around.

The bottom line is simple: Media owners generally do not try to mold the population to their own brand of politics. Instead, like other business owners, they maximize profit by giving customers what they want.

These findings speak well of the marketplace. In the market for news, as in most other markets, Adam Smith’s invisible hand leads producers to cater to consumers. But the findings also raise a more troubling question about the media’s role as a democratic institution. How likely is it that we as citizens will change our minds, or reach compromise with those who have differing views, if all of us are getting our news from sources that reinforce the opinions we start with?

03 maio 2014

Rir é o melhor remédio

Depósito de cartuns

Teste da Semana


Nada melhor do que começar o sábado testando a memória e os conhecimentos, não? Por isso nós sempre nos esforçamos para que o teste da semana esteja preparado antes mesmo do café! Então vamos lá. Você prestou atenção no que aconteceu no blog nos últimos dias?

Já que falamos de café, vamos começar com uma pergunta fácil.

1. Qual o país que consome mais esse líquido estimulante?
Brasil, com o incrível consumo de 3,616 copos por dia
Colômbia, com o incrível consumo de 4,818 copos por dia
Estados Unidos, com o incrível consumo de 8,616 copos por dia
Holanda, com o incrível consumo de 2,414 copos por dia

2. A taxa de crescimento dos profissionais da área contábil é:
3% a.a., maior que a taxa de crescimento da população
Não se sabe ao certo, pois o cadastro do Conselho Federal de Contabilidade não reflete a realidade do mercado de trabalho dos profissionais, já que muitos evitam pagar as taxas anuais de associação
0,3% a.a., menor que a taxa de crescimento da população
0,9% igual à taxa de crescimento da população em 2012

3. O que é o International Standard on Auditing 720?
Padrões de auditoria sugeridos pelo Iasb, em consonância com as normas do Fasb.
Padrões fruto de um compromisso firmado pelas maiores empresas de auditoria e contabilidade do mundo, incluindo as Big 4
Trata da responsabilidade do auditor, dentre outros, tendo como patriarca o Iaasb
Um grupo de normas técnicas (similar às normas ISO)

4. O primeiro trimestre da economia começou devagar, com companhias prudentes e conservadoras. As empresas usaram adjetivos como “estranha” e “desafiadora” para definir a situação atual. De quais empresas comentamos?
Banco do Brasil. Itaú e Santander
Hypermarcas, Lojas Americanas, B2W e Dufry A. G.
Natura, Bradesco, Fibria e Usiminas
Petrobras, Eletrobras e Telebras

5. Serão punidos por quebrar regras financeiras:
Esportistas europeus em geral (dos países pertencentes à União Européia)
Jogadores de rugby pertencentes da Global Rugby Players Assossiation
Times de futebol da Europa
Times de futebol participantes da Copa do Mundo

6. Após a publicação de uma demonstração contábil muitos eventos podem ocorrer que irão influenciar o desempenho de uma empresa. Alguns destes eventos já deveriam ser esperados por parte da empresa, como:
Perdas com a recuperabilidade de ativos não circulantes
Desastres iminentes
Alterações legais
Reflexos da contabilidade criativa

7. Atualmente a reserva financeira da USP é de R$ 2,31 bilhões.
É um exemplo a ser seguido pelas universidades brasleiras
Ela tem crescido devido ao retorno das pesquisas acadêmicas,
Tem sido prejudicada pela demora burocrática no processo de patente de criações fruto dos programas de pesquisa
Vem diminuindo pois a despesa com pessoal supera o orçamento da instituição

8. Por que elegemos o dia 30 de abril como o dia nacional da procrastinação?
É a data final para apresentação da declaração do Imposto de Renda
Em uma coincidência inédita, nenhum dos autores (assim como amigos de outros blogs) estava conseguindo largar a procrastinação
Representar o fim do primeiro terço do ano (“first quarter”nos Estados Unidos)
Seguindo o exemplo criado pelo autor Dan Ariely nos Estados Unidos,

Respostas: 2) 3% a.a.; 3) responsabilidade, Iaasb; 4) natura, Bradesco, Fibria e Usiminas; 5) times da Europa; 6) Alterações legais; 7) diminuiu devido a despesas com pessoal; 8) Imposto de Renda.

Se acertou 7 ou 8 = bom senso, bom leitor, bom gosto, boa memória; 5 ou 6 = esperávamos mais de você; 3 ou 4 = tente ao menos ler as manchetes! 1 ou 2: o.O
0: verifique o tempo gasto na internet... estamos no Blogger, Facebook, Instagram e Twitter. Você não tem nos acompanhado em nenhuma plataforma? Ao menos é corajoso e se arriscou ao teste mesmo assim. Apreciamos pessoas assim.


Fato da Semana

Fato da Semana: Reajuste de 4,5% da tabela do imposto de renda. No pronunciamento em cadeia de rádio nacional feita no dia 30 do último mês, a presidente da República anunciou um reajuste na tabela do imposto de renda. Segundo a presidente: “Isso vai significar um importante ganho salarial indireto e mais dinheiro no bolso do trabalhador”.
Qual a relevância disso? Segundo o Sindifisco, de 1996 - ano em que a tabela foi congelada - até 2013, o IPCA acumulou uma alta de 206,64%. Contudo, as faixas de cobrança só foram ajustadas em 89,96% nesse período. Cabe ressaltar que o congelamento durou de 1996 a 2001. A partir daí a tabela foi reajustada, mas os reajustes, em geral, foram mais baixos do que a inflação.

Positivo ou negativo? Negativo.

O Sindifisco acrescenta:

"[...] a discrepância crescente penaliza, sobretudo, os contribuintes de mais baixa renda. Quem ganha até R$ 2.761 por mês deveria ser isento de IR, segundo os cálculos do Sindifisco, mas acaba sendo tributado atualmente pelas alíquotas de 7,5% e 15%.
A classe média também arca com uma carga tributária bem maior do que deveria. Trabalhadores quem ganham R$ 3 mil mensais, por exemplo, são descontados na fonte em R$ 129,39. Se a tabela fosse integralmente corrigida, o valor seria de R$ 17,89, de acordo com a pesquisa. Isto é, o Fisco fica com R$ 111,50 a mais, uma diferença de 623,25%.
Já no extremo oposto, o efeito é bem menor. Quem recebe R$ 100 mil por mês deixa na fonte R$ 26.709,43. Se houvesse o reajuste, o desconto seria de R$ 26.223,86, uma diferença de apenas 1,85%.
Salário mínimo. A defasagem ainda se soma ao aumento do salário mínimo, também superior à correção da tabela. Neste ano, o mínimo foi elevado para R$ 724, uma alta de 6,78% ante os R$ 678 vigentes em 2013.
O resultado disso é o aumento da tributação sobre o assalariado. Em 1996, a isenção do imposto beneficiava quem recebia até 6,55 salários mínimos, segundo levantamento da consultoria Ernst & Young. Em 2014, essa relação despencou para 2,47. Assim, brasileiros antes isentos por causa da baixa renda vão paulatinamente ingressando na condição de contribuintes." [marcações nossas]

Desdobramentos: pagar mais tributos é uma escolha do povo brasileiro. Optamos por um Estado grande e por um amplo conjunto de benefícios sociais (vide Constituição Federal). Tudo isso tem um custo. O que o povo pode fazer é exigir mais eficiência dos serviços públicos. A conta está salgada e com certeza vai piorar. A tabela do IR é injusta. Isso é bom para mostrar como uma inflação descontrolada afeta a vida de todos.

Labogen

Laboratório anuncia que ‘perdeu’ seus livros-caixa
Fausto Macedo

Um mês antes do estouro da Operação Lava Jato, o laboratório Labogen – carro-chefe do esquema de lavagem de R$ 10 bilhões, segundo a Polícia Federal -, divulgou anúncio em jornais da região de Indaiatuba, onde fica sua sede, informando o sumiço de dez livros contábeis da empresa.

A nota endereçada “ao mercado em geral, para os devidos fins” foi publicada no dia 18 de fevereiro na cidade do interior de São Paulo. Sob o título “Comunicado de extravio de livros”, o laboratório, registrado com o nome Labogen S/A Química Fina e Biotecnologia, destaca que naquela data foi constatado o extravio dos livros da companhia – documentos que incluem atas de assembleias gerais, registro de ações nominativas e livros razão (agrupamento de anotações contábeis).

A Lava Jato foi deflagrada na madrugada de 17 de março. Os investigadores estranham o desaparecimento da papelada, que coincidiu com o avanço da operação. Suspeitam que a ocorrência pode ter sido forjada para tentar despistar que o verdadeiro controlador do laboratório é o doleiro Alberto Youssef.
A PF descobriu que Youssef tentou emplacar contrato milionário no Ministério da Saúde, na gestão do então ministro Alexandre Padilha, no âmbito de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs).

Em setembro de 2013, os investigadores interceptaram comunicações que mostram como estava adiantada a negociação entre a organização liderada por Youssef e a pasta.

No dia 9 daquele mês, Raquel Damasceno Pinheiro, em nome do ministério, enviou e-mail para o administrador do Labogen, Leonardo Meirelles. “A pedido do dr. Eduardo Jorge Valadares Oliveira, diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, encaminho para seu conhecimento cópia do ofício 237/13, emitido em 6 de setembro/2013.”

O ofício mencionado no e-mail era subscrito pela diretora substituta do Departamento do Complexo Industrial – órgão do Ministério da Saúde -, Nadja Naira Valente Bisinoti, que solicitava um “agendamento de visita técnica na unidade fabril desta empresa em 20 de setembro de 2013, das 14h30 às 17h30”. O objetivo da inspeção era “verificar a viabilidade do laboratório (Labogen) em atuar em PDPs”.

A PF captou troca de e-mail entre Meirelles e um advogado da organização logo após a notícia do agendamento da visita do Ministério da Saúde. Para os investigadores, o conteúdo dessas correspondências confirma que o Labogem era fachada.

“Vamos todos pra lá a partir de quarta”, afirmou Meirelles. O advogado respondeu. “Se precisar eu boto o capacete e o macacão e caio pra dentro da obra tb. Retroceder nunca, render-se jamais.”

O negócio, que acabou não sendo fechado, não seria executado pelo Labogen, mas por uma indústria farmacêutica de grande porte que fecharia parceria com o laboratório.

A PF não tem dúvidas de que o doleiro exercia o domínio do laboratório. Um investigador suspeita que o extravio dos livros contábeis pode ser uma tentativa da organização de Youssef em afastar a alegação de que o Labogen é de fachada. “Eles querem arrumar um argumento para justificar que não são de fachada”, avalia.

Fonte: Estado de S Paulo, via Histórias Contábeis

CBF e desempenho financeiro

A reboque de um produto de altíssima aceitação no mercado - a seleção brasileira -, a CBF vem conseguindo resultados capazes de causar inveja à maioria das empresas do País, e mesmo do mundo, independentemente do ramo de atividade. Nos últimos cinco anos, por exemplo, a evolução da receita da entidade cresceu 93%. Saltou de R$ 236,6 milhões em 2009 para R$ 436,5 milhões no ano passado.

Os dados constam do último balanço da entidade, publicado recentemente, e confirmam que a seleção é mesmo a sua galinha dos ovos de ouro. Do total da receita, R$ 278,1 milhões (64%) vieram de contratos de patrocínio, obtidos, evidentemente, por estarem atrelados à equipe comandada por Felipão.

"A CBF tem um produto único, que é a seleção. É a sua maior fonte de patrocínio, porque é um produto muito fácil de vender", diz o consultor de gestão esportiva da BDO Brazil, Pedro Daniel. A entidade tem quase duas dezenas de patrocinadores.

Essa importância fica clara quando se constata que outra fonte significativa de receita, a transmissão dos jogos, responsável pelo ingresso de R$ 113,2 milhões em 2013 (26% do total), é alimentada mais pelos direitos comerciais e televisivos das partidas da seleção do que pelas competições que a entidade promove - Campeonatos Brasileiros das séries A a D, Copa do Brasil, Copa do Nordeste, competições de futebol feminino e, a partir deste ano, a Copa Verde.

Para Daniel, há grande margem para aumento de receita com as competições. "É uma parte que deveria ser bem mais explorada", considera. Venda dos direitos sobre o nome dos campeonatos e ações atreladas a eles são boas fontes de receita.

Como os direitos de organização e promoção dos jogos amistosos da seleção foram repassados pela CBF a uma empresa do Reino Unido, a receita com as cotas de partidas acaba contribuindo pouco para o bolo: apenas 7% em 2013, ou R$ 32 milhões.

No próximo ano, o comando da CBF vai mudar de mãos do ponto de vista legal - um dos atuais vices, Marco Polo Del Nero, vai assumir a presidência e José Maria Marin voltará a ser um dos vices. Mas é certo que os negócios, e as receitas, continuarão de vento em popa, independentemente do resultado da seleção na Copa. "Os contratos de patrocínio são de longa duração", explica Daniel.

DESPESAS SOBEM
No entanto, o consultor observou um detalhe que define como "preocupante" no balanço da entidade: o crescimento das despesas. "Elas crescem num ritmo muito maior do que as receitas. Isso é preocupante. Mas as receitas vão muito bem e não há dúvida de que a CBF é uma empresa sustentável." O lucro no ano passado foi de R$ 55,5 milhões.

Em 2013, as despesas operacionais chegaram a R$ 269,8 milhões - em 2009, o valor foi de R$ 84,8 milhões. Desse total, porém, apenas R$ 22 milhões foram destinados a socorrer os clubes por meio do programa de assistência técnica e financeira aos filiados.

O balanço não especifica, mas o presidente Marin já se vangloriou algumas vezes do fato de a entidade ajudar clubes das séries C e D do Brasileiro, responsabilizando-se por gastos com transporte, hospedagem e alimentação. As agremiações das séries A e B não recebem nenhum tipo de incentivo.

O aumento significativo das despesas deve estar relacionado ao repasse mensal que a entidade faz às federações estaduais, cujo valor subiu para R$ 100 mil desde outubro do ano passado, numa atitude vista pelos oposicionistas à época como "manobra eleitoral" para conquistar votos. Del Nero foi eleito presidente em abril deste ano.

Fonte: Aqui